Fanfic: Coração Eterno♥ {A&A}♥ (Finalizada)

— Ainda não consigo dormir com outra mulher —- disparou ele num tom amargurado. — Não me refiro a sexo. Fiz sexo com outra mulher dois meses após a morte de Dulce e me odiei por isso na manhã seguinte... Aliás, tão logo terminei! Sentia como se tivesse sido infiel a ela e tão culpado que voltei ao meu quarto de hotel e vomitei. Para ser franco nem desfrutei muito, mas voltei a fazer na noite seguinte e me senti culpado novamente. Tentei me auto-flagelar, me fazer pagar por estar vivo, quando ela estava morta. Houve muitas mulheres desde então. Toda vez que preciso de sexo, sempre há uma mulher disposta a se deitar comigo. Preciso de sexo e faço sempre que posso, mas não consigo dormir com elas. Quando tudo termina, tenho que partir. Ainda me sinto marido de Dulce e não posso dormir com outra mulher que não seja ela.

Anahí se sentiu sufocar, suspensa no tempo pelo aperto férreo daqueles dedos em seus braços, pelo hálito quente que lhe tocava as maçãs do rosto e pela face enfurecida perigosamente próxima a sua. Com um movimento ágil, conseguiu se afastar e fechou as mãos em punhos. Não podia ouvi-lo falar sobre intimidades com outras mulheres. Fitou-o com um olhar furioso, desesperado, mas ele não notou. Com um gemido, Alfonso se ajoelhou no chão, enterrando a face entre as mãos, os ombros sacolejando.

Não havia oxigênio suficiente no quarto. Anahí ofegou, sentindo dificuldade para levar ar aos pulmões. Seus sentidos rodopiaram, como se fosse desfalecer, mas isso não aconteceu. De alguma maneira, se viu de joelhos ao lado dele, abraçando-o, como tantas vezes desejara fazer. De imediato, os braços fortes de Alfonso a envolveram num abraço tão forte, que ameaçava quebrar suas costelas. Aninhando a face na maciez dos seios dela, ele deu vazão ao seu pranto. A torrente de soluços fazia seu corpo estremecer. Ela o apertou, acariciando-lhe os cabelos, deixando-o chorar. Sentia que precisava confortá-lo. Era um direito que ele tinha. Já passara tempo demais sem compartilhar sua dor com outra pessoa. Anahí tinha a face molhada, mas não se preocupou com as lágrimas quentes que lhe toldavam a visão. Tudo que importava era Alfonso. Embalou-o suavemente, de um lado para outro, sem nada dizer, apenas com sua presença para protegê-lo da amarga solidão que transformara o coração dele em uma terra fria e desolada.

Aos poucos, ele se acalmou, puxando-a mais para si, as mãos deslizando pelas costas dela. Anahí sentiu a respiração profunda estufar o tórax dele e então uma lufada de ar quente foi expelido contra os seus seios. No mesmo instante seus mamilos enrijeceram uma reação vergonhosa, escondida sob o sutiã rendilhado e a blusa de seda. Agindo por impulso, afagou-lhe os cabelos.

Alfonso ergueu a cabeça, com os olhos ainda úmidos. O tom escuro das pupilas se tornara tão intenso que o castanho havia desaparecido. Ele a encarou e com o dedo polegar enxugou-lhe as bochechas molhadas.

— Anahí... — murmurou em meio a um suspiro, encostando os lábios suavemente nos dela.

Imóvel, ela mal conseguia respirar. Suas milhares de orações haviam sido atendidas naquele toque sutil. Deslizando as mãos pelos ombros dele, explorou as linhas das costas musculosas. Fora um simples beijo de agradecimento, mas o suficiente para abalar-lhe os alicerces e fazer seu sangue fluir apressado para a cabeça, tão intenso era o prazer que a assaltava. Num movimento lânguido, moldou o corpo macio de encontro ao dele, desde o ombro até as coxas, enquanto os dois continuavam ajoelhados no chão. 

Por hoje é só, sei que é maldade eu parar nessa parte, mas continuo outro dia, mas é claro, só se tiver bastante comentários =)