Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

POV’s Harry

 

Eu estava quase explodindo de raiva. Eles ficavam dando indiretas pra Ally. Isso sem falar que estavam bêbados. As únicas pessoas sóbrias naquele lugar devia ser eu e a Ally. Talvez a Anna, mas eu não tinha certeza, ela não tirava a boca dela da boca do namorado, então.

–Você quer Ally? – Jake ofereceu um cigarro pra ela.

Ally fez uma careta de nojo. Eu já estava morrendo de vontade de bater naqueles caras.

–Não. – ela disse impaciente.

–Não seja fracote, gata. – Paul comentou estendendo o cigarro. Quem deixou a chamar de “gata”?

–Não sou fracote, não quero, e se me chamar de gata de novo eu arrasto a sua cara no asfalto, entendeu gato? – ele jogou uma baforada na cara dela.

–Idiota. – ela resmungou. Ele riu.

–Que isso, Ally? Por que todo esse estresse? - Paul perguntou rindo.

–Estou olhando pra sua cara. Só isso. – ela deu de ombros.

Anna finalmente largou seu namorado.

–Então, como é que anda a música? – ela perguntou sorrindo. Aparentemente nem tinha ouvido o dialogo tenso rolando aqui.

–Vai bem, obrigada. – disse frio.

–Nossa, Hazza, eu tenho mesmo que falar com você. Vamos ali rapidinho? – ela apontou pra um canto mais afastado onde ninguém poderia nos ver. O que ela queria? Eu não estava muito a fim de deixar Ally sozinha com esses caras. – É bem sério.

–Vamos. – ela se levantou me chamando e eu me levantei com Ally.

–Opa, opa, opa. Só você Hazza. É um assunto bem particular, desculpa Ally. – ela disse sincera.

–Tudo bem Hazza, vai lá ver o que ela quer. – Ally deu de ombros.

–Pode confiar neles. – Anna sussurrou pra mim – Não vão fazer nada com ela.

–É bom mesmo. Senão eu juro que mato eles.

Ela me olhou assustada por que percebeu que eu falava sério.

–Eles não farão nada que ela não queira.

–Você acha que ela quer? – perguntei horrorizado – Não ouviu o dialogo tenso que estávamos tendo?

–Desculpa por isso. Eles são meio difíceis de lidar, mas depois você vê que são boas pessoas. – ela disse me olhando nos olhos. Chegamos ao lugar que ela tinha apontado. Eu não podia mais ver nem ouvir Ally.

–Seja rápida.

–Dá vergonha de ir direto ao ponto.

–Mas vá. – disse apressando ela.

–Você gosta da Ally? Quero saber a verdade.

Caramba. Por ela eu queimaria minha blusa do Ramones. Eu a queria a todo o momento, todo instante. Quando ela tocava pra mim e pedia minha opinião eu me sentia importante pra ela. E quando ela disse que me amava, mesmo não sendo do jeito que eu tanto queria, ela tinha dito, eu me senti como se pudesse voar. Eu a queria. Somente ela, a minha vida inteira. Eu nunca tinha sentido o amor por uma pessoa antes. Aquele amor que faz você pular de prédios ou cortar um braço fora. Aquele amor intenso. Não importa o quão gay eu estou me sentindo agora. Toda vez que ela me olhava com aqueles lindos olhos cinza, eu queria que ela caísse em meus braços. Ela tinha uma coisa, eu não sabia explicar o que, mas ela tinha que ser minha. Tinha que ser ela, a garota que eu esperei minha vida inteira. Nenhuma medida de tempo seria suficiente ao lado dela. E eu queria dizer tudo isso pra ela. Eu amo ela de um jeito totalmente novo pra mim. Eu queria que ela ficasse em Londres, comigo. Eu sabia o que tinha que fazer, e olhando nos olhos de Ana ela me confirmou com a cabeça.

–Eu meio que li seus olhos agora. – Anna me informou.

–Eu sei o que tenho que fazer. – falei sorrindo.

–Sério? Quero ser a madrinha. – ela falou rindo.

–Pode ser. – dei de ombros e ri com ela.

POV’S Ally

 

Onde Harry tinha ido com Anna? Ele estava demorando muito. Paul e Jake continuavam me olhando de uma maneira estranha. O namorado de Anna, Chris, veio se sentar ao meu lado. Ele me analisava de cima a baixo. Era o cafajeste clássico. Anna não podia ficar com um cara daqueles.

–Então Ally, de onde você é? – ele perguntou com a voz rouca.

–Los Angeles. – eu já tinha respondido isso, não?

–Achei que devia ser mesmo. – ele deu de ombros. – Anna falou de uma música é? Você compõe?

–Aham. – dei um falso sorriso.

–Gostei da sua roupa. – ele elogiou.

–Valeu. Eu queria parecer durona. Nunca estive num Beco de Londres antes, estou meio perdida. – respondi.

–Mas, então, sobre sua música. Tá dando certo? – ele já estava me irritando. Cadê meu Hazza?

–Não muito, mas tudo bem. Eu vou conseguir. – dei de ombros.

–Eu sei que vai. Você parece ser bem determinada. – ele colocou a mão na minha coxa.

–Não me toca. – falei me levantando.

–Que isso gata, fica calma. – ele disse se levantando e vindo atrás de mim. Ele devia estar super bêbado. Ok, Hazza, Anna, podem voltar agora.

–Fica longe de mim. – comecei a recuar e ele sorria. Os outros dois riam.

–Tá tudo bem, vem aqui comigo. – eu continuei recuando. BURRA. Eu estava fazendo o que ele queria. Recuando pra parede. Ali era uma rua sem saída.

–Você tem namorada esqueceu? – falei apontando pro canto em que Anna e Hazza deviam estar conversando. – E ela ta bem ali.

–Não importa ela. Você é mil vezes mais bonita. – ele estava se aproximando mais e eu já tinha encostado na parede.

–Eu não me importo. Não vou trair minha amiga. Fica longe.

Minha cabeça estava doendo com mais força agora. Eu estava acostumada a sentir a dor o dia inteiro, mas quando eu ficava perturbada ela vinha com força total. Ele chegou mais perto e prendeu meu corpo na parede com o dele.

–Eu vou gritar. Me deixa ir. –ameacei. Isso banca a durona e olha o que acontece. Devia ter chamado o Hazza de uma vez.

–Não vai conseguir gritar. – os outros lá atrás riram. Dei um grito antes de ele me agarrar.

Fechei os lábios com força, mas os deles eram mais fortes e forçava os meus a se abrirem. Não dava pra escapar. Ele deu passagem direta pra língua e eu tentava desesperadamente me soltar. Eu encarava aqueles olhos castanhos com meus olhos cinza repletos de ódio. Ele estava segurando meus pulsos e me prendia com força. Consegui escapar por um minuto de seu beijo.

–HARRY! – gritei – SOCORRO, POR FAVOR. ME LARGA.

Ele me agarrou de novo. Qual o problema desse garoto? Ele tinha namorada e ela estava bem ali. Eu já tinha começado a chorar de ódio. Eu queria que ele me largasse caramba. Eu não conseguia socar nem chutar, eu me sentia indefesa. E ele ficava me beijando enquanto os outros riam, eu queria matar esse animal. Eu queria poder vomitar.

POV’s Harry.

 

Anna era muito legal e quase esqueci de Ally conversando com ela.

–Eu fico muito feliz por ela sabe – Anna disse.

–Eu fico muito feliz por ter ela. – ela riu.

De repente eu ouvi um grito. Um grito de Ally.

–O que foi isso? – Anna perguntou assustada.

–Eu vou lá ver. – Sai desesperado, tropeçando em alguma coisa.

–Eu também. – Anna veio atrás de mim. Eu prefiria que ela ficasse lá, mas ela veio atrás de mim.

–HARRY, SOCORRO, POR FAVOR. ME LARGA. –Era Ally berrando.Meu coração parou de bater e senti uma raiva me invadir. Se eles tinham tocado nela, ameaçado ela, eles iam pagar. Ah, se iam. Corri mais rápido Anna no meu encalço.

–Ally, o que vocês...? – Anna perguntou quase sem voz.

Chris estava agarrando Ally. Ele segurava os pulsos dela no alto e prendia-a com o corpo na parede. Ela me olhava desesperada. Ela estava... Chorando? Agora chega. Eu ia matar esse cara.

–LARGA ELA SEU IDIOTA. – berrei puxando seu cabelo e arrancando tufos. Legal.

–OU CARA! – ele tentou me dar um soco, mas eu já estava acostumado com Ally, então me esquivei. Dei um chute na barriga dele e o empurrei contra o chão. Quando ele caiu, comecei a socar seu rosto, descontando toda a raiva nele.

–Para Hazza, para. – disse Ally me puxando. Ela estava com a voz embargada. Levantei-me.

–Da próxima vez que encostar nela seu idiota, não vai ser só isso. Eu vou matar você.

Ele estava no chão com a cara toda ensangüentada. Deu certo prazer ver isso. Os outros dois, Paul e Jake, tinham ido sei lá pra onde. Covardes.

–Chris. – Anna se ajoelhou ao lado dele e olhou com ódio pra Ally.

–Ele não te merece Anna. – Ally falou – Vem com a gente.

–Não, vocês não sabem de nada, não entendem nada. VÃO EMBORA. – ela disse chorando desesperada. –VÃO LOGO!

Ally queria falar mais alguma coisa, mas aparentemente mudou de idéia. Meu celular estava tocando.

–Eu atendo. – ela pegou o celular da minha mão. Eu ainda tremia de ódio e olhava pra Anna, que tentava limpar o rosto de Chris.

–Vamos pra casa. – ela falou com urgência.

–Que foi? – perguntei preocupado.

–Parece que Zayn e Perrie tiveram uma briga feia. E rolou pancadaria.