Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

[...] June Collins

Mas que máquina mais filha da puta! Simples. Isso sim resumia o que aquela maquina era. Uma filha da puta, mal comida. Só podia. E meu coração também podia tentar colaborar né, mas nããão...Tem que fazer uma gracinha. Já parecia quase sapatear em meu peito e quanto mais eu ficava desesperada para ele voltar ao normal, mais rápido ele batia.

–Você está bem? – e ele começou a ir ainda mais rápido. A máquina já chegando a fazer um barulho insuportável – Não, não esta.

–Estou sim – murmurei. Normalmente eu contaria as batidas do coração para me acalmar, porém se fizesse isso...Meu coração ficaria ainda mais problemático – Hm, vou ficar bem.

Contei duas respirações de cada vez, enquanto Harry me olhava assustado e murmurava algo com Louis, até meu coração se normalizar. Consegui relaxar depois disso e vi, com alivio, batimentos perfeitamente naturais na máquina.

–O que foi isso? – Harry perguntou para Louis, mas eu acabei ouvindo.Louis deu de ombros.

–Cara, eu não tenho a mínima idéia, então não pergunte a mim.

–Eu estou aqui – comentei.

–Oh, verdade – Louis olhou para mim – Ela está.

–Hm, então...Sério June, eu só queria te agradecer muito mesmo! – Harry deu meu sorriso favorito e eu tentei controlar meu coração retardado respirando fundo – Sério, o que você fez para mim foi lindo, corajoso,perfeito e heróico! Eu...Estou muito feliz de ter Catheryne de volta e...

Claro, tudo se resumia ao fato de Catheryne estar bem; eu não importava nada. Seria a mesma coisa se outra pessoa tivesse salvado a garota...Já conseguia imaginar um policial fortão com o coração acelerado ao ver Harry entrando na sala para lhe agradecer.

–E feliz que esteja bem, também – Harry finalizou e eu voltei à realidade.

–Sim,é...Hm...Todos estamos muito felizes – falei e ele assentiu.

–Foi realmente incrível, muito obrigado – e se aproximou para me dar um beijo na bochecha. Seu cheiro, seus lábios...Tive vontade de segura-lo ali, mas acho que ele pensaria que sou louca. – Tchau June.

–Tchau Harry – tentei parecer animada e ele sorriu, saindo do quarto.

–E ai? – Louis perguntou pulando em cima de mim na cama.

–Ai, Louis, seu desgraçado infeliz. Quem te deu essa intimidade, caralho?

Louis riu de mim.

–Você fala muitos palavrões. Chega a ser engraçado, me lembra... – e se calou imediatamente – Mas enfim, o que foi isso?

Revirei os olhos.

–Não sei do que ta falando.

–Aaah, sabe sim...To falando daquele momento em que Harry entra na sala e seu coração começa a piar PI PI PIII PI PI PI PI PI PI PIIIIIIIII! – ele berrou e eu coloquei as mãos nos ouvidos.

–Para de ser idiota. – ri – Não foi nada. Eu levei um susto com...Uma mosca.

–Sei – Louis falou como quem diz “mentirosa” e depois olhou para um chocolate caído na colcha – Não vai comer?

–Não.

–Por que não? – ele perguntou triste.

–Depende, onde comprou isso? Não foi uma estranha no meio da rua né? Isso daí não vai me fazer vomitar por horas e horas consecutivas?

Louis deu gostosas gargalhadas depois me olhou arregalado.

–Como sabe sobre isso?

Droga! Eu não sou eu. Por que vivo esquecendo isso?

–Ahn...Intuição feminina.

–Pois comprei numa loja, bem cara! Então, deve ser ótimo – ele encheu a boca de chocolate e depois cuspiu – Na verdade, é bem ruim. Não recomendo mais.

–Eu te avisei.

[...] Josh

Amanda ficou completamente sem reação. Tanto, que cheguei realmente a pensar que tinha morrido. Ela piscou várias vezes depois e olhou diretamente para Kelly.

–Como sabe disso?

Kelly mordeu os lábios, nervosa.

–Não importa como eu sei. Acho que a única coisa que importa é que eu não sabia e que você não me contou! – Kelly devolveu e foi a vez de Amanda se encolher no sofá.

–Acho que isso simplesmente não era da sua conta.

Essa doeu até em mim. Kelly ficou possessa e eu achei que ia estrangular a mãe. Apertei ela em meu colo enquanto com a outra mão tentava desesperadamente ligar para os meninos.

–Isso é da minha conta. Eu sou sua filha. – Kelly rosnou.

–Como disse você é minha filha. Eu decido o que é da sua conta, você é menor de idade. E não pode namorar esse garoto – ele apontou para mim com a cabeça.

–Como é que é? – levantei quase derrubando Kelly junto comigo. – Não pode fazer isso.

–Posso sim. – ele olhou possessa pra Kelly – Você se meteu com coisa grande demais por aqui – e a pegou pelo braço – Temos que ir. Você volta pra Los Angeles comigo, hoje!

–Eu não vou voltar – ela protestou – Eu não quero voltar!

–Não me importa.

Kelly tentou se segurar em mim, mas Amanda foi mais forte. Ela parecia nervosa, ainda mais, assustada como se a filha e ela corressem um grave perigo. E Kelly se recusava a ir, mas a mãe a puxou até estar com ela presa do lado do corpo.

–Você não pode mandar em mim! – Kelly quase gritou – Eu decido o que eu quero fazer e eu vou ficar em Londres, queria você ou não.

–Não Kelly. Está na hora de você ter limites. E você vai vir comigo.

Não sabia direito o que falar, e ainda tinha medo que algumas delas tentasse me atacar caso eu dissesse algo, mas não me segurei.

–Solta ela, Amanda...Ela não quer.

–Bom, acontece que eu não perguntei o que ela quer. Está na hora de você aprender quem manda Kelly. Você vai ter limites, venha!

–Eu não quero – ela murmurou enquanto Amanda praticamente a arrastava pra fora. – Josh!

–Solta ela, Amanda, por favor, solta ela...Nos conhecemos Catheryne e Charlie e...

O rosto de Amanda virou uma mascara de horror. Ela imediatamente congelou e Kelly quase sufocou em seu aperto. Tentei ajudar, mas ela só se afastou mais, chegando à porta.

–Mãe, me larga. Tá machucando – Kelly implorou chutando para todos os lados. Não conseguia fazer nada para ajudar ; me sentia um inútil.

–Nunca mais esses meninos vão chegar perto de nós.

–Não, Amanda, não queríamos saber...Contaram, a informação veio e... – tentei explicar.

–NÃO ME INTERESSA! Não quero saber o que aquele homem contou a vocês. Não quero ficar próxima daquela garota – ela disse com desdém –Venha Kelly!

Kelly tentou se soltar e eu ainda tentei ajudar, mas Amanda conseguiu chegar a porta e arrastar Kelly até o carro com motorista, que partiu, me deixando paralisado na porta de entrada da casa do Malik.

Fiquei dessa maneira, até ouvir meu celular tocar.

–Olá Josh – ouvi a voz de Harry – Vi suas chamadas perdidas...Qual o problema?