Fanfic: When hate becomes love. | Tema: One Direction

Entrei no quarto fechando a porta devagar, meu pai deveria estar em algum cômodo e a ultima coisa que eu quero é uma conversa. Tirei a roupa e fui para o banheiro. Enquanto tomava banho me desatei a chorar, que merda de vida...e parece que eu sou a culpada por tudo isso, e quem mais seria? Pois é. Eu atraio coisas ruins a todo momento, eu fasto as pessoas que eu amo de mim. Todos que eu amo se vão, eu só queria amar uma pessoa e ficar com ela pra sempre, e então em um piscar de olhos eu perdi Harry, pra sempre? Não consigo viver com essa ideia. Sai do box me enrolei, e fui ao guarda-roupa pegar um pijama quente, desliguei meu celular e me joguei na cama com nem um pouco de sono, afinal já é 9 da noite, mas essa hora eu já estou dormindo e tudo isso por acordar cedo pra ir a escola. Mas meus pensamentos me levariam pra um lugar longe de novo, para um lugar sombrio que eu evitava ir, mas não tinha jeito. Vamos rever os fatos, minha mãe me deixou, eu perdi a pureza pra um idiota que eu falei que amava, perdi Carter de repente e agora perdi Harry por uma besteira. Liguei o mini-rádio que fica na mesa ao meu lado, colocando qualquer música melodramatica e fechei meus olhos, mas não pra dormir, só pra me afundar em pensamentos.

Harry POV`s on

Eu quero gritar, quebrar a porra toda, por que mais uma vez eu fui um idiota, mas uma vez eu deixei meu orgulho me calar. Por que eu não disse o que eu sinto realmente? Ela disse que me ama, e isso era o que eu mais esperava dela, mas eu não fiz NADA. Como eu tive a capacidade? Agora eu estou aqui deitado na minha cama, usando um moleton qualquer por causa do frio e nem ao menos consigo dormir e já se passa da meia noite. Lembrei do que Babi e Niall me disseram mais cedo.

Flashback on

Assim que Carol saiu do meu quarto, me deixando estático com todas aquelas palavras e o tão sonhado “eu te amo”, ouvi um baque na porta. Babi vinha em minha direção seguida de Niall e ela apontava o dedo pra mim.

- O que você fez com ela? - Ela falava e tinha raiva.

- Eu não fiz nada, foi isso. Eu não fiz absolutamente nada. Literalmente nada. Nada. - Eu falei batendo os braços. E ela se acalmou entendeu o “nada” eu eu quis dizer, entendeu que mais uma vez eu deixei ela ir.

- Harry, o que você tem? Quando eu converso com a Carol eu até tento falar que a culpa não é sua, que eu te entendo, mas agora você tá sendo um idiota. Você ao menos sabe do que ela sente por você? Vá atrás dela, prove o que você quer, não fica aqui no seu quarto se lamentando. - Ela disse me olhando triste e Niall estava ao lado.

- Cara, vai falar com a Carol, eu sei o que você sente por ela. - Niall falou me olhando, claro o único que sabia. E então eles simplesmente falavam isso, Niall passou os braços sobre o ombro de Babi como se fossem um casal (?) uou.

Flashback off

Droga, droga, droga. Eu posso ao menos dormir sem conseguir pensar nisso? Sei que não vou conseguir de jeito nenhum. Me lembrei de Carter agora e de tudo o que disse “é assim exatamente Harry. Você continua a vida, mas sente que falta parte dela.” Carter me contou sobre o único amor da sua vida que ele perdeu. “Nunca deixe isso acontecer meu jovem, uma hora tudo pode estar bem e depois em um piscar de olhos tudo acabar. Não tenha medo de amar, de gostar..fale o que sente e não se importe com os contras,o que importa é você.” E essas foram as últimas palavras do velho comigo, parece que ele teve a missão de me instruir e partir logo depois. Poderia chamá-lo de anjo? Essas palavras agora ficam martelando na minha cabeça e eu não aguento mais. Eu faria tudo pela Carol, e eu vou fazer. Me levantei não me importando com nada e peguei meu carro na garagem. Não me importo que já se passa da 1 da madrugada, eu preciso que a Carol saiba. E isso pode parecer loucura o que eu estou fazendo, mas isso vai provar tudo. Enquanto dirigia ao meu destino, ligava para o celular da Carol e nada, estava desligado. Que droga, como vou fazer pra entrar? O caminho todo fui tentando lembrar de cada detalhe de fora da casa, um jeito pra que pudesse entrar. Tentei ao menos, vamos ver se vai dar certo.

Parei o carro na traseira da casa da Carol, seria mais fácil já que o quarto dela fica atrás. Me agarrei a uma árvore que ficava do lado de fora, só assim conseguiria entrar no quintal. E deu certo, dei graças a Deus que nenhum alarme estava ligado, ou estaria morto. Agora só falta chegar na pequena varanda que dava para o quarto dela, e isso não foi problema já que tinha uma escada na parte de trás. Subi rápido e agora estou aqui como um idiota de cara pra porta traseira do quarto, com as mãos suando pela adrenalina e nervosismo. Dei pequenas batidas na porta, temendo que Carol se assustasse se eu batesse forte, esperei um pouco e vi a cortina da janela ao lado se mexer, ela me olhava pela janela incrédula e logo se direcionou a porta para abrir.

- O que faz aqui Harry? - Ela estava parada na porta e de braços cruzados. - ah, entra logo antes que os vizinhos te vejam. - Ela disse puxando meu braço pra dentro, fechando a porta e se virando em minha direçao novamente parando na minha frente. - Então, pode responder o que faz aqui?- Ela expressava surpresa e raiva, ficava linda de qualquer jeito. Soltei um surpiro pesado, seria agora.

- Eu quero falar uma coisa, mas não podia esperar outro dia. Preciso que me escute e não me interrompa. - Eu falei e ela assentiu impaciente. - Quando eu te vi no clube na primeira vez e soube que era filha do Mauro achei que seria legal comigo, por que todos eram legais comigo, mas foi completamente o contrário disso. - Eu disse rindo me lembrando e vi ela abafar um sorriso. - Você não ligou para o fato de eu ser Harry Styles e deu de ombros, me tratou com uma baita ignorância o que mais me deixou surpreso. Mas aí, tudo muda. Acho que Carter nos ajudou desde o primeiro momento. Eu conheci você melhor e você me conheceu, eu vi que você não era aquela menina durona que aparentava ser, mas tinha seus medos e tantos problemas. - Eu falei suspirando e ela me olhava confusa e tinha lágrimas presas nos olhos. - E eu prometi ser seu amigo, e te fazer sorrir, te fazer esquecer de todos os problemas, mas quanto mais eu te conhecia mais eu gostava de você. Isso me deixou confuso, por que enquanto você falava eu queria te beijar, enquanto você me contava seus problemas eu queria te abraçar. E tudo o que eu mais desejei aconteceu, eu pude finalmente ter você em meus braços, e eu nunca lutei tanto por alguém assim, mais eu fui um idiota, um completo idiota com você. - Eu disse suspirando. - Veja onde estamos? Eu não quero continuar desse jeito, eu quero você comigo. Eu não quero entrar em uma turnê e saber que estamos brigados. Eu quero ter a sensação de estar em uma turnê, sentir saudades e saber que quando eu voltar tudo isso vai passar por que você vai estar me esperando. - Eu disse dando um sorriso fraco.

- Harry, eu..- Carol tentou falar, mas eu interrompi chegando mais perto e pousando um dedo sobre os lábios dela. Ela assentiu novamente em ficar quieta.

- Eu não vou me importar mais com as pessoas, eu quero te mostrar para o mundo, eu quero sair de mãos dadas com você e no dia seguinte sair em jornais, eu quero ter a sensação de me ver com você a todo o momento. Sabe de uma coisa engraçada? - Eu disse rindo de mim mesmo e do que eu iria falar. - Eu tenho inveja de tudo ao seu redor, inveja das pessoas que você fala, inveja das coisas que você toca por que queria que fosse eu, tenho inveja do ar que você respira por que você precisa dele pra viver. Eu quero que você precise de mim Carol, eu quero que você me abrace, eu quero pegar na sua mão e poder dizer que você é minha. Eu não consigo pensar na possibilidade de ir embora sem saber que você é minha. E isso tudo por que eu te amo. Seja minha? Saia nos jornais comigo? Saia no canal de fofocas da TV comigo? - Eu disse rindo , por que eu finalmente engoli o meu orgulho, ela abriu um sorriso pra mim, o mais lindo dos sorrisos. Ela me puxou pra mais perto pelo gola do moletom que eu usava e sorriu pra mim mais uma vez, logo encostando nossos lábios com uma calma incrível, eu não me preocupei em apressar nada, apenas a apertei mais enquanto nos beijavamos, não queria de jeito nenhum que ela saisse dos meus braços. Eu a amava e tinha certeza. Derramei todos os meus sentimentos nesse beijo, colei nossos corpos e fazia carinho enquanto eu a beijava, nossos toques eram macios, ela segurava meu braço e alisava ao mesmo tempo. Ela suspirou durante o beijo e eu ri, logo separando nossos lábios, mas não soltando ela dos meus braços.

- Foi você que me beijou, e quando você me beija a resposta é sim. Estou errado? - Eu disse me fazendo sínico enquanto olhava ela nos olhos, e ela novamente sorriu.

- Dessa vez você está certo. - Ela disse me olhando e rindo.

- Eu te amo Carol. - Eu disse e ela acariciava meu rosto.

- Eu descobri isso a alguns segundos atrás. - Ela disse, e nós dois rimos. - Eu também te amo, e aceito a ideia de ser sua. - Carol dizia me olhando, e eu apenas a abracei. Ficamos alguns minutos abraçados e então nos soltamos, mesmo sem vontade.

- Eu preciso dormir agora Harry. - Ela disse me olhando carinhosa. - Tenho aula amanhã. - Ela disse.

- Eu sei que tem. - Eu falei e cocei a nuca sem graça. - Posso ficar aqui com você? - Eu falei ainda sem graça. Ela me olhou rindo.

- Claro que pode. - Ela disse e caminhou em direção a cama. - Venha. - Ela deitou na cama e jogou a coberta por cima dela, e me deixou parado apenas a observando, hipnotizado. - Harry? Tá esperando o que? - Ela falou com a cabeça no travesseiro e olhando pra mim de lado. Eu dei a volta, tirei meus sapatos e me deitei na cama, ficando de lado e apoiando a cabeça nas mãos.

- Por que não estava dormindo quando eu cheguei? - Eu disse observando ela que estava olhando para o teto.

- Eu não consegui dormir depois do que aconteceu. - Ela falou ainda olhando pro teto e sorrindo fraco.

- Eu também não. - Eu disse deitando por completo na cama, e olhando para o teto também. Carol veio pra mais perto e pousou a cabeça no meu peito me abraçando, eu soltei uma risada baixa e passei minhas mãos sobre o cabelo dela. O cansaço estava me derrotando, e parecia que Carol já estava dormindo. Fechei meus olhos e esperei até que pegasse no sono, mas não consegui escutei um barulho baixo como se fosse de choro. Caroline estava chorando? Me sentei rapidamente, a puxando pra cima junto. - Por que está chorando? - Eu disse preocupado e passando minha mão sobre as lágrimas que escorriam sobre o rosto dela. 

- Eu nunca imaginei eu e você juntos, e agora eu te amo tanto que não suportaria te perder Harry. Todos que eu amei se foram, não quero que você se vá também. - Ela disse e olhou pra baixo chorando mais ainda.

- Ei. - Eu disse a abraçando. - Eu não conseguiria viver sem você. No dia em que eu te deixar, é por que eu serei velho demais e a idade irá me levar. Ainda temos muito pela frente. - Eu disse quase sussurrando, entendendo a dor dessas palavras pra ela. A puxei pra baixo comigo, deitando novamente na cama, e a envolvendo em meus braços.

- Se estivermos juntos e a idade te levar, eu prefiro ir junto do que viver a minha velhice sem você. - Ela disse baixo e eu apenas não consegui dizer nada sobre essa frase que ela disse.

- Durma Carol. Eu te amo. - Eu disse dando um beijo no topo da cabeça dela e acariciando seus cabelos. E então tudo ficou quieto, Carol respirava tranquila sobre meu peito e eu dormir em fim.