Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

 Acordei às 9 da manhã, tinha dormido bem. Eu gosto muito de dormir, mas não gosto de acordar tarde, e isso era uma coisa boa. Me sentei na cama e peguei meu celular pra ver a mensagem que eu não havia visto ontem, provavelmente seria uma mensagem de Harry respondendo a minha última mensagem de ontem...

“Eu não vou negar que falei que você era a deusa da beleza pros meninos, porque isso pode ser verdade, haha. Boa noite xx”

 Opsssss, porque eu fui tentar brincar com ele, qualquer desvio que eu faço ele já vem falar besteirinhas. Resolvi não responder a mensagem, afinal essa hora ele devia estar dormindo. Então ele me acha a deusa da beleza? Não mesmo haha...mas depois da nossa conversa no carro eu sabia que ele não era assim tão galinha do jeito que eu pensava, ele tinha um coração... pelo menos eu acho.

 Sexta-feira, meu pai com certeza teria que ir ao clube hoje porque é fim de semana, e Carter iria com ele. Levantei da cama, fiz minha higiene diária e coloquei uma roupa normal pra ficar em casa. Eu tenho CERTEZA que meu pai já foi para o clube, ele sempre ia cedo, ele agora não me chamava mais pra ir ao clube, não sei porque. Ele acha que eu tenho uma vida social, mas NÃO TENHO, sou agora uma adolescente em casa na sexta-feira sem saber o que iria fazer. Desci as escadas e fui pra cozinha Rochele estava lá limpando..

 - Rochele..que horas meu pai e Carter sairam pra ir ao clube? - Eu perguntei abrindo um dos armários e pegando um biscoito.

-  Não tem muito tempo, acho que 8 da manhã por aí...mas Carter não foi com ele hoje. - Rochele disse. Ué? Porque?

- Porque ele não foi? - Eu perguntei..preocupada. - Ele está aqui ainda?- Eu continuei..

- Seu pai falou que ele não estava se sentindo bem e deixou ele dormindo. Seu pai pediu pra ficar de olho nele, casa algo aconteça. Eu vou dar uma olhada nele assim que acabar de arrumar aqui.

 - Pode deixar que eu passo no quarto dele pra dar uma olhadinha. Obrigada Rochele.- Eu falei comendo meu biscoito sentada no banquinho da cozinha.

 Terminei de comer e resolvi passar no quarto de Carter pra ver se ele já estava acordado e se precisava de algo. Entrei no quarto e estava tudo quieto, Carter estava deitado de lado, com o rosto virado pra parede, cheguei mais perto pra ver se ele estava realmente dormindo, afinal eu não podia ver seu rosto já que estava virado. Apenas estiquei meu corpo pra frente e inclinei a cabeça...mais que porra é essa?

 - Carter? - Eu o chamava, mechendo em seu braço. O nariz de Carter estava escorrendo sangue. O que está acontecendo?

 Enquanto eu o chamava, tudo de pior passou em minha cabeça...ele estava partindo é isso? Mais o médico falou 1 mês ou mais, ele não pode partir agora, não agora, eu não estou pronta. Comecei a chorar enquanto eu o sacudia sem sucesso, Carter não estava reagindo. Peguei meu celular e liguei para meu pai, que veio o mais rápido possível. 10 minutos e meu pai já havia chego em casa, ele deve ter corrido o mais rápido possível com seu carro.

 - Pai vou pegar o casaco, me espere. - Eu disse, enquanto meu pai já descia as escadas com Carter.

- Você não vai.- Meu pai disse com a expressão preocupada ainda carregando Carter para a saída, depois de descer as escadas.

- Porque não? - Eu falei chorando.

- Porque eu não quero que você se preocupe demais. - Meu pai falou já na porta e eu o seguindo.

- EU PRECISO IR, NÃO VOU AGUENTAR FICAR ESPERANDO NOTÍCIAS. - Eu falei gritando dessa vez. Meu pai já estava do lado de fora, colocando Carter no banco traseiro, fechou a porta do carro e se virou pra mim.

- EU NÃO QUERO QUE VOCÊ VÁ. - Ele gritou enfurecido. - VOCÊ É UMA PORRA DE UMA ADOLESCENTE, E VOCÊ TEM PROBLEMAS DE ADULTO. EU NÃO QUERO MAIS ISSO, NÃO ERA PRA SER ASSIM..VOCÊ É MINHA FILHA, EU VOU IR ATÉ O HOSPITAL E CUIDAR DE TUDO. - Ele gritava e chorava, então entrou no carro e deu partida.

 Eu fiquei ali em pé chorando, eu entendia meu pai ele não queria que eu sofresse mais, mais eu não iria aguentar ficar esperando notícia. Será que Carter estava partindo? Eu ficaria desolada em casa chorando, e nervosa esperando respostas. Entrei em casa, e subi correndo pro meu quarto, me deitei na cama e chorei, chorei muito. Queria só alguém que pudesse me entender nesse momento...alguém que soubesse do problema que Carter estava passando e se sentisse como eu. Logo me lembrei de Harry, não queria incomodá-lo porque ainda eram 9:30 da manhã, mas eu precisava, ele também ficaria preocupado com Carter, prometi avisar caso algo acontecesse. Peguei meu celular no bolso do meu short me sentei na cama e liguei...estava chorando, mas dane-se.

 Um toque, dois, três, quatro...e finalmente ele atendeu.

 -Alô? Quem é? - Ele dizia com a voz rouca, com certeza eu o acordei, tanto que ele estava perguntando quem era, não viu o identificador.

 - Harry? Harry? Por favor..Harry? É a Caroline - Eu dizia chorando e desesperada.

- O que houve? Está chorando? Me diga...- Ele falou rápido e nervoso.

- É Carter, por favor.. venha aqui... em casa.- Eu disse soluçando e falando devagar.

- Estou indo agora, me espere- Ele disse e desligou, e eu fiquei ouvindo o barulho “ tu tu tu tu” da chamada encerrada e me deitei na cama de novo, jogando meu celular em qualquer lugar.

 Estava desamparada, eu não queria que Carter partisse agora. Sinto que posso desmaiar a qualquer momento, estava fraca, chorando sem parar...precisava que Harry chegasse logo, ele iria me entender ele também se preocupa com Carter. Meu coração está doendo, doendo desde quando eu olhei para o rosto pálido de Carter e vi sangue. Não se passou muito tempo e eu escutei a porta do meu quarto se abrir, tirei a cabeça do travesseiro e levantei o olhar e era ele, me olhou desesperado e estava com a cara amassada, e tive a certeza que eu acordei ele. Eu olhei pra ele e logo comecei a chorar, me sentando e colocando a mão no meu rosto, ele veio correndo em minha direção se sentou ao meu lado na minha cama e me abraçou. Tudo o que eu precisava era de um abraço, eu chorava enquanto ele passava a mão na minha cabeça me acalmando.

 - Ei, se acalme, me diga o que houve..eu estou aqui. - ele dizia sussurando. E eu senti uma paz enquanto ele falava isso, não sei porque...mesmo em pouco tempo que eu o conheço, ele me fazia muito bem, e eu era muito agradecida pela amizade dele. Mas esses dias eu me sentia estranha em relação a ele...e eu não gostava disso.