Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

POV`s Anna

Cynthia era simplesmente incrível. Tá, não posso falar Cynthia, tem que ser só Ally mesmo. Ela dirigia igual a uma louca, mas eu já me acostumei com o jeito estranho dela nessa hora de viagem. Ela ria a todo o momento e adorava fazer piada de tudo, era o tipo de pessoa que você queria perto de você, não aqueles idiotas com quem eu andava. Ela era verdadeira, era uma pessoa muita extrovertida. Ela ligou o rádio no máximo e ficamos berrando “Rolling in the Deep” que estava tocando na rádio. Eu tinha uma voz de taquara rachada, mas a dela era linda e maravilhosa, principalmente quando berrava. Parece que eu to pagando muito pau pra ela né, mas eu estou mesmo. Ela é muito legal e modesta. Riamos muito e toda hora ela me dava um motivo novo pra gargalhar feito uma louca. Começou uma música do One Direction e ela imediatamente desligou a rádio. Os nós nos dedos dela no volante estavam brancos.

–Você esta bem?

–Vou ficar. – ela disse fazendo uma rápida ultrapassagem. O carro atrás de nos buzinou.

–Barbeira! – gritou o cara do carro lá atrás.

Ela abaixou o vidro e mostrou o dedo do meio.

–Vá se danar. – berrou.

–Caramba, eles realmente te tiram do sério. – ela deu uma risada fria.

–Tiram com certeza eles me tiram. – ela deu de ombros e eu ri.

–É eu to vendo. Vai se preparando psicologicamente querida, rádio britânica só tem One Direction.

Ela deu uma risada.

–Estou tentando.

–Então é tudo verdade?

Ela deu de ombros.

–Depende. Grande parte é invenção. Eu sou amiga deles, na verdade nem isso eu sei se eu sou. Tentei matar Liam Payne ontem e logo depois Harry Styles. – ela confessou.

Eu ri com vontade agora.

–Como assim? Me conta tudo.

–Bom, eu...

–Não, desde o começo! Assim, desde quando se conheceram, como aconteceu e por que você se apaixonou por ele. – eu queria todos os detalhes, obvio.

–Como assim? – ela riu e me deu um tapa – Não to apaixonada por Harry Styles, que viagem.

–Eu podia estar falando de Liam, mas você diretamente interpreta como Harry! – falei delicadamente, ela me olhou e riu.

–Por acaso você está cursando psicologia? – ela perguntou séria.

–Não, você acha que eu deveria?

–Acho! – ela riu. – Mas não pra me interpretar! Eu não gosto do Hazza!

–Hm, Hazza, quanta intimidade. – debochei.

–Bom, talvez. – ela começou a confessar. – Rolou alguma coisa diferente, pelo menos pra mim, mas eu não posso.

– Por que não? Caramba, ele é Harry Edwards Styles, o gato mais gato de todos os tempos. Por que você não pode? – perguntei, ela era louca por acaso?

–Nem sei se ele gosta de mim pra começar. – Ally comentou.

–Claro que gosta qualquer garoto que desce de andaime só pra falar com você, deve ter pelo menos um mínimo sentimento. – ri da cara dela.

–Você não queria saber da historia desde o começo? – ela perguntou e eu ri.

–Tá fugindo do assunto.

–Eu sei, mas você queria saber, não queria? – confirmei com a cabeça e ela riu.

–Bom, é que... Eu tenho que virar aqui? – ela perguntou apontando pra estrada.

–Não, a cidade tem outras entradas, essa é a mais movimentada, vamos pegar a outra. - dei de ombros – Continue.

–Ah, ta. Bom, eu os conheci num avião vindo pra Londres. A cadeira do Harry, Anna para com essa cara, por favor, era do lado da minha. Ele se sentou e depois de um tempo ele se apresentou e começamos a conversar ANNA!NÃO FOI SÓ NOS DOIS!

Eu dei uma risada.

–Continue, senhorita Styles. – ela me deu outra tapa.

–Bom,aí conversamos, deu uma turbulência, ele me abraçou, eu dormi agarrada nele e depois eles descem de andaime na minha cobertura. – ela deu de ombros, como se fosse algo normal.

–VOCE ABRAÇOU ELE NA TURBULENCIA? Nossa! Aposto que ele adorou. – comentei e ela riu.

–Eu chorei na camisa dele do Ramones! Que cara gostaria disso? – ela perguntou confusa.

–A camisa do... AH, MEU DEUS EU NÃO ACREDITO!VOCE CHOROU NA CAMISA DO RAMONES, AQUELA DO RAMONES, A CAMISA DELE? – perguntei berrando.

–Assim vai me deixar surda sua louca. – ela disse me batendo de novo.

–E você vai deixar meu braço roxo.

–Foi mal, prometo não te bater mais. – e me deu um tapa – Foi a última vez.

Demos algumas risadas.

–Então qual o problema de eu chorar naquela blusa? – ela perguntou novamente de olho na estrada.

–É a blusa que ele mais ama na vida. Nunca tira. Vive com ela. Ele diz que é a roupa mais importante na vida dele, que é essencial em qualquer Look que ele use. – dei de ombros.

–Ah, ele deve me odiar eternamente então. – ela disse triste.

–Provavelmente não. Tipo, se ele deixou, é porque sentiu que você era importante.

–Mas eu não sou. – ela disse confusa.

–É sim – dei de ombros- Só que ainda não percebeu.

Segundos de silencio enquanto ela aparentemente pensava no que eu tinha acabado de dizer e sorria.

–Hm, não vai contar como quase matou o Liam Payne?

Ela riu.

–Apontei uma espada pro pescoço dele- ela deu de ombros.

–Que espécie de garota tem espadas em casa? – perguntei.

–Ele fez a mesma pergunta. Da espécie que é esgrimista desde os quatro anos de idade.

–Ele ficou em ótimos apuros então. – eu disse e nós rimos.

–Ah, ficou. Mas eu não queria matar ele, então...

–Que chato! – reclamei.

–Bastante. – ela riu.

–E Harry Styles, como foi que você quase o matou? – isso eu queria saber.

–Ele pegou meu celular, ficou lendo mensagens muito intimas mesmo e eu fiquei fula. Ai ele pulou em cima do meu piano – me assustou do jeito que ela disse “meu piano” – e eu comecei a correr atrás dele, até que o encurralei no quarto e comecei a bater nele. – ela disse isso calma.

–E você acha isso normal?

Ela deu de ombros.

–Você quer saber de umas coisas?

Ela deu de ombros de novo.

–Você é a garota mais estranha que já conheci.

–O que mais?

–Você tem uma queda por Harry Styles. – ela riu.

–O que mais?

–Ele tem uma queda por você. – ela corou.

–O que mais?

–Devíamos mesmo ter virado naquela curva. Alguma chance de dar meia-volta?

Ela riu até ficar vermelha da cor do carro e deu meia-volta. Passamos uma hora maravilhosa no shopping de Oxford. E quem diria, ela também comprou algumas coisas pra mim. E sem eu precisar pedir. Ela comprou umas coisas super gordurosas pra gente comer de café da manhã (ainda eram nove e meia) e por fim tiramos umas fotos na câmera dela.

–Quero essas fotos. – comentei lambendo meu sorvete.

–Começa a me seguir. – ela me entregou seu twitter. – Vou postar todas hoje. Vamos voltar? Eu meio que deixei One Direction trancado no meu apartamento sem comida.

Ela com certeza era muito louca. Voltamos pra Londres berrando como sempre. Ela era a minha melhor amiga agora, com certeza. Ela me deu o numero do celular e disse pra ligar quando quisesse ou precisasse de uma amiga. E ainda me deixou na minha casa. Meus irmãos, loucos por Ferrari, morreram de inveja.

–Quem é? – meu irmão, Josh, mais velho perguntou.

–Minha melhor amiga ora.