Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

 Que frio do cassete. Dormi muito mal, senti muito frio e tive um sonho com a minha mãe de novo. Por que eu sempre sonhava com ela? Com ela me deixando? Tento ser forte e não lembrar que ela me deixou, mas aí vem uma porra de sonho, sonho não, PESADELO e me faz voltar a lembrar tudo de novo. Me arrumei , coloquei uma jaqueta de couro bem quente, eu queria dar uma volta, talvez ir ao clube porque hoje meu pai iria com Carter, já que é quinta-feira está próximo do fim de semana o clube fica mais movimentado, ou talvez sair por aí mesmo. Desci as escadas e não encontrei ninguém em casa, apenas Rochele estava na cozinha. Como assim? Me deixaram? Que putos, acham que eu tenho vida social, eles saem e me deixam sozinha e eu me arrumei like a rock star para sair. Que saco. Me sentei no sofá bufando, não sabia o que faria. Senti meu celular vibrar e quando olhei tinha uma mensagem de Harry..what?

“Está em casa?” era o que dizia a mensagem.

 “Estou sim. Porque?” eu respondi querendo realmente saber o porque dessa mensagem.

 “Então abra a porta, estou aqui fora” Ele respondeu. O que?

 “ Mais porque?” Eu respondi ainda sentada no sofá.

 “Porque você está me perguntando o porque quando eu estou aqui na frente da sua casa já? Está frio, vem abrir a porta.” Ele respondeu. Que abusado...levantei do sofá rindo, indo até a porta.

 - Abusado...olá. - Eu disse abrindo a porta.

- Sem educação..olá. - Ele disse sarcástico e imitando o meu “olá”. - Vai sair? - Ele falou.

- Queria ir ao clube com os coroas hoje, mas meu pai me deixou. - Falei fazendo bico. - O que faz aqui? - Eu disse

- Vim fazer alguma coisa ué, com os homens ou com você. Já que seu pai e Carter não estão, só resta você. - Ele falou rindo.

-  Dessa vez você quer me usar? Pois bem, eu também estou te usando, porque não tem nada pra fazer.- Eu falei também rindo.

- Vamos para onde rock star? - Ele falou zoando com a minha cara.

- Ei, eu gosto de me vestir como uma rock star. Vamos sair daqui logo. - Eu falei, e apenas fechei a porta.

 Caminhamos até a saída, eu queria fazer uma caminhada pela cidade, mas Harry insistiu para que dessemos uma volta de carro. E assim foi, ficamos rodando a cidade toda de carro, não conversamos muito porque estavamos cantando todas as músicas que a rádio tocava, já estavamos uns 15 minutos rondando a cidade, eramos retardados, ou pelo menos eu era..porque não sabia para onde estavamos indo.

 - Harry, onde estamos indo? - Eu falei

- Eu não sei. - Ele falou olhando para a estrada e rindo.

 - Saio de casa pra fazer alguma coisa e não faço nada de qualquer jeito, você é uma ótima companhia.- Eu falei debochada

- Estamos dando uma volta de carro, isso é alguma coisa...que ingrata. - Ele falou ainda rindo.

 E quando eu acho que já está tudo muito tedioso, o pior acontece o que eu nem esperava. E eu comecei a rir não sei porque.

 - DROGA! - Harry gritou e eu estava rindo da cara dele. - Porque está rindo? O carro parou..- Ele dizia tentando ligar o carro várias vezes de novo sem nenhum sucesso.

- Exatamente, estou rindo porque o carro parou..- Eu falava e gargalhava e dessa vez ele gargalhou junto. - De que adianta ter um carro super caro, se ele para no meio da rua? Isso é muito engraçado. - Eu dizia ainda rindo e ele gargalhava junto comigo.

- Essa não é uma coisa engraçada, mas você fica rindo e me fazendo rir. - Ele dizia com a expressão risonha. - E agora? Chamaremos o reboque, que demora muito aqui em Londres. Ainda mais hoje que está muito frio. Vou ligar para Louis - Ele disse já pegando o celular e procurando por um número nos contatos.

 - E aí? - Falei assim que ele desligou o celular depois de falar com esse tal de Louis.

- Ele está vindo, mais vai demorar um pouco ele não está perto- Ele disse triste.

- Ei não fique triste, o carro ter parado não foi culpa sua. - Eu disse querendo rir novamente.

- Eu sei, mas..queria me divertir hoje e agora estamos aqui dentro do carro esperando por ajuda. - Ele falou.

- Ainda podemos nos divertir ué, andar de carro foi legal o pouco que durou, mas foi legal. - Eu falei tentando animá-lo. - Já que nós vamos conviver um tempo juntos por causa de Carter, que tal nos conhecermos melhor? Jogo de perguntas? - Eu falei olhando pra ele.

- Que ideia interessante, vindo de uma menina que me desprezava. - ele falou se virando pra mim e rindo.

- Cale a boca, se não eu volto a ser ignorante com você. - Eu falei revirando os olhos. - Comece você..- Eu falei sugestiva.

-  Deixa eu pensar...Uma coisa que eu sempre quis saber, mas se for incomodo não precisa responder. Sua mãe, faleceu, é separada do seu pai ou o que?- Ele perguntou e meu estômago embrulhou. Logo a pergunta mais difícil, eu queria contar precisava desabafar com alguém. Mais esse alguém precisava ser Harry? Eu não sei...estou o conhecendo agora, mas dane-se.

- Eu vou te responder, mas você tem que me prometer não comentar mais sobre o assunto comigo a não ser que eu queira e não quero que sinta pena de mim. - Eu falei séria e ele assentiu. - Minha mãe me deixou quando eu tinha 10 anos..- eu falei com vontade de chorar. - Ela deixou meu pai e eu sozinhos, ela disse que estava com um outro homem que a fazia feliz e que não amava mais meu pai, e disse que isso não era justo com ele. Mais eu nunca entendi o porque ela me deixou...Ela não amava mais meu pai, mas e quanto a mim? Eu sou a filha, ou era a filha dela, eu...- eu falei com algumas lágrimas escorrendo, não resisti precisava chorar. - só não entendo. Eu me acostumei a ser independente, porque nunca tive a presença de uma mãe na minha adolescência, mas eu queria entender...- Terminei de falar e abaixei a cabeça pra chorar. DROGA, QUE MERDA. Eu estava chorando na frente de um menino que acabei de conhecer, o que era pior.

- Ei. - Harry falou triste..- Me desculpe, eu não queria te fazer ficar triste, me desculpe mesmo Caroline..eu – Ele parou de falar, se ajeitou no banco pra chegar perto de mim e me abraçou, passando a mão na minha cabeça, como se estivesse acalmando uma criança. - Me desculpe. - Ele falou mais uma vez.

Eu só conseguia chorar, eu não o culpava por ter feito a pergunta e eu precisava desabafar, confiei em Harry pra isso, e agora não quero que ele me decepcione.

 - Obrigada- Foi o que eu consegui dizer ainda com a cabeça na curvatura de seu pescoço.

 Fiquei alguns minutinhos chorando e tentando esquecer a minha mãe enquanto Harry me acalmava. Ele foi me soltando devagar, ainda estavamos perto e ele me olhou bem nos olhos...eu me senti estranha.