Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

Josh Devine

Eu realmente não queria que a mãe da minha namorada arrombasse a porta da casa do meu amigo, mas infelizmente, o universo não conspirava a meu favor.

Amanda sempre fora extremamente simpática quando estávamos em sua casa, mas eu nunca a vira preocupada com uma filha ou coisa do gênero, e sinceramente? Era completamente assustador.

Depois de bater duas vezes na porta e informar quem era, Kelly só teve tempo de sair correndo para se esconder lá em cima, antes que a mãe irrompesse dentro da casa, chutando a porta com força. Hm, já dá pra saber de onde a Ally tinha tirado esse gênio de quebrar coisas dos outros, inclusive portas.

Engoli em seco, me levantando do sofá.

–Olá Amanda – murmurei e ela me olhou, fechando a porta cuidadosamente. Certo, não adianta mais.A porta quebrou.

–Onde está minha filha? – ela disse com os olhos desesperados.

Realmente a ligação de Kelly tinha sido preocupante, e se ela ligasse daquela maneira para mim, eu ficaria assustado e correria para ver qual era o problema. E ainda mais porque Amanda era mãe. Mas agora que Cath tinha sido achada e que os meninos sequer estavam no país, a visita de Amanda parecia sem sentido.

–Sua filha? Hmmm...Não sei, acabei de chegar! – menti, passando as mãos pelo cabelo.

–Quem sabe onde ela está? – ela perguntou sacando o celular rapidamente.

–Hm...Espera um pouco aqui, está bem? – pedi e nem esperei uma resposta. Sai correndo pela escada até o quarto onde Kelly estava escondida. Tranquei a porta depois de entrar.

–E agora, o que fazemos? – ela sussurrou.

–Já tentou ligar para eles? – perguntei com a voz baixa.

–Já...Mas não atendem. Que droga – ela murmurou quando seu celular começou a vibrar – Minha mãe está me ligando...Que porcaria, o que eu faço? Ela vai querer me matar por mentir.

Dei um abraço confortante nela, enquanto ela puxava a barra de minha blusa.

–Não vai poder ficar trancada aqui em cima até que os meninos voltem da França. Vem – entrelacei nossos dedos, puxando ela para a escada. Kelly tentou voltar para o quarto, mas mantive o braço firme por volta de sua cintura.

Descemos as escadas com calma e Amanda suspirou aliviada assim que viu Kelly, que foi correndo lhe dar um abraço.

–Me obrigaram, eu sinto muito – ela disse com a voz abafada, pelo abraço esmagador da mãe.

–Quem te obrigou? – ela perguntou ameaçadora olhando direto para mim, que me encolhi sentando no sofá.

–Hmm...Depois...Que bom que está aqui – Kelly disse abraçando a mãe ainda com mais força e Amanda concordou.

Elas se soltaram e Kelly se sentou no meu colo enquanto Amanda se sentava no sofá defronte a nos. Ela estreitou os olhos para Kelly.

–Josh é meu namorado – Kelly disse rapidamente e Amanda arregalou os olhos, mas concordou.

–Mas o que aconteceu com você? Me deixou tão preocupada...Digo, realmente preocupada.

–Acho que realmente teríamos que falar sobre isso – Kelly disse com a voz forçada, controlando as lágrimas – Quando ia me contar?

Amanda pareceu assustada, como se soubesse do que se tratava, mas logo recuperou a pose.

–Te contar o que, querida?

–Que eu tenho uma irmã! Que Ally tinha uma irmã!

Amanda imediatamente congelou.

[...] June Collins

Tudo ia bem. Acordei completamente feliz e sem dor alguma. Ainda não conseguia mover meu braço de maneira alguma, mas sabia que estava bem melhor do que antes. Tinha uma queimadura que já quase desaparecia em meu braço direito, e as pernas estavam enfaixadas somente devido aos arranhados, que já não eram nada de mais.

Resumindo : Estou ótima. Sabia que Catheryne estava bem, então pude dormir tranqüila sem pensar na possibilidade de acordar em outro lugar totalmente diferente, ou seja, morrer.

O efeito da visita de Louis ontem ainda não tinha passado. Eu tinha rido tanto das piadas idiotas e sem sentido dele que cheguei a ficar sem ar. É tão bom ter alguém como Lou quando se está preso em um hospital fedorento ; todos os hospitais são fedorentos.

Agora, eu não sabia direito o que fazer. Digo, parecia que tudo se resumia a salvar Catheryne. E foi pouco tempo e já consegui trazer ela de volta. Acho que agora era só chegar na minha mãe e dizer “me conte todos os seus segredos”...Não, isso seria bizarro demais.

Eu não via tanta coisa de estranho na situação, somente o fato de Catheryne ser idêntica a mim. Era só isso...Hm, era complicado...Percebi que estava com saudades dos meus amigos ao sentir um aperto no coração em pensar seus nomes ; Anna, Logan, Perrie e Josh.

–Com licença – alguém disse me tirando de meus devaneios.

Era Louis. Tinha trazido vários balões coloridos para mim e uma cesta de chocolates. “Ele acha que eu sou criança” pensei e dei uma risada mentalmente, mas na realidade permaneci imóvel.

–Oi Louis! – falei animada e olhei criticamente para os balões coloridos – Por que não tem nenhum preto?

–Não tinha preto – ele se defendeu – Mas eu trouxe chocolates.

–Para uma desconhecida? Que gentileza.

–Para uma fã – ele deu de ombros – E gentileza, é meu sobrenome.

–Não é não, seu sobrenome é William – comentei e ele riu.

–Tinha que estragar tudo, não? – Louis coçou a cabeça e eu concordei.

–Claro, estragar tudo é meu sobrenome...E pausa, porque você não sabe o meu sobrenome! – ri e ele revirou os olhos, me entregando os balões e a cesta – Valeu.

Revirei em toda a cesta até achar o que realmente me importava ali. Um alfinete pontudo que prendia uma caixinha de bombom a outra.

–O que você v...

Furei o primeiro balão, fazendo um barulho alto e Louis dar um pulo de susto.

–Realmente acertou na lembrança! Adoro fazer isso – sorri agradecida e furei mais um balão.

Louis riu.

–Parece ser realmente muito legal! – ele estendeu a mão pra mim – Posso tentar?

–Claro que sim – lhe entreguei o alfinete.

Louis furou mais alguns balões, fazendo com que nós ríssemos ainda mais. Parecia que não tinha passado o tempo em que eu me fora, que eu ainda era a Ally curtindo com meu melhor amigo Louis!

Depois de muitas risadas, Louis comentou que o quarto estava uma bagunça enquanto eu apenas ria da cara dele, avisando que teria que limpar. Ouvi batidas fracas na porta, e murmurei:

–Entre!

E então Harry entrou. Perfeito, bagunçando os cabelos, sorriso sincero e olhos irresistíveis. O aparelho ligado a mim imediatamente começou a fazer escândalo, indicando que meus batimentos cardíacos tinham ido ao delírio ao ver Harry.