Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

[...] June Collins POV’s

Queria dizer que milhares de possibilidades passaram pela minha cabeça. Queria dizer que passei um bom tempo útil pensando em uma maneira de sair dali. Queria poder dizer que não entrei em pânico. É, eu queria muito poder dizer isso. Mas a verdade, é que eu e Louis estávamos berrando tinha pelo menos dez minutos.

–LOUIS! – berrei e Louis gemeu.

–NÃO GRITA NA MINHA ORELHA!

–NÃO GRITA NA MINHA!

–VOCÊ QUE COMEÇOU!

–E EU VOU TERMINAR TOMLINSON, DEIXA EU TE ACHAR AQUI! – gritei estendo as mãos adiante. Eu não enxergava um palmo a minha frente, não tinha nenhum ponto de vista, a não ser minhas pernas esticadas.

–Ai – Louis disse quando agarrei seu tornozelo – June, com menos força, por favor!

–Desculpe, mas eu estou em pânico agora! – falei com a voz fina.

–Tudo bem, vem cá – Louis chamou e eu revirei os olhos, mesmo sabendo que ele não ia ver.

–Como vou ir ai se não sei onde “aí” é? – questionei sarcástica – Louis, caramba, me ajuda aqui!

Apesar do elevador ser um espaço pequeno, conseguimos perder um ao outro. Inteligência demais junta não dá certo, não? E ainda estava de joelhos no chão e não tinha idéia se Louis estava em pé ou sentado.

–Eu to aqui – Louis falou puxando minha mão que agarrava seu tornozelo com força e me levando no impulso. Cai em seu peito. Pelo menos eu acho que era seu peito.

–Ai, Louis – reclamei. – Seu celular – disse animada – Tem luz, liga para alguém e...

–“Isso aqui é um elevador, Louis seu retardado” – ele me imitou e eu soube que devia estar revirando os olhos e fazendo bico. Ele sempre fazia isso. – E ele está sem bateria.

O elevador deu uma tremida brusca, balançando tudo. Me agarrei ainda mais em Louis.

–Ah, que droga, Louis! – choraminguei – Eu quero sair daqui.

–Eu também quero – Louis me abraçou com força – Fica calma June. Você mesma falou para não entrarmos em pânico, então não fique em pânico.

–Mas que droga Louis, eu detesto escuro! – murmurei.

–Ah, ela tem medo do escuro – Louis debochou dando uma risada – Medinho do escuro, June medrosa, June medrosa.

Procurei sua cabeça com as mãos e lhe dei um tapa, interrompendo sua estúpida canção sobre como eu era medrosa. Eu não era medrosa.

–Era brincadeira – Louis murmurou.

–Foda-se.

[...] Niall POV’s

–Ligue para Louis – sugeri.

–É o que estou fazendo, não percebeu? – Liam revirou os olhos e por fim jogou o celular no chão – Não atende! Pensem em algo.

Todos paramos no mesmo lugar com as mãos no queixo. Até Harry, apesar de estar mal, parecia pensar.

–Todos estão pensando? – questionei em voz baixa e eles bufaram.

–Com certeza estamos.

–Não consigo – bufei – A única coisa que consigo pensar é que aquele chapéu ficaria incrível em Zayn.

Zayn se levantou subitamente com um sorriso.

–Eu pensei a mesma coisa! Bate ai Nialler!

–Mas sério, nunca pensou em usar aquele chapéu, eu acho que...

–GENTE! Devíamos estar pensando! – Liam nos repreendeu.

–Certo, vamos pensar!

A verdade é que eu não conseguia pensar em nada. Então comida me veio à mente. Hm, a moça tinha trazido doces deliciosos. E ela tinha dito algo sobre...Algo sobre o ...

–ELEVADOR! – dei um berro e Harry pulou da cama.

–O que tem elevador? – Liam perguntou se virando surpreso pra mim.

–A moça que trouxe comida lembram? Ela disse que tinha algo errado com o elevador! – falei animado e todos pareceram ligar os pontos da mesma forma que eu fazia.

–Niall, você é um gênio! – Zayn falou vindo me dar um beijo na bochecha.

–Eu sei que sou.

Liam revirava os olhos, incrédulo.

–Qual é, aqueles dois não seriam idiotas para entrarem num elevador que claramente está com defeito e...

–Bom, eu acho que “idiotas” é um bom adjetivo para eles, Liam – Harry murmurou baixinho e naquele segundo todos perceberam que eles realmente tinham sido idiotas a esse ponto.

–Não acredito nisso – Liam subitamente se pôs de pé e colocou um casaco grande por cima do pijama – Vou falar com a recepcionista. Dizer que nossos amigos ficaram presos.

–Eu vou com você – Harry disse rouco e eu imediatamente empurrei ele na cama – Ai – ele gemeu – Não vou mais.

–Ótima idéia, você está morrendo e não pode ir. Eu vou. Zayn você fica e cuida do Harry.

–Não preciso que cuidem de mim – ele protestou com os cachos caindo no rosto vermelho.

–Precisa sim – Liam confirmou – Vamos Niall.

–Fique calmo Harry, vou cuidar direitinho de você – Zayn sorriu maroto e Harry fez careta enquanto Liam e eu saiamos batendo a porta.

[...]

–Você só pode estar de brincadeira – murmurei ao ver os vários lances de escada que teríamos que descer.

–Ora, o que queria? Nem é tanto assim, vamos logo.

Liam me puxou e eu fui atrás dele. Corremos os dois pelas escadas e chegamos bufando a portaria. Um cara estava na recepção, nos encarando com o rosto duro. Era um segurança do hotel.

–Senhores – ele disse quando nos viu.

–Olá – Liam respirou fundo – Ahn, o elevador está com defeito.

–Já mandamos consertar senhor. Os técnicos virão amanhã pela tarde.

–PELA TARDE? – Liam e eu gritamos em uníssono fazendo o homem arregalar os olhos inexpressivos.

–Sim. Algum problema?

–É que – Liam começou – Nossos amigos são meio idiotas sabe? E eles não sabiam disso. E nós...Hm...Achamos que eles ficaram presos no elevador.

–Como são seus amigos? – ele perguntou sério.

–Parecem duas gazelas saltitantes, sabe? – falei – Aquele bichinho que pula todo animado de um lado pro outro? Então, são idênticos!

Os olhos do homem pareciam duas bolas de tênis. Ele pegou um Tablet e o colocou em cima da bancada. Eram os vídeos das câmeras de segurança. Mostrava o elevador agora e estava tudo escuro.

–O áudio foi afetado. – o homem murmurou aumentando o volume do vídeo.

–Volte um pouco – pedi e ele assentiu. Já estava tudo escuro tinha pelo menos uns vinte minutos. Até que ficou tudo claro e depois escuro e depois claro. – O que aconteceu aí?

Ele deixou passar em tempo normal para que eu e Liam pudéssemos acompanhar. Primeiro Louis e June entravam correndo feito loucos, parecendo realmente gazelas. Eles pareciam conversar quando o elevador deu a primeira tremida. Controlei o riso porque o pânico de Louis era evidente no vídeo. Logo depois deu uma outra tremida e a luz se apagou. Alguns segundos depois, outra luz se acendeu e depois explodiu, deixando os dois na completa escuridão novamente.

–São eles – Liam sussurrou horrorizado – Tem que tirar eles de lá agora!

–Devem estar em pânico! – confirmei – Olha há quanto tempo à luz está apagada!

–Não posso fazer nada. Não sei mexer nessas coisas – o cara disse em pânico.

–Não tem ninguém aqui que saiba? – Liam pressionou e o homem negou com a cabeça.

–Infelizmente não. – ele suspirou – Vão ter que esperar até amanhã pela tarde.

–É praticamente um dia! Eles podem morrer! – disse Liam exasperado.

–Não exagera Liam – revirei os olhos.

Liam parecia quase maluco. Estava vermelho com os cabelos bagunçados e os olhos beiravam a loucura. Ele estava em pânico.

–Não se sabe o que aconteceu quando a luz explodiu! Pode ter acertado a cabeça de um deles, o pescoço, a mão! E se eles ficarem com sede? Com medo? Com frio?

Agora eu estava preocupado. A luz tinha realmente explodido e vários cacos deviam ter sido atirados no chão quando isso aconteceu. Muita coisa podia ter acontecido e agora minhas mãos começavam a tremer.

–Tem alguma maneira de avisar a eles? Sei lá, tinha música saindo do elevador não tinha? Então, não tem um microfone para podermos dizer que tudo vai ficar bem? – perguntei desesperado.

–Foi afetado durante a parada brusca do elevador e pela explosão da luz de segurança. Só nos resta esperar. – ele entregou o Tablet para nós ficarmos olhando a completa escuridão ao vivo.

–Só espero que eles estejam bem. – Liam murmurou.

–Só esperam que eles ainda não tenham se matado.

[...] Louis Tomlinson POV’s

Preciso dizer que adoraria isso em circunstancias normais? Digo, eu, June, sozinhos...Quatorze anos, ela tem quatorze anos, Louis! Tentava dizer isso a mim mesmo, mas sempre a via como mais velha, e não sei o por que disso.

Mas o dia tinha sido cheio e ambos estávamos cansados e além de tudo eles tem um ar condicionado muito forte no elevador. Eu já estava congelando e podia jurar que se pudesse ver, minha respiração condensaria em minha frente.

E ainda tinha o fato de Harry estar mal e nós termos sido responsáveis por trazer o remédio dele. Ou seja, se ele piorasse, seria culpa nossa. Eu e June compartilhávamos esse pensamento, mas a garganta dolorida fez com que nós dois parássemos de gritar.

June estava no meu colo e aos poucos comecei a perceber que ela tremia demais. E então lembrei que ela tinha sacrificado seu casaco para a pequena fã filha do farmacêutico e lembrei também que ela estava com uma blusa fininha e estávamos num frio desgraçado dentro do maldito elevador.

–A gente ta aqui há quanto tempo? – June questionou praticamente sem voz.

–Hm, não sei – respondi. Eu não tinha perdido a voz como ela. Sou bastante acostumado a gritar. – Vou chutar em uns cinqüenta minutos.

–Uma hora – ela simplificou e eu assenti, mesmo sabendo que ela não veria.

–Exatamente.

–Droga, Lou, somos muito azarados – ela choramingou. – E não tem como se divertir em um elevador.

–Não mesmo – falei desanimado – Você está com frio?

–Talvez – June deu de ombros.

–Perai, vou te dar meu casaco – falei, mas senti seus cabelos passando de um lado ao outro, inclusive batendo na minha cara em alguns momentos. Ela estava balançando a cabeça.

–Nada disso. Eu tirei o casaco porque eu quis; agora eu que passe frio. Fica com seu casaco sossegado ai.

–June, você é mais nova e bem menor; sente mais frio que eu. Pega meu casaco!

–Não precisa!

–Mas eu quero!

–Então vai ficar querendo. E essa é minha ultima palavra sobre esse assunto, Louis Tomlinson!

Suspirei. June podia ser muito irritante quando queria. Não tinha absolutamente nada pra fazer a não ser ficar passando as mãos pelo cabelo um tanto embaraçado dela, alisando-o.

–Ai – ela murmurava toda hora – Ai. Ai. Ai. Louis!

–Que foi?

–Meu cabelo, ta machucando! – June reclamou e eu revirei os olhos.

–Está embaraçado, desculpe.

–Desculpas aceitas. – ela gemeu de frio. Comecei a tirar o casaco, mas imagino que June tenha percebido, porque ela já começou a falar irritada :

–Coloca o casaco de volta. – ela murmurou ameaçadora.

–PARA DE SER TEIMOSA JUNE! – explodi – É SÓ UM CASACO!

June pulou fora do meu colo e sumiu de perto de mim.

–Não vou aceitar seu casaco – ela cantarolou.

–Caramba, June, é a porra de um casaco. Aceita logo essa droga – disse estendendo o casaco para o espaço em que eu imaginava que ela estava.

–Eu não vou Louis. Está frio e é seu casaco, fica com ele.

–Mas eu já tirei. Não vou colocar de novo – retruquei – Vai ficar largado no chão, sem utilidade alguma, ou seja, coloque esse casaco June.

–Eu não quero colocar esse casaco, Louis! – ela implicou com a voz aguda.

–Ah, mas quando é o casaco do Harry você quer, não é mesmo? – falei emburrado e ouvi June ofegar.

–Como é que é? Louis, repete isso que você falou.

A verdade é que eu tinha visto bem aquele dia em que Harry tinha dado o casaco e a maneira como June parecia se agarrar nele, cheirando o dito-cujo diversas vezes. Qual a diferença entre meu casaco e o de Harry?

–Foi exatamente o que você ouviu June – repliquei – O casaco do Harry você aceitou, o meu você não quer.

–E aonde exatamente você quer chegar com isso? – June questionou.

Eu não via ela, mas tinha certeza que as pontas de suas orelhas estavam vermelhas, como costumam ficar quando ela está irritada.

–Mostrar quais são suas prioridades quando se trata de mim e Harry.

–Eu ainda não entendi Louis – ela bufou impaciente – Vai direto ao ponto.

–Eu já não fui claro o bastante? – perguntei para June, exasperado.

–É obvio que não, Tomlinson. Você está falando como se eu te devesse algo! – ela aumentou a voz uma oitava, ficando aguda e rouca logo em seguida.

–E você está falando como se eu não importasse nada! – gritei também, o que obviamente era golpe baixo já que June ainda não conseguia gritar.

–Você importa! Sabe que não foi isso que eu quis dizer, Tomlinson!

–Mas às vezes parece que você simplesmente se importa com o Harry e ninguém mais – tentei não soar amargurado, mas era difícil – Até pra mim você não dá mais bola!

–Eu te dou bola, estou sempre com você! – June respondeu, brava e cada vez mais rouca, com a voz falhando na ultima palavra.

–Talvez você pudesse demonstrar isso às vezes! – gritei e ouvi ela bufar alto.

–E talvez você pudesse expressar a porcaria dos seus sentimentos para eu poder saber exatamente o que está acontecendo aqui agora! – June respondeu.

–Eu sei expressar o que sinto!

–Não, você não sabe, Louis Tomlinson! – ela disse com a voz embargada, como se fizesse força para não chorar.

–E você sabe, June? – questionei e ela deu uma risada sarcástica.

–Ah, claro, você quer que tudo gire ao meu redor para não ter que responder a minha pergunta! Mas acontece Louis, que você não pode ficar dependendo de mim dessa maneira!

–Quem disse que eu dependo de você, June? – gritei bravo e ameaçador e ouvi ela gemer. Procurei por seu braço no chão e o puxei com força – Eu não dependo de você, June.

–Ah, não depende? – ela gargalhou e começou a apertar minha mão que a segurava,mas não soltei – Quem é a única pessoa aparentemente responsável por aqui? Quem evita que você seja preso?

–Aí você já está exagerando, June! – apertei ainda mais seu braço e ela gemeu, mas não disse uma palavra – Eu podia me virar extremamente bem sem você.

–Eu não vejo como – ela disse devagar, de forma cruel.

–Por que acha que tudo gira ao seu redor, June? – perguntei exasperado, já cansado disso.

–Eu não acho isso, Tomlinson! Eu detesto ser o foco da atenção, detesto tudo isso! Eu detestaria se as coisas girassem ao meu redor e sabe por que isso acontece? Por culpa sua, querido! Tudo culpa sua!

–Culpa minha? Como posso ser culpado pelo seu ego do tamanho de um arranha-céu? – falei furioso, já irritado com o rumo que a conversa estava levando. Essa era a nossa primeira briga feia.

–Eu não tenho porcaria de ego nenhum, Tomlinson! Sabe por que acha isso? Por que você quer que seja assim! – June gritou de volta e sua voz falhou.

–Eu não quero que seja assim, quero minha June de volta! – implorei e ela bufou novamente.

–Eu sou a mesma de sempre! – ela disse surpresa.

–Eu...Eu sei que você é a mesma de sempre, mas é que...Eu quero a June, a minha June, a June que...

–Dedicava cada segundo do dia dela para você? – June perguntou sarcástica.

–Essa mesma – suspirei meio envergonhado.

–Bom, acho que a única pessoa com um ego gigante aqui é você. Pare de ser egoísta Tomlinson. Seu melhor amigo está doente e você quer que eu fique cada segundo da minha vida ao seu lado?

–Pelo menos algum segundo do seu dia! – reclamei – Por que agora tudo é Harry! Até quando saímos tem que ter Harry no meio.

–Eu não entendo você, Louis! Harry é seu amigo e meu também, é claro que vou me preocupar com ele – havia certa pontada de culpa em sua voz que não entendi.

–Acontece June, que você não quer apenas ser amiga dele. Acha que eu não enxergo? – apertei ainda mais seu braço e dessa vez ela gemeu alto.

–Droga Louis, me larga – ela esbravejou.

–Ah, então é verdade? – perguntei para June, sarcasticamente.

–O que é verdade? – ela enrolou.

–Você sabe bem, para de se fazer de idiota, June, porque disso você não tem nada!

–Não sei do que está falando, Tomlinson!

–É TÃO OBVIO QUE TODOS CONSEGUEM VER! – berrei e senti ela se encolher, tentando se soltar de mim – Você é completamente apaixonada pelo Harry, caramba, June!

–E qual o problema se eu for? – ela me desafiou.

–Acho que o problema é que eu sou seu melhor amigo e devia ter me contado! – devolvi.

–Eu estou achando que tem alguma coisa a mais que isso! – se pudesse vê-la, juro que estaria com os olhos verdes estreitados, como um gato.

Minha vez de recuar e afrouxar um pouco o aperto em seu braço.

–Não tem nada além da nossa amizade, June – menti descaradamente.

–Eu sei quando você mente, Louis! Caramba, quem não está contando as coisas agora?

–É diferente, June! – murmurei quase soltando seu braço.

–O que é diferente, Louis? – ela perguntou de forma doce, mas sabia que estava me fuzilando com os olhos apesar de não me ver.

–A minha situação, os meus sentimentos.

–Os sentimentos que você não expressa – ela comentou.

–Por que você não ia entender – respondi.

–Eu prometo que vou tentar, Louis – a mão dela pegou carinhosamente a minha.

–Eu não posso dizer, June. – falei me soltando dela, mas dessa vez June veio em minha direção. Ela procurou pelo chão e pegou minhas mãos.

–Pode sim – ela beijou delicadamente minha mão.

–E se você não entender? E se me odiar pra sempre?

Ela ofegou. Parecia estar repensando suas palavras antes de dizer algo que pudesse comprometê-la.

–Louis, eu sou sua melhor amiga, praticamente uma irmã,pode me contar qualquer coisa. Eu juro que vou tentar entender.

–Eu – suspirei – Simplesmente não posso. Desculpe, June.

–Louis! Por favor.

Algo me preencheu e eu sabia que o que faria a seguir podia não ser certo, mas era o que eu queria. E June confiava em mim. Ela tinha jurado que tentaria entender, eu...Precisava fazer isso.

–Ainda não percebeu que eu faria tudo por você, não é mesmo June? – questionei e puxei suas mãos para mim, colocando-as atrás do meu pescoço. Coloquei ela delicadamente em meu colo e a cobri com o casaco. Sentia sua respiração descompassada bater em meu rosto e seu hálito agradável de menta.

–Louis, o que é...

–Eu estou completamente apaixonado por você, June – falei rápido e encontrei sua nuca, puxando em direção ao meu rosto. E então June me beijou. Seus lábios estavam firmemente fechados, mas logo relaxaram e se abriram. Pedi passagem para a língua e ela cedeu; apertei suas costas, puxando ela para cada vez mais perto de mim. June enroscou os braços em meu pescoço e eu a puxei ainda mais para meu colo. Eu realmente não queria que isso acabasse.