Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

June Collins

Foi o show mais cansativo da minha vida; e isso porque eu sequer cantei ou fiz alguma coisa. Resumindo ; fiquei assistindo dos bastidores ao lado de Lou, Lux e Catheryne e mais uma equipe de pessoas cujo nomes não me preocupei em guardar.

Catheryne ficou falando comigo o tempo todo, mas eu dava evasivas e por fim puxei Lux para um canto e sentadas ficamos brincando de destruir alguns pinceis de maquiagem. Catheryne era muito legal, mas eu infelizmente não conseguia gostar dela.

–Não destrua esse – pedi a Lux pegando um pincel grande – É o favorito de Harry.

Lux pareceu entender o recado e deixou o pincel de lado. Como eu sabia disso? Harry tinha falado pouco antes de subir no palco. “Adoro esse pincel. É tão engraçado. É meu favorito” e depois dera risada.

–June? –Lou chamou e eu levantei a cabeça – O show está prestes a acabar e vai ter o tradicional tumulto de saída, então nós vamos primeiro e esperamos no hotel, pode ser? Ou quer ir com eles?

–Pra mim sinceramente tanto faz. – dei de ombros. Uma das maquiadoras imediatamente puxou Lou enquanto ela falava comigo.

–Que foi? – Lou perguntou e a mulher sussurrou algo urgente em seu ouvido e Lou revirou os olhos – Os carros não esperavam mais gente. Acho que vai ter que voltar com eles, June. Ou quer que eu volte?

–Pode ir tranqüila com Lux, Lou. Eu volto com os meninos mesmo. – dei de ombros e Lou deu um sorriso. Catheryne também iria com Lou então sobraria somente eu e os meninos.

[...]

Quando o show acabou, os meninos saíram correndo e escorregando do palco. Todos riam bastante e estavam com cabelos bagunçados e rostos exaustos. Ok, nunca vou ser uma artista na minha vida. Harry estava perfeito como sempre e eu mal conseguia desviar os olhos de seu rosto. Por fim, Liam veio falar comigo.

–June? O que faz aqui?

–Água? – Louis ofereceu pra Liam do canto e lhe tacou uma garrafinha que não acertou meu rosto por um triz. Louis arregalou os olhos. – Desculpe, June!

–Sem problemas – respondi, ainda vendo a garrafinha branca acertar meu rosto. Liam tinha a segurado a um centímetro de meu rosto – Obrigada, Liam.

–Não deixaria a garrafa acertar seu rosto – Liam disse meigo e eu tive vontade de apertar-lhe as bochechas. Parecia um ursinho, não fosse ser praticamente vinte centímetros mais alto que eu, tentaria pegar ele no colo e levar para casa.

–Enfim, não vamos agora? – perguntei seguindo os meninos enquanto eles se dirigiam aos camarins. Entrei logo atrás deles no maior camarim, dando um sorriso para a estrela brilhante com o “1D” piscando.

–Nada, está uma loucura agora – Harry disse se deitando num dos sofás ao canto – Vamos esperar mais um pouco.

–Hm, ok...E o que vocês geralmente fazem enquanto esperam? – perguntei desconfortável. Eles tinham que olhar pra baixo pra falar comigo o que realmente me incomodava.

–Quanto você mede, June? – Zayn perguntou com uma maçã a meio caminho da boca. Pronto, começou.

–Não tenho a mínima idéia – fui sincera e Louis semicerrou os olhos assim como os outros. Imaginei que tentavam me medir com os olhos e chegar a um resultado.

–Eu aposto em um metro e quarenta. – Zayn anunciou e eu revirei os olhos.

–Eu vou no metro e cinqüenta – Liam disse fofo e não consegui fazer cara feia para ele. – Nossa, você é muito pequena.

–Aposto que quando chove você é sempre a ultima a saber – Zayn disse rindo com a língua de fora. Eu adorava esse sorriso, mas fiz cara feia para ele do mesmo jeito.

–Ei, podem parar com isso – Louis disse vindo me dar um abraço de lado com um sorriso – June não é tão baixa assim.

Porém, Louis ao meu lado deixava tudo a perder ; ele era mais de duas cabeças mais altos que eu.

–Aposto que os outros seis anões estão desesperados atrás de você – Niall debochou e os outros riram. Até Louis jogou a cabeça para trás numa gargalhada.

–Eles perderam a esperança, então. Troquei eles por cinco retardados idiotas e feiosos. São cinco demônios, você não tem noção. As cinco pessoas mais horrorosas da face da Terra – devolvi maldosa e todos me olharam com rostos feios – Não façam cara de bunda, pode ter um cara de pau por perto – avisei e todos eles imediatamente começaram a rir, menos Liam que empurrou Louis para longe e ocupou o lugar dele.

–Onde aprendeu esse tipo de coisa, June? Que feio, muito feio essa insinuação. O que vão pensar de uma menininha tão linda falando besteiras desse tipo? – ele disse bravo.

–Desculpe Liam – falei forçando arrependimento na voz e de cabeça baixa – Desculpe mesmo.

–Não é uma gracinha? – Liam perguntou me puxando para seu peito em um abraço. Mas eu não alcançava seu peito, então foi no tanquinho super definido dele mesmo.

–Realmente fofa – Louis concordou, dando de ombros e se jogando em cima de Harry no sofá.

–Chegue pra lá, bundão – Harry protestou empurrando Louis.

–Hm, sem corpo – Louis devolveu e empurrou Harry do sofá que caiu no chão.

–Ai, Louis – Harry disse bravo e eu lhe ajudei a levantar. Louis lançou um olhar reticente que eu ignorei.

–Uau, pelo menos alguém aqui se preocupa comigo. Obrigada June – Harry deu um sorriso com covinhas.

–Quem disse que me preocupo com você? – questionei e Harry deu minha risada predileta.

–Não se preocupa, é?

–Mas é claro que não, ó as idéias da criança – bufei.

–Então você me odeia? – ele perguntou triste.

–No momento estou com bastante raiva de você – cruzei os braços.

–Mesmo? – ele disse surpreso – Por que?

Fui abrir a boca para dizer e então lembrei que eu não era eu. Mas que droga, isso está ficando cada dia mais complicado. Dei de ombros e Harry também, então rimos feito idiotas. Os outros não nos acompanharam, mas nos olharam assustados.

–Meninos! – alguém abriu a porta subitamente entrando no recinto.

–Olá Paul – eles disseram juntos, em uníssono.

–Olá Paul – falei atrasada e Paul deu um sorriso pra mim.

–Vamos?

–Claro – todos responderam juntos novamente e eu fui a única atrasada.

–Claro – falei um segundo depois e todos soltaram risadinhas insolentes.

[...]

–Que droga de engarrafamento – Paul disse batendo as mãos no volante.

Já estávamos na van que era bem pequena, então todos estávamos próximos. As ruas estavam cheias e o transito era caótico. Parecia que não andava. Paul buzinava, mas parecia que não ia adiantar. Estávamos mesmo presos ali.

–Como foi o show meninos? – Paul perguntou para aliviar um pouco, já que ele estava estressado – O primeiro show que dá inicio a essa turnê?

–Excelente, as fãs foram fantásticas e nós nos divertimos muito. Foi tudo como ensaiado e recebemos bastante presentes. Foi demais – Liam respondeu automaticamente como se estivesse em uma entrevista.

–Então foi bom – Paul suspirou – Mas por que não anda?

Bocejei. O show tinha acabado há duas horas e estávamos presos no engarrafamento tinha uma hora e meia. Ou seja, já era bem tarde e amanhã iríamos para Detroit para o próximo show e nem conseguíamos chegar ao hotel.

–É sempre assim? – perguntei tapando a boca para reprimir outro bocejo.

–Não – Zayn murmurou e percebi como também estava cansado – Raramente. O transito está bem ruim.

O celular de Paul começou a tocar e depois de trocar algumas palavras, ele passou para a outra pista.

–A banda já foi para Detroit. Vamos para o aeroporto. Lou pegou todas as malas e já embarcou no avião. Ela pegou tudo de vocês e o avião sai em alguns minutos – Paul informou.

–Não vamos chegar a tempo – Liam observou.

–Claro que não. Nós vamos pegar a estrada – Paul disse como se fosse obvio e Liam concordou – São apenas quatro horas de viagem, então podem dormir a vontade.

Suspirei e me aconcheguei o máximo possível no banco que não reclinava. Os meninos fizeram o mesmo e com o movimento do carro, acabei adormecendo.

[...]

Acordei com um barulho alto. Eu estava perfeitamente deitada nos bancos traseiros em cima de alguém. Olhei para a janela para a escuridão da estrada, e vi um raio explodir ao longe e tremi. A chuva estava forte e o barulho das gotas caindo no teto da van era muito alto. Eu já estava tremendo, morrendo de frio apesar do ar condicionado não estar ligado e as janelas estarem apenas um pouco abertas.

Olhei ao redor e vi Zayn e Liam dormindo um em cima do outro em dois bancos e Louis e Niall roncando aos pés deles. Se os quatro estavam ali, então eu estava em cima de...

–Qual o problema? – Harry perguntou com a voz rouca que tinha quando acabava de acordar. Imagino que minha expressão não era das melhores. A parte de dentro da van estava totalmente escura.

–Um pouco de frio – respondi a primeira coisa que me veio a cabeça e que meu corpo gritava. Harry deu uma risadinha.

–Certo, Atacante de futebol de botão, vai ter que levantar. – ele riu e eu assenti, sentando no banco. Imaginei o quanto meu rosto estaria amassado e meus cabelos bagunçados, mas ele não disse nada.

Harry tirou o casaco e me deu. Ele estava com uma blusa de manga comprida por baixo.

–Não precisa... – comecei, mas Harry me interrompeu.

–Eu quero – ele deu de ombros me ajudando a colocar o casaco, que não coube então tirei – E além de que, eu não estou com frio.

Harry se deitou encostado à porta da van de novo e eu deitei nele. Felizmente, Harry não reclamou. Cobri nós dois com o casaco que tinha um cheiro maravilhoso e adormeci novamente.