Fanfic: Love On | Tema: One Direction

No dia seguinte, acordei por volta de 8h00 com o barulho de minha mãe descendo as escadas.

- Bom dia, mamãe. - Falei baixinho, para não acordar Harry.

- Bom dia, filha.

Me levantei com cuidado e fui até a cozinha, onde minha mãe se encontrava no momento.

- Que horas você e Paul chegaram ontem? Nem ouvi vocês abrindo a porta.

- Chegamos por volta de duas da manhã, você e Harry estavam dormindo.. Tão meigos. Não fizemos barulho para não acordá-los.

- Ah... Você está indo trabalhar?

- Sim. Você e Harry vão sair hoje?

- Não sei.

- OK. Me avise quando decidirem.

Minha mãe me deu um beijo e se dirigiu até a porta silenciosamente. Fui até meu quarto, peguei meu livro e voltei para a sala, sentei no sofá e fiquei lendo até Harry acordar.

Quando eram 09h30, Harry acordou.

- Bom dia, Trish. - A voz de Harry ao acordar conseguia ser mais rouca do que normalmente. Incrível.

- Bom dia, Harry.

- Você já está acordada há muito tempo?

- Uma hora e meia.

- Uau, me desculpe por ter dormido tanto. - Ao tentar se levantar, Harry caiu no chão, o que nos fez rir. Logo depois, sentou-se do meu lado. - E seu tornozelo, melhorou?

- Melhorou sim, mas ainda dói um pouco, daqui a pouco passa. Quer ir tomar café?

- Pode ser.

Fomos até a cozinha e tomamos café da manhã, depois Harry sugeriu que saíssemos para almoçar mais tarde, logo aceitei. Voltamos para a sala e ficamos vendo televisão. Quando o relógio soou 11h00, resolvi ir me arrumar. Coloquei uma roupa, arrumei meu rosto, e desci.

Harry e eu fomos até o Nando`s para almoçar, e, como sempre, tivemos um almoço bem humorado e com muita conversa. Após o término do almoço, Harry começou a falar:

- Trish, você quer dar um passeio pela cidade?

- Mas é claro.

Eu e Harry fomos andar pela cidade, até que, quando quando percebemos, já eram 17h00 e minha mãe havia me ligado preocupada, mas, quando soube que eu estava com Harry, ficou tranquila.

Fomos até o Starbucks para tomar um café e resolvemos ir tomar nossas bebidas em um banco perdo dali. Durante um momento de silêncio, senti os braços de Harry envolvendo minha cintura e seu rosto se aproximando do meu. Eu vi seus olhos se fechando e repeti o gesto.

Harry era um ótimo amigo, era atencioso, era compreensivo... Mas também era muito tentador, e, mesmo sem perceber, tentava te "seduzir" praticamente todo o tempo.

Ele estava me beijando e eu simplesmente achei que deveria beijá-lo de volta. Era uma sensação estranha, afinal, era Harry Styles, o menino pelo qual eu sentia uma raiva gratuita há uma semana atrás, mas era boa.

Depois que nos afastamos, fitei o chão por alguns segundos e esperei que Harry falasse algo, até que finalmente, ele quebrou o silêncio.

- Eu... Eu realmente fiquei muito feliz com isso, Trish. - Harry olhava para baixo e sorria.

- Eu também. - Minha voz praticamente não saia, eu não tinha ideia do que dizer.

Ficamos em silêncio por mais um segundo até que Harry se aproximou de mim novamente e me beijou novamente. Repetimos o gesto algumas vezes.

O tempo passou e decidimos que já estava na hora de voltar para casa. Entramos no carro, e, como o trajeto era curto, não me senti na obrigação de puxar assunto.

Ao chegar em casa, Harry abriu a porta do carro e conversou comigo.

- Espero que tenhamos mais dias como esse, Trish.

- Espero que sim.

Harry e eu nos despedimos e eu entrei em casa enquanto via ele entrar no carro e ir embora.

Passei pela sala e vi que as luzes estavam apagadas, então imaginei que minha mãe e Paul estivessem no quarto, afinal, já era tarde e provavelmente eles estavam se preparando pra dormir. Subi as escadas correndo, e, assim que entrei no meu quarto, me joguei na cama e comecei a pensar.

Eu fitava o chão enquanto abraçava o travesseiro que Harry tinha usado na noite passada (que tinha seu cheiro, por sinal) e sibilava "Ha... Har.... H... Harry." Eu tinha beijado Harry, e não tinha sido só uma vez. Será que ele tinha planejado tudo isso desde o começo? Será que Harry faria de mim só mais uma de suas garotas? Eu não tinha ideia do que pensar, mas resolvi me afastar, afinal, eu não queria um namorado, não naquele momento. Me perdi em meus pensamentos e acabei dormindo.

No dia seguinte, minha mãe me perguntou o que eu e Harry havíamos feito na noite anterior, e eu omiti a parte dos beijos e tudo o mais, não queria que minha mãe soubesse de nada que estava acontecendo.

Harry me ligou e eu disse que precisávamos conversar. Seria difícil dizer "não" àqueles olhos, àquele cabelo, àqueles braços, àquela boca... Mas eu havia de ser forte. E muito.

Meia hora depois da ligação, Harry já estava na minha porta. Minha mãe e meu padastro haviam saído, então, achei que poderíamos conversar ali mesmo. Pedi para que ele se sentasse enquanto recusei um beijo de boa tarde.

Eu não fazia ideia de por onde começar, mas achei um jeito.

- Aconteceu alguma coisa, Trish? - Harry parecia preocupado.

- Eu queria conversar sobre ontem.

- Tudo bem, pode falar.

- Então, Harry, por mais que você ache que é, não vai ser nada fácil falar o que eu tenho pra falar... Mas vou ser direta. Ontem, quando cheguei em casa, pensei muito sobre o que havia acontecido mais cedo, e... Eu não quero que as coisas entre nós passem da amizade. Me desculpa, mas, o que aconteceu ontem foi um deslize. Infelizmente, não me sinto segura o suficiente em relação à você e suas atitudes para continuar fazendo isso. 

- Eu achei que você tivesse entendido que com você é diferente.

- Eu ouvi essa parte, mas dizer isso é muito fácil. 

- Bom, Trish, eu não vou te forçar a nada. Na verdade, eu já imaginava que algo assim fosse acontecer, por isso eu já estava meio que preparado. Mas quero continuar sendo seu amigo.

- Então estamos bem como amigos, certo?

- Certo.

Harry se levantou. Suas feições eram tristes, mas ele sorriu para mim.

- Tenho que ir, Trish. Até depois.

- Até.

Levei Harry até a porta e o vi ir embora. Pronto, estava feito. 

Subi até meu quarto e imaginei que precisava tomar um banho, minha cabeça estava atordoada.

Harry`s P.O.V.:

Eu já imaginava que issso aconteceria. Trisha nunca concordou com minhas atitudes em relação à meninas, com toda a razão. Mas eu não iria desistir assim tão fácil. Ela era diferente de todas as outras, o que eu sentia por ela era diferente de tudo o que já havia sentido antes. 

Como eu prometi, não iria forçá-la a nada, mas iria procurá-la dali a alguns dias, para mostrar que nossa amizade ainda estava de pé. 

Era claro que eu estava chateado, mas algo me dizia que eu tinha que continuar tentando, Trisha valia o esforço.

Os dias iam se passando e eu sentia falta daquele dia. Sentia falta do jeito doce como ela fitava o chão, sentia falta da abstinência de palavras após a priemeira vez em que nos beijamos, sentia falta de tudo... Então resolvi que estava na hora de procurá-la. 

Eu sabia que era provável que Trisha não havia nem pensando em mim nos últimos dias, mas eu já não aguentava mais toda aquela distância.

Trisha`s P.O.V.:

Faziam cinco dias que eu não via e não mantia nenhum tipo de contato com Harry. Eu pensava tanto nele... Pensava no jeito como ele confortou seus ombros para que eu dormisse nos mesmos na noite em que passou na sala de estar, pensava no jeito em que ele prestava atenção em cada palavra que eu dizia, pensava no jeito como se aproximou de mim para me beijar... Ah, eu sentia sua falta.

Enquanto eu me perdia em meus pensamentos, ouvi a campainha tocar e me dar um susto. Desci as escadas e fui atender à porta, estava de pijama e com o cabelo desgrenhado. Para, minha surpresa, era Harry.

- Harry! Que bom te ver aqui. 

- Oi, Trish. Pois é, não nos falamos há algum tempo então resolvi vim ver como você está.

- Entre, por favor.

Harry e eu nos sentamos no sofá e começamos a conversar. Falamos sobre os cinco dias que havíamos passado sem nos falar e sobre outras coisas também, como aulas, etc, até que resolvemos ir assistir Two And A Half Men.

Ficamos ali por umas duas horas, rindo e conversando, até que Harry tentou se aproximar de mim novamente. Não sei como, mas consegui me afastar dele e manter firme minha promessa de que não passaríamos da amizade.

Foi muito difícil, afinal, eu o desejava tanto quanto ele me desejava, mas eu tinha que ser forte.