Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

Meu pai estava parado na porta da cozinha e com uma expressão séria. Ele teria visto? O que eu falaria?.Eu estava sem graça e corada. Ele é meu pai. Então Harry começou...

 - Senhor Mauro, é que...- Ele coçou a nuca sem graça sem saber como continuar a falar. Eu o olhei desesperada também não sabia o que ia falar, então meu pai bufou na nossa frente como se estivesse estressado e começou a falar.

- Qual o problema de vocês? - Ele falou sério.

- Pai, me desculpa..é que na verdade eu nem sei o que te dizer. - Falei isso e olhei do meu pai para Harry. Harry parecia nervoso e com medo..claro, quem não estaria? Meu pai não disse nada, apenas se aproximou mais e foi para o meu lado, chegando perto do fogão e abrindo a panela com a pipoca queimada (preta). Ué?

- Agora a casa vai ficar com esse cheiro de merda.Vocês dois são crianças? Não sabem fazer pipoca? - Ele disse bufando. - Eu já te disse uma vez Caroline, faça pipoca no micro-ondas. Fica um cheiro horrível pela casa, e queimada fica pior ainda. Como eu vou dormir? Esse cheiro já deve ter invadido todos os cômodos. - Ele dizia, tirando toda a pipoca com uma colher e jogando na lixeira, colocando água na panela logo em seguida. - Você não me escuta nunca mesmo né? Abre todas as janelas e as portas dos cômodos pra tentar sair esse cheiro. Pensei que ia chegar em casa e descansar, mas com esse cheiro horrível mal consigo respirar na minha própria casa. Abre todas as portas e janelas, não vou repitir de novo. - Ele disse deixando a panela com água e saindo da cozinha.

 ENTÃO ERA ISSO? Ele não tinha visto nada? Harry que estava ao meu lado prendendo a respiração de tão nervoso que estava começou a rir e eu fiz o mesmo. Qual o problema do meu pai? Ficou irritado porque eu queimei a pipoca? Que homem fresco meu pai é. Não conseguia parar de rir, Harry chegava a por a mão sobre a barriga e tentar controlar as risadas o que era impossível. 

 - Eu tenho que abrir toda a casa. - Eu disse rindo. - Me espera na sala. - Eu disse saindo da cozinha.

- Eu te ajudo. - Harry disse com um sorriso e me seguindo.

- Abre as janelas e a porta daqui de baixo. Eu vou subir e abrir os quartos ok? - Eu disse pra ele e subi as escadas.

 Qual é o problema do meu pai afinal? Eu fiquei desesperada pensando que ele tinha visto o “beijo” que estava ótimo até meu pai chegar e surtar. Que doideira...Eu ria enquanto abria a janela e a porta do meu quarto, logo indo para o quarto de Carter que estava deitado e tossia rouco, ele não estava nada legal.

 - O que houve? - Ele falava bem baixo e eu cheguei mais perto me ajoelhando no chão próximo a cama.

- Queimamos a pipoca e meu pai chegou em casa surtando por causa do cheiro. - Eu disse rindo e Carter tentou rir mais veio uma tosse em seguida. - Você quer que eu fique aqui com você? Harry ainda está aí posso chamar ele também. - Eu falei mostrando preocupação..ele estava mal, muito mal.

- Eu mal posso sentir o cheiro. Não precisa ficar aqui. - Ele disse e veio mais uma tosse. - Fique lá em baixo, eu vou descansar. - Ele falava baixo, eu não escutaria se estivesse 1 centimetro mais longe.

- Se precisar chame, ou se não conseguir chamar use o celular. - Eu disse dando um beijo em seu rosto e me levantando em seguida. - Te amo coroa. - Eu disse sorrindo e ele retribuiu com um sorriso fraco e um “também te amo querida” bem baixo.

 Carter não estava bem e eu tenho certeza disso, eu o amo e é difícil ver ele sofrendo todos os dias, os sintomas só aumentam todos os dias que se passam e eu odeio não ter o velho Carter sempre animado e pronto pra qualquer coisa. Cheguei na sala e Harry estava no sofá, olhei ao redor e todas as janelas e portas estavam abertas, ótimo. Me sentei no sofá ao lado de Harry e liguei a TV. Senti os olhos de Harry em cima de mim.

 - O que aconteceu? - Ele falou e eu virei pra encará-lo, eu não respondi estava perdida em pensamentos sobre Carter. - Me fala o que houve por favor? - Ele me olhava e fazia uma expressão em súplica.

- Eu estou preocupada com Carter, ele não está bem. - Eu falei e Harry me encarava então desviei o olhar e continuei. - Ele não tem saido mais do quarto, está fraco, mal consegue falar sem tossir. - Eu falava e encarava qualquer outro ponto na sala.

- Eu estou tão preocupado quanto você. Eu percebi isso quando fui ao quarto dele, mas pense ele está vivo e ao nosso lado, mesmo que por pouco tempo. Não se preocupe tanto antes da hora Carol, não faz bem pra você, nem pra mim, nem para o seu pai e Carter te ver assim. - Ele disse isso e me puxou pra mais perto me abraçando. O que eu faria sem ele agora? Provavelmente estaria chorando.

- Eu amo Carter, ele sempre esteve comigo em tudo. - Eu dizia enquanto estava abraçada a Harry e sentia seu cheiro. É eu realmente gosto dele.

- E ele também te ama e sabe que você também o ama. - Ele falava e passava a mãos entre os meus cabelos.

 Eu apenas fiquei quieta, não queria chorar. Harry percebeu a minha preocupação e o meu silencio, me virou e segurou meu rosto com as duas mãos olhou em meus olhos. - Pense no agora. - Ele disse, deu aquele sorriso infantil que eu tanto gosto e me deu um selinho demorado. Oh céus, o quanto eu gosto dele. Eu só conseguia rir depois disso, e abaixei a cabeça..apesar de tudo eu fico sem graça na frente dele.

 - CAROLINE? - Escutei meu pai gritar lá de cima. - CAROLINE? - E de novo..meu Deus..

 Sai correndo e Harry veio logo atrás de mim..tão desesperado quanto eu. Fui para o quarto do meu pai e nada..cadê? Meu quarto e também nada. Saindo do meu quarto olhei para o lado e vi Harry parado na porta do quarto de Carter que estava aberta, ele me olhou com uma expressão de espanto e eu já entendi tudo. Harry entrou no quarto e eu fui até lá com medo do que veria...e eu não queria ter visto isso. Meu pai segurava Carter que estava no chão..e meu pai chorava como um bebê. NUNCA vi meu pai chorar desse jeito, NUNCA..nem mesmo quando minha mãe nos deixou. Harry já estava abaixado e tentava acalmar meu pai, eu queria chorar mais não conseguia. Porque eu já estava sentindo que tudo isso iria acontecer? Não, não, por favor.

 - Liga pra ambulância Carol. - Harry disse desesperado. Eu procurei meu celular nos bolsos e nada...ele rapidamente me deu seu celular e eu liguei. Passei o endereço e disse que era o mais rápido possível.

Carter estava apagado no colo do meu pai que chorava, Harry estava segurando uma das mãos de Carter com toda a esperança de que ele fosse abrir os olhos a qualquer momento, e eu apenas fitava tudo isso de pé. Porque eu me sinto tão inútil nesse momento. Não aguento mais encarar todos nessa situação...Ouvi barulhos vindo lá de baixo e corri pra ver.

 - Onde ele está? - O homem dizia e eu apenas indiquei com o dedo. Ele e mais duas pessoas subiram com ele.

Eu não posso mais, eu quero morrer...encostei a porta atrás de mim e me joguei no chão encostando as costas e finalmente conseguindo chorar. Carter não estava bem e eu sei, mas isso não quer dizer que seria seu fim? Sim ou não? Meu Deus, como é difícil.

 - Carol? Carol? - Harry aparece na sala me gritando e quando me viu no chão veio correndo, se ajoelhou e me abraçou. - Vem, vamos pra cozinha. - Ele disse me puxando e eu apenas me deixei levar.

 Me sentei em um dos bancos da cozinha e encarei Harry que se sentou ao meu lado e segurava a minha mão.

 - Fica calma tá? Não chora.- Ele disse tentando me acalmar, mas não..eu não consigo. É Carter, Carter, tudo o que eu consigo pensar.

- PORQUE ME TROUXE PRA COZINHA? O QUE ESTÁ ACONTECENDO? - Eu disse gritando e chorando ao mesmo tempo, e Harry a minha frente me olhou e foi como se aquele olhar já me dissesse tudo.