Fanfic: Modelos para cartas suicidas. | Tema: Segunda guerra mundial

Recebi o jornal como todas as manhãs,e lá estava aquele homem,eu o conhecia,até muito bem,já que me galanteou o tempo todo,talvez ele fosse atraente se não fosse seu bigode,que mais parece uma mosca debaixo no nariz.

– Ele é muito velho pra mim,20 anos,que horrivel,que patético.

– Eu concordo minha filha,gente da politica vive por aí sendo demagogo,você é muito nova,ele já tem experiência.

O dia passou,fiquei pensando nisso o dia todo rindo comigo mesma,fui dormir rindo da cara dele,não sou chapeuzinho vermelho,muito menos ele será meu lobo mal.

No dia seguinte,recebi uma carta,um convite.

"Srta maria,a senhorita está sendo convidada ao encontro partidário importantíssimo para o rumo da Alemanha.

Espero que compareça.

Adolf Hitler"

Embaixo do convite,tinha o endereço e a hora.

Eu pensava que este bigode de mosca ambulante tivesse desistido,enfim,eu vou,ele não é tão ruim assim,talvez possa ser interessante.

Chegando lá,vi uma multidão estática,sentada,silênciosa,ouvindo o grande futuro reich discursar.
Ele parou de falar,olhou para a porta onde eu estava e todos olharam também. Fiquei corada.
– Srta Maria!
Ele desceu do seu palanque e beijou minhas mãos como se eu fosse uma dama.
– Bem vinda,sente-se aqui ao meu lado.

Eu sentei e mal pude acreditar.

Ele voltou ao seu palanque e continuou com suas palavras positivas,afinal,era disso que o povo precisava depois de uma Alemanha em ruínas,uma nova esperança.
Nunca fui tão admirada assim publicamente por um homem tão poderoso,meus queixos cairam,minha fina camada de gelo derreteu.
Voltei para casa e logo ele bateu a minha porta,conversamos,ele não me parecia um politico demagogo,não me parecia mentiroso. Eu era sua menina.
Ele me convidou para uma viagem,me levou aos campos floridos,o bigode já não parecia tão ruim. Houve um beijo leve ao meio das margaridas.
Voltei para casa tão alegre,um homem tão poderoso aos meus pés. Os dias foram passando,eu recebia muitas cartas de amor,borboletas estavam no meu estômago.

"Minha querida criança,como me alegro quando meu amor me escreve,você não faz idéia de como uma carta me deixa feliz,permitindo que sua querida voz fale comigo. Criança,você não sabe o quanto significa pra mim eo quanto eu a amo.
Hitler"

Os meses foram passando e parecia que a campanha politica era mais importante,eu não o vi mais,ele não mandava mais cartas...
Eu lamentava todos os dias,eu checava minhas correspondências. Nada. Oque aconteceu? Será que eu não era mais importante? Ele era o mentiroso que minha mãe dizia?
Estou confusa,não quero mais viver,eu quero ser poderosa,eu quero ser a rainha da alemanha,meus únicos sonhos foram despedaçados,não quero mais conviver com isso,não quero aceitar que eu o perdi.
Meu pai tinha uma uma arma velha,que ele guardava no guarda roupa. Eu peguei a arma e botei as balas. Clic.

...Bang.