Fanfics Brasil - 072 Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)

Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)


Capítulo: 072

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Alfonso lhe voltou um olhar indecifrável que a fez se encolher em seu íntimo. Não importava o que sentisse dali para a frente, jamais mencionaria seus problemas outra vez. Quando o bebê começou a chutar energicamente, impedindo-a de dormir à noite, Anahí suportou aquilo em silêncio. Tolerou as crescentes dores em seus músculos sobrecarregados e o total desconforto. Embora parecesse uma eternidade, sabia que em uma questão de semanas tudo aquilo acabaria.


No primeiro dia de outubro, a dra. Easterwood lhe recomendou parar de dirigir e descansar mais. Aquilo era algo que teria de contar a Alfonso , porque teria de parar de trabalhar na loja. Portanto, em vez de ser mimada por Erica, Derek e um grupo fiel de clientes, havia apenas a sra. Melton para tomar conta dela, embora Marcie subisse para ver como ela estava passando várias vezes ao dia. Alfonso  começou a passar todas as tardes em casa, embora ela soubesse que ainda teria de comparecer a alguns jantares de negócios. Tudo que ele dissera quando perguntou, foi que Max o estava substituindo.


Anahí descobriu-se demasiado letárgica até mesmo para sentir falta do trabalho na loja. Dedicou-se à leitura e tentou decidir qual nome daria ao bebê, mas não conseguia se concentrar em nada. Dormia muitas horas durante a tarde, porque parecia ser a parte do dia em que o bebê também dormia. A noite, a criança costumava fazer exercícios aeróbicos.


Durante as noites, deitada na cama acordada e tendo como companhia apenas a criança que não havia nascido, Anahí atormentava-se tentando decidir se tomara a decisão certa. O simples pensamento de não ter tido o bebê lhe era insuportável. Aquela criança era parte de Alfonso , concebida em um ato de amor e, mesmo antes do nascimento, a amava com tamanha devoção que chegava a assustá-la. Não esperara sentir aquele senso de possessão física. A criança era parte dela também. Uma extensão de si mesma. Como tal, se ressentia profundamente quando Alfonso  rejeitava a criança.


Porém, a decisão que tomara, apesar de ter sido a única aceitável, poderia arruinar a vida da criança. Sabia que a aversão que Alfonso  demonstrava pelo bebê não deveria ser subestimada, que fora fruto dos piores dias da vida dele. Ainda podia sentir a angústia, o profundo e absoluto desespero estampado em seu rosto. Ainda chorava ao se lembrar do vazio que se refletia no olhar de Alfonso . Ela o encostara na parede, forçando-o a escolher entre aceitar a presença de uma criança que ele não queria ou perder o amor da esposa, que ainda parecia tão novo e frágil para Alfonso . Ele nunca esperara encontrar o amor outra vez. Não depois da tragédia que se abatera em sua vida. Quando amava de verdade, sentia-se assustado e desorientado com aquele sentimento. Porém, quando em face de uma escolha, preferiu ficar com ela, mesmo que aquilo lhe custasse um grande desgaste emocional.


A adoção era uma alternativa que vinha com frequência à mente de Anahí, apenas para ser rejeitada de imediato. Não havia uma solução fácil. Não importava o que fizesse, alguém sairia ferido. Se abrisse mão de seu bebê, aquela perda a assombraria para o resto da vida. Se o amor de Alfonso  um dia fenecesse sob o peso de um fardo que ele não podia carregar, iria se ressentir do próprio filho ou filha?


Desde que tomara a decisão de ter o bebê, não se permitira tais pensamentos. Viveria um dia de cada vez, sem planejar um futuro longínquo, ignorando os problemas que sabia estarem esperando por ela, porque simplesmente não conseguia enfrentá-los. Tudo que conseguira fazer fora viver o presente, mantendo o corpo e a mente centrados na vida que se desenvolvia dentro dela. Mantivera-se ocupada com a loja e distraída com a constante companhia das outras pessoas. Porém, agora passava a maior parte dos dias sozinha, sem nada para fazer a não ser pensar e estava com medo.


Se perdesse Alfonso  agora, o que faria? Esperara por um milagre quando se casou com ele e o encontrara. Vê-lo se afastar iria despedaçá-la. Ainda assim, arriscara destruir seu casamento e o fizera deliberadamente. Alfonso  já estava se mostrando distante dela e se afastava mais a cada dia. Era gentil e solícito com seu bem-estar e saúde, mas o bebê impedia qualquer intimidade verdadeira entre ambos. Anahí começava a temer que se tornassem meros estranhos.


O Alfonso  que conhecia era um homem impaciente e dinâmico. Fazia as coisas e as pessoas se moverem. Superara uma tragédia tão grande que desestabilizaria qualquer homem para sempre. Aquele Alfonso  não era o homem educado, cuidadoso e controlado que chegava do escritório todos os dias, perguntava se ela estava se sentindo bem e a ignorava pelo resto da noite. E se aquele distanciamento fosse fruto da indiferença e nunca mais ele se aproximasse dela mesmo sem a barreira da gravidez? Estaria apenas fazendo a gentileza de lhe emprestar seu nome até que o bebê nascesse?


Anahí ficou satisfeita pelo fato de sua primeira aula de parto natural ter sido em uma noite em que Alfonso  estava viajando a negócios. Daquela forma, não teve de explicar onde estivera. Havia adiado as aulas, esperando que Alfonso  se decidisse a acompanhá-la, mas por fim, o tempo obrigou-a a tomar uma decisão. Se não começasse a frequentar as aulas logo, o bebê nasceria de qualquer forma. Sentia-se tímida e sem jeito, mas ficou até o fim e sentiu demasiadamente a falta de Alfonso . Marcie era uma amiga querida, mas todas as mulheres na classe estavam acompanhadas dos respectivos maridos e Anahí captou vários olhares de pena dirigidos a ela. Porém, a aula a fez sentir melhor em um aspecto: estava quase dando à luz, mas havia muitas mulheres tão deformadas pela gravidez que faziam o discreto volume de seu ventre parecer insignificante. Orgulhosa, Anahí deu uma palmada leve na barriga. Gostava de estar exatamente assim.


Alfonso  voltou para casa mais cedo na tarde seguinte. Entrou na sala de estar, onde Anahí estava sentada com os pés sobre a mesa de centro, enquanto tentava solucionar todas as palavras cruzadas do livro que tinha na mão. Pousando a maleta no chão, com movimentos controlados, ele a fitou.



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— Telefonei para você ontem à noite, e não atendeu. Onde estava? Tomada de surpresa, Anahí ergueu o olhar para desviá-lo em seguida. Desejara que Alfonso  não se mostrasse tão distante, mas esquecera como ele podia ser desconcertante quando colocava alguém sob a mira daqueles determinados olhos negros. N&atil ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • isajuje Postado em 18/05/2013 - 22:12:07

    Sim, essa web foi demais mesmo! Li ela toda esses dias. Gostei muito e está em uma das melhores de que eu já li. Amei *u*

  • elizacwb Postado em 26/12/2012 - 11:02:37

    essa web foi linda demais, adorei a final, lindossss

  • aleaya_ Postado em 21/12/2012 - 23:54:07

    ameii o final, espero q escreva outra Logo !!!

  • alessandrabp Postado em 20/12/2012 - 21:38:01

    Adooooooooorei! Você é um ÓTIMA escritora e espero ter a oportunidade de ler outras webs sua.

  • elizacwb Postado em 20/12/2012 - 13:57:43

    Posta mais por favor

  • aleaya_ Postado em 19/12/2012 - 00:08:21

    putz, q Web , vada dia q passa tenho mais vontade de ler e ler mais!!! Posta mais Por favorzinho com açucar???

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:52

    amei essa web, boa demais

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:34

    amei essa web, boa demais

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:22

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:11

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo


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