Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)
— Faça como quiser — disparou, marchando para fora do quarto e fechando a porta cora força.
Trêmula, Anahí tomou uma ducha e se deitou na cama, permanecendo acordada por um longo tempo enquanto imaginava se ele viria até seu quarto de madrugada, como fizera na noite anterior. Porém, escutou-o se movimentar pelo próprio quarto, mas dessa vez, Alfonso não cedeu à tentação de vir até ela.
Os olhos de Anahí queimavam, enquanto fitavam a escuridão. Era irônico ter de defender seu lado profissional, quando sempre sonhara com uma típica e tradicional vida familiar. Fora Dulce que sempre defendera de modo apaixonado o direito da mulher a uma carreira. Nunca lhe faltaram argumentos ou opiniões. Em determinado ponto, os planos de ambas foram invertidos e cada urna seguiu a rota destinada à outra. Dulce é que deveria ter sido uma mulher de carreira, enquanto Anahí, a dona de casa. O mais irônico era que agora, que tinha a chance de se dedicar ao marido, tinha de se agarrar à carreira para manter alguma estabilidade em sua vida. Alfonso não lhe oferecia nada além de conveniência e sexo e Anahí precisava de mais. Necessitava de um lugar onde pertencesse e que lhe pertencesse. Onde se sentisse segura. Se tivesse o amor de Alfonso , iria se sentir segura em qualquer lugar, mas não o possuía. Ainda se encontrava do lado de fora perscrutando, esperançosa, pela janela.
Alfonso também permanecia acordado. O peito agitado pela raiva e tensão. Anahí o tirava do sério quando se mostrava fria daquela maneira! Tivera vontade de se desculpar pela noite anterior, quando rejeitara sua compaixão, mas ela erguera aquela maldita parede de gelo e se recusara a responder ou deixá-lo recompensá-la pelo que fizera. Mostrara-se fria, como se o que ele fizera não tivesse a menor importância para ela. E provavelmente não tinha, pensou, irritado. Porém, quando fora ao quarto de Anahí e fizeram amor, ela colocara a barreira de lado e se mostrara quente e doce em seus braços como sempre fazia. Desejara se fundir na carne de Anahí, fazê-la desistir de mantê-lo à distância e pensara que havia conseguido. Porém, na manhã seguinte, ela se mostrara fria e distante como sempre, como se não tivesse reagido apaixonadamente na noite anterior.
Aquela maldita loja era mais importante para ela do que qualquer outra coisa, inclusive ele. Pedira-lhe para que fosse com ele ao jantar, mas a loja vinha em primeiro lugar. Sempre soubera o quanto Anahí era devotada ao trabalho. Quando a pedira em casamento, sabia que ela esperava que fosse respeitada a prioridade de sua carreira assim como a dele seria respeitada. Concordara em lhe dar o espaço de que necessitava e agora descobria que aquilo o estava enlouquecendo. Toda vez que Anahí erguia aquelas gélidas barreiras, tinha ímpeto de desmoroná-las e a possuir do modo mais primitivo até que ela não fosse capaz de levantá-las outra vez. Anahí não se importava sequer em discutir. Apenas mantinha sua posição e lhe virava as costas. O modo desdenhoso com que erguera aquele queixo delicado quase lhe destruíra o autocontrole, mas ela deixara claro que se a levasse para a cama seria um estupro. Portanto, foi forçado a se retirar antes de se ver tentado a fazer exatamente aquilo. Não queria machucá-la, apenas possuí-la, total e irrevogavelmente. Desejava nunca mais ver aquela expressão distante e reservada na face de Anahí. Queria aquela brilhante vivacidade com que se dedicava à maldita loja para ele. O desafio que Anahí representava estava se tornando uma obsessão em sua vida. Até mesmo no trabalho se surpreendia imaginando formas de lhe invadir as defesas. Até agora, a única que encontrara fora através do sexo, mas aquela maneira funcionava apenas temporariamente.
Queria-a agora. Queimava de desejo, enquanto se movimentava, inquieto na cama. Esperou, sabendo que se fosse até o quarto de Anahí agora, ela se oporia e Alfonso não queria submetê-la àquele tipo de experiência. Não confiava na própria habilidade de se controlar. Não a queria resistente. Desejava aquele corpo macio fundido ao dele, agarrado a ele com a força sedosa das pernas e braços delicados. A imagem fria de Anahí despedaçada pelo primitivismo do ato. Era por aquilo que esperava.
Na manhã seguinte, quando Anahí acordou, surpreendeu-se ao encontrar Alfonso desperto e com o café da manhã quase pronto. Ela o fitou, cautelosa, porém, os resquícios da raiva o haviam abandonado, embora ainda sentisse uma tensão indefinível que a levou a cumprimentá-lo apenas com comedida educação.
— Sente-se. — As palavras eram uma ordem, não um convite.
Anahí obedeceu e ele serviu a refeição, antes de se sentar na cadeira oposta à dela.
Estavam quase acabando a refeição quando Alfonso Se manifestou.
— Manterá a loja aberta durante todo o dia, hoje? Anahí pousou a xícara de café na mesa com cuidado.
— Sim, o sr. Marsh, o antigo dono, disse-me que sábado era o dia que ele mais vendia. Fechava todas as quartas-feiras após o meio-dia e acho que manterei essa rotina. As pessoas gostam de ver os costumes preservados.
Anahí esperava que ele objetasse, mas em vez disso, Alfonso se limitou a anuir com um gesto discreto de cabeça.
— Irei com você para a loja hoje. Gostaria de ver as coisas mais detalhadamente. Já montou seu sistema de contabilidade?
— Não completamente. — Aliviada pelo fato de ele não começar outra discussão, Anahí relaxou a guarda e inconscientemente se inclinou em direção a ele, suavizando os olhos verde-escuros. — Montei um livro com tudo que gastei e o que vendi, mas não tive tempo para organizá-lo.
— Se não se opuser, eu os atualizarei para você — ofereceu Alfonso . — Pensou em comprar um computador e colocar seu inventário nele? Por falar nisso, tem que colocar seu sistema de contabilidade nele também. Será muito mais fácil e rápido se informatizar.
— Pensei nisso, mas o computador terá de esperar. A loja está necessitando de um telhado novo e tenho várias ideias para expandir a seleção de mercadorias. Tem também um alarme contra roubo que pretendo instalar. Já gastei todas as minhas economias e preciso juntar um pequeno capital de giro.
— Usou suas economias? — indagou Alfonso , erguendo as sobrancelhas espessas. Em um gesto automático, Anahí recuou outra vez. A barreira erguida para protegê-la. Ele contraiu a mandíbula ao perceber a mudança de expressão e uma determinação feroz se ergueu dentro dele. Não permitiria que Anahí o trancasse do lado de fora dessa vez. Iria transpor aquela maldita barreira como se ela não existisse.
Esticou a mão e lhe segurou o pulso, fechando os dedos fortes em torno dos ossos delicados.
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 116
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isajuje Postado em 18/05/2013 - 22:12:07
Sim, essa web foi demais mesmo! Li ela toda esses dias. Gostei muito e está em uma das melhores de que eu já li. Amei *u*
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elizacwb Postado em 26/12/2012 - 11:02:37
essa web foi linda demais, adorei a final, lindossss
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aleaya_ Postado em 21/12/2012 - 23:54:07
ameii o final, espero q escreva outra Logo !!!
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alessandrabp Postado em 20/12/2012 - 21:38:01
Adooooooooorei! Você é um ÓTIMA escritora e espero ter a oportunidade de ler outras webs sua.
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elizacwb Postado em 20/12/2012 - 13:57:43
Posta mais por favor
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aleaya_ Postado em 19/12/2012 - 00:08:21
putz, q Web , vada dia q passa tenho mais vontade de ler e ler mais!!! Posta mais Por favorzinho com açucar???
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traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:52
amei essa web, boa demais
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traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:34
amei essa web, boa demais
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elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:22
essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo
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elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:11
essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo