Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

 E tudo veio como um flashback, todas as memórias, tudo o que passamos. Eu não queria que isso acontecesse. Não agora...cedo demais.

 - Carol, se acalma. Por favor. - Harry me olhava, suplicava pra que eu me acalmasse. E eu via que ele estava tão mal quanto eu.

- Só me diga Harry ..- Eu disse, suspirei e disse pausadamente. - O . que . Está . Acontecendo? - Eu falei com medo da resposta, mais eu precisava.

- Ele não está reagindo a nada. - Harry disse e olhava pra qualquer ponto na cozinha menos pra mim. - Eles o estão levando para um hospital de emergência, mas talvez já seja tarde demais. - Ele disse bem baixo, como se não quisesse dizer. E eu não queria escutar isso, meu Deus..o que eu estou sentindo agora, é horrível.

- Eu quero ir..por favor Harry me leve até o hospital? - Eu disse chorando.

- Seu pai não ia gostar Carol. Ele não quer te ver no meio disso tudo, você não vê o quanto sofre mais que o normal? - Harry dizia e me encarava dessa vez.

- É o Carter, dane-se meu pai, dane-se qualquer sofrimento. Eu vou. - Eu disse e me levantei correndo, pouco me importando pra minha roupa ou meu cabelo bagunçado. Peguei minha carteira com dinheiro que estava na estante da sala e sai de casa batendo a porta com força. Meu pai já tinha ido junto com Carter, e eu precisava ve-lo nem que seja a última vez. Vivo ou morto. Porque tem que ser assim? Do lado de fora fiz sinal para um táxi que passava por ali naquele momento por sorte. Entrei no táxi e do nada aparece Harry ofegante se jogando ao banco do meu lado.

- Se for pra me impedir de ir, isso não vai acontecer. - Eu falei com raiva. Harry apenas olhou pra frente e falou o endereço do hospital para o motorista. Harry estava comigo, estava me ajudando. Eu me acalmei e dei um sorriso nervosa..nervosa por todo o caminho, nervosa por Carter. Harry apenas me puxou pra perto e me abraçou até chegarmos ao hospital.

 Paguei o taxista e sai correndo o mais rápido possível pra dentro do hospital, Harry me acompanhava. Eu só precisava encontrar meu pai e saber de tudo. Andei por quase todas as partes perguntando..e então encontrei meu pai. Ele estava sentado em um corredor, com as mãos no rosto e chorava. Harry me deu um sinal e disse que iria nos deixar sozinhos, e iria pra sala de espera. Eu apenas disse um “obrigada” .

 - Pai? - Eu disse também me sentando no chão ao lado dele. Ele não saia do mesmo estado. - Pai, olhe pra mim por favor..- Eu dizia como um sussuro. - Eu preciso saber..me diga a verdade. - Eu disse chorando.

- Não, era pra você estar aqui. - Ele disse me olhando dessa vez. Eu apenas o abracei, meu pai precisava disso e eu também. Depois de alguns minutos da mesma forma, meu pai volta a falar. - Ele se foi. - Meu pai disse assim do nada, com a cabeça no meu ombro e chorava. Eu me afastei do meu pai, e olhei para os cantos..eu levei uma facada no peito e não sabia. Eu sinto uma dor horrível, eu não poderia ir junto? Não agora, não agora.

 Acho que desde quando vi Carter jogado no chão, no colo do meu pai..eu já sabia, eu estava sentindo isso a tempos. Mais porque? Cedo demais...Não deram 1 mês? A dor seria a mesma de qualquer jeito. Eu naõ estava preparada pra perder Carter nem agora e nem daqui a 1 mês, eu o queria pra sempre comigo, com meu pai.

***

 Meu pai conversava com os médicos e ajeitava tudo. Seria mais difícil ainda para o meu pai, que teria que se preocupar com documentos, velório, falar com os amigos de Carter. Eu fui até a sala de espera encontrar Harry que estava sentando em uma cadeira com as mãos no rosto. Ele estava tão preocupado com tudo.

 - Harry? - Eu disse baixo. Já não chorava mais, nem conseguia..chorei tanto que minha garganta já doia, e eu mal conseguia respirar. Ele se levantou correndo assim que eu o chamei e ficou a minha frente. 

- E então? - Ele disse, e eu olhei pra baixo. Era difícil admitir que Carter tinha partido. - Não me diga que... NÃO, NÃO. - Ele dizia mais alto enquanto passava a mão pelo cabelo.

- Sim Harry, ele se foi. Meu pai está resolvendo as coisas com o médico e faremos o velório amanhã. Vá pra casa, descanse, amanhã nos vemos. - Eu disse e o olhei, ele estava desacreditado. Meu Deus, como é dificil encarar toda essa merda que está acontecendo.

- Eu vou ..pra casa mesmo. Você vai ficar bem? Quer que eu fique com você em casa? Seu pai deve sair pra resolver algumas coisas ainda.- Ele dizia rápido.

- Não. Eu vou ficar bem...eu sou forte, e sempre fico bem, se lembra? - Eu disse, tentando dar um sorriso ..mas eu não conseguia.

- Pode me ligar a qualquer hora, pode me chamar a qualquer hora. Você sabe que eu sempre vou até você. Só, fica bem. E fale com o seu pai por mim, amanhã cedo eu vou pra sua casa e ajudo seu pai com as últimas coisas. - Harry disse, tentando parecer tranquilo. Mas ele não estava.

- Obrigada Harry, por tudo. Vá pra casa descansar, eu farei o mesmo. - Eu disse. Harry me abraçou em uma forma de despedida, mas ele precisava daquele abraço tanto quanto eu. Eu já disse que o abraço dele..>ELE< me faz bem, em qualquer situação. Ele depositou um beijo no meu ombro, enquanto nos soltavamos do abraço e se foi.

 Meu pai passou na sala de espera e me chamou pra ir embora. Não estava de carro, já que ele veio na ambulância, então pegamos um táxi. O caminho de volta, foi silencioso demais..eu me sentia mal, tinha minha vista embaçada de tanto chorar, minha garganta doia..e meu coração? Aaaaah, eu preferia que não estivesse batendo mais. Acho que meu pai se sentia pior, ele tinha o olhar tão perdido, meu Deus..eu não aguento sentir o que estou sentindo e nem aguento ver meu pai assim. Eu o encarava, mais ele não estava nem aí..estava com a cabeça encostada na janela do táxi e estava distante. Chegamos em casa, meu pai esperou eu entrar e bateu a porta, logo a trancando.

 - Pai? - Eu disse, quando ele ia começar a subir as escadas. Ele parou e me olhou. - Você pode falar comigo ok? Eu me sinto tão mal quanto você. - Eu disse firme. Ele não pode fugir do que está sentindo, não agora. Ele bufou e veio até a mim me dando um abraço. Isso.

 - Eu o perdi filha. - Ele dizia baixo e me abraçando. - Eu achei que ficaria bem..mas na verdade é bem pior até perde-lo. - Ele dizia ainda baixo e era exatamente o que eu estava sentindo. - Mais eu não quero ficar assim..eu tenho que continuar com o clube, eu tenho que continuar manter a nossa família unida, mesmo que seja só eu e você. - Ele disse e se soltou do abraço segurando meus ombros. - Não quero te ver sofrendo..quero que seja a minha filha alegre de sempre, farei tudo o possível pra não deixar você ficar triste. Carter queria que ficássemos felizes e vamos fazer isso. Ok? - Ele dizia me olhando e esboçando um sorriso fraco.

- Pai eu simplesmente não posso fingir que ele não sei foi. - Eu dizia com os olhos cheio de lágrimas que não queriam sair de jeito nenhum. 

- Não quero que finja filha, pelo contrário..quero que se lembre dele de uma forma boa. Quando sua mãe foi embora..- Meu pai disse e suspirou, era difícil falar da minha mãe. - Eu fiquei mal de verdade, como estou agora. Sabe o que eu fiz? Pensei em você, e que deveria seguir em frente por você. Siga em frente por mim? Por nós...- Ele falou e eu assenti com a cabeça, rindo. Eu tenho o melhor pai do mundo, o melhor pai..por me fazer feliz. - Eu te amo filha. - Ele disse e beijou o topo da minha cabeça.

- Eu te amo pai, e muito. Obrigada. - Eu falei sorrindo, só ele me fez conseguir sorrir agora. - Vou subir e descansar, teremos um dia longo amanhã. - Eu suspirei. - Descanse também. - Falei e dei um beijo na bochecha do meu pai e subi as escadas, logo chegando no meu quarto. Apenas me joguei na cama, me cobri e fechei os olhos. Me lembrei de tudo o que passei com Carter, dos momentos que pra mim ficarão na minha memória pra sempre. Eu não deveria ficar triste, eu preciso ficar feliz, por TUDO. Carter sempre foi bom, viveu a vida intensamente e agora estava descansando. Eu só posso sorrir agora...logo peguei no sono e dormi.

***

 Acordei com uma puta dor de cabeça..talvez por ter chorado tanto ontem. Olhei o celular e ainda era 7 da manhã, cedo. Fui direto tomar banho, estava com a mesma roupa de ontem. Depois te ter feito minha higiene, colocado qualquer roupa... fui direto para a cozinha e encontrei um bilhete em cima do balcão.

“ Filha, sai cedo pra arrumar as coisas do velório. Peça Rochele pra fazer algo pra você comer..não quero que fique sem comer. Harry está comigo arrumando as coisas, logo estarei em casa. Se eu demorar demais, esteja já pronta pra não nos atrasarmos. Se cuide, te amo. Xx”

Tinha me esquecido que meu pai iria resolver as últimas coisas, e tinha até me esquecido de que Harry iria ajudá-lo, mas pelo visto ele se adiantou. Rochele apareceu na cozinha de repente me asssuntando...

 - Opa..desculpa te assustar. - Rochele disse soltando um sorriso fraco. - Vai querer comer o que? - Ela disse amigável.

- Qualquer coisa que puder fazer Rochele. Estarei no meu quarto, pode me chamar quando ficar pronto? - Eu disse e ela concordou. -Obrigada. - Eu disse

 Sai da cozinha, voltando para o meu quarto. O velório é hoje, apenas não sei a hora, qualquer coisa ligo para o meu pai. O que se usa para um velório? Eu nem tinha cabeça pra pensar nisso. Mais se fosse um velório formal eu não poderia ir de qualquer jeito. Desisto...quando for mais tarde eu pego qualquer roupa e ponho. Deitei na cama e fiquei encarando o teto...fechei os olhos por alguns minutos tentando pensar em tudo o que estava acontecendo e pensando em como eu iria agir daqui pra frente em relação a tudo. Escutei um barulho na porta....

 - Pode entrar. - Eu disse me sentando na cama ..

- Eu fiz panquecas, já que é seu preferido. Já está pronto. Quer que eu traga até aqui? - Rochele disse sorrindo.

- Não. Pode deixar, eu vou descer. Obrigada.- Eu disse sorrindo pra ela, que saiu e fechou a porta.

 Bufei e me levantei, logo chegando na cozinha. Me sentei e encarei a panqueca que estava no balcão..realmente eu estou com muita fome. Rochele fez muitas panquecas, talvez para meu pai e para Harry também. Peguei 4 e coloquei no prato..qualquer pessoa falaria que 4 é muito, mais pra mim não. Meu estômago roncava pra que eu colocasse aquela coisa maravilhosa pra dentro logo, e foi o que eu fiz. Depois de comer, subi para meu quarto de novo..mas antes vi a porta do quarto de Carter e não resisti, entrei. Fiquei sentada na cama do velho que me faria falta e fiquei lembrando de tantas coisas. Não me sentia mal em estar ali no quarto dele, ao contrário me sentia bem. Que tal eu arrumar? Meu pai teria problemas com isso, com certeza. Me levantei fui pegar sacolas grandes e logo voltando ao quarto, abri os armários e fui tirando as roupas que estavam perfumadas e colocando tudo dentro de um saco..depois seus objetos, os enfeites na cômoda, os portas retratos ..coloquei em outro saco. Faltava um último armário, e só tinha uma caixa nele..o que seria esta caixa? Me sentei na cama novamente e mexi na caixa, encontrei uns papéis, e fotos lindas..algumas antigas de Carter, umas dele com uma mulher, umas dele no clube com os amigos, outras dele comigo e com meu pai, e não pude deixar de sorrir. Isso devia ser tão especial para Carter. Eu vou levar para o velório..eu sei que é idiota, mas vou fazer com que ele parta com todas essas lembranças..mesmo que de uma forma imaginária minha. Escutei um barulho vindo lá de baixo e desci com a caixa na minha mão.

 - Bom dia querida. - Assim que eu desci das escadas meu pai disse. Ele fechava a porta e Harry estava ao seu lado e me olhava dando um sorriso fraco, eu retribui.

- Bom dia. - Eu fui até meu pai e Harry. - Olhem isso. - Eu disse estendendo uma caixa.

- Onde encontrou? - Meu pai disse abrindo a caixa e dando um sorriso ao ver as fotos.

- Eu estava guardando as coisas de Carter e encontrei. Que tal levarmos para o velório? Só pra mostrar o quanto ele foi uma pessoa feliz, acho que ele gostaria disso.- Eu disse dando um sorriso, meu pai e Harry deram um sorriso também.

- Eu gostei da ideia. - Harry disse com as mãos no bolso e olhando de mim para meu Pai.

- Eu também gostei. Nós vamos antes então e vamos espalhar por todo o local lá ok? Separe as melhores, eu quero ficar com algumas de Carter. - Meu pai disse fechando a caixa e me entregando. - Vou comer, estou morrendo de fome. Você vem Harry? - Ele disse.

- Não. Obrigada. - Ele disse sorrindo para meu pai. - Eu vou em casa me arrumar, e depois eu volto. - Ele disse e meu pai indo logo pra cozinha, deve estar morrendo de fome. Harry aproveitou o momento em que estavamos sozinho e me abraçou. - Você está bem? - Ele disse me soltando e me olhando preocupado.

- Estou sim Harry..Não posso ficar triste, Carter não queria isso não é mesmo? - Eu disse sorrindo.

- É verdade.. Fiquei preocupado com você. Eu vou indo me arrumar e depois eu volto, ok? - Ele disse rindo.

- Ok, não demore igual uma mulherzinha. - Eu disse isso e ele deu uma gargalhada fraca.

- É, você está realmente bem, fico feliz por isso. - Ele disse e me deu um beijo na bochecha indo embora em seguida. E eu não pude deixar de sorrir.

 Fui para a cozinha perguntar meu pai que horas o velório iria acontecer e ele me falou que seria às 10hrs, e que seria tudo muito formal, já que Carter era da classe alta se assim posso dizer. Subi para o meu quarto agora de vez me preocupando com o que usaria..O que eu uso? Preto? Só porque é um velório..deveria usar Preto? Não sei...porque até nessas horas preciso escolher o que vestir? Prefiria colocar um tênis, uma calça e qualquer moletom que encontrasse pela frente..mas meu pai me mataria. Acho que fiquei olhando meu guarda-roupa por meia hora e quer saber? Dana-se ..peguei uma calça jeans mesmo, uma blusa e um blaser. Deixei a roupa separada na minha cama e peguei a caixa com as fotos e comecei a separar as fotos do Carter, separei as melhores ..em que ele sorria em todas..fiquei entrertida por um tempo com as fotos, até que olhei meu celular..e ops 8:50, preciso me arrumar logo, meu pai quer ir antes. Me arrumei, colocando a roupa que tinha separado e não tinha pique pra maquiagem, apenas passei um pó pra tirar as olheiras. 09:10 e eu desci pra sala levando a caixa com as fotos, meu pai estava sentado vendo TV, já arrumado..ele usava um terno..claro bem formal.

 - Pai? - Eu disse ficando na frente dele. - Estou ridícula pra uma coisa formal né? - Eu falei olhando pra ele.

- Claro que não. - Ele sorriu. - Está ótima...eu apenas uso terno porque bem...é formal e eu não tenho nada mais o que usar. - Ele disse rindo.

 Escutei o barulho da campainha e meu pai foi abrir. Era Harry, usando uma calça escura, uma blusa branca e um paletó preto por cima..como pode ser bonito assim? Ele percebeu que eu o olhava e eu desviei meu olhar.

 - Já vamos Mauro? - Ele também tirou seus olhos de mim e se virou para meu pai.

- Vamos, agora. - Meu pai disse, fazendo um sinal dizendo que iriamos agora.

 Harry foi em seu carro..e eu fui no carro do meu pai. Chegamos logo no local, ainda não tinha ninguém..apenas algumas pessoas arrumando tudo. E eu entrei na salinha onde seria feita a cerimônia de despedida e vi o caixão com flores coloridas rodeando..e uma grande foto de Carter com algumas mensagens. Meu pai pensara em tudo...Eu peguei as fotos e espalhei por toda aquela sala, e as pessoas estavam começando a chegar.

 10 horas em ponto, tudo começou...todos os amigos mais próximos falaram coisas em sua homenagem. Meu pai finalizou tudo, eu não quis me arriscar a falar algo e chorar na frente de todos. O caixão estava sendo levado para o local do enterro, todos deixavam suas lembraças e saiam. Harry se abaixou falou coisas que eu não escutei, e se retirou..fez um sinal dizendo que iria esperar la fora. Restava eu e meu pai no local. Meu pai chorou em quanto falava coisas, como se Carter pudesse ouvir..

 - Vamos? - Meu pai disse limpando as lágrimas.

- Eu posso ficar uns minutos aqui? Pra me despedir. - Eu disse.

- Claro.- Meu pai disse coçando a nuca. - Estou te esperando lá fora, com Harry. - Ele disse e eu falei um “obrigada” baixo antes de ele sair.

 Em fim, sozinha. Eu precisava desse momento. Eu precisava chorar por Carter agora, talvez uma última vez. Me abaixei e encarei a grande Lápide escrita “ Carter Blanson Jonson .. 24/09/1949 até 14/01/2013” ..encarei tudo ao meu redor, todas flores já depositadas por amigos. E comecei a chorar, queria dizer algumas palavras mais não conseguia...e por algum motivo comecei a sussurar uma música que descrevia tudo o que eu sentia nesse momento por Carter.

( É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser
Quando me lembro de você
Que acabou indo embora

CEDO DEMAIS )

E tudo o que eu cantava me fazia pensar, em o quanto isso tudo era verdade. Eu precisava encarar a realidade, Carter se foi. Pra sempre..o que me doi tanto. Os bons morrem cedo, cedo demais...e porque?

( Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Em dias assim
Dia de chuva
Dia de sol
E o que sinto não sei dizer... )

Ele vai fazer falta pra mim, todos os conselhos..todas as conversas que fazia abrir minha mente, mudar minhas opiniões e conceitos. Eu não assumiria pra mim mesma que gostava do Harry se não fosse por ele, eu não engoliria meu orgulho se não fosse Carter.

( Vai com os anjos
Vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez. )

E eu prometi pra mim mesma seguir a minha vida, sem medo...prometi ao meu pai não sofrer por todas as perdas. Preciso ver as pessoas que agora estão ao meu lado, as pessoas que eu realmente gosto... mesmo que sejam poucas.

( Eu aprendi a ter
Tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz...
Do resto não sei dizer)

Me levantei olhando tudo em volta. Todos aqueles Lápides, todas aquelas vidas que se foram..e quantas pessoas já sofreram por elas. Quantas pessas já tiveram aqui se declarando pra pessoas que já morreram, deixando seu último Adeus..seu último “eu te amo”.

( Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora
Só que neste Ano
O verão acabou.

CEDO DEMAIS!)

Sussurei a última frase da música, encarando a Lápide de Carter, sussurei “Cedo demais”, enxuguei minhas lágrimas. E sai, agora colocando um sorriso fraco no rosto. Carter estaria em lugar bom, olhando por todos aqueles que ele ama...eu sempre lembrarei dele, de uma forma boa. Não ficarei triste pela sua partida mais, seguirei a minha vida feliz e sabendo que ele já seguiu a sua vida. Dei uma última olhada pra trás, e alarguei mais o meu sorriso. Estava feliz, descanse Carter, descanse.