Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

Será que ninguém entende? Eu quero ficar sozinha...SOZINHA, preciso de um tempo dessa vida maldita. Sempre tem alguém me perturbando, batendo na porta, ligando pra mim...o que eles querem de mim? Que eu saia e encare a realidade? Não, obrigada. Prefiro ficar imaginando que está tudo bem, bem aqui...deitada na minha cama, no meu quarto e FIM.

 - Carol? Abre a porta filha...você vai ficar trancada aí pra sempre? Você precisa viver minha filha. - Meu pai dizia do outro lado da minha porta, que estava trancada.

É, eu disse que com a morte de Carter eu iria ficar feliz depois, mas foi totalmente ao contrário, me deprimi de uma forma que eu nem mesmo acredito...na verdade, eu não me deprimi, só não quero sair e ser questionada por pessoas estúpidas me perguntando “O que houve com Carter?” “ meus pêsames” “Poxa, sinto muito.”. EU NÃO QUERO ISSO. Não quero ser a coitada da história, não quero que sintam pena de mim, até porque Carter não foi a única pessoa que eu perdi na minha vida.

- Pai, me deixa sozinha. - Eu dizia cansada de ter que repitir isso todos os dias.

- Dessa vez não vou deixar. Isso não pode acontecer, você não é assim. - Meu pai disse, eu podia imaginar a cara dele de frustação. - Você ao menos está comendo? Porque eu vou e volto do clube e você continua aí dentro do quarto. - Ele disse.

- Eu to comendo pai. Eu vou a cozinha, pego alguma coisa com a Rochele e volto pro meu quarto. - Eu disse bufando. Meu pai estava insistente hoje.

- VOCÊ NÃO VAI MAIS FICAR TRANCADA AÍ. - Meu pai gritou me assustando. - Você esqueceu das pessoas a sua volta? Eu, seu pai. Harry, que te liga...mais você desligou o celular. Ele vem aqui todos os dias na esperança de você ter saido desse maldito quarto. - Ele disse mais baixo dessa vez. - Você vai abrir a porta, ou eu chamo alguém pra fazer uma chave e abrir. Estou te esperando lá em baixo na sala. - Ele disse por fim, e eu ouvi passos...ele já foi.

- Tenho opção? Meu pai sempre cumpre o que diz, e eu tenho certeza que ele estaria qui logo mais com uma pessoa pra fazer a chave e abrir meu quarto. MERDA...Porque eu preciso descer agora? Já é noite..só não sei a hora, não faço noção..porque meu celular está desligado. Bem, não tenho chances dessa vez contra meu pai. Vou ligar meu celular, e ver o que me aguarda. Liguei meu celular e ..BOOOOM...Meu Deus, 39 ligações de Harry..isso é, ele me ligava mais de 1 vez por dia, várias ligações do meu pai, claro..ele esperava que eu atendesse o celular e abrisse a porta. Muitas mensagens, do Harry, meu pai de novo, de Louis, Liam, Niall e Zayn...nossa, o que eu fiz? Porque se preocupam comigo? Pelo amor de Deus, seria mais fácil me deixarem aqui, deitada...não estava prejudicando ninguém mesmo. Já que eu liguei o celular posso voltar ao planeta terra e me alienar do horário e data, e hoje é dia 25 de Janeiro, sexta-feira, e são exatamente 6:24 da tarde. 10 dias trancada no meu quarto, me alimentando de biscoito. Que bosta...

Levantei da minha cama bufando e fui direto para o banheiro. Tomei um banho um pouco demorado..depois peguei uma roupa simples mais ao mesmo tempo quente, já que estava frio..então coloquei. Penteei meu cabelo, que estava mais embolado que um ninho de passarinho e pronto..Me olhei no espelho e até que estava bem, pra uma pessoa que não estava se alimentando só de biscoito e água por 10 dias. E agora estou pronta pra viver novamente....Abri a porta do meu quarto bufando e desci as escadas..mais que porra é essa? Vão fazer uma festa pela minha “saida do quarto”? Meu pai me olhou com uma cara de felicidade, assim como todos os meninos.

- Parabéns uhu, parabéns uhu. - Louis, Liam, Zayn e Niall cantavam uma musiquinha tosca enquanto levantavam do sofá esperando que eu fosse cumprimentá-los.

- Calem a boca. - Harry disse, ainda sentado. Meu pai apenas ria da situação, aprovando o jeito dos retardados de me animar. Meu pai veio até a mim e me deu um abraço.

- Que bom que saiu do quarto. Não faz mais isso ok? Te amo. - Meu pai disse me soltando do abraço..e me passando um olhar confiante, como todo o pai que ama sua filha faria. Não disse nada apenas sorri pra ele, mostrando que estava tudo bem. E então fui em direção aos meninos que me esperavam ansiosos.

- Carooooooooooooool – Louis gritava, enquanto eu chegava perto dele e lhe dava um abraço. Ele passou um olhar para todos os meninos e eles vieram me dar um abraço coletivo, menos Harry. Me soltem seus putos...estão me sufocando. Essa situação me fez rir, pelo menos...

- Tá, já podem soltar. - Harry disse chegando perto de todos nós e separando os meninos que falaram um “ihhhhhhhh” pra ele. Harry parecia um pouco tenso, e eu queria rir da expressão que ele fazia..mais me controlei. Todos os meninos se sentaram e ele ficou de pé na minha frente, me encarando sério.

- O que foi Harry? - Eu disse olhando pra ele. Todos os meninos nos encaravam, inclusive meu pai. Harry chegou mais perto e me deu um abraço.

- Quando estivermos sozinhos, eu falo melhor com você. - Ele disse quase que sussurando, deu um beijo em meu ombro e se soltou do abraço, finalmente dando um sorriso fraco que pra mim já era o suficiente pra entender que estava tudo bem.

- Então, vieram forçar meu pai a me tirar do quarto? - Eu falei me virando para os meninos que estavam todos sentados no sofá grande da sala, inclusive Harry que tinha acabado de voltar ao lugar. Todos eles riam..babacas.

- Eu já pretendia te tirar do quarto, mais eles vieram hoje e me fizeram uma pressãopra que te tirasse agora. - Meu pai disse, ele estava sentada no braço do sofá onde os meninos estavam.

- Isso deu pra entender. Mais então, eu sai do quarto...o que querem? - Eu disse tentando parecer debochada, mais eu só conseguia rir.

- Queriamos fazer você do quarto ué...Não é óbvio? - Louis disse, fazendo todos rirem. Sempre o Louis.

- Na verdade, todos nós vamos jantar agora. - Meu pai disse. - Venham, vamos para a cozinha logo. - Todos se levantaram e seguiram direto para a cozinha.

A mesa estava repleta de comida, e Rochele ainda cozinhava mais alguma coisa no fogão. Todos se sentaram a mesa, menos Harry que me olhava sério como se quisesse me dizer alguma coisa.

- Está muito frio. - Harry disse passando as mãos pelos braços descobertos. Ele usava apenas uma camiseta marrom, e estava frio hoje. Qual o problema dele? - Esqueci o casaco. - ele disse.

- Pode pegar um meu Harry. Vai no meu quarto e pegar um que caiba em você. Caroline, mostre a ele onde ficam os meus casacos. - Meu pai disse nem se quer nos olhando, ele estava beliscando a comida em cima da mesa.. Todos os meninos nos olharam com uma cara de “hmmmmm” e eu jurava que eles diziam isso mentalmente.. Entendi, Harry..entendi.

- Não trocamos nenhuma palavra até chegarmos no quarto do meu pai, abri o guarda-roupa e me virei para Harry.

- Escolha qualquer um. - Eu disse apontando com a mão para os casacos que estavam pendurados, e fui me sentar na cama do meu pai. Harry andou em direção ao guarda-roupa e o fechou, se virando pra mim, caminhando em minha direção e se sentando ao meu lado.

- Você acha realmente que eu quero um casaco? - Ele me olhava arqueando as sobrancelhas.

- O que você quer? - Eu perguntei, e ele soltou uma risada fraca.

- O que aconteceu com você? - ele me olhou sério dessa vez.

- O que aconteceu? Como assim? - Eu falei me fazendo de desentendida e Harry bufou.

- Não finja que não sabe. Porque não queria falar com ninguém esses dias? Você sempre me liga ou manda mensagem quando quer conversar, mas dessa vez você desligou o celular e nem me deu nenhuma explicação. - Ele disse sério. - Que eu me lembre você ainda me considerava um amigo. - Ele disse, é Harry, “amigo” ..era só isso que eu podia te chamar. Eu gosto dele e não sei se ele gosta de mim, não tenho como saber..legal a vida né.

- Eu só queria um tempo pra pensar. É difícil pra mim. - Eu disse desviando o olhar e encarando o chão..

- É difícil pra todos que gostavam de Carter...isso não era motivo pra se afastar de mim. - Ele disse. - Ei, olha pra mim. - Ele disse segurando meu rosto e virando em sua direção. - Eu senti sua falta. - Ele soltou meu rosto e deu uma risada fraca.

- Eu também Harry- Eu disse rindo sem graça.

- Não fica mais longe de mim. - Eu disse chegando mais perto.

- Ah, é..Por que não? - Eu disse quase que sussurando pela proximidade. Ele deu uma risada.

- Porque eu não conseguiria ficar sem isso...- Ele disse e finalmente juntou nossos lábios e começando um beijo cheio de vontade, não era um beijo calmo e doce..muito pelo contrário, tinhamos pressa, tinhamos “saudade”. Harry passava a mão na minha cintura, apertando a mesma .. eu passava a mão em seus braços e passava as unhas em sua nuca o que fazia Harry arfar durante o beijo, e eu comemorava por dentro. Eu gosto tanto dele, como eu consegui ficar 10 dias sem vê-lo? Sem beijá-lo desse jeito? As coisas estavam ficando mais aceleradas e Harry me deitou na cama sem parar o beijo..e eu deixava, eu queria.

- Carol, seu pai..opaaaa. - Niall arregalou os olhos ao abrir a porta. - É...to saindo ok? - Niall disse com a mão na nuca, sem graça.