Fanfics Brasil - 029 Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)

Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)


Capítulo: 029

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Capítulo 4


 


 


 


Anahí o encarou. Como proposta de casamento, aquela era definitivamente insultante, tanto que, por um longo minuto, ela não foi capaz de reagir. Amava-o, mas aquilo era demais. Então, Alfonso  pensava que ela se casaria com ele para aliviar-lhe a consciência pesada? Que estava tão desesperada que se agarraria à primeira a chance? E o pior, será que ele teria razão? Tremendo por dentro, não sabia se teria forças para rejeitá-lo, mesmo sabendo o motivo que o levara a fazer tal pedido.


Para ganhar tempo, virou-se para pegar duas canecas no armário de baixo, mantendo-se de costas para ele, enquanto se concentrava em regular a respiração e restabelecer o equilíbrio dos sentidos confusos. Revirando uma caneca de cerâmica nos dedos, por fim conseguiu administrar uma palavra normal.


— Por quê?


A pele de Alfonso  apresentava uma leve palidez e Anahí percebeu que fazer aquele pedido não fora fácil para ele. Como podia ser, se ainda esperava, bem no fundo do coração, por Dulce?


Como todo homem de negócios, ele começou esboçando as vantagens de uma união.


— Acho que nos daríamos bem casados. Ambos temos uma carreira. Entendemos as pressões que cada um sofre, as exigências que afetam o tempo que normalmente teríamos juntos. Estamos nos dando melhor agora do que nunca e as viagens que preciso fazer nos dariam a possibilidade de respirar um pouco longe um do outro. Sei que está acostumada a ser independente, a ter tempo só para você — disse cauteloso, observando-a em um esforço de adivinhar o que ela pensava sobre aquela proposta, mas era como procurar por expressões na face fria e macia de uma boneca de porcelana. — Saberíamos como respeitar a individualidade do outro.


O café ficou pronto. Anahí verteu a deliciosa bebida fervente nas canecas. Em seguida, ofereceu-lhe uma e apoiou-se na bancada, soprando a sua suavemente para esfriar o café.


— Se precisamos tanto ficar separados, para que perder tempo em nos unir? — perguntou por fim. — Por que não continuarmos do modo que estamos?


Uma nova expressão suavizou o rosto moreno, quando Alfonso  olhou para os cachos de cabelos louros que se enrolavam ao redor dos ombros dela como braços vivos.


— Anahí, se você fosse uma mulher experiente poderia aceitar um romance casual, mas até ontem à noite era uma virgem.


Tremendo, ela se lembrou que Alfonso  era um bom jogador de xadrez. Sabia como se defender e atacar e como se safar de um argumento fraco. Não, ela não era uma mulher de romances casuais, porque jamais fora capaz de ver outro homem na frente que não fosse ele.


Será que Alfonso  não conseguia enxergar o óbvio? Uma mulher para se manter virgem por tanto tempo, apesar das oportunidades normais para mudar tal condição, só podia ter uma razão muito forte para ter se atirado nos braços dele na noite anterior.


— E foi bom ontem à noite — continuou ele suavemente, as palavras se enredando ao redor do coração de Anahí como uma trepadeira, atraindo-a para ele, curvando-a à vontade dele. — Foi tão bom que acabei ficando um pouco louco. Ainda assim consegui sentir como se abriu para mim. Se eu tivesse conseguido esperar um pouco mais, teria sido capaz de enlouquecer por mim também? Estava começando a ficar bom para você?


Alfonso  deixou o tamborete e aproximou-se dela, a voz grave e aveludada seduzindo-a novamente. Então, parou e bebeu o café, fitando-a o tempo todo sobre a beirada da caneca.


Anahí também tomou um gole de café, segurando-o na língua de modo que seu gosto forte deleitasse suas papilas gustativas. Podia sentir o calor aquecer sua face e amaldiçoou a cor clara da sua pele que denunciava os mais lânguidos rubores.


— Sim, eu gostei — admitiu tensa.


— Eu seria um bom marido. Fiel, trabalhador e leal como o Fido, o Wonder Dog, ou seja lá qual for o nome do vira-lata. — Ela o fitou depressa e viu o brilho de divertimento no fundo dos olhos dele, agora dourados com o humor que os iluminava. — Gosto da vida doméstica — continuou, o sotaque rápido reduzindo de velocidade, à medida que ele pensava nas palavras. — Gosto de estabilidade, da companhia de alguém para tomar café nas manhãs chuvosas e nas noites frias de inverno. Está chovendo agora. Não é agradável? — Com a palma da mão, ele envolveu a curva do ombro de Anahí, apertando a junta delicada entre os dedos. Então escorregou a mão, deliberadamente, até o colarinho do roupão que ela usava, os dedos movendo-se sob a camisola para lhe afagar a curva macia dos seios.


Anahí se manteve imóvel, o corpo tremendo pelo prazer inesperado. Aquilo não era justo. Como ela podia raciocinar com clareza quando seu corpo, majestosamente elaborado pela natureza para responder ao toque do homem que ela amava, exigia toda sua atenção? Intelecto era uma coisa boa, mas ele a estava ensinando bem rápido o quão pouco a mente podia controlar o desejo natural do corpo.


Alfonso  a observou de perto, vendo a névoa suave da paixão toldar a fria lisura dos seus olhos verdes. Os cílios espessos curvando-se, as pálpebras se tornando mais pesadas e a respiração cada vez mais instável, através dos lábios apartados. Seu próprio coração começava a bater descompassado quando ele sentiu o intumescimento dos seios mornos sob o toque dos seus dedos, o encantador cheiro feminino que penetrava em suas narinas, dizendo-lhe, mesmo sem ele estar pensando nisso, que ela estava pronta para ser possuída. Antes que fosse tarde demais, afastou a mão, mas o desejo de tocá-la o levou a alcançá-la novamente, envolvendo-a pela cintura esbelta e puxando-a para si. O café de Anahí espirrou perigosamente perto da beirada da caneca. Salvando-os de um possível incidente, Alfonso  colocou a caneca sobre a bancada e em seguida pegou a dela, pousando-a ao lado da outra.


Então Anahí se viu cativa daqueles braços fortes. Seu corpo macio se aconchegou ao dele, amoldando-se, instintivamente, aos contornos do físico musculoso, o que fez ambos suspirarem.


— Está vendo? — murmurou ele, mergulhando o rosto na seda escorregadia dos cabelos dela. — Somos bons juntos. Bons demais.


Anahí o abraçou, sentindo a umidade da camisa, onde a chuva o atingira. O aroma fresco da chuva e o outono que se aproximava misturaram-se ao cheiro másculo e cheio de vida, atraindo-a e ela esfregou o nariz no vão do ombro dele. Que tipo de casamento teriam? Céu ou inferno? Ficaria satisfeita com o que Alfonso  pudesse lhe oferecer? Ou secaria lentamente por dentro, morrendo porque o desejava por inteiro, desejava um coração que sempre seria de Dulce? Naquele momento, em pé na cozinha, abraçados, sentia que não podia querer mais nada da vida. Mas quando o cotidiano a desgastasse, não exigiria mais dele?


Lentamente, as mãos grandes de Alfonso  afagaram-lhe as costas, acariciando cada vértebra.


— Diga que sim, amor — murmurou rouco, era a primeira palavra de amor que ele usava com ela, o que a fez se derreter. — Eu a quero. Sempre a quis, todos esses anos em que você me esnobava. Não havia nenhuma chance de arriscar meu casamento com Dulce, assediando-a. Eu amava a minha esposa. Mas sempre desejei você e Dulce não está mais entre nós. Acho... acho que ela até gostaria da ideia de nós dois cuidarmos um do outro.


Com a face escondida no ombro dele, Anahí revirou os olhos de dor. Sempre que o ouvia falar de Dulce, as palavras soavam como uma espada atravessando seu coração. Como poderia ser forte o bastante para viver com a constatação de que nunca substituiria Dulce nos sentimentos dele? Mas a despeito do seu sofrimento mental, Alfonso  a apertou ainda mais de encontro ao corpo e o movimento provocou uma grande confusão em seus pensamentos. Invertendo as posições suavemente, ele se encostou na bancada e afastou as pernas para apoiá-la, puxando-a de modo a obter um contato mais íntimo entre seus corpos.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • isajuje Postado em 18/05/2013 - 22:12:07

    Sim, essa web foi demais mesmo! Li ela toda esses dias. Gostei muito e está em uma das melhores de que eu já li. Amei *u*

  • elizacwb Postado em 26/12/2012 - 11:02:37

    essa web foi linda demais, adorei a final, lindossss

  • aleaya_ Postado em 21/12/2012 - 23:54:07

    ameii o final, espero q escreva outra Logo !!!

  • alessandrabp Postado em 20/12/2012 - 21:38:01

    Adooooooooorei! Você é um ÓTIMA escritora e espero ter a oportunidade de ler outras webs sua.

  • elizacwb Postado em 20/12/2012 - 13:57:43

    Posta mais por favor

  • aleaya_ Postado em 19/12/2012 - 00:08:21

    putz, q Web , vada dia q passa tenho mais vontade de ler e ler mais!!! Posta mais Por favorzinho com açucar???

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:52

    amei essa web, boa demais

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:34

    amei essa web, boa demais

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:22

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:11

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo


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