Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

[...] June Collins

–Certo, então : Niall pare de comer, Liam desliga esse celular, Zayn pare de se olhar no espelho, Louis sem explosivos no avião dessa vez e Harry solte Cath por um instante; imagino que os dois ainda precisem de oxigênio e com a sua boca colada na dela a menina mal pode respirar. Olhe aí, todos vermelhos – Paul murmurou, arrumando todos nós antes de entrarmos no avião. Era uma coisa tão...Paternal, eu diria.

–Há, ele não falou nada pra mim – mostrei língua a todos, dando risada.

–Só porque você tem esse rostinho de bondade. – Louis revirou os olhos indignado por ter que jogar seus explosivos no lixo – Ia ser um ótimo entretenimento.

Concordei e segui os meninos pelo aeroporto. Sim, a turnê já estava começando e cá estamos nós indo para o primeiro show. Eu vou razoavelmente de penetra porque realmente não tenho nada para fazer. E eu não tenho a mínima idéia do por que Catheryne vai, mas mesmo assim deve ser desnecessário.

–Oi...Deve ser a June, não? – uma mulher loira com uma linda bebê no colo perguntou, andando ao meu lado. Abri a boca para responder, mas Louis falou antes de mim.

–É ela sim. Minha melhor amiga... Por quê?

–Queria me apresentar, oras. – ela deu de ombros e a bebê balançou rindo – Meu nome é Lou Teasdale e essa é a...

–Lux – Louis sorriu antes que Lou dissesse e eu ri.

–Ele aparentemente adora fazer isso...Lux! Prazer conhecer você, diva linda – dei o dedo para ela que apertou nas mãos gordinhas. – Ela é muito linda – falei pra Lou que sorriu.

Lux estendeu seus bracinhos para mim e tanto Lou quanto Lux ficaram momentaneamente confusos, mas depois sorriram.

–Você agüenta?

–Claro que sim – estiquei os braços para ela e Lou passou Lux para mim com um pouco de dificuldade, mas por fim a loirinha estava em meu colo. Era leve como uma pena, mas ao mesmo tempo muito fofa e eu tinha vontade de apertá-la, mas me segurei.

–Diga Louis, Lux – Louis pediu, mas Lux não disse nada e continuou a chupar sua chupeta complacente.

–Isso é porque ela não gosta de você. – sorri maldosa – Mas gosta de mim, né Lux?

–Ela gosta de mim sim. E ela acabou de te conhecer, não gosta de você – Louis mostrou língua e eu lhe daria um tapa se não tivesse as mãos ocupadas.

–Awn, Lux. Você deve ser a coisa mais fofa do mundo – sorri e Lux deitou a cabeça em meu ombro. Tão meiga. Ela deu um bocejo. Tinha um hálito quente de leite. – Viu Tomlinson? Ela simplesmente me ama, não vai viver mais um minuto sem mim.

Lou deu risada com as alfinetadas que eu e Louis trocávamos enquanto íamos andando atrás de Paul e Niall, até ouvir um berro atrás de mim que fez Lux acordar assustada, levantando a cabeça subitamente e começou a chorar pelo susto.

–LUX! – Harry berrou novamente e veio ver Lux que estava em meu colo, assustada. Eu quase sentia seu coraçãozinho bater forte como um passarinho assustado e a linda começou a chorar pelo susto – Ah, desculpe...Eu acordei ela?

–Nããão, fui eu que armei o berreiro no meio do aeroporto – Louis disse sarcástico – Não viu?

–Desculpe, poxa. Eu só estava com saudades da minha afilhada. – Harry fez bico e eu desviei o olhar. Isso ainda mexia comigo demais. Cath deu a mão para Harry e os dois entrelaçaram os dedos tão naturalmente que me deixou com a cabeça fervendo.

–Harry – chamei segurando a respiração – Pega a Lux, ela está com saudades também. E está nervosa, acalma ela, por favor.

Harry sorriu como se adorasse a idéia e pegou Lux do meu colo com facilidade. E depois sorriu pra Cath que sorriu de volta.

–Imagina como seria nossa filha... – ele suspirou sonhador, e ela deu um sorriso enorme.

Como é que é? Filha? Ele tinha dito filha? Com ela? Com Catheryne? Isso significava que eles andavam dormindo juntos...Não só isso, mas...Fazendo também. Estavam realmente dormindo juntos e...Uma filha? Ele queria isso? Ela queria isso? Eles queriam isso? Não podia ser.

Senti as mãos tremerem e agarrei Louis pela mão e puxei na direção contrária em que estávamos indo. Louis começou a protestar, mas assim que percebeu minha aflição me seguiu sem reclamar. Fomos em direção a praça de alimentação do aeroporto.

–Aonde vão? – Paul gritou acima do ruído da multidão.

–Comprar água – Louis improvisou – Já seguimos vocês.

Paul fez careta como se discordasse, mas algo na expressão de Louis o convenceu.

–Louis – abracei ele com força, deixando as lágrimas saírem.

–June – Louis disse preocupado – Qual o problema?

Queria poder responder, mas os soluços tornavam impossível que qualquer palavra saísse da minha boca. Tossi para recuperar a fala.

–N-Nada – consegui dizer engasgada.

–Como nada? Por que está chorando? – ele disse desesperado e eu balancei a cabeça.

–N-nada, já disse L-Louis – murmurei me soltando dele e limpando o rosto – Nada.

–Hmm. – Louis me olhou desconfiada de cima a baixo. – Quer comer algo? Está pálida demais.

–Acho bom – concordei e fomos até um restaurante comprar alguns biscoitos e sucos. A verdade é que eu estava com o estomago revirado e não tinha vontade de comer nada.

Uma fã nos parou e pediu foto com Louis e até comigo. Estranhei, mas tirei foto com ela sem reclamar e ainda lhe dei meus biscoitos fora da linha de visão de Louis, porque senão ele iria querer brigar comigo.

A garota era legal e eu comecei a conversar com ela até Louis puxar meu braço bruscamente. Fiz uma careta de dor.

–Ele ainda não está totalmente recuperado.

–Opa – Louis arregalou os olhos e soltou meu braço imediatamente – Desculpe.

–Tudo bem. Enfim, pra onde vamos? – perguntei ajustando a mochila nas costas e dando tchau para minha nova amiga, Jamie.

–Pra lá – Louis apontou pra esquerda – Vão querer nos engolir vivos. Venha rápido.

–Hm, já sei. Vamos correr? – sugeri e Louis sorriu. Então saímos correndo pelo aeroporto lotado, empurrando praticamente todo mundo e assustando alguns.

[...] Louis Tomlinson POV’s

–Total falta de responsabilidade e... – Paul continuava sua bronca enquanto eu revirava os olhos. June tinha dormido a algumas cadeiras de distancia. Não prestava a mínima atenção na bronca de Paul porque sabia como terminaria. – Entendeu, Louis?

–Entendi, Paul – dei um sorriso simpático e ele relaxou, voltando para seu assento no avião, ao lado de mais alguns seguranças.

Como June tinha dormido e meus explosivos tinham sido confiscados e tacados no lixo, eu não tinha mais nada para fazer. Paul também tinha tomado todas as artimanhas que eu poderia usar para debochar de algum dos meninos, então eu estou oficialmente entediado. Peguei o celular e conectei os fones de ouvido.

Tinha várias opções de música em meu celular, mas nenhuma com as letras A, B e C realmente me chamou a atenção. Parei em uma cujo nome parecia brilhar entre as várias outras alternativas. Dare to Dream; a música que Ally tinha tocado na Broadway. Sequer lembrava que a tinha em meu celular.

Por alguma razão, e eu não sabia qual, pensei em Ally e logo June veio em minha cabeça. Elas eram tão parecidas na personalidade que cheguei a me assustar. Imaginei se June tocava piano. É, eu perguntaria a ela quando acordasse. Alguém se jogou no banco ao meu lado e eu dei um pulo.

–Sentiu minha falta? – Harry perguntou sorrindo com covinhas. Revirei os olhos.

–Por que eu sentiria?

–Porque eu sou especial – ele fez bico – E não fica comigo faz tanto tempo, só fica com a June.

–E você só fica com a Cath – devolvi e ele revirou os olhos, depois deu um sorriso sarcástico.

–Com ciúmes?

–A June é mais legal – dei de ombros e Harry riu.

–Daí eu discordo. O que está ouvindo? – ele perguntou me vendo tirar os fones do celular.

–No momento? Sua voz de taquara rachada. E...Fala...Tão...Lentamente...Como...Se...Eu...Tivesse...A...Vida...Toda...Para...Te...Escutar – falei pausadamente, imitando o jeito com ele falava. Harry fez cara feia.

–Não foi parecido.

–Verdade, você também fala tudo embolado, deixe-me...

Harry tapou minha boca com sua mão fazendo careta e tirou meu celular com a outra.

–Dare to Dream... – ele fez uma careta de tristeza ao ler esse nome e colocou um fone para ouvir – Não ouvia isso tinha tanto tempo...É quase como reviver...Tudo.

–Então é melhor que não ouça – murmurei tirando o celular da mão dele, que deu um sorriso complacente.

–Não me afeta tanto assim...Não sei...Agora sinto que ela está tão perto, praticamente ao meu lado – Harry murmurou e inconscientemente olhamos para a cadeira de trás, onde June dormia tranquilamente abraçada a um travesseiro.