Fanfic: Modelos para cartas suicidas. | Tema: Segunda guerra mundial
– Bom dia,mamãe,estou com fome.
– O leiteiro deixou menos leite esta manhã. Temos um novo vizinho.
– Mamãe,mamãe,quem é? Será que tem alguma criança,quem sabe não poderiamos brincar?
Eu saí de casa,fui correndo para o jardim do novo vizinho.
– Volte aqui,Edgar! Seu leite vai esfriar.
Ignorei,continuei a correr até que parei. Toda a vizinhança em volta,eo homem que sempre passava nos rádios,todos diziam "Viva o novo Reich".
Eu fiquei parado olhando,logo o Reich percebeu e olhou de volta. Sorri mas ele não correspondeu. Fiquei muito chateado.
Fui para escola,todos os dias isso se repetia e eu sempre ficava andando mais devagar quando chegava perto da casa do novo vizinho,será que eu poderia ve-lo?
Hoje na escola aprendemos aquele simbolo estranho que sempre está nas bandeiras,eles chamam de "Suástica",falavam dos inimigos da Alemanha,apesar de eu sempre gostar te ter amigos e nunca inimigos. Um dia desses,quando estava voltando para a escola,eu o vi saindo de carro e logo corri para falar com o homem mais importante da Alemanha.
– Olá. Que legal ter você como vizinho,bem vindo ao bairro,eu adoro Munique.
– Bom dia, criança. Obrigado,eu também adoro Munique.
– Não sou mais Criança!
Ele riu,passou a mão em minha cabeça.
– Bom,agora tenho que ir,coisas de adulto.
– Tchau!
Ele entrou no carro num piscar de olhos eu não o vi mais.
Cheguei em casa e a mamãe estava chorando.
– Oque aconteceu,mamãe?
– O papai. Ele sumiu. Levaram o papai,os soldados levaram ele,levaram nossas coisas também.
– Porque levaram ele?
– Nós somos judeus.
– Eo que tem?
– Eles não estão gostando mais de judeus no país.
A mamãe estava muito triste,eu não sabia oque fazer,estava tão frio. Eu abracei-a. Semanas depois,eu pensei que o papai tivesse morrido.
Eu fui na porta do Chanceller. Eu quero saber,porque fizeram isso com a minha família.
Ele saiu com seu grande sobretudo preto e seu chapéu.
– Porque você fez isso com meu papai?
Eu comecei a chorar.
– O que aconteceu com o seu papai?
– Levaram ele,os seus soldados levaram o meu papai. Ele está vivo?
Ele ficou mudo,olhou para mim com uma cara séria. Entrou no carro me ignorando.
– Devolve ele,por favor,não fizemos nada.
E em outro piscar de olhos,ele saiu novamente com seu carro.
Eu voltei triste para casa.
– Onde você estava,menino? Você sabe,está mais perigoso que nunca lá fora,principalmente para nós.
– Eu não fui a lugar nenhum,mamãe.
Ela me abraçou como se tivesse me perdido a muito tempo.
Dias depois,já estavamos sem esperanças e eu já estava muito triste e com saudades,até que a campainha tocou.
A minha mãe e eu abrimos a porta.
– PAPAI! Eu sabia que você iria voltar! Que saudades,pensei que nunca mais o veria.
Eu abracei ele não acreditando que aquela conversa que tive com o vizinho,adiantou!
A mamãe fez uma comida deliciosa em comemoração da volta do papai.
– Você está doente,precisa descansar.
– Esse local não é mais seguro para nós. Temos que nos mudar urgentemente,amanhã de manhã partiremos,não é seguro para nossa família. Por um milagre não fui morto,misteriosamente vim parar aqui em nossa porta... as coisas estão ficando estranhas demais.
Eu estou feliz em me mudar,não quero que o papai suma denovo,não quero morrer,não quero que ninguém que eu ame morra.
Papai e mamãe estavam tão tensos,mas eu estava feliz. Nos mudamos para Grã-Bretanha,finalmente. Será que no novo colégio vai ter muitos amiguinhos para eu brincar?
Autor(a): andreiab
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