Fanfics Brasil - 078 - *Final* Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)

Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)


Capítulo: 078 - *Final*

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Aquilo não era justo. Deus do céu! Não era justo. Evitara-a. Nunca a segurara no colo ou lhe fitara a face. Rejeitara sua própria filha, mas nada daquilo parecera importar para ela. Simplesmente, olhava para o pai com natural aceitação e, em seguida, começou a tentar controlar o punho agitado por tempo suficiente para enfiá-lo na boca faminta.


Olhar para a filha era como ver a si mesmo, imortalizado. Observou, fascinado, os cabelos negros e os olhos quase negros. Os lábios eram iguais aos de Anahí, concluiu. Uma boca macia e delicada, mas o restante era a versão feminina dele. Aquela criança nascera das doces e amorosas horas que passara nos braços de Anahí. Uma parte dela e de si mesmo. Quisera a vida daquele bebê destruída antes mesmo de começar.


Um grito baixo e primitivo lhe escapou dos lábios. Alfonso  a ergueu outra vez, aconchegando-a em seus braços e se ajoelhou. Em seguida, inclinando-se sobre a filha, chorou.


Anahí acordou sobressaltada, sabendo que algo estava diferente. As mãos procuraram Alfonso  na cama, mas a encontrou vazia e se sentou. Ouviu um som estranho e estrangulado, mas não parecia ser de Missy.


— Alfonso ? — sussurrou, sem obter resposta.


Levantou-se, apressada, da cama e pegou o robe, vestindo-o e atando-o na cintura. Quando transpôs a porta, procurou por algum sinal de luz que lhe indicasse onde ele poderia estar, mas não havia nenhum. E então ouviu o barulho sufocado outra vez e sentiu-se congelar. Vinha do quarto da filha. Missy estava sufocando!


Levou a mão à garganta e se precipitou, descalça, pelo corredor, mas levou apenas um segundo para perceber que não se tratava de Missy. Estacou com a respiração alterada. Alfonso ?


A porta do quarto da filha estava aberta e Anahí se moveu em silêncio de modo que pudesse espiar o que acontecia lá dentro.


Alfonso  se encontrava ajoelhado no chão com Missy em seus braços. Mantinha-a colada ao peito e os sons estrangulados e angustiantes saiam de sua garganta.


Anahí quase gemeu alto. Queria ir ao encontro do marido, envolvê-lo nos braços e confortá-lo em sua dor. Dor pelos filhos que havia perdido, pela criança que renegara. Porém, aquele era um momento de reconhecimento entre ele e a filha, e Anahí retornou ao quarto em silêncio. Deitou-se e limpou as lágrimas que lhe banhavam a face. Muito tempo se passou até que Alfonso  voltasse para a cama, escorregando para baixo das cobertas suavemente para não acordá-la. Anahí sabia que ele não conseguia dormir, mas não o tocou. Alfonso  estava travando uma terrível batalha interna e não podia ajudá-lo.


No dia seguinte, ele nada mencionou, mas havia uma calma nele, um senso de paz que não possuía antes. Quando ele saiu para trabalhar, Anahí vestiu Missy para passar o dia na loja. Não havia nada a fazer a não ser continuar com a mesma rotina.


Derek ficou apenas meio dia na escola e chegou à loja após o almoço. Com destreza, ergueu Missy do carrinho, beijando-lhe as faces macias. Dono de uma incrível sensibilidade, o rapaz ergueu o olhar a Anahí, enquanto brincava com a criança.


— Tudo vai ficar bem para você?


— Acho que sim — respondeu ela. — Como soube?


— Pela sua aparência. — Derek sorriu com profunda ternura. — Sabia que ele não seria capaz de resistir por muito tempo.


Talvez Derek fosse intuitivo, pensou Anahí, observando-o, enquanto ele caminhava pela loja com Missy nos braços jovens e fortes. Conversava com a criança como se ela fosse capaz de entender cada palavra que dizia e lhe mostrava todos os objetos coloridos que podiam lhe chamar a atenção. E talvez ela estivesse entendendo. Max comparara Derek a um arcanjo. Podia não ser um anjo, mas andava acompanhado deles.


Anahí não saiu de sua rotina. Missy estava completamente acordada quando Alfonso  voltou do escritório. Eles jantaram como de costume, conversando normalmente. Em seguida, Anahí se dedicou à leitura, enquanto ele lia alguns relatórios. Horas depois, ela se vestiu para dormir, verificou como estava Missy e se deitou na cama, bocejando.


Alfonso  saiu do banheiro, secando os ombros largos.


— Tome — disse ele, atirando-lhe a toalha. — Seque minhas costas.


Sentou-se na cama e Anahí esfregou-lhe a toalha nas costas e, em seguida, depositou-lhe um beijo rápido na espinha. Jogando a toalha ao chão, Alfonso  girou e a pressionou contra os travesseiros.


— Não sou capaz de expressar o quanto a amo — disse em tom calmo.


— Tente — provocou ela.


Alfonso  riu, inclinando-se para beijá-la com crescente desejo. O ato de amor foi incrivelmente doce e intenso aquela noite. Ele se controlava, satisfazendo-a de várias maneiras antes de se entregar ao próprio êxtase e a envolvendo nos braços até que Anahí adormecesse.


Missy acordou de madrugada, querendo mamar. Antes que Anahí pudesse se levantar da cama, Alfonso  jogou as cobertas para o lado e se ergueu.


— Fique aqui — disse ele. — Eu a trarei para cá.


Instantes depois, Alfonso  estava de volta, com uma agitada criança nos braços.


— Você sabia, não? — indagou, enquanto lhe entregava a filha. — Estava acordada ontem à noite.


— Sim, sabia. — Os olhos de Anahí o fitavam refletindo todo o amor que havia no mundo.


— Deveria me odiar — disse ele em tom áspero. —- Pelo que eu queria fazer.


— Nunca. Estava sofrendo e queria se proteger. Eu entendi.


Alfonso  olhou para o bebê e a face austera e morena exibiu uma expressão terna que fez Anahí derreter por dentro. Com extrema ternura tocou a face de Missy com o dedo indicador.


— Ela é mais do que mereço. Estou tendo uma segunda chance, não acha?


Não, não uma segunda chance. Um segundo milagre. Alfonso  morrera por dentro e o amor lhe trouxera a vida de volta. Sempre carregaria as cicatrizes que marcavam a perda das pessoas que amara, mas podia seguir em frente agora. Podia rir outra vez e aproveitar a passagem das estações. Ver a filha crescer, deleitar-se com seus guinchos e risadinhas, com o inocente entusiasmo e amar de todo o coração o seu segundo milagre.


Alfonso  se inclinou para frente e beijou Anahí com lentidão deliberada, repleto de amor e paixão. Após Missy ser alimentada e colocada no berço, ele quis fazer amor com a esposa outra vez. Mostrar-lhe o quanto a amava. Ela era seu primeiro milagre. Aquele que lhe trouxera de volta a luz do sol.


 


 


Fim



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Obrigada meninas por acompanharem comigo mais uma web *-* Fico feliz, mas triste por ter acabado =(    Quem sabe não vem outra...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 116



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  • isajuje Postado em 18/05/2013 - 22:12:07

    Sim, essa web foi demais mesmo! Li ela toda esses dias. Gostei muito e está em uma das melhores de que eu já li. Amei *u*

  • elizacwb Postado em 26/12/2012 - 11:02:37

    essa web foi linda demais, adorei a final, lindossss

  • aleaya_ Postado em 21/12/2012 - 23:54:07

    ameii o final, espero q escreva outra Logo !!!

  • alessandrabp Postado em 20/12/2012 - 21:38:01

    Adooooooooorei! Você é um ÓTIMA escritora e espero ter a oportunidade de ler outras webs sua.

  • elizacwb Postado em 20/12/2012 - 13:57:43

    Posta mais por favor

  • aleaya_ Postado em 19/12/2012 - 00:08:21

    putz, q Web , vada dia q passa tenho mais vontade de ler e ler mais!!! Posta mais Por favorzinho com açucar???

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:52

    amei essa web, boa demais

  • traumadarbd Postado em 18/12/2012 - 09:43:34

    amei essa web, boa demais

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:22

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo

  • elizacwb Postado em 18/12/2012 - 09:42:11

    essa web é simplesmente fantástica, caramba que historia triste e linda ao mmo tempo.amei os personagens,principalmente o dereck e o max (mto fofos com a annie) até chorei qdo o dereck disse q iria ser médico (obstetra) :) e qdo o alfonso assumiu que ama ela, q lindoooooo


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