Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

Por que eu não consigo tirar essas palavras da cabeça? “ Você é minha Carol”, desde o sábado da festa tudo o que eu consigo ouvir é Styles falando isso pra mim, enciumado e apaixonado. E isso tem o que? Uma semana? Pois é...desde então Harry vem estado ocupado com ensaios para a turnê e nos falamos por telefone e sms. O aniversário dele já passou e eu diria que foi um dia bem agitado, a festa do Harry podemos dizer que estava cheia, música alta e bebidas, afinal ele fez 19 anos. Eu e meu pai compramos uma antiguidade para presentea-lo, um mini protótipo de um antigo carro, Ford GT..foi difícil achar já que é um objeto muito procurado por colecionadores, o que custou meu pai uma forturna, mas isso não é problema para ele.

E agora eu estou aqui de frente ao espelho, mas nervosa que nunca. Meu 1º dia de escola e hoje também é meu aniversário. Merda dupla. Dia 4 de fevereiro, meus 17 anos e eu estou pouco ligando, ainda mais que hoje é meu 1º dia de aula na escola para riquinhos fúteis de Londres. Bufei olhando meu uniforme nada legal, blusa branca, saia de pregas cintura alta na cor vinho, meia branca ¾, um sapato preto fechado e pra completar uma gravata da mesma cor da saia. E o único penteado aceito pela escola é preso como um rabo de cavalo. Dei uma última checada na roupa, cabelo, passei apenas base, blush e rímel, e estou pronta.

 - Pai? - Eu disse chegando na cozinha e não o encontrando. - Pai? Quer que eu me atrase? - Eu chamei vasculhando a casa e achando meu pai em seu quarto. - Podemos ir? - Eu disse quase que sem paciência.

- Podemos..mas antes. - Ele me olhou e veio em minha direção me dando um abraço apertado. - Parabéns querida, eu quero te dar uma coisa. - Ele me soltou do abraço e me olhava empolgado. - Venha comigo. - Ele disse e me puxou pela mão, me arrastando através do corredor onde ficava várias portas e na última porta ele parou. - Pode abrir, espero que goste. - Ele me olhava nervoso e sugestivo.

 Quando abri a porta do quarto, olhei chocada pra tudo aquilo. Isso era o que afinal..um quarto? Um estúdio? Eu já havia entrado nesse quarto antes, e só tinha paredes bem feitas e pintadas em branco..posso dizer que é o maior quarto da nossa casa enorme. Do lado direito do quarto havia vários instrumentos musicais, uma mesa e um computador para edição de músicas. Do lado esquerdo, havia uma estante cheia de livros, uma mesa grande e uma cadeira...como uma escrivaninha. No fundo do quarto, havia um armário rondando toda a parede do fundo com uma cama de casal grande, coberto de colchas na cor preta e branca e envolto na parte de cima por uma manta fina. E eu pude olhar para a parede no canto, que estava repleta de fotos de toda a minha vida, fotos da minha infância, da minha vida no Brasil, e poucas fotos minhas aqui em londres. Uma me chamou atenção em especial, a foto minha e de Carter assim que eu o conheci e saimos para um jantar com meu pai tiramos essa foto, eu não pude deixar de sorrir. As paredes do meu quarto eram brancas até a metade e a outra metade era preta, formando um zigue zague, como se fosse uma zebra, haha.

 - Pai, isso é ..- Eu tentei falar alguma coisa.

- Seu novo quarto, tentei arrumar de um jeito que goste, com todas essas coisas de música e uma cama grande como você já tinha me pedido. Até comprei roupas com a ajuda de Rochele e abasteci seu armário- Ele disse olhando para o quarto, como se sentisse orgulho de si mesmo por isso.

- Obrigada. - Eu disse e o puxei para um forte abraço. - Isso é perfeito, mais não precisava fazer isso tudo. - Eu disse sem graça.

- Precisava sim, você merece muito mais. - Ele disse me dando um beijo no topo da cabeça.

- Espera..como conseguiu fazer isso sem que eu percebesse? - Eu disse e ele riu alto.

- Você não precisa saber. - Ele disse rindo e eu ri mais ainda. Como ele fez isso? Eueinh. - Agora vamos, seu primeiro dia de aula não pode chegar atrasada. - Meu pai disse olhando o relógio e andando na minha frente. Eu estava bem atrás dele, dei uma última olhada para meu quarto ainda sorrindo e fechei a porta atrás de mim...Passei no meu quarto ainda atual e peguei minha bolsa preta com o meu material escolar.

 Estudar de manhã é realmente uma droga. 6:49 da manhã e eu cheguei na escola. Meu pai insistiu chegar mais cedo para ter uma conversa com a diretora em questão de horários, ele queria saber de tudo.

 - E então, o que achou da escola? - Ele disse me olhando. Estávamos parado do lado de fora da minha sala, a qual se chama 2C ...alguns alunos já estava dentro da sala aguardando apenas o sinal bater.

 - É legal. - Eu disse dando um sorriso fraco. Não quero desapontar meu pai. - Agora vou entrar. - Eu disse lhe dando um beijo no rosto e entrando na sala. Os poucos que estavam na sala me olharam e logo deram de ombros. As mesas eram grandes, permitindo que todos se sentassem em dupla. Afinal, tenho medo de quem sentará ao meu lado. Espero que não seja algum garoto idiota ou uma vadia fútil. Alguns minutos se passaram e eu pude ouvir o sinal tocar, a porta de abriu com força e os alunos começaram a entrar. A maioria já se conhecia, devam um “5 five” e já iam se sentar com sua dupla. E eu a estranha, estou aqui sem ninguém ao meu lado, legal. Logo o professor entrou, ele tinha a aparência boa apesar de seus cabelos grisalhos.

- Olá turma. Meu nome é Joseph Andrews e eu sou o professor de português e literatura de vocês. Alguns já me conhecem, porque são repetentes. Não é mesmo Jake? - Ele disse arrancando risadas da turma, e um garoto moreno que estava na última cadeira acenou para todos. - Vou passar apenas uma reunião inicial e no final da aula eu vou passar um trabalho em dupla, essa dupla será definitiva até o fim do ano. - Ele disse e se virou para o grande quadro branco. Legal eu teria que fazer um trabalho em dupla, e eu nem tenho parceiro de mesa. Começou muito bem carol parabéns.

- Me desculpe o atraso professor, eu errei a sala. - Disse uma garota atrapalhada assim que abriu a porta com força. Ela tinha uma sacolinha de papel na mão, e uma mochila caindo de seus ombros. Ele chegou mais perto e se sentou ao meu lado, jogando a mochila que parecia pesada na mesa e o saquinho de papel. - Oi eu sou Barbara, mas pode me chamar de Babi, Barb ou me chame do que quiser. Qual o seu nome ? – Ele disse isso muito rápido e olhava pra mim sorrindo. Ela tinha o cabelo castanho claro, e olhos arregalados olhando pra mim. Me passou uma boa impressão ao menos, apesar de ser bem eufórica, haha.

- Meu nome é Caroline, mais me chame de Carol – Eu disse sorrindo simpática. - Você é nova aqui? - Eu disse querendo puxar papo, afinal não conhecia ninguém.

- Vou te chamar de Carol, ok? ok. Eu estudo aqui desde sempre, não vejo a hora de acabar esse último ano. - Ela disse e se virou puxando o saquinho de papel e o estendendo pra mim. - Quer? São balas em formato de ursinho..eu me atrasei porque fui compra doces ou eu morro. - Ela disse ainda com o saco estendido pra mim.

- Não quero obrigada, sou muito mais fã de jujuba – Eu falei rindo pra menina a minha frente , que eu chamaria de Babi daqui em diante.

 A aula passou rápido, tive aulas de biologia e química nos dois últimos tempos. Babi é daquelas meninas que não dá pra ficar no tédio quando se está ao lado dela. Sentamos juntas no intervalo e pude perceber meninas me olhando de rabo de olho, não me importei. Quando o sinal bateu, Babi levantou dando graças a Deus e eu só pude rir da garota engraçada que conheci. Estava eu e ela no portão principal do colégio, ela esperava a mãe e eu meu pai já que ele insistiu em me trazer no meu primeiro dia de aula, eu realmente não me importo. Vi um carro preto e bem bonito parar quase que a minha frente, e começou a buzinar. Dei de ombros, não é o carro do meu pai. As buzinas aumentavam e então senti meu celular vibrar.

 “ Entra logo no carro, já cansei de buzinar.” - E a mensagem era de Niall. Mais o que ele estava fazendo aqui? Não questionei, apenas me despedi da minha nova colega de classe e entrei no carro mais discreta possível.

 - Tá maluco? - Eu disse sentada no banco do passarei que fica a frente, ao lado de Niall que estava dirigindo. - Se alguém te visse aqui? Pensa antes Niall - Eu disse e ele riu.

- Eu não sou o Harry que se preocupa com a mídia Carol. - Ele disse rindo e eu engoli seco, é verdade, Harry é tão fissurado que me faz pensar que todo são assim.

- Então por que veio me buscar? - Eu disse ainda sem entender.

- Um amigo não pode fazer isso? Eu falei com o seu pai e perguntei se podia vim te buscar, ele não viu problema então eu vim.

- Ah tá. Obrigada então. - Eu falei rindo. - E os outros meninos? Estão no ensaio? -Eu perguntei querendo saber onde estavam todos.

- Não. Essa semana temos folga dos ensaios. Mas sei muito bem de quem você quer saber. - Niall falou irônico.

- Cala a boca? Obrigada. - Eu falei e ele riu. Eu queria saber do styles? Sim, queria.

- Quem é sua amiga? - Ele falou, alternava olhares pra mim e pra estrada a todo o momento.

- Barbara. Ela é muito legal, será minha dupla em literatura até o fim do ano. E também espero que ela sente ao meu lado todos os dias, por que ela é única pessoa que conheço. - Eu falei fazendo cara de poucos amigos, fazer novas amizades pra mim é um grande desafio.

- Ela é bem bonita. Acho que vou te buscar mais vezes. - Ele disse fazendo uma dançinha engraçada enquanto dirigia.

 Continuamos o caminho falando sobre o meu dia na escola, falei mais um pouco sobre Barbara para Niall e ele parecia gostar, aiai esse garoto. Conversamos tanto que nem percebi que já estavamos parados na porta da minha casa e ainda conversamos. Eu concordava com alguma coisa idiota que Niall falava, e então abri a porta para sair do carro, Niall fez o mesmo.

 - Ei espera. - Ele disse me puxando pelo braço assim que eu ia entrar em casa. - Feliz Aniversário. - Ele disse me dando um abraço, até eu já tinha esquecido. E então ele me soltou. - Não falei antes, por que queria te dar um abraço melhor. - Ele disse rindo. 

- Obrigada. - Eu disse sem graça, não sou muito receptiva com parabéns ou elogios. - Vem, vamos entrar. - Eu disse puxando Niall.

 Abri a porta e tinha uma cabeçada de pessoas na minha casa. Mais que porra é essa? Meu pai estava no meio do pessoal com um bolo grande todo de chocolate e tinha uma vela no meio. Todos ao redor começaram a cantar parabéns pra mim. Estavam presentes Harry, Zayn, Louis, Liam, Niall que agora estava junto aos meninos, Rochele, alguns amigos do meu pai que eu considero legais do clube, e uma menina que se eu me lembro se chama Eleanor namorada do Louis. Meu pai nunca deixa meu aniversário passar em branco mesmo eu não querendo.

 - Obrigada gente. - Eu falava repetidamente “obrigada” a todos que vinham me dar um abraço, senti falta de uma pessoa em especial. Styles, claro. Ele estava bem aqui e em um piscar de olhos sumiu. Avisei ao meu pai que iria trocar esse uniforme nada legal de colégio, subi as escadas sem dar a mínima..quando em fim olho pra cima Harry estava sentado no último degrau de cima, com a cabeça entre os braços, que estavam no joelho. Pigarreei pra que ele olhasse pra mim e foi o que ele fez, levantou rápido e eu pude passar.

- Pensei que nunca ia subir. - Ele disse soltando um sorriso fraco.

- Como não? Preciso trocar essa roupa ridícula. - Eu disse abrindo andando na frente e abrindo a porta do meu quarto, não o novo, ainda não passei tudo pra lá. Harry me seguia.

- Não achei a roupa ridícula. - Ele falou encostado no batente da porta.

- Tá brincando né? - Eu disse revirando os olhos, jogando minha bolsa em qualquer lugar no chão e me deitando na cama, exausta e com sono. Harry se sentou na cama ao meu lado e me olhava divertido.

- Que foi? - Eu disse me sentando e olhando pra ele.

- Parece estressada. - Ele disse me olhando calmo.

- É que não gosto muito de receber tanta atenção assim. Mas não reclamo, por que meu pai faz isso com tanta felicidade, que me assusta. - Eu disse bufando e em fim rindo, fazendo Harry rir como sempre.

- Carol..- Harry disse mudando totalmente a expressão alegre. - Você sabe que eu vou entrar em turnê com os meninos daqui a uns dias né? - Ele disse me olhando triste, e eu apenas concordei com a cabeça. A turnê, ainda não consigo pensar que ele vai ficar tanto tempo longe. - Quero que você não me esqueça, então comprei uma coisinha pra você. - Ele disse colocando um sorriso fraco e puxando uma caixa pequena e retangular do bolso da sua calça. Ele abriu a caixa virado pra mim e tirou o colar dourado com uma pedra rosa como pingente. 

- Harry, não precisava disso. Eu vou me lembrar de você. - Eu falei sem graça. Imaginando o quanto aquilo deve ter custado. - Harry, isso deve ter sido uma nota, foi caro e eu..- antes que eu terminasse de falar ele pos um dedo nos meu lábios com a intenção de me calar, e foi o que eu fiz rindo.

- Já falei que você fala demais? - Ele disse tirando o dedo dos meus lábios. - Não importa o preço, eu estou te dando e quero que aceite. Levanta, eu vou por em você. - Ele disse se levatando e puxando a minha mão pra que me levantasse foi o que fiz. Ele pôs o colar em mim com todo o cuidado, arrastando de leve os dedos em volta do meu pescoço enquanto colocava o colar. Eu andei até o espelho grande e me olhei segurando o pingente no colar.

- Que pedra é essa? - Eu disse segurando a pedra, e vendo através do espelho Harry já atrás de mim.

- Essa pedra se chama ágata rosa. - Ele disse e eu arregalei as sombrancelhas, eu nunca ouvi falar.

- Tem algum significado? - Eu perguntei olhando Harry nos olhos através do espelho, ele soltou um sorriso calmo, sem desfazer o contato visual.

- É uma pedra que significa, proteção, amizade, justiça e amor. - Ele disse e pôs as mãos na minha cintura me abraçando por trás e ainda me olhava. - Essa pedra significa calma, tolerância e amor. Em tempos antigos, diziam que essa pedra harmoniziva nossas necessidades, desejos e a saudade que sentimos de outra pessoa. - Ele disse e abriu um sorriso maior ainda, quando viu minha expressão sem reação.

 Eu não esperei mais nenhuma fala de Harry, apenas me virei e encostei nossos lábios. Ele já tinha as mãos em minha cintura o que foi mais fácil, eu apenas segurei os cabelos dele, entrelaçando entre meus dedos, enquanto Harry correspondia o beijo a altura. Ar já nos faltava, quando nos separamos, suspirando e rindo ao mesmo tempo.

 - Isso foi inesperado. - Harry disse sorrindo, nossas testas coladas.

- Me desculpe, perdi o controle. - Eu falei e ele gargalhou jogando a cabeça pra trás.

- Pode perder o controle sempre então. - Ele disse e se juntou me dando um selinho. - E então gostou? - Ele falou desviando o olhar para o colar que eu usava.

- O beijo não foi resposta suficiente pra você? - Eu falei rindo e eu olhando, ele me olhou sério.

- Não vai se esquecer de mim? - Ele disse eu respondi um “claro que não” seguido de um selinho. - Eu já estou em um estado que não sei se vou conseguir ficar longe de você tanto tempo. - Ele disse e me deu um beijo apaixonado.