Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

Obs.: Ainda é o POV Harry.

É, eu realmente disse que “talvez” gosto de alguém nessa merda de entrevista. Eu só queria livrar Caroline dessa situação, e na pergunta anterior eu disse que éramos amigos e logo após eu disse que “talvez” eu gostava de alguém..isso iria tirar a atenção da Carol achando que eu gosto de outra pessoa. ..iria ou não? Tudo tão incerto...

 - Harry ainda está aqui? Ops...vejam ele acordando agora pra vida. - Louis falou me despertando dos pensamentos. Estavamos todos na van voltando pra casa. Já era por volta das 5 da tarde.

- Ele está pensantivo demais, e isso tem a ver com a entrevista de hoje, tenho certeza. Falou o que não devia. - Niall falou pra Louis.

- Ei, eu posso ouvir vocês falando de mim. - Falei bufando para os dois que riam da minha cara.

- Relaxa Harry, eles estão brincando com você. Você está tenso demais hoje. - Zayn disse batendo no ombro do amigo.

- Isso tudo porque ele gosta da Caroline. Ainda preciso me acostumar com esse Harry. - Liam disse rindo. BABACA.

- Quer saber? Eu vou deixar você falarem mesmo. E daí? - Eu falei dando de ombros, mas claro eu me sentia incomodado com esse assunto, por que eles afirmavam uma coisa que eu não tinha certeza.

 E por falar no assunto “Caroline” que por acaso é o assunto mais falado agora...me lembrei de checar meu celular e ver se ela tinha respondido minhas últimas mensagens.

 “ Você soa tão metido com esse“eu posso e eu vou te tirar do tédio” hahaha. Lembre que quem está sendo usado é você...se realmente for me tirar do tédio me avise. Boa entrevista :) xx.” Claro que eu vou tirar a Carol do tédio, afinal queria vê-la ...e dane-se.

 - Ei, você pode me levar a um lugar? Já estamos perto..- Falei para o motorista da van me encurvando para a frente, de qualquer jeito os meninos escutariam mas eu não estou ligando. - É nessa Zona mesmo, depois dessa rua entra a esquerda e eu te falo qual lugar parar, pode ser? - Eu falei e o motorista concordou. Voltei a encostar no banco novamente.

- Eu conheço esse lugar, zona importante de Londres e se eu não me engano já levei você pra esse lugar quando seu carro estragou. Então..mande um abraço pra Carol por mim. - Louis disse debochado piscando pra mim, por que ele era o único que sabia onde a Carol morava e fez questão de falar que eu estava indo pra lá em alto e bom som. Todos os meninos fizeram “hmmmmm” em coro.

 Não se passou nem 10 minutos...e que 10 minutos chatos por que nenhum dos meninos me deixavam em paz. Falei com o motorista e ele parou em frente a casa da Carol...desci da van escutando umas gracinhas como “se cuidem crianças” “Harry agora é mandado” “tchau apaixonado” “manda um beijo pra sua garota” e tudo o que eu fiz foi mandar o dedo do meio, o que fez eles rirem mais ainda enquanto fechavam a porta da van. Agora eu estou parado na porta da casa dela, eu não avisei que viria como ela me pediu, será que ela estaria em casa? Ela poderia ir ao clube com Mauro ou Carter já que ainda devia ser 5 horas e mais alguns minutos. Bom, toquei a campainha e em um piscar de olhos ela aparece e eu reparei em cada detalhe, reparei em como ela se vestia...ela estava com uma blusa do Guns, um short curto e pantufas e estava achando ela muito sexy com essa roupa até mesmo com as pantufas de gatinho haha

 - Avisar que vem nada né? - Ela disse rindo, e eu pisquei rápido voltando a realidade.

- Oi, eu estou bem também e você? - Eu falei irônico e ela riu me chamando pra entrar. Ela foi até o sofá e se sentou e eu a segui me sentando também. A TV estava ligada e ela prestava atenção em um programa policial e parecia que eu nem estava do lado dela, o que me fez rir e chamar sua atenção.

- De que está rindo? - Ela olhou engraçada pra mim.

- De você com os olhos brilhando enquanto vê um programa policial. É isso que quer ser? Uma tira? - Eu falei rindo...

- Não. Eu quero ser Jornalista Investigativa...de qualquer forma essa profissão é envolvida com a área policial. Tenha medo de mim Styles. - Ela disse fazendo careta o que me fez rir.

- Tudo bem, eu já tinha medo de você antes de você me dizer isso. - Falei e nós dois rimos...A casa estava um silêncio a não ser pelo barulho da TV e de nós dois conversando na sala..então perguntei. - Cadê seu pai e Carter, estão no clube? - Perguntei.

- Meu pai sim, Carter se sentiu cansado e não foi hoje. Está lá em cima, vá lá em cima ele vai ficar feliz em te ver. - Ela falou sorrindo.

- Me espere ok? - Falei com um sorriso no canto da boca e subi até o quarto de Carter. Dei duas batidas e ouvi um “entre” bem fraco. Carter estava sentado na cama com uma caixa na mão e eu sentei ao seu lado.. Sorri pra ele e disse um “olá” ele retribuiu da mesma forma, e então abriu a caixa que continha várias fotos e alguns papeis dobrados. Ele suspirou pesado e começou a falar..

- A minha vida inteira está aqui, nessas fotos e cartas...Eu precisava ver antes de partir. - Carter falou rindo e pegando as fotos, eu apenas o observava...E eu estendi a mão e peguei uma foto

- Espera, esse é você mais novo? - Eu observava a foto em minha mão rindo.

- Sou eu. Um verdadeiro galã não acha? - Ele disse rindo fraco e me fazendo rir. - Veja essas fotos. - Ele disse me entregando umas 5 fotos que havia ele e uma mulher.

- Quem é? - Eu perguntei curioso. Sua esposa? Mais que eu saiba Carter é solteiro.

- Caterine – Ele disse e suspirou. - A mulher da minha vida. - Ele disse como se lembrasse de algo. Então Carter era casado? Eu não entendo..Onde estaria ela afinal?

- Nunca soube que era casado. - Eu disse vendo e revendo as fotos na minha mão.

- E não sou. Eu fui burro demais e deixei essa mulher ir embora. - Ele falou e eu pude ver seu olhar perdido, talvez relembrando do seu passado. - Eu nunca deixei de amar Caterine, está vendo esses papéis dobrados? - Ele falou apontando para os papéis na caixa e eu apenas concordei. - São cartas que eu escrevia pra ela, mas nunca pude enviar porque nunca soube onde ela estava. Eu a perdi por ser orgulhoso, por amá-la demais e nunca ter dito pra ela. Afinal o que é gostar de uma pessoa se você não diz pra ela? Então ela me deixou e eu fiquei a vida toda sem amar alguém como eu amei essa mulher. - Ele disse triste e pensativo. E eu o entreguei as fotos, ele colocou dentro da caixa e a fechou. Isso devia ser uma tortura pra ele não? Poder relembrar uma coisa que viveu e sempre amou, mas nunca poder ter de volta.

- Nossa. É como se você levasse uma culpa desde que ela se foi. - Eu falei pensando.

- E é assim exatamente Harry. Você continua a vida, mas sente que falta parte dela. - ele falou rindo fraco e colocando uma de suas mãos em meu ombro. - Nunca deixe isso acontecer meu jovem, uma hora tudo pode estar bem e depois em piscar de olhos tudo acabar. Não tenha medo de amar, de gostar..fale o que sente e não se importe com os contras,o que importa é você. Você nunca “acha” nada sobre um sentimento, se você “acha que gosta ou acha que ama” é por que você tem certeza. - Ele disse isso e foi como um choque pra mim, como se ele falasse de mim e não dele.

- Você lê pensamentos meu velho? - Eu disse fazendo ele sorrir. - Eu me sinto assim esses dias, apenas “achando” - eu disse fazendo aspas . - sobre um sentimento, então eu realmente posso estar gostando. - Eu disse dessa vez encarando o chão.

- E se estiver gostando não poderia gostar de uma pessoa melhor como Caroline. - Ele disse rindo pra mim. O QUE? Como ele sabia que se tratava dela. - Caroline é uma menina incrível, uma adolescente que mais parece uma adulta pelas coisas que viveu. Ela é forte, mas frágil ao mesmo tempo, quando eu partir ajude Mauro a cuidar dela por mim. - Ele disse ainda rindo. Poderia eu discordar de Carter? Ele estava certo sobre tudo o que estava falando.

- Você é um velho muito sacana, sabe mais da minha vida do que eu. - Eu disse e ele gargalhou.

- Apenas percebo o que está óbvio, está sua cara e na de Caroline também. - Ele falava e não parava de rir. Era óbvio?

- Carter Filósofo. - Eu disse e pensei no que tinha dito rindo. - Vou descer ok? Chame se precisar. - Eu disse e Carter sorriu amigável. Sai do seu quarto, descendo as escadas

 Agora fodeu, eu iria ficar pensando em tudo o que Carter me dissera. Então eu gostava da Carol? Se eu “achava” eu gostava como Carter disse. Não era cedo? Eu realmente não sei, nunca me senti assim. Cheguei na sala, a TV estava ligada..mas cadê Caroline?

 - Carol? - Eu a chamei.

- AQUIIIII. - Ela gritou e parece que o som veio da cozinha. Fui até lá e a encontro virada para o fogão. Cheguei mais perto, ficando do seu lado e encostei na bancada ao lado do fogão.

- O que está fazendo? - Eu disse olhando para a panela que ela estava apenas observando no fogo.

- Pipoca. Não gosto de pipoca de micro-ondas, prefiro a de panela. - Ela disse rindo. - Vamos ver um filme, tudo bem? - Ela disse me olhando.

- Tudo ótimo..já escolheu o filme? - Eu perguntei sem tirar meus olhos dela. LINDA.

- Não. Vamos escolher juntos depois..não sei de que filme você gosta. - Ela disse e parou na minha frente me olhando engraçado, enquanto eu ouvia o barulho dos milhos da pipoca começando a estourar.

- O que? - Eu disse rindo, ela parou na minha frente e apenas cruzou os braços.

- Eu preciso abrir o armário de cima pra pegar o sal e você esta na minha frente, não percebeu? - Ela disse apontando para o armário alto atrás de mim, precisaria que eu saisse da frente pra ela se esticar e pegar o sal.

- Não quero sair daqui, estou confortável demais aqui, me desculpe. - Eu disse irônico.

- Então eu vou pegar o sal de qualquer jeito. - Ela disse e se aproximou mais de mim, esticando o braço inutilmente tentando alcançar o armário, impossível eu estava na sua frente. 

 Ela esticava os braços e pulava quase em cima de mim. Enquanto ela pulava a blusa subia um pouco e eu podia ver o formato perfeito da sua cintura. Ela me olhou e falou “dá pra sair logo?” mais pra mim soou bem baixo, já que eu não queria saber de nada naquele momento. Eu a puxei pela cintura chocando nossos corpos o mais rápido que pude, nem esperei que ela me parasse ou perguntasse algo, eu apenas iniciei um beijo cheio de vontade e desejo, eu quero tanto aquilo..E sim eu gostava dela estava mais que óbvio agora, pretendia falar pra ela mas no momento só sabia demostrar isso quando a beijava. Eu passava a mão por sua cintura a puxando cada vez mais pra mim, estava tudo tão rápido e intenso...eu a virei e a encostei na bancada descendo minhas duas mãos para as pernas e a puxando pra cima a fazendo sentar na bancada sem parar o beijo. Peguei em sua nuca, e logo em seguida desmanchando seu coque frouxo. Ela passou suas pernas por volta da minha cintura e eu abri um sorriso durante o beijo, as mãos dela arranhavam minha nunca e eu me arrepiava como nunca. Queria que nunca acabasse esse beijo, esse carinho que trocávamos..mas eu jurava ter ouvido um barulho de longe e acho que Caroline também ouviu. Ela apenas se afastou e colocou as mão sobre o meu peito.

 - Meu pai já está em casa. - Ela disse rápido e descendo do balcão. - Porra a pipoca queimou. - Ela falou depressa, enquanto desligava o fogo e se ajeitava. O cheiro da pipoca queimada era muito forte, mas não percebemos porque estavamos fazendo coisa melhor. Apertei meu olhar para o corredor em frente a cozinha e dava pra ter uma visão da sala. Mauro estava ali em pé nos observando e quando viu que eu o notei chegou mais perto.

- Posso saber o que está acontecendo? - Ele disse chegando na cozinha e se encostando na parede cruzando os braços, sua expressão era séria. NÃO, ELE NÃO PODE TER VISTO. Eu estava agarrando a filha >DELE< em cima do balcão da cozinha >DELE< e ele viu? Caroline me olhou sem graça e eu estava corado..teria que falar alguma coisa..

- Senhor Mauro, é que ..- Eu começei e coçei a nuca sem graça. 

Harry`s POV off