Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

Harry Styles POV’s

A turnê estava sendo maravilhosa. As fãs eram tão apaixonadas que eu tinha vontade de abraçar cada uma delas. Um mês e meio e eu ainda não estava cansado, porém queria um tempo para ficar com a minha namorada. E numa folga, entre Nova York e Sidney eu consegui isso. Sim, iríamos para a Austrália em breve.

Eu não tinha passado tanto tempo com Cath quanto gostaria e nas ultimas duas semanas tinha visto ela apenas uma vez, e isso não era nem um pouco bom para mim. Nessa pausa curta, mas eficiente, recuperaríamos o tempo perdido.

Para minha surpresa, não encontrei Cath na piscina (fazia um lindo dia de sol) com June e os outros meninos. Também não a vi na área de recreação do hotel com Lou. Achei estranho, o dia estava da maneira com ela gostava. Por que ficaria trancada num quarto de hotel?

Fui invadindo seu quarto e ela imediatamente pulou em cima de mim.

–De folga? – perguntou, me dando um beijo antes que eu pudesse responder.

–Ah, sim – sorri malicioso e Cath revirou os olhos.

–Acho que nunca vai ser eu na cozinha lavando prato falando “amor,que bom que chegou do trabalho” – ela disse divertida – Digo, sua vida é uma loucura.

–Acho que você e a música são praticamente as únicas coisas que eu tenho total certeza na minha vida agora – falei sinceramente e Cath deu um sorriso espontâneo.

–Agradeço muito por isso – ela riu – E eu vou te seguir em turnê pra sempre?

–Vai sim – puxei ela para um beijo e Cath abraçou meu pescoço.

–Hm, posso viver com isso.

–Imagino que possa. – falei fazendo a recuar pra cama.

–Eu divido esse quarto com June – ela sussurrou.

Assenti e tranquei a porta. Cath me deu aquele olhar do tipo “não era isso que eu queria dizer”, mas eu balancei a cabeça. Cath já estava sentada na cama.

–Ela está na piscina, lá embaixo, curtindo com os meninos. Duvido que vá subir tão cedo...

Cath abriu a boca para protestar, mas continuei.

–E não passei um bom tempo com você tem muito tempo, então pare de reclamar. Parece até que não gosta de mim.

Cath deu risada e me chamou com um movimento de mão. Sorri entendendo o gesto e deitei em cima dela. Nossos lábios uns nos outros eram urgentes, e a palpitação acelerada de Cath sabia o que ambos queriam. Deu um sorriso no meio do beijo, e Cath parou para dar risada. Depois me puxou novamente. E digamos que a temperatura subiu. E subiu muito.

[...]

Dormir de conchinha sempre foi uma das coisas que mais gostei em um relacionamento em casal ; e ficar dessa maneira com Cath, tornava o momento totalmente perfeito. Seu cabelo tinha um cheiro doce de morangos. Eu tinha vontade de mordê-la.

–Hm, Harry – ela disse se virando para poder me encarar – O que vai acontecer se uma garota mais bonita aparecer? Peraí, não que eu seja bonita, mas você entendeu.

Dei uma risada. Essa garota parecia Ally em vários conceitos e esse era um deles; ela realmente não se enxergava.

–You don’t know you’re beautiful, oh...But that’s what makes you beautiful – cantarolei e Cath revirou os olhos. – É verdade, você não é bonita.

–Um pouco de verdade. Obrigada, Harry Styles! – ela riu, e arrumou o lençol sobre seu corpo.

–Posso terminar? – indaguei e ela revirou os olhos novamente, mas deu um sorriso. Uma confirmação – Você não é bonita, muito menos linda, você é perfeita, simplesmente perfeita. E quando essa menina mais bonita aparecer, eu vou dizer “vai lá abraçar sua mãe, filha”.

Cath deu meu sorriso predileto, de lado e vi algumas lágrimas encherem seus olhos. Ela me deu um abraço apertado e um beijo no pescoço.

–Pegou essa de onde? Do twitter? – ela perguntou em meu ouvido. Mas mesmo assim parecia verdadeiramente emocionada.

– Mas o sentimento é verdadeiro – sorri e ela se aprumou para poder me dar um beijo. Suas mãos passeavam suavemente pelas minhas costas. E era um novo arrepio em cada parte que ela tocava.

Seus lábios saíram do meu e passaram diretamente para o meu pescoço. Gemi baixo e senti seus lábios se abrirem em um sorriso.

–Ei – protestei – Isso é um golpe extremamente baixo!

–É um golpe alto até – ela discordou e rolou na cama, ficando em cima de mim – Eu te amo.

–Eu te amo mais – murmurei aproximando nossos lábios.

–Não ama não – ela discordou e me beijou com mais vontade.

[...]

–Acho que devíamos levantar e ir aproveitar o resto desse dia, não acha? – Cath perguntou e eu pensei um pouco sobre o assunto.

–Gosto de ficar no quarto. – sussurrei malicioso e tenho certeza que Cath revirou os olhos.

–Não gosta não...Vamos aproveitar o dia como os outros...O que podemos fazer?

–Passear? – sugeri a primeira coisa que me passou pela cabeça.

–Parece bom!

–Que tal um mergulho de noite? Quando todos estiverem dormindo? – sorri e Cath gemeu.

–A água vai estar fria. – ela choramingou.

–Não vai não – retruquei e ela riu – Confia em mim?

–Confio. – ela sorriu.

[...]

A parte ruim foi levantar da cama tão confortável. Mas depois que Cath levantou enrolada no cobertor, essa tarefa ficou irrevogavelmente mais fácil. Combinamos de nos encontrar limpos e vestidos em frente ao hotel, já que tinha só um banheiro na suíte.

A tarde estava um pouco fria, por isso Cath usava um moletom extremamente fofo (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo_14/set?id=64264919#stream_box). Achei o coturno estranho para o estilo dela, mas ela me deu uma explicação realmente engraçada.

–June acabou com todos os meus sapatos. Digo, alguns ela jogou para as fãs, outros ela deu para mendigos; enfim, só sobrou esse que é emprestado – ela deu risada – June é um anjo.

–Louis já fez coisas assim comigo. Não se preocupe, é apenas uma fase. Isso passa. – tranqüilizei-a.

–Hm, quantos anos Louis tem mesmo?

–Vamos passear? – perguntei ignorando a pergunta dela.

[...]

–O que podemos fazer por aqui? – Cath perguntou avaliando o parque com os olhos estreitados.

–Você parece um gatinho quando faz isso, sabia? – comentei e Cath riu e me deu um soco de brincadeira.

–Acho que isso pode ser considerado um elogio – ela sorriu.

–Claro que sim.

O parque estava praticamente vazio. Bom, a não ser que alguém de alguma maneira descobrisse que eu estava aqui, ai sim o parque ficaria com certeza lotado de gente. Mas eu tinha esperanças que eles se distraíssem no hotel e sequer notassem minha falta, então tudo estaria bem.

–Cath – murmurei pensando em algo que tinha esquecido completamente nas ultimas semanas – Posso perguntar uma coisa?

Ela deu de ombros.

–Claro que sim.

–Você lembra quando...Quando sugeri que fizéssemos um bebê?

Ela deu um sorriso sincero com a minha lembrança. Seus olhos brilharam levemente, então ela deu uma sonora risada.

–Lembro sim. O que tem?

–V-você sabe que – gaguejei – Eu estava falando sério, né?

Catheryne ficou completamente arregalada e sem reação. Seu rosto pareceu perder toda a cor.

–Um filho? Agora? – ela perguntou assustada.

–Qual o problema? – foi a minha vez de ficar assustado.

–É que...Harry, sejamos realistas, nenhuma criança no mundo poderia ser sua filha. Essa criança seria comida viva pela mídia, ela seria a criança mais exposta do mundo. Acha que é fácil crescer assim? Pois não é.

E era nesses momentos em que eu repensava se realmente valia a pena ter uma carreira e fama. Eu gostaria de não ser reconhecido e ter conhecido Catheryne de outra maneira, para podermos ter nossos filhos, morarmos numa casa simples e vivermos como uma família feliz, com empregos normais. Mas eu adorava essa vida. E a outra parecia completamente entediante.

–Olha, você está preocupada apenas a respeito disso, não é? – perguntei de súbito e Cath concordou.

–Se fossemos realmente ter um filho, quero que ele seja deixado em paz e tenha apenas paz e o melhor. – ela assentiu.

–Eu vou te dar isso! – afirmei e Catheryne franziu as sobrancelhas, como se não quisesse discordar, mas soubesse que eu estava errado.

–Harry... – ela suspirou, mas eu a interrompi colando nossos lábios.

–Eu sei que isso é possível, mas só se você confiar em mim. – sorri e Catheryne pela primeira vez pareceu um tanto mais convencida.

–E o que você faria?

–Protegeria vocês. Seria apenas de vocês e ninguém mais.

–E a fama? Você mal tem tempo para me ver e ainda estamos no meio de turnê. Filhos agora seria complicado, Harry.

Suspirei enxergando finalmente a verdade entre suas palavras. Mas era a coisa que eu mais queria no mundo.

–Quem sabe...Depois? – Cath mordeu os lábios. – Quando tudo isso acalmar? A fama, as turnês...

–Isso vai demorar muito. Meu desejo é o agora. Sei que podemos reverter à situação, eu confio em você e você confia em mim, Cath. Sei que podemos fazer isso.

–Somos apenas namorados. Digo, nem teve um pedido oficial, mas...Somos apenas namorados, Harry. Ter um filho assim? – ela questionou com a testa franzida.

–Confie em mim, Cath. Confie em mim – sorri maroto e ela riu.

–Isso é bem complicado, você sabe...A respeito da criança...Podemos esperar um pouco até estarmos totalmente prontos e certos?

Ela mordia os lábios nervosa. Sorri. Faria tudo por ela. E tinha certeza que ela faria o mesmo por mim.

–Desde que não demoremos muito para decidir isso – sorri e ela retribuiu o gesto. Nos beijamos por um bom tempo, até eu acabar derrubando-a na grama.

–Harry – ela disse abruptamente – Estamos no meio de um parque.

–Desculpe, eu não consegui me controlar... – falei lhe beijando novamente. Catheryne me empurrou.

–Lugar público, seu louco! – ela gemeu.

–Posso esperar – murmurei e antes que pudesse me levantar, lhe beijei novamente, mas dessa vez um ruído estridente me interrompeu – Que droga é isso?

–Meu celular – Catheryne disse com os olhos estreitados; droga não era um adjetivo que ela gostava quando se tratava de seu celular. – Espera um pouco?

Assenti e sai de cima dela. Catheryne se sentou e atendeu o celular.

–Olá. Sim, é ela...Sim, esse é...Não me diga que...O que?

–Que foi? – sussurrei, mas ela me mandou ficar quieto com um aceno de mão.

–Aham. Qual hospital mesmo? Estou indo. – Catheryne se levantou em desespero, com as mãos tremendo. Ela começou a andar desnorteada até que segurei seus ombros com força, mantendo-a parada.

–Que foi, Catheryne? – perguntei, assustado.

As lágrimas enchiam-lhe os olhos e ela respondeu com a voz embargada.

–Meu pai...Ele...Exagerou.