Fanfic:  Nosso Segredo | Tema: Romance,suspense,drama

Enquanto assistia televisão, à noite, quase de madrugada, nesse mesmo dia, me distraía pensando na lerda da Melissa, e no seu novo namoradinho. Quando tocou a campainha, fala sério, estava quase amanhecendo e tinha alguém me chamando na porta de casa. Fui ver quem era, só chuta, Qual a pessoa idiota o bastante para ir na casa de outro de madrugada? Isso mesmo, estava lá parada, parada não, tremendo, morrendo de frio com um pijama azul, espero que seja um pijama, afinal estava de pantufa.
Estava linda com o cabelo todo bagunçado, toda esquisita, mas linda.
– Thiago, Desculpa vir aqui essa hora,de verdade -- Se for pra ficar pedindo desculpas por ter vindo não deveria ter o feito. Não respondi, nem desculpei, mas ela continuou
– Eu queria pedir desculpas, por ter esbarrado em você hoje e sair andando sem dizer nada. Então desculpa. – Doida, completamente, dei risada. Mas ela estava linda e não poderia perder a oportunidade de fazer ela entender que eu a queria aqui, perto de mim, mesmo namorando. Enquanto eu pensava ela foi andando embora
– Melissa! – Ela olhou ansiosa – Você está linda.
Parecia um tomate com aquelas bochechonas gigantes, e toda vermelha agradeceu. Fui até ela, acariciei o cabelo e olhei no olho dela:
– Boa noite Mel,durma bem – e entrei em casa, olhando pela janela a vi parada na rua. Não acredito que de madrugada uma idiota sem roupa nenhuma fica parada numa rua deserta sozinha. É doida só pode, completamente maluca.
Finalmente entrou, fui junto, quando entrei no meu quarto vi um barulho de água e achei que o meu cachorro tinha pulado na piscina da Melissa, olhei rapidamente, e não era o cachorro. Era a própria, mergulhando na piscina sem roupa nenhuma de madrugada no maior frio, doida, completamente maluca, pelo menos sabia que com o cabelo preto estava mais bonita, senão podia internar.
Fiquei pensando nela à noite, até dormir. Não pensando do tipo apaixonado, pensando do tipo curioso.
No outro dia de manhã fui comprar pão na padaria da esquina e a vi andando, sorri, não ganhei nada em troca, quer ver que ela vai parar de falar comigo de novo? Ela estava sangrando, bem no meio da bochecha, não sabia muito no que poderia ter acontecido, ela falou que era lerda, disso eu já sabia, e que tinha sido sem querer, não acreditei em nada, mas se não queria contar pra mim, respeito, mas não precisava sair andando sem falar nada, parece doida. Fui pra minha casa, brinquei com meu irmãozinho o dia inteiro, ele não para nunca, jogamos futebol no vídeo-game, adoro isso, e sou bom também.
À noite Will me ligou me chamando para sair, eu disse que não poderia ir. Não queria ir, mas falar assim é meio mal-educado, então falei que minha mãe não deixara.
A noite estava linda, a lua cheia brilhava no céu escuro, iluminando as nuvens que, de vez em quando tampavam o seu brilho.
Deitei na minha cama e comecei a pensar na Melissa, será que estaria com seu namoradinho? Talvez sim, provavelmente sim, mas não queria que estivesse, eu queria conversar com ela, por isso fui atrás, não tinha o número. Mas ela morava do meu lado, então olhei pela janela, não dava pra ver muito bem mas ela parecia estar na piscina, fazia bastante barulho, mas o resto da casa estava apagada, será que dessa vez seria meu cachorro? Fui ver, a porta estava entreaberta então entrei, fui correndo para piscina, e não era meu cachorro que estava nadando era, de novo, Melissa, mas ela não estava nadando, estava submersa, e não parecia estar acordada, pulei de roupa e tudo para pegá-la. Só tirei meus sapatos e joguei perto de algumas garrafas de vodca que estavam do lado, eles são caros.
Peguei ela, trouxe á beira da piscina e fiz tudo que tinha visto nos filmes de bombeiros, bati no peito dela, respiração boca a boca, massagem cardíaca, até ela acordar, saiu a piscina inteira da boca dela, junto com vodca, ela acordou por pouco tempo, o suficiente para tomar uma bronca minha:
– Melissa o que diabos estava fazendo?- falei bravo, mas não era muito possível ficar bravo enquanto o alvo está morrendo na sua frente.
– Thi... Thiago, você me salvou- sorriu, e desmaiou de novo, dessa vez respirando.
Tratei logo de ligar para o 192 e solicitar uma ambulância. Chegaram rápido, perguntaram o que havia acontecido, depois de um exame rápido falaram que ela tinha engolido muita água, estava completamente embriagada, mas que ficaria bem e nada de grave aconteceria. Mesmo assim um doutor especializado viria até sua casa fazer mais exames e constatar que realmente ficaria bem.