Fanfic: Para Sempre (DyC) | Tema: RBD (Dulce e Christopher)

– Todo mundo acha que devemos favores aos amigos, ah, claro, mas devemos. São nossos amigos, e amigos são amigos – ela resmungava, conversando consigo mesma, com a boca cheia – Mas acho que meus amigos não pensam no meu bem. Até parece! Aquele Rodrigo... Nossa, aquele homem era... Meu Deus, ele era insuportável! Quantas calorias tem essa coisa? – e de repente ela parou, um tanto sobressaltada, erguendo os olhos a um enorme homem parado bem a sua frente.

Ele era um pouco sombrio, ela pensou. E a mão estendida em sua direção parecia capaz de se fechar, até mesmo, ao redor de seu pescoço. Ela não sabia ao certo qual o objetivo daquele homem com aquela atitude, se ele não sorria, nem se movia, sequer dizia alguma palavra. Não sabia se estava pedindo um pouco do seu chocolate, ou dinheiro, ou se tinha a intenção de ajudá-la a levantar.

– Está um pouco frio, não acha? – ele finalmente perguntou. Mas não tinha um semblante de generosidade, sim de tédio e impaciência. Ela passou os dedos na boca para limpá-la caso estivesse suja, fitando a mão a alguns palmos de seu rosto. Deveria imaginar que ficar ali poderia ser perigoso – Ora, vamos, não vou fazer mal a você. Só vim ajudá-la, mas se não quiser, já estou voltando para casa.

– Ah sim, espere! – pediu ela, gritando sobre o barulho do vento.

Ele viu o olhar castanho dela brilhar de gratidão logo que se levantou. Os dedos apertavam-no como se implorassem para que ele não fosse um mau-feitor. Os cabelos estavam ensopados, o sobretudo igualmente.

– Obrigada. Estou com um problema.

– Não brinca? – Ucker resmungou.

Ela estreitou os olhos.

– Você vai consertar meu carro?

– Quem foi que disse isso? – Christopher observou o olhar intrigado e ofendido que ela lhe dirigiu e acrescentou: – Bem, pensei em fazer isso depois. Amanhã, talvez. Veja o tempo agora. Vim convidá-la para entrar e se aquecer.

Era óbvio que ele não estava feliz com aquilo, a expressão aborrecida era clara. Mas isso pouco interessava, ela realmente precisava de um lugar onde pudesse passar uma noite seca, quente e... segura.

– Hum... – ponderou por um segundo, torcendo a boca – Não acho que seja uma boa idéia...

– Mas que ótimo! Fique aí – ralhou, amargo, arrependido de ter se dado ao trabalho de sair de casa e ir até lá – Congele de uma vez e não faça barulho com esse motor insuportável, algumas pessoas precisam simplesmente dormir.

Ela abriu a boca para responder à grosseria, perplexa, mas não conseguira dizer nada. Além disso, ele já estava se afastando.

Olhou para a rua ao seu redor e viu os postes com suas luzes fracas, os flocos de neve caindo sobre seu carro, a iluminação dentro das casas começando a enfraquecer. O bater de seus dentes e o tremor de suas mãos convenceram-na de que precisava mesmo se apressar para alcançar aquele agradável homem a tempo.

– Calma! Me desculpe! – segurou a gola de seu casaco e correu até ele, bem atenta a onde pisava – Como isso está gelado – reclamou, sentindo os pés endurecidos arderem.

Christopher franziu o cenho quando olhou para trás e a viu saltitar em sua direção.

– E você está descalça ainda? O que você tem na cabeça? Perdeu o juízo? – zangado, ele caminhou até a moça e a agarrou pela cintura com um único braço, erguendo-a um pouco do chão como se ela não tivesse mais peso que uma simples pilha de papéis. O outro braço estendia o guarda-chuva acima de suas cabeças.

Ela gemeu de satisfação, enlaçando o pescoço de Christopher com as duas mãos para que se segurasse melhor.

– Desculpe, estou cheia de problemas esta noite, minha cabeça trabalha no ritmo de um trem – disse, sem conseguir conter a mandíbula trêmula. Christopher a pôs para dentro, fechando a porta atrás de si.

Wow, quantos ups!!! Adorei isso :D

Sejam bem-vindas todas, obrigada pelo incentivo, espero que curtam o que postei!

Mil beijossss