Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

POV`s Liam

–CARAMBA, AGENTE VAI MORRER.

–Fica calmo Liam. Nossa você é pior que o Harry. – Ally falou fazendo uma ultrapassagem superperigosa.

–Para de fazer isso. Caso você não saiba eu não to a fim de morrer hoje – falei apavorado.

Certo, Ally dirigia que nem uma louca. Ultrapassava toda hora e xingava os motoristas que chamavam ela de barbeira. Isso sem tirar o simples fato de que estávamos a uns duzentos quilômetros por hora.

–Diminui a velocidade, por favor – pedi. Meus olhos não saiam do medidor de velocidade. - Esse carro tem airbag né?

–Claro que tem Payne. – ela disse rindo.

–Por que tenho a impressão que você está se divertindo com isso? – perguntei incrédulo.

–Porque eu estou. Digo, a velocidade é a coisa mais divertida do mundo.

–Podemos conversar pelo menos? Pra eu ficar um pouco sem medo? – perguntei. Eu sentia frio na barriga por causa da velocidade dela. Ally deu de ombros.

–O que quiser desde que não envolva meus pulsos ou Harry Styles – ela falou.

–Não envolve. – falei. – Ahn, digo mais ou menos. Por que não quer falar sobre o Harry?

–Por que você quer falar sobre o Harry? – ela perguntou com os olhos na estrada.

–Ainda não respondeu minha pergunta.

–Responda a minha. – ela deu de ombros.

–Porque ta na cara que você sente alguma coisa “especial e diferente” por ele. – falei com medo de ela nos matar com uma ultrapassagem louca – Caramba reduza.

–Nem pensar. – ela não tirava mais o pé do acelerador. E minhas perguntas talvez tenham deixado ela irritada – Mas isso não é verdade Payne. Eu sinto por ele o mesmo que eu sinto por você e pelo Niall, ou Zayn e Louis.

–Então também esta a fim de mim? – perguntei debochado.

–Infeliz – ela me deu um tapa.

–Caramba Ally, para de me bater. Você ta acabando com meu braço.

–Isso é pra você aprender a não me irritar. – ela deu de ombros.

–Mas você sente algo diferente por ele. – falei.

Ela suspirou. Uh, até que enfim. Parece que ela ia ceder.

–Posso confiar em você? – ela perguntou me encarando.

–Claro. – falei. – Mas por favor olhe pra estrada, porque eu não quero morrer.

–Eu sei lá o que eu estou sentindo. É diferente, mas eu não posso Liam. Simplesmente não posso. Eu sinto que às vezes eu amo ele e me sinto uma idiota porque acabei de conhecer ele e tudo mais. Às vezes tenho vontade de ficar com ele. Mas nunca daria certo. Meu tempo em Londres está acabando sabia? E depois, ele é Harry Styles, e eu sou só uma garota normal – ela falou – Ele dá sinais as vezes, mas parece que ta brincando comigo. Não importa, porque nunca daria certo mesmo.

–Fique em Londres. – falei – Depois da Broadway. Eu tenho que te falar Ally.

Estava na hora das confissões.

–Fala. Pode confiar. – ela riu.

–Certo. Recebi uma proposta de Simon. De viajarmos pelo mundo no começo do próximo mês, digo, pra divulgar o novo álbum e tudo mais. E é depois da Broadway. Quem sabe nossa pianista preferida não poderia ir com agente? – perguntei sorrindo.

–Fico muito feliz por vocês – ela falou, mas percebi que estava meio triste – Mas não posso sério. Afinal, tenho que passar um tempo com minha mãe, e ela não me deixaria ir.

Ela deu uma risadinha triste.

–Quantos anos você tem? – perguntei. EU não sabia.

–Vou fazer dezoito. Amanhã – ela deu de ombros como se não fosse nada importante.

–Uau. – falei surpreso – E você fica assim?

–Como queria que eu ficasse? – ela perguntou mais surpresa ainda.

–É importante. Você está ficando velhinha – sorri pra ela.

–Você cresce e percebe que perdeu o melhor da vida – ela disse triste.

–Nem sempre. Eu ainda assisto Toy Story.Vivendo na minha eterna infância. – dei de ombros e ela riu.

–Comigo é diferente. Sua infância foi feliz. A minha não. – ela deu de ombros.

–Por que não? – perguntei sério.

–Eu não tive um pai. Achei durante todo esse tempo que ele estava morto. Digo, eu tinha dinheiro, nunca passei necessidade alguma. Mas as pessoas sempre me escolhiam, digo pra odiar, porque eu era, na verdade sempre fui fraca. – ela disse chorando ao volante. Felizmente estávamos em Oxford e ela estacionou o carro na frente de uma loja de instrumentos musicais.

Ela apoiou a cabeça no volante e ficou assim por um tempo. Abracei-a.

–Você é meu melhor amigo. – ela falou – Você e aqueles outros quatro idiotas.

–Bom saber. – ri. – E você não é fraca. Caramba, você apontou uma espada pra minha garganta, quase socou o Zayn diversas vezes e ainda quase matou o Harry.

–Valeu. – ela me apertou mais. Ela tinha um abraço igual o do Niall.

–Você é perfeita sabia? – falei sorrindo.

–Você também é. – ela deu de ombros – Agora vamos. Tenho muito que olhar.

–Também acho.

Ally era uma pessoa incrível. Mesmo sendo irritante, ela continuava perfeita. Sei lá, acho que era uma garota com quem você gostaria de ter amizade. E eu estava armando meus planos malignos pra fazer ela e o Harry ficarem juntos.

–O que acha desse? – ela perguntou olhando o piano vermelho.

–Um pouco escandaloso não acha? – falei rindo.

–Acho sim. – ela deu de ombros e riu.

–Um preto cairia bem – falei apontando pra um que era quase igual ao antigo.

–Eu curto. – ela riu – Acho que é esse mesmo.

–Hm, preço básico. – falei olhando o preço. Devo ter arregalado os olhos – De quinze mil e algumas coisinhas.

–Minha mãe é quem vai pagar. – ela riu e pegou o cartão.

Ela era muito engraçada. E não ligava pra gastar dinheiro. Isso era bem estranho.

–Obrigada. – ela disse pro cara no caixa – Vocês entregam certo?

–Claro, senhorita. O endereço? – ele perguntou.

–É o hotel London Palace, na cobertura. Fala com a recepcionista. – ela falou e o cara confirmou com a cabeça.

–Entregaremos até o final do dia. – ela ficou aparentemente incomodada, mas confirmou com a cabeça.

Saímos da loja, mas ela estava a fim de andar por ai. Compramos um café numa loja e ficamos andando pela cidade.

–Amo a Inglaterra. – ela disse rindo.

Um mendigo, ops, morador de rua, nos parou pedindo uns trocados. O homem tinha uma cara bem simpática. Ally tirou cem reais da bolsa e entregou pro homem que fez uma cara assustada e quase se abaixou pra beijar os pés dela.

–Mendigos americanos não são tão simpáticos – ela disse sorrindo quando saímos de perto do morador de rua.

–Você tem costume de ficar dando cem reais pra qualquer um que te pede dinheiro na rua?Sério? – perguntei incrédulo.

–Claro. Minha mãe me dava cem reais pra eu comprar uma bolsa. Tipo, uma bolsa. Eu já tenho umas quinhentas que ela comprou pra mim, pra que eu preciso de mais? Então, eu sempre dava o dinheiro para moradores de rua. Quando ela me dava pra roupas, sapatos. Eu já tinha tudo aquilo. Eu não preciso de mais. Nunca precisei. – ela falou rindo.

–Sério? Você é muito sinistra.

–Obrigada. Mas teve altos lances engraçados fazendo isso. Tipo da vez que ela me deu dinheiro pra comprar um carro e eu doei tudo pra Cruz Vermelha. Eu voltei pra casa de ônibus e ela perguntou “Cadê seu carro?” e eu “Ahn, acho que indo ajudar as vitima do terremoto no Japão” – ela sorriu. Cara, ela era muito legal.

–Não parece ser uma mãe muito presente – observei.

–Tá errado Liam Payne. – ela riu – Ela era super presente. Digo, mesmo. Quando dei meu primeiro beijo com Logan, foi na frente de casa, eu descobri que ela estava no telhado com binóculos me observando e gravando a cena.

Quase engasguei de tanto rir.

–Sério?

–Aham. Depois que fui pra casa ela me pediu todos os detalhes, e eu tentei alterar algumas coisas tensas que eu e ele tínhamos dita e ela disse “você está mentindo” e me mostrou a gravação. No fim, ela sabe tudo que acontece na minha vida. Principalmente sobre vocês.

–Sério que ela sabe sobre a gente? – perguntei incrédulo.

–Contei tudo. Ela disse que o Zayn é fofo. – ela disse rindo.

–Quando vamos conhecer sua mãe? – perguntei e ela me olhou séria.

–Não tenho idéia. Ela e a Kelly disseram que vão vir me visitar e ver minha apresentação em New York, isso é, se eu conseguir – ela deu de ombros. – Vão gostar de conhecer elas. Não são tão parecidas comigo.

–No fim, acho mesmo que você seja única. E esse tal de Logan? É aquele das mensagens?

–Não. O das mensagens é o Jason Gay. – ela disse rindo – O Logan, meu Logan, não é nem um pouco gay. É super hetero, se é que você me entende...

–Não entendo. – falei rápido e ela riu.

–Não quer saber mesmo os detalhes? – ela perguntou sorrindo maliciosamente.

–Você é muito saliente. – reclamei.

–Com certeza eu sou. – ela riu.

– E esse Logan, o super hetero, me poupe dos detalhes. Ahn, o que você teve com ele?

–Ah, ele foi minha paixão. Digo, eu amo muito ele ainda. Ele é o cara da minha vida. E ele veio pra Londres depois de uns anos estudando junto comigo. – ela deu de ombros – Não espero encontrar ele, digo, ele nunca mais me ligou e eu nem sei como ele está hoje em dia. Vai que ficou um gordo feio e horroroso.

–Então você liga pra aparência? – perguntei levantando a sombracelha.

–Não. – ela riu – O que eu sentia por ele era platônico, era atração. E atração pela beleza. Se ele perdeu isso, não sobra nada. A paixão acabou quando vi quando ele era galinha.

–Pra mim parece que você liga pra aparência – debochei.

–Não ligo não. Uma prova disso é que você é feio e mesmo assim eu estou andando com você.

–Uh, essa doeu. – falei.

–Você sabe que eu te amo né? – ela falou rindo.

–Ainda não sei se isso é bom ou ruim. – falei.

–Você não é feio.

–Sério?

–Sei lá, nunca estive com pessoas feias antes.

–Uh, a garota que so anda com os tops na balada.

–Uh, a garota que não anda com ninguém – ela me imitou rindo.

–Você liga?

–Passou não? Eu tenho cinco melhores amigos agora.

–Não, você tem quatro melhores amigos e um quase namorado.

–Eu vou te bater.

–Eu sei.

Ela me deu um chute na canela.

–Então?

–Valeu à pena. – ri da cara indignada dela.