Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)
Se não tivesse um jantar de negócios agendado, Alfonso teria saído com ela todas as noites da semana. Anahí não questionava sua boa sorte. Simplesmente, desfrutava todos os momentos que passavam juntos. Lembrando-se que ele pedira apenas para serem amigos, tentava não dizer nada ou fazer qualquer gesto que ele pudesse interpretar como flerte, embora isso, às vezes, parecesse pouco importar. Quando Alfonso lhe dava um beijo de boa-noite, o beijo leve acabava se prolongando, como se ele fosse inexoravelmente atraído pelo calor suave dos lábios dela. No instante seguinte, ela se achava presa entre aqueles braços fortes e se beijavam com o fervor contido de dois adolescentes. Mas não acontecia nada, além disso. Alfonso sempre se afastava antes de as carícias se tornaram mais íntimas, o que ela interpretava como falta de interesse da parte dele em terem um relacionamento mais sério. Parecia satisfeito com as coisas do jeito que estavam. Tinha companhia, conversa agradável, bem como o conforto de interesses compartilhados. Anahí desejava mais. Queria tudo que ele tivesse para lhe oferecer, mas talvez ele ja estivesse lhe oferecendo tudo que podia. Sabia que Dulce jamais saía da mente dele e sempre que falavam sobre ela, como inevitavelmente acontecia, a expressão de Alfonso se tornava distante.
Uma semana após o ataque cardíaco do sr. Graham, Maxwell Conroy chegou de Montreal. Era um inglês alto e magro, com o sotaque formal da classe alta britânica, cabelos loiros e os olhos azul-esverdeados mais vivazes que Anahí já vira na vida. Era extremamente belo. Possuía uma imutável beleza aristocrática que prendia e confundia as mulheres. Se Anahí conseguisse enxergar algo além de Alfonso, por certo teria se apaixonado à primeira vista por Maxwell Conroy. Mas como sempre, ele recebera apenas o seu habitual e ligeiramente reservado sorriso cortês.
O inglês não perdeu tempo. A primeira vez que ficara sozinho com Anahí, convidou-a para jantar.
Ela o fitou assustada com os olhos arregalados. Não havia modo de se equivocar quanto às intenções dele, não com aqueles olhos brilhantes, telegrafando todos os seus pensamentos tão claramente. Apreensiva, mordeu o lábio inferior. Como podia recusar sem tornar as coisas difíceis entre eles no trabalho? Não queria se com Alfonso ter, porque Alfonso poderia chamá-la para sair a qualquer momento.
— Não acho que seja uma ideia boa — recusou por fim, mantendo a voz suave. - Temos que trabalhar juntos e você sabe... Embora não haja regras atuais na companhia que impeçam o relacionamento entre funcionários, geralmente é desencorajado no mesmo departamento.
— Também sei que contanto que as pessoas sejam discretas, geralmente é ignorado.
Anahí respirou fundo.
— Estou saindo com uma pessoa.
— Ele se importaria? — Maxwell perguntou de pronto e ela não conseguiu conter o riso.
— Talvez não — admitiu, o riso enfraquecendo em um eco de dor revelada pelas sombras que escureceram o verde suave dos seus olhos.
— Então ele é um tolo — Maxwell disse num tom abafado, os olhos fixos no asseado coque que ela usava. — Se decidir dar uma chance a outra pessoa, deixe-me saber.
— Certo. — Por um momento, ela se deparou com o olhar morno e penetrante do inglês. — Eu o avisarei.
Para falar a verdade, sentia-se mais atraída por Maxwell do que por qualquer homem que passara pela sua vida, com exceção de Alfonso. Gostara dele à primeira vista e, de um modo curioso, se sentia relaxada com ele, porque tinha certeza que ele reconhecia os limites que ela impusera e os respeitaria até que ela lhe desse permissão para ir além.
Naquela tarde Alfonso e Maxwell ficaram algum tempo no corredor conversando, antes de terminarem o expediente. Anahí fechou o escritório e murmurou um boa-noite ao passar pelos dois, policiando-se para o seu olhar não se demorar em Alfonso. Maxwell se virou para observá-la caminhar ao longo do corredor, os olhos brilhantes se estreitaram com visível interesse. Alfonso também se virou para assistir Anahí se afastar, reparando no seu andar gracioso, no modo como a saia fluía ao redor das pernas adoráveis. Não gostou do jeito como o inglês a olhava, como um gato mirando um canário que estava prestes a transformar em refeição. Uma onda lenta de raiva começou a brotar em seu interior.
— Ela é uma mulher muito bonita — comentou, sondando uma resposta e todos os nervos do seu corpo esperaram pela resposta de Maxwell.
O homem lhe lançou um olhar incrédulo.
— Bonita? Ela é lindíssima! E é tão delicada, tão suave, que você tem que olhar atentamente para perceber a pureza clássica da sua face.
Alfonso tinha visto a face de Anahí ardendo de prazer, os lábios intumescidos pelos beijos dele, implorando por mais. Estava agindo num passo dolorosamente lento, esperando por um sinal de que ela também se sentia frustrada por terminarem as noites apenas com beijos. Sim, ela gostava dos beijos dele, mas ainda impunha uma distância que ele não conseguira vencer e não importava o quão torridamente a beijasse, ela não o encorajava a ir adiante. Estava começando a se sentir desesperado, o corpo ansiando por satisfação. Vinha dedicando suas noites a ela, logo não saíra com outras mulheres para aliviar seus desejos sexuais. Não sentia tal ansiedade desde que era um adolescente desordeiro, tentando seduzir a namorada virginal todas as noites no banco traseiro do seu carro.
Mas se Anahí perdesse o autocontrole o bastante para se entregar à paixão, teria que ser cora ele. Não tinha a menor intenção de deixar Maxwell ver aquela reserva fria derreter-se em calor primitivo e luxúria. O desejo dela seria seu, só seu.
— Já reparei nela — disse com a voz uniforme, mas o tom sinalizando uma advertência ao outro homem. Maxwell o encarou, então suspirou.
— Então, você levou vantagem sobre mim, não é?
— Conheço-a há anos — Alfonso respondeu evasivo. Maxwell deixou escapar um suspiro exasperado.
— Também conheço a empregada da minha mãe há anos, mas não fico advertindo os homens a se afastarem dela.
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Alfonso riu, as coisas pareciam ter ficado mais fáceis durante aquela última semana. Apesar de tudo, gostava de Maxwell. O inglês podia perseguir Anahí implacavelmente, mas nunca agiria como um ladino. Apenas se agarraria as suas chances. Isso não abalava a determinação de Alfonso de tê-la toda para si, mas o fez relaxar, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 116
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isajuje Postado em 18/05/2013 - 22:12:07
Sim, essa web foi demais mesmo! Li ela toda esses dias. Gostei muito e está em uma das melhores de que eu já li. Amei *u*
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elizacwb Postado em 26/12/2012 - 11:02:37
essa web foi linda demais, adorei a final, lindossss
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aleaya_ Postado em 21/12/2012 - 23:54:07
ameii o final, espero q escreva outra Logo !!!
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alessandrabp Postado em 20/12/2012 - 21:38:01
Adooooooooorei! Você é um ÓTIMA escritora e espero ter a oportunidade de ler outras webs sua.
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elizacwb Postado em 20/12/2012 - 13:57:43
Posta mais por favor
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aleaya_ Postado em 19/12/2012 - 00:08:21
putz, q Web , vada dia q passa tenho mais vontade de ler e ler mais!!! Posta mais Por favorzinho com açucar???
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traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:52
amei essa web, boa demais
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traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:34
amei essa web, boa demais
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elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:22
essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo
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elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:11
essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo