Fanfic: Lua Nova/ New Moon {Adaptada}

- Tudo bem - os Mariners vão jogar com os Sox hoje. - Charlie explicou e minha esperança desapareceu. - Então
eu não vou ser uma boa companhia... Aqui. - Ele levantou a câmera que me deu por sugestão de Renée (porque eu precisaria de fotos pra encher meu livro de recordações), e jogou pra mim. Ele já devia saber - eu sempre tive problemas de coordenação. A câmera escorregou da ponta dos meus dedos, e foi caindo no chão.
Christopher a agarrou antes que ela se espatifasse na madeira.
- Bela pegada. - Charlie reparou. - Se eles vão fazer alguma coisa divertida essa noite na casa dos Cullen, Maite,você devia fotografar.
Você sabe como sua mãe fica - ela vai querer ver as fotos antes que você possa tirá-las.
- Boa idéia, Charlie. - Christopher disse, me passando a câmera.
Eu virei a câmera pra Christopher, e tirei a primeira foto. - Funciona.
- Que bom. Ei, diga olá pra dulce por mim. Já faz algum tempo que ela não vem aqui. - A boca de Charlie caiu de um dos lados.
- São só três dias, pai. – eu o lembrei. Charlie estava louco por Dulce. Ele se apegou a ela na primavera passada quando ela me ajudou na minha estranha convalescença; Charlie seria sempre grato a ela por salvá-lo do horror de uma filha quase adulta precisando tomar banho.
- Eu digo a ela.
- OK. Divirtam-se crianças. - Obviamente estávamos sendo Dispensados.
Charlie já estava indo em direção à sala e á TV.
Christopher sorriu, triunfante, e pegou minha mão, me puxando pra fora da cozinha. Quando chegamos na caminhonete, ele abriu a porta do passageiro pra mim de novo, e dessa vez eu não discuti.
Ainda era difícil encontrar o estranho retorno para a casa dele no escuro. Christopher dirigiu por Forks indo para o Norte, visivelmente vigiando o limite de velocidade imposto pela minha
Chevrolet pré-histórica. O motor roncou ainda mais alto quando ele tentou andar a mais de cinqüenta milhas.
- Vai com calma. - eu o avisei.
- Sabe o que você adoraria? Um pequeno Audi coupé. Bem quieto, muita força...
- Não há nada de errado com a minha caminhonete. E falando de coisas caras e sem importância, se você sabe o que é bom pra você, você não gastou dinheiro com presentes de aniversário.
- Nem um centavo. - ele disse virtuosamente.
- Bom.
- Você pode me fazer um favor?
- Depende do que é.
Ele suspirou. Seu adorável rosto estava sério. - Maite, o último aniversário de verdade que um de nós teve foi Alfonso em 1935. Poupe-nos um pouco, e não seja tão difícil essa noite. Eles estão todos muito excitados.
Sempre me surpreendia quando ele falava dessas coisas. - Tá certo, eu vou me comportar.
- Eu provavelmente devo te avisar...
- Por favor avise.
Quando eu digo que estão todos excitados...eu quero dizer todos eles.
- Todo mundo? - eu asfixiei. - Eu pensei que Alfonso e Anahi estivessem na África. - O resto de Forks achava que os Cullen mais velhos haviam ido para a faculdade, em Dartmouth, mas eu sabia a verdade.
- Alfonso queria estar aqui.
- Mas...Anahi?
- Eu sei, Maite. Mas não se preocupe, ela vai se comportar bem.
Eu não respondi. Como se eu não fosse me preocupar, assim tão fácil. Diferente de Dulce, a outra irmã "adotiva" de Christopher, a loira e notável Anahi, não gostava muito de mim. Na verdade, o sentimento era um pouco mais forte que isso. Quando se tratava de Anahi, eu era uma intrusa que sabia o segredo da família. Eu me sentia horrivelmente culpada pela presente situação, achando que a ausência de Alfonso e Anahi fosse por minha culpa, mesmo não gostando muito de vê-la, de Alfonso o irmão urso de Christopher, eu sentia falta. Ele era de muitas formas, o irmão mais velho que eu sempre quis ter...só que era muito, muito mais aterrorizante.
Christopher decidiu mudar de assunto. - Então, se você não quer me deixar te comprar um Audi, tem alguma coisa
que você queira de aniversário?
As palavras saíram num sopro. - Eu sei o que eu quero.
Uma profundanhas na testa dele. Ele obviamente preferia ter ficado no assunto de Anahi.
Eu sentia que havíamos tido muito essa discussão hoje.
- Hoje não, Maite, por favor.
- Bem, talvez Dulce me dê o que eu quero.
Christopher rosnou - um som profundo de ameaça. - Esse não vai ser o seu último aniversário, Maite. - ele prometeu.
- Isso não é justo!
Eu achei ter ouvido seus dentes se cerrando.
Nós estávamos parando na frente da casa dele agora. Luzes claras brilhavam de todas as janelas nos doisprimeiros andares. Uma longa fila de lanternas Japonesas estava pendurada nos arcos do portal da entrada, refletindo um leve brilho que vinha das enormes árvores que cercavam a casa. Grandes vasos de flores - rosas cor de rosa - enchiam a larga escadaria que levava até a porta.
Eu gemi.
Christopher  respirou fundo algumas vezes pra se acalmar também.
- Isso é uma festa. - ele me lembrou. - Tente se divertir.
- Claro. - eu murmurei.
Ele deu a volta para abrir minha porta, e me ofereceu sua mão.
- Eu tenho uma pergunta.
Ele esperou cautelosamente.
- Se eu revelar esse filme. - eu disse, brincando com a câmera nas mãos. - Você vai aparecer nas fotos?
Christopher começou a rir. Ele me ajudou a sair do carro, me levou pelas escadas, e ainda estava rindo quando abriu a porta pra mim.
Eles estavam todos esperando na enorme sala de estar branca; quando eu entrei pela porta eles me receberam com um enorme coro de "Feliz aniversário, Maite!", enquanto eu corava e olhava pra baixo. Dulce, eu acho, tinha coberto todas as superfícies planas com velas cor de rosa e dezenas de vasos de cristal com centenas de rosas.
Havia uma mesa coberta com uma toalha branca ao lado do grande piano de Christopher, havia um grande bolo cor de rosa sobre ela, mais rosas, uma pilha de pratos de vidro, e uma pequena pilha de presentes cobertos com papel prateado.
Era cem vezes pior do que eu havia imaginado.
Christopher, sentindo meu estresse, passou uma braço encorajador pela minha cintura e deu um beijo no topo da minha cabeça.
Os pais de Christopher Carlisle e Esme - impossivelmente jovens e amáveis como sempre - eram os mais próximos da porta. Esme me abraçou cuidadosamente, seu cabelo macio, cor de caramelo alisando minha bochecha quando ela deu um beijo na minha testa, e então Carlisle colocou seu braço ao redor dos meus ombros.
- Desculpe por isso, Maite. - ele meio que sussurrou. - Nós não pudemos deter Dulce.
Anahi e alfonso estavam atrás deles. Anahi não sorriu, mas pelo menos não me encarou. O rosto de Alfonso estava envolvido num enorme sorriso. Já faziam meses que eu não os via; eu tinha esquecido do quanto Anahi era bonita - quase doía olhar pra ela. E Alfonso sempre foi tão...grande?
- Você não mudou nada. - Alfonso disse com falso desapontamento.
- Eu esperava ver uma diferença notável, mas aqui está você, com o rosto vermelho como sempre.
- Muito obrigada, Alfonso. - eu disse, ficando mais vermelha ainda.
Ele sorriu. - Eu tenho que sair rapidinho... - ele piscou eminentemente pra Dulce - ... Não faça nada engraçado até eu voltar.
- Eu vou tentar.Dulce soltou a mão de aChristian e se aproximou... todos os seus dentes brilhando na luz clara. Christian sorria também,
mas continuou distante. Ele se recostou, alto e loiro, no pilar no início das escadas. Durante os dias que havíamos passado juntos em Phoenix, eu achava que ele havia lidado com a sua aversão a
mim. Mas ele voltou a ser como sempre - me evitando o máximo possível - no exato momento que se livrou da obrigação temporária de me proteger.
Eu sabia que não era pessoal, só precaução, e eu tentei não ser sensível demais em relação a isso. Christian que tinha mais problemas na convivência com os Cullen por causa da dieta do que do que os outros; o cheiro do sangue humano era muito mais difícil pra ele resistir do que pros outros - ele não estava tentando a tanto tempo.
- Hora de abrir os presentes. - Dulce declarou. Ela colocou sua mão gelada no meu cotovelo e me guiou até a mesa com o bolo e os pacotes brilhantes.
Eu fiz minha melhor cara de mártir. - Dulce, eu sei que te disse que não queria nada...
- Mas eu não te ouvi. - ela me interrompeu, presumida. - Abra. - Ela pegou a câmera das minhas mãos e a trocou por uma caixa enorme e prateada.
A caixa estava tão leve que parecia vazia. A etiqueta em cima dizia que era de Alfonso, Anahi e christian.
Envergonhada, eu rasguei o papel e olhei pra ver o que a caixa escondia.
Era algo elétrico, com um monte de números no nome. Eu abri a caixa, esperando por uma iluminação maior. Mas a caixa estava vazia.
- Um... Obrigada.
Anahi realmente sorriu. Christian gargalhou. - É um som para a sua caminhonete. - ele explicou. - Alfonso está instalando agora mesmo pra que você não possa devolver.
Dulce como sempre estava um passo a minha frente.
- Obrigada, Christian, Anahi. - eu disse sorrindo, enquanto lembrava das reclamações de Christopher sobre o meu rádio esta tarde - tudo armação, aparentemente. - Obrigada, Alfonso! - eu disse mais alto.
Eu ouvi a risada expansiva dele na minha caminhonete, e não pude evitar de rir também.
- Agora abra o meu e o de Christopher - Dulce disse, ela estava tão excitada que sua voz era só um ruído alto de alegria. Ela segurou um quadrado achatado nas mãos.

Eu me virei pra encarar Christopher. - Você prometeu.
Antes que ele pudesse responder, Alfonso entrou por adentro. - Bem na hora! - ele disse alegremente. Ele se empurrou atrás de Christian, que também tinha chegado mais perto do que de costume pra dar uma boa olhada.
- Eu não gastei um centavo. - Christopher me assegurou. Ele tirou uma mecha de cabelo do meu rosto, deixando minha pele com cócegas pelo seu toque.
Eu inalei profundamente e olhei pra Dulce. - Dê pra mim. - Eu suspirei.
Alfonso gargalhou deliciado.
Eu peguei o pequeno pacote, revirando meus olhos pra Christopher enquanto colocava meu dedo na borda do papel e
o puxava por baixo da fita.
- Droga. - eu murmurei quando o papel cortou meu dedo; eu o puxei pra examinar o estrago. Uma pequena gota de sangue saia do pequeno corte.
Depois disso tudo aconteceu muito rápido.
- Não! - Christopher rugiu.
Ele se jogou por cima de mim, me jogando por cima da mesa. Ela caiu, assim como eu, derrubando o bolo, os presentes, as flores e os pratos. Tudo caiu numa bagunça de cristais quebrados.
Christian se chocou contra Christopher, e o som pareceu com o de um deslizamento de pedras.
Houve outro barulho, um terrível rosnado que parecia ter saído de dentro do peito de Christian.
Christian tentou passar por Christopher, mostrando seus dentes a apenas alguns centímetros do rosto de Christopher.
Alfonso pegou Christian por trás no outro segundo, prendendo ele no seu volumoso aperto de aço, mas Christian lutou com ele, seus olhos, selvagens, vazios, só se focavam em mim.
Depois do choque só ficou a dor. Eu caí no chão ao lado do piano, com meus braços jogados pra trás instintivamente pra aparar a minha queda, jogando-os nos cacos de vidro quebrado.
Só agora eu sentia a dor queimando, pulsante, que corria desde o meu pulso até a dobra do meu cotovelo.
Confusa e desorientada, eu olhei pra cima por causa do sangue pulsante que saía do meu braço - e olhei para os
olhos de seis vampiros repentinamente vorazes.