Fanfic: Love On | Tema: One Direction

Meu nome é Trisha Perkins, moro em San Diego, Califórnia com minha mãe e meu padrastro. Estudo na escola de Scripps Ranch High School. Tenho 16 anos e me considero uma aluna normal. Sou branca, tenho cabelos em tom loiro-escuro, olhos castanhos, estatura baixa e não tenho um corpo chamativo, sou normal. Não sou rodeada de amigos, não tenho meninos caindo aos meus pés, não tenho notas excelentes, mas sou feliz. Faltam menos de cinco dias para as tão esperadas férias de verão, graças a Deus, não vejo a hora de poder me largar no sofá por duas semanas inteiras sem me preocupar com estudos, deveres de casa, etc.

– Então, Trish, o que planeja fazer nessas férias? - Me perguntou Jade, minha melhor amiga. Jade tinha enormes cabelos ondulados em tom castanho-claro, pele bronzeada, olhos cor de mel, um sorriso lindo e corpo perfeito. Apesar de tudo isso, não era líder de torcida, muito pelo contrário. Jade era super ligada em música, filmes, seus amigos e sua família. Era uma pessoa super simpática, carismática e com um ótimo senso de humor. Comentar que os meninos caiam aos seus pés seria perda de tempo.

– Não sei ainda. Quero cuidar um pouco de mim mesma, tirar essa aparência cadavérica, sabe? Me bronzear um pouco, dar um jeito nesse corpo reto... Quero chamar um pouco da atenção de alguns meninos, Jade.

– Ótima ideia. Sempre te falei que você precisava de alguém na sua vida pra aumentar sua auto-estima e fazer você sair um pouco da caverna de vez em quando. Você é linda, vai conseguir com certeza.

Jade tinha um jeito estranho de me fazer sentir bem. Apesar de sua aparência de barbie, ela conseguia fazer com que eu me sentisse bonita ao seu lado. Jade podia parecer uma daquelas garotas fúteis, que só ligam para meninos e popularidade, mas era só sua aparência. Eu juro.

Entramos em algum outro assunto quando de repente fomos interrompidas.

– Olá, meninas. Como vocês estão? - Era Louis, nosso amigo. Louis não era lá o que podia se chamar de simpatia em pessoa, mas, para mim, ele era um grande amigo. Louis era alto, tinha cabelos castanhos com um topete e olhos azuis. Adorava usar calças coloridas, tênis com cores simples, blusas listradas e suspensórios. Apesar de sua aparência, era o capitão do time de futebol.

– Olá, Lou. Estamos bem, e você?

– Estou bem. Planos para as férias?

– Trisha falou que vai começar a se cuidar mais, quer um namorado. Acho que já tem alguém em mente, mas não quer comentar. - Jade me olhava com um sorriso maléfico.

– Namorado não. Só quero que alguém além da minha melhor amiga me ache bonita.

Eu não queria um namorado. De jeito nenhum. Aquela palavra me assustava imensuravelmente. Namorado. Não. Impossível.

Ficamos conversando por alguns segundos e logo o sinal bateu para irmos para a aula. Eu tinha aula de química, enquanto Louis e Jade tinham aula de matemática. Me dirigi para minha sala, e logo sentei ao lado de Perrie. Perrie era a capitã das líderes de torcida e simplesmente uma boneca. Era loira dos olhos azuis, pele clara, dentes bem cuidados, tinha cheiro doce e corpo de modelo... Uma menina perfeita. Ela era também muito simpática e inteligente, e, de alguma forma, eu não a via como uma daquelas patricinhas metidas que se jogam para qualquer menino que dê em cima dela (os que não eram poucos, por sinal), apesar de ser exatamente isso que Jade pensava a seu respeito. Eu gostava de Perrie.

– Bom dia, Trish. - Disse Perrie, tomando sua cadeira e ajeitando seus materiais sobre a bancada.

– Bom dia, Perrie.

Nos concentramos na aula, mas, em um momento, fomos interrompidas pela dupla da frente: Niall e Josh.

– Nos digam que essa aula está acabando, pelo amor de Deus, não aguentamos mais, e não sabemos o que significa uma palavra sequer. - Disse Niall.

Niall era um rapaz muito legal e simpático. Era loiro, branco, tinha olhos azuis e um sotaque irlandês muito carregado.

– Faltam cinco minutos. - Respondi, de certa forma já esgotada da aula.

Finalmente o sinal tocou para irmos para casa. Me despedi de meus colegas e saí com pressa da sala. Passei em meu armário, organizei minhas coisas e logo fui embora. Minha casa não ficava muito longe, mas, no meu rítimo, o trajeto demorava uma eternidade. Por isso, sempre levava comigo meu celular e meus fones de ouvido.

Eu estava ouvindo You Me At Six, uma das minhas bandas favoritas. Quando reparei, estava cantando alto e praticamente dançando no meio da rua, o que não foi absolutamente nada legal, devido ao fato de eu ter voz aguda e de criança.

Ao chegar em casa, larguei minhas coisas em cima da escrivaninha e logo fui tomar um banho. Escola acabava comigo, me deixava com olheiras, cara de cansaço, olhar caído, cabelo ruim, sem contar o mau humor. Saí do banho, coloquei uma roupa mais fresca por conta do calor, e, como não tinha saída, tratei de ir fazer os deveres de casa.

Assim que acabei, organizei meu material escolar para o dia seguinte e me sentei na cama, peguei meu notebook e fui ficar um tempo na internet. Entrei nas minhas redes sociais, e fui fazer alguns sets no Polyvore, um site que me inspirava muito para ser estilista. Logo me cansei, desliguei o computador e me joguei na cama. Peguei minha cópia de A Culpa É Das Estrelas, de John Green e fui ler. Li algumas páginas, e quando percebi já eram 19h00 e minha mãe tinha acabado de chegar do trabalho.

– Boa noite, filha. - Disse minha mãe, vindo me dar um beijo.

– Boa noite, mamãe.

– Como foi o colégio?

– Ah, normal... Aulas, professores, deveres de casa... O mesmo de sempre. E o trabalho, como foi?

– Excelente! Ganhei duas clientes novas.

Minha mãe era designer de interiores e trabalhava com a classe alta. Apesar de às vezes eu achar que ela dava mais atenção para o trabalho do que para mim, não era verdade. Ela era uma pessoa super dedicada e conseguia distribuir perfeitamente seu tempo para todos os afazeres.

– Que bom, mamãe. Fico feliz por você.

– Eu também estou muito feliz, Trish! Venha, vamos descer para jantar, Paul trouxe aquele macarrão que você gosta.

Paul era meu padrasto. Ele era um cara bacana, ficou do lado da minha mãe quando meu pai foi embora e nos deu o maior suporte. Eu achava adorável o jeito como ele e minha mãe se completavam como casal. Ele, todo alto, moreno e bronzeado, com um aspecto de salva-vidas (apesar de ser um empresário bem sucedido) e minha mãe, loira, branca, e baixa. Não só fisicamente, mas ele tratava minha mãe como uma verdadeira rainha haviam exatos 10 anos, o que me deixava muito feliz.

– Tudo bem, vamos lá.

Larguei o livro em cima da cama, lavei as mãos e desci para jantar. Ao chegar lá embaixo, encontrei Paul e mamãe sentados à mesa.

– Boa noite, Paul.

– Boa noite, Titi. - Paul me chamava assim desde que havia se casado com minha mãe, e, apesar de ser um apelido infantil e vergonhoso, era carinhoso e adorável. - Hoje, enquanto estava vindo para casa, encontrei Louis saindo do treino. Ele fez algum tipo de piada que não consegui entender.

– Você convive com Louis há 10 anos e até hoje não entende as piadas dele, Paul? - Disse mamãe, rindo.

– Nem eu, que o tenho como melhor amigo desde que nasci entendo. Veja lá Paul.

Tivemos um jantar muito bem humorado como de costume, logo após terminarmos de comer, mamãe e Paul me livraram de lavar a louça e tirar a mesa, então logo dei boa noite para todos e subi para meu quarto. Escovei os dentes, coloquei meu pijama e me atirei à cama mais uma vez, li mais um pouco do meu livro e logo caí no sono.

No outro dia quando levantei, estava um pouco atrasada. Me arrumei com pressa, coloquei calça preta, blusa branca, cardigã cinza e meu toms preto, fiz minha higiene, passei maquiagem para disfarçar minha aparência de panda, prendi o cabelo num coque solto, coloquei meus óculos, peguei minha mochila e saí correndo, sem nem tomar café da manhã.

Ao chegar no colégio, fui direto para a aula de inglês. Sentei-me em uma das últimas cadeiras e tentei não dormir durante a aula. Apesar do sr. Harding ser um bom professor, eu não consegui me concentrar em sua aula. Como eu (milagrosamente) não estava precisando de nota em inglês, resolvi começar a desenhar. No meio dos desenhos, senti um cheiro masculino forte, porém muito agradável, misturado com cheiro de couro e spray-fixador para cabelos perto de mim. Era Zayn.

– Você desenha muito bem, Trisha. - Disse Zayn.

Zayn era o sonho de consumo feminino. Era alto, tinha pele bronzeada, olhos cor de mel extremamente claros, um topete de 10 centímetros e um aspecto de modelo da Calvin Klein. Zayn se amava acima de tudo e de todos, mas era um garoto simpático e engraçado.

– Muito obrigada.

– Sua mãe é designer, né? Minha mãe já falou sobre a sua, disse que ela é excelente. Por acaso ela te ensinou a desenhar?

– Um pouco, na verdade. Mas eu gosto de moda, entende? Minha mãe curte móveis, arquitetura, etc. E diga a sua mãe que minha mãe agradeceu o elogio.

– Ah, que legal. Sabe, eu queria te perguntar uma coisa, mas não comenta com ninguém, pode ser?

– Claro.

– É que minha mãe está insistindo para que eu faça um teste para modelo. Eu quero, sabe? Mas tenho medo do que vão falar. Existe muito preconceito em relação a isso hoje em dia.

– Ah, Zayn, eu acho que você deveria fazer o teste sim. Sabe, o que eu mais escuto são as garotas pirando por você, você tem um perfil característico de modelo, e, hoje em dia, é uma carreira muito promissora. Sobre o preconceito, bom, os comentários invejosos vão ser inevitáveis, mas as pessoas mais próximas irão te apoiar, com certeza.

– É, acho que você tem razão. Mas eu me sinto meio perdido nisso, não sei de absolutamente nada. E, como você entende muito de moda, queria que você me ajudasse, em relação a agências e tudo. Você pode?

– Claro que sim, vai ser um prazer te ajudar.

– Então, hoje a noite você está livre? Posso passar na sua casa depois da aula para resolvermos algumas coisas, aproveito e levo minha mãe para conversar com as sua, já que elas são tão amigas.

– Estou 100% livre essa noite. Pode passar lá em casa umas 17h00, vai ser um prazer receber vocês, e, se você quiser levar seu pai também, Paul estará lá, como sempre.

– Então tudo bem, estaremos lá.

O dia passou, e, como prometido, não comentei nada com ninguém, nem mesmo com Jade ou Louis. Só mandei uma SMS para minha mãe avisando que teríamos companhia para o jantar. Ela, como sempre, achou uma ideia maravilhosa e logo planejou um jantar impecável para receber a família de Zayn.