Fanfics Brasil - 030 Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)

Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)


Capítulo: 030

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— Se eu a levar para a cama, então terei que me casar com você.


Envolvendo-lhe a mandíbula entre os dedos, ergueu-a com ternura, forçando-a a encará-lo.


— Você não é o tipo de mulher que possa lidar com algo diferente. Estou lhe oferecendo um compromisso, uma relação verdadeira, com todos os direitos que lhe são inerentes. Serei fiel a você. Prefiro um compromisso com uma mulher a mil encontros casuais com mulheres, cujos nomes não consigo sequer lembrar. Nós nos conhecemos. Sabemos o que esperar. E somos amigos. Podemos conversar um com o outro sobre os problemas do escritório, sobre todas as coisas que temos em comum. Teríamos uma parceria que muitas pessoas invejariam.


Alfonso  acabara de expor todas as razões lógicas para justificar um casamento entre os dois. A casa deles seria uma extensão do escritório, com sexo como cobertura do bolo. Anahí até já podia imaginar ambos arrumados, colocando documentos nas respectivas pastas e então lançando-se um sobre o outro com um desejo feroz, quebrando o decoro do escritório, movidos pela necessidade feroz de fundir seus corpos no ritual mais antigo que assegurava a sobrevivência das espécies.


De repente, as mãos dele apertaram-na e Anahí pôde senti-lo enrijecendo contra o seu corpo.


— Antes de você se decidir, há algo que deveria saber. — Uma nota dissonante, porém disfarçada, deixava claro o quanto ele não queria dizer o que estava pensando. Mas em um negócio os prós e os contras eram sempre pesados e Alfonso  estava tratando aquilo como uma fusão empresarial. — Não quero filhos — afirmou num tom ríspido. — Nunca. Depois de perder Justin e Shane, não posso mais suportar ficar perto de crianças. Se você quiser filhos, então vou embora agora, porque não posso lhe dar. Uma dor retorceu seu semblante. Procurou controlá-la e uma expressão de resignação distante a substituiu. — Simplesmente não consigo superar... —- a voz dele morreu e Anahí percebeu que os ombros de Alfonso  se endireitaram, como se suportando um fardo pesado demais para ser erguido.


Engolindo em seco, ela desejou saber quantas propostas de casamento haviam sido seguidas por uma abrupta e honesta declaração do noivo previdente, expondo os motivos por que a noiva não deveria se casar com ele. Quantas mulheres desejariam se casar com um homem que oferecia companhia em vez de amor, que não queria formar uma família, um homem que se ausentaria em viagens frequentes? E se lembrou do que ele lhe dissera na noite em que embalara os pertences dos meninos... Que não fora capaz de dormir na mesma cama com uma mulher desde a morte de Dulce. Não teria direito sequer de compartilhar as noites com ele! Uma mulher só poderia estar louca para aceitar tal proposta. Ou loucamente apaixonada, pensou.


Afastando-se, fitou o rosto moreno de Alfonso , o rosto que povoara seus sonhos durante anos. Então pensou brevemente no sonho de ter uma casa cheia de filhos, seus filhos, e suavemente deu adeus a esse sonho. Afinal, essas crianças só viviam em seus sonhos mesmo, enquanto Alfonso  era real e se o rejeitasse agora, o paraíso poderia escapar para sempre das suas mãos. Ele não a amava, mas gostava dela, respeitava-a o bastante para querer formalizar a relação deles. Milagres às vezes aconteciam e, contanto que pudessem viver juntos, sempre haveria a chance de ele acabar gostando dela. Mas mesmo que nunca lhe oferecesse o seu coração, estaria lhe oferecendo tudo que podia. Rejeitá-lo seria uma opção, até uma questão de amor próprio, mas amor próprio não substituiria o calor de um homem. Não faria amor com ela com a impetuosa paixão que ele demonstrara na noite anterior. Com a sabedoria intuitiva de uma mulher, sabia que enquanto ele a desejasse com aquela intensidade, existiria uma chance de ela aquecer aquele coração frio outra vez.


— Sim — disse ela num tom calmo. — E agora?


A aquiescência breve e prática não o alterou. Sua única reação foi respirar tão fundo a ponto de estufar o tórax e puxá-la novamente para si.


— Gostaria de despi-la e fazer amor com você na primeira superfície que encontrar.


Anahí o interrompeu, gemendo.


— No chão outra vez — protestou zombeteira.


— Ou na mesa. Ou sobre a bancada. — A reação poderosa do corpo de Alfonso  demonstrava que, enquanto suas palavras soavam divertidas, seu corpo parecia sério. Anahí prendeu o fôlego, desejando saber se seus músculos, já tensos, poderiam sobreviver a um encontro amoroso no piso duro do chão da cozinha. Com o corpo pressionado de encontro ao dele, não podia ver-lhe a face ou teria se emocionado com a paixão que lhe moldava as feições.


Alfonso  a segurou com firmeza, como se quisesse absorvê-la. O alívio que o inundara fora tão grande, quando Anahí aceitou sua proposta, que o deixara fraco. Então, se viu dominado por um desejo primitivo de finalizar o acordo entre eles do modo mais básico possível. Queria marcá-la a ferro com as suas iniciais, sentir a suavidade daquele corpo feminino mais uma vez sob o seu. Planejara a proposta com extremo cuidado, expressando-a com as condições mais lógicas que pôde apresentar, deixando claro que não interferiria na ordem meticulosa do mundo dela. A ideia de se casarem surgira durante a noite e ele realmente sentia que Dulce aprovaria esse casamento. Além do mais, gostava da ideia de Anahí usar o nome dele, da perspectiva de tê-la a seu lado na cama todas as noites. Seu sentimento exagerado de posse queria protegê-la do assédio de outros homens, principalmente Max Conroy. Mas até Anahí fitá-lo, após ele a pedir em casamento e num tom calmo lhe perguntar "Por quê?", não havia percebido o quão desesperadamente precisava que ela lhe dissesse sim. Quando a resposta afirmativa, por fim foi proferida, e de uma maneira casual que o deixou abalado pelo pouco entusiasmo que ela demonstrara pela ideia, um peso enorme saíra de cima dos seus ombros, um peso que ele nem sabia que existia, fazendo-o se sentir livre de suas limitações. Deus, como a desejava!


Alfonso  esfregou o queixo, áspero pela barba crescida, na têmpora de Anahí e relutantemente a afastou.


— Podemos esperar — disse, querendo enredá-la em planos, antes que ela tivesse a chance de reconsiderar o assunto. — Temos que planejar tudo e tomar providências.


— Temos que tomar o desjejum — acrescentou ela, aceitando a sugestão dele e mantendo tudo leve e prático. — A menos que você já tenha comido?



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— Não, nem pensei sobre isso. Não percebi que estava faminto até você falar em comida, mas estou morrendo de fome. Anahí sorriu, pensando que ele quase revelara que estava à beira de um ataque de nervos. Porém, não ia se martirizar, tentando decidir se ele estava assustado com a possibilidade da sua proposta ser r ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • isajuje Postado em 18/05/2013 - 22:12:07

    Sim, essa web foi demais mesmo! Li ela toda esses dias. Gostei muito e está em uma das melhores de que eu já li. Amei *u*

  • elizacwb Postado em 26/12/2012 - 11:02:37

    essa web foi linda demais, adorei a final, lindossss

  • aleaya_ Postado em 21/12/2012 - 23:54:07

    ameii o final, espero q escreva outra Logo !!!

  • alessandrabp Postado em 20/12/2012 - 21:38:01

    Adooooooooorei! Você é um ÓTIMA escritora e espero ter a oportunidade de ler outras webs sua.

  • elizacwb Postado em 20/12/2012 - 13:57:43

    Posta mais por favor

  • aleaya_ Postado em 19/12/2012 - 00:08:21

    putz, q Web , vada dia q passa tenho mais vontade de ler e ler mais!!! Posta mais Por favorzinho com açucar???

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:52

    amei essa web, boa demais

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:34

    amei essa web, boa demais

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:22

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:11

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo


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