Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)
Alfonso já havia partido quando Anahí caminhou até seu carro. Ele tomara o café da manhã apressado e saíra sem lhe dar um beijo de adeus, uma omissão que destruiu totalmente o calor provocado por aquela manhã de paixão. Lembrou-se repetidas vezes que devia aceitar os limites da daquela relação. Estavam casados, mas ele não a amava, logo não podia esperar que agisse como um amante.
Marcie a saudou quando ela abriu a porta do carro. Anahí fez uma pausa, os olhos se estreitando contra o sol luminoso da manhã, enquanto a outra mulher cruzava a pequena faixa de grama entre a rua e o edifício. O tempo continuava frio, mas Marcie usava apenas uma blusa de manga comprida. Uma leve carranca fechava o seu semblante.
— Bom dia — disse sucinta e então foi direta ao assunto. — Anahí, você vai contratar alguém para ajudá-la na loja?
— Claro — disse ela de pronto. Seria necessário, pelo menos para ela ter tempo de almoçar. Uma pessoa sozinha não daria conta de tudo e até mesmo em sua condição periclitante, a pequena loja possuía um fluxo bem grande de clientes fixos.
— O que acha de Derek? Ele só poderia ajudá-la depois da escola e nos finais de semana, mas eu apreciaria se o contratasse. Não gosto do supermercado onde ele está trabalhando agora — disse Marcie num tom preocupado. — Uma das caixas o está assediando.
— Eu adoraria ter o Derek comigo — disse Anahí, sincera. O menino era forte e eficiente, poderia fazer tudo que precisava ser feito depois da escola. Ela olhou para Marcie e percebeu que a amiga estava realmente preocupada com o filho. — Que idade tem essa caixa?
— Está mais para a minha idade do que para a do Derek — Marcie resmungou desgostosa.
— Ela sabe que ele só tem 15 anos? Ele parece bem mais velho.
— Eu sei, eu sei... Anahí, as meninas da escola o acompanham até em casa! Ele acha tudo normal, mas está ficando cada vez mais difícil para mim ter que lidar com isso. Ele era o meu bebê! — lamentou. — Ainda é só um bebê! Não fui talhada para ser mãe de... um deus grego! Um deus italiano — corrigiu-se com uma lealdade escrupulosa aos fatos.
— Se o Derek quiser trabalhar na loja, eu agradecerei aos céus todas as noites.
— Ele adoraria. Gosta de você e desse tipo de trabalho. Não sabe como isso me deixaria feliz!
Anahí sorriu e acenou com a mão rejeitando o agradecimento. Derek tiraria uma carga enorme dos ombros dela e gostava de tê-lo por perto. Apesar da sua aparência espetacular, o menino possuía uma serenidade, um ar de capacidade, que a fazia sentir-se mais confortável. A única pessoa capaz de lhe proporcionar maior sentimento de segurança física era Alfonso .
— Por que não vai até a loja para ver como está ficando — ela convidou Marcie.
— Obrigada, eu vou. Se tiver tempo hoje, que tal se eu lhe levar o almoço?
— Nunca rejeito um almoço!
Anahí estava orgulhosa da loja, pensou, enquanto estacionava o pequeno carro no estacionamento atrás do prédio. As paredes reluziam com a pintura nova, agora branca. Havia uma faixa decorativa em tons de azul ao redor da porta e das janelas, que depois de limpas, com uma mistura de vinagre e suco de limão, cintilavam à luz do sol da manhã. As vidraças em forma de losango conferiam um ar de lar à lojinha, com chão rústico de tábuas corridas e compartimentos antigos para a mercadoria.
Prateleiras novas se enfileiravam nas paredes e a cerâmica tomava uma parede inteira. Tons luminosos de vermelho, azul, ocre e salmão se misturavam num desenho abstrato, pois toda a cerâmica fora vitrificada com cores vivas. Colchas caseiras haviam sido dispostas sobre duas cadeiras com espaldar alto, enquanto outras dobradas cuidadosamente e empilhadas nos fundos nos assentos de tecido. Havia pregos, martelos, chaves de fenda, porcas e parafusos, tesouras, alfinetes e agulhas e inúmeras outras miudezas necessárias, mas Anahí já tinha intenção de ampliar o estoque. Incluiria materiais para macramé, bordados em ponto de cruz, pavios de vela e trabalhos de tricô. Bonecas artesanais estavam muito em voga e essa poderia ser outra seção. Havia dois quartos menores nos fundos, além do quarto de cerâmica e do minúsculo escritório, e ela poderia transformar um deles em um quarto para fazer as bonecas de porcelana. Bichos de pelúcia eram outra possibilidade. Tinha tantas ideias, que temia não ter espaço para por todas em prática.
A pequena loja lhe proporcionava muito mais satisfação do que o trabalho da empresa. Gostava do ritmo exigente da Spencer-Nyle, mas a estrutura de uma grande corporação realmente não combinava com ela. Era distante, impessoal. Aquela lojinha acolhedora e rústica era muito mais pessoal, exclusivamente sua, mesmo possuindo-a há tão pouco tempo. As cores calmas, a exposição confortável dos artigos, tudo tinha o seu toque pessoal. Não hesitara nem um segundo ao saber que a loja estava à venda. A intuição lhe dizia que era o que ela queria. Ao olhar para o prédio e para o estoque, não regateou. O preço fora bem razoável, talvez devido às condições lastimáveis da construção. Comprá-la significara um rombo considerável em sua poupança e as reformas esvaziaram ainda mais suas reservas. Mas valera à pena. Agora era dela, algo que comprara e moldara para refletir sua personalidade.
O prédio antigo estava num estado precário. Ao se virar para caldeira de calefação obsoleta, pensou que ali estava outra coisa que precisava ser substituída.
Ainda estavam em outubro. Mas como seria no mês de janeiro e fevereiro? Um telhado novo e isolamento eram uma necessidade.
A loja ficara fechada durante a limpeza e pintura e Derek cuidara da parte elétrica. Fora uma surpresa para Anahí, que um menino da idade dele demonstrasse tamanho conhecimento sobre o assunto. Mas ele lhe explicara e tudo parecera mais simples. Só depois do trabalho concluído é que Anahí ficou sabendo através de Marcie que Derek jamais havia mexido em uma fiação elétrica antes. Simplesmente após ler sobre o assunto, decidiu por em prática. Ao acender as luzes, percebeu o quanto a mercadoria parecia mais atraente com a iluminação mais brilhante e bem direcionada.
O que teria feito sem Derek? Estaria longe de poder abrir.
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Anahí respirou fundo e virou a tabuleta na porta da frente pela primeira vez de "Fechada" para "Aberta". A loja estava oficialmente inaugurada. A lojinha contava com clientes regulares acostumados a fazer uma visita informal e perambular ao redor, sempre que precisavam de um pacote de pregos de arremate ou uma meada de lã. O movimento nunca era muito i ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 116
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isajuje Postado em 18/05/2013 - 22:12:07
Sim, essa web foi demais mesmo! Li ela toda esses dias. Gostei muito e está em uma das melhores de que eu já li. Amei *u*
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elizacwb Postado em 26/12/2012 - 11:02:37
essa web foi linda demais, adorei a final, lindossss
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aleaya_ Postado em 21/12/2012 - 23:54:07
ameii o final, espero q escreva outra Logo !!!
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alessandrabp Postado em 20/12/2012 - 21:38:01
Adooooooooorei! Você é um ÓTIMA escritora e espero ter a oportunidade de ler outras webs sua.
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elizacwb Postado em 20/12/2012 - 13:57:43
Posta mais por favor
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aleaya_ Postado em 19/12/2012 - 00:08:21
putz, q Web , vada dia q passa tenho mais vontade de ler e ler mais!!! Posta mais Por favorzinho com açucar???
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traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:52
amei essa web, boa demais
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traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:34
amei essa web, boa demais
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elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:22
essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo
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elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:11
essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo