Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

Louis Tomlinson

Peguei meu carro que por sinal não era tão legal igual ao da Ally e fui para o hospital em que disseram que ela estava.

[...]

–Oi gracinha – a mulher da recepção disse. Uh, oferecida, mas até que bonitinha. SE CONCENTRA LOUIS, MAS QUE PORRA!

–Oi – falei indiferente e ela disfarçadamente aumentou mais o decote. Oh, lord, porque fazem isso comigo? Foco! – Estou procurando por Ally Cunha.

–Hm, Ally Cunha – ela disse mordendo a tampa da caneta – Acho que está aqui sim.

–É - falei ignorando ela, a tampa de caneta e sua língua giratória – Quero ver minha namorada.

–Ah, sim – ela falou pulando do balcão de recepção com um vestido curtinho. – Vem que eu te acompanho até o quarto da sua amiguinha – a garota se pendurou no meu braço. Praticamente se esfregando em mim. Oh lord, por que? – Meu nome é Sophie, a propósito.

–Louis – falei ainda indiferente. Tentei soltar timidamente ela do meu braço, mas ela me agarrou com mais força. Lindo.

–Vamos pro quarto da sua amiguinha, é por aqui – ela foi me puxando.

Hora das boas idéias.

–Ahn, não é amiguinha – falei tentando parecer sério – É minha namorada.

Ela fez um biquinho que ficava estranho naqueles lábios gordos e depois sorriu.

–Acha que não sou fã de One Direction? Ela é a namorada do Harry, fiquei sabendo. Mas aparentemente a vadia também conquistou o Tomlinson – ela falou sarcástica sorrindo pra mim.

–Que bom – falei sem graça.

–Você está mentindo pra mim? – a voz dela era tão enjoativa. – Por que mentiria pra mim Boo Bear?

Me assustei ao ouvir ela me tratar pelo meu apelido. Algumas fãs faziam isso as vezes, mas na voz dela chegava a me dar medo. Não que não fosse bonita, mas era oferecida. Não é tipo de garota por quem eu me interessaria. Sinceramente não é.

–Acho que consigo encontrar o quarto sozinho, senhorita – falei me soltando dela.

–Não precisa me chamar de senhorita – ela disse passando as mãos pelo meu pescoço – Pode me chamar só de voce, ou de princesa. Eu prefiro.

–Certo, eu vou indo – falei me soltando rápido dela e seguindo o corredor. Ela veio atrás de mim. Oh, lord da cenoura , mereço mesmo.

–Então, o quarto da sua vadiazinha é logo aqui – ela disse puxando minha mão e entrelaçando nossos dedos.

–Não é vadiazinha – falei com a voz cortante, mas ela continuou me arrastando.

–Que seja. – ela continuou sorrindo – Tivemos que ressuscitar ela, acredita? Disse que ela ficaria bem melhor morta, mas ela vai morrer de qualquer jeito. Daqui uns dias vai parecer que uma bomba explodiu dentro dela – ela disse dando uma risada. Arregalei os olhos.

–Do que ta falando? – perguntei assustado. Ela deu um sorriso cético.

–A verdade. Só comentando na verdade. Vai acontecer – ela disse sorrindo mais.

Pensei em perguntar algo, mas ela me parou na frente de uma porta.

–O quarto da sua amiguinha – ela disse sorrindo. FINALMENTE!

Ali estava ela. Digo, ela estava toda escondida debaixo das cobertas, mas estava ali. Percebi os aparelhos pretos.

–Por que estão desligados? – perguntei apontando. Sophie deu de ombros.

–Ela deve ter arrancado de novo. Fez um buraco enorme no braço da ultima vez. Espero que tenha doido, realmente – ela falou com um sorriso venenoso. Que vontade de bater nessa garota.

–Quero conversar a sós com ela – falei sério. Ela me olhou preocupada.

–Certeza amorzinho? Ela é extremamente perigosa.

–Claro que tenho, e não me chame de amorzinho – falei grosso e ela me olhou irritada e saiu do quarto batendo os pés. Ótimo atendimento as pessoas solteiras tem por aqui;

Fechei a porta assim que ela saiu e pensei em religar os aparelhos. Mas eu infelizmente não sabia fazer isso. Eu chamaria uma enfermeira mais tarde. Sentei na beirada da cama e cutuquei ela. Sem respostas. Dei um tapinha nela e nada. Ally nunca deixaria eu bater nela, se estivesse bem. Dei uns tapinhas tranqüilizadores na sua perna.

–Eu só quero saber o porque. – pedi sinceramente – Não vim te azucrinar, nem te culpar, muito menos te xingar. Eu so quero saber o por que. Eu no fundo, no fundo mesmo, eu não acredite que foi voce, sabe? Olha, sinceramente qualquer um poderia ter invadido o estúdio quando todos estávamos lá fora, mas é que....Tá difícil de acreditar que você não tem culpa Ally. Eu sinto muito mesmo, mas eu tenho acreditar no lado que tem mais provas e embora eu fique pensando que...PORRA ALLY, EU TO AQUI ABRINDO MEU CORAÇÃO PRA VOCE, O MINIMO QUE VOCE DEVIA FAZER É AGRADECER! – berrei irritado e arranquei a coberta de cima dela e não acreditei no que vi – OH MEU LORDE SENHOR ETERNO DAS CENOURAS, POR FAVOR, ENFERMEIRA, ENFERMEIRA, AQUI RAPIDO, EMERGENCIA! ENFERMEIRA!

[...]

 

Harry Styles.

Fiquei encarando aquela droga de isqueiro. Lembrei da ocasião. Ela disse que colocava fogo nas coisas das garotas imbecis da escola. Era isso? Somos imbecis? Não fazia sentido, não fazia o menor sentido. Por que ela nos aturou por tanto tempo se só queria acabar com a gente? Meu pensamento vacilou pra Simon. Não era possível, não era possível, ela não nos usaria dessa maneira. Ou usaria? Eu não sei o que fazer, isso é que é certo. Minha vontade no momento é de pegar essa agulha e enfiar no meu pescoço, porque sinceramente, as coisas estão muito difíceis aqui. Queria dizer que não chorei, mas a verdade é que eu estava chorando feito uma criancinha quando Liam e Zayn passaram pela porta.

–Oi Harry – Zayn disse simpático. Ele estava segurando um copo gigante de milkshake que me entregou.

–É igual ao que eu tomei com a Ally – falei chorando de novo e eles se sentaram na ponta da cama. Liam tirou o copão da minha mão.

–Sentimos muito – Liam falou sério – Mesmo, sentimos muito mesmo! Mas estamos do seu lado, não é mesmo Zayn? Eu disse, não é mesmo Zayn? Não é mesmo Zayn? MAS QUE PORRA, NÃO É MESMO ZAYN SEU FILHO DA MÃE?

Zayn derrubou o espelho no qual estivera se olhando e concordou.

–Pra tudo irmão – ele falou sério.

–É serio isso então? – perguntei com a voz rouca.

Eles abaixaram os olhos.

–Sentimos muito.

–Tudo bem Liam – menti e bebi um pouco do milkshake.

~Flashback~

–Duvido beber tudo de uma vez – falei rindo e ela sorriu.

–Não duvide de Ally Cunha – ela disse séria me dando um selinho.

–Então bebe – entreguei o copo gigante pra ela que o olhou assustada.

–Mas é muito grande! – ela reclamou!

–Você que pediu! – mostrei a língua pra ela. Essa cena aconteceu em um encontro que tivemos no dia antes de eu levá-la pra conhecer minha mãe.

–Isso é um encontro muito esquisito! – ela falou rindo – Você é esquisito.

–Você me ama. – falei e ela sorriu.

–Sabe que sim! – ela me deu outro selinho e eu tentei agarrar ela, que se afastou rindo da minha cara.

–Sua sem graça. – falei triste e ela mordeu minha bochecha – Agora vai, bebe tudo. Aposto que não consegue.

–Uh, eu consigo sim – ela falou brava e eu ri. Estávamos numa sorveteria e eu tinha uma noção dos olhares de ódio de algumas fãs que estavam ali. Algumas apontavam pra Ally e davam risadinhas. Ally estava bem vestida, mas se comportava feito uma idiota comigo, e aparentemente isso era hilário para elas, mas hilário da forma ruim. Elas tiravam fotos e por vezes ouvi algumas ofensas, mas Ally não ouvia ou não queria ouvir e continuava como se nada estivesse acontecendo ao nosso redor. Eu admirava muito isso nela.

–Eu aposto que não consegue, aposto mesmo!

–Quanto? – ela perguntou me desafiando.

–Cem – falei colocando a nota na mesa. Ela sorriu e pegou o copo gigante de milkshake.

–Sinto que vai perder seu dinheiro, Styles. So sinto! – ela disse olhando o copo – Hm, um grande desafio esse!

Ela tirou a tampa do copo e começou a beber. Praticamente virou o copo inteiro em cima dela enquanto eu ria. Ela derramou grande parte do milkshake de chocolate nela mesma, mas Ally não parecia se importar e continuava bebendo firmemente, de olhos fechados. Cara, como podia ser tão perfeita mesmo fazendo isso? Dei uma risada quando ela terminou.

–Consegui. Acho que congelei meu cérebro. – ela jogou o copo em mim sem se preocupar em limpar o bigode e a barba marrom.

–Não valeu, você derramou a maior parte. – falei rindo, mas ela pegou a nota da mesa e enfiou dentro do decote. – Você sabe que eu pego. – ela fez uma cara indignada rindo.

–Perderia sua mão, amorzinho – ela falou sorrindo.

–Gosto quando me chama assim – falei sorrindo também e me aproximando dela.

–Me beija, então, amorzinho.

–Claro.

~Flashback ~

–HARRY - Zayn gritou – MORREU FOI?

–Ahn? – perguntei confuso.

–É muito lerdo mesmo – Zayn falou tirando o copo da minha mão – Acho que isso não te fez bem – e tacou o copo no lixo. – Pronto.

–Não fez mesmo – confirmei triste. – Me lembrou de certas coisas. Sei lá, acho que não to bem.

–Vai ficar tudo bem – Liam falou.

–Nem você mesmo acredita nisso Liam. Como é que você pode dizer que vai ficar tudo bem? Hein? Eu perdi a pessoa mais importante da minha vida, e agora descobri que ela provavelmente não dá a mínima pra mim e talvez desejasse que eu morresse! MAS NÃO FAZ SENTIDO! Ela me salvou! Talvez seja a minha vida que simplesmente não faça sentido e que eu que seja o grande problema, eu que esteja destinado a ser um fracassado o resto da minha vida. Numa hora eu perco a minha garota, aquela que eu achei que era certa pra mim, e também perco meu estúdio, tudo o que significa One Direction estava naquele estúdio – eles abaixaram a cabeça – E vamos ter que recomeçar tudo! Menos os fãs, mas você sabe como é. O dinheiro que vai custar pra consertar tudo aquilo! A única coisa que sobrou daquele estúdio foram as musicas que não tem como tirar da gente, mas fora isso, perdemos absolutamente tudo. Nem sei se dá pra continuar.

Eles me olharam assustados.

–Claro que dá pra continuar Harry, vamos conseguir. Talvez o Ed Sheeran nos ajude, ele ta num estúdio novo e – Zayn começou a falar.

–Não to falando só disso Zayn...To falando da minha vida – falei sério – Tá uma bagunça total, eu estou muito confuso sobre tudo isso!

–Nós sabemos. Também estamos bastante confusos sobre tudo que ta acontecendo – Liam suspirou.

–Não chega nem perto do que eu estou sentindo, vocês sabem disso – falei sério e ouvi eles suspirarem de novo.

–Vamos enfrentar isso como uma equipe certo? – Liam falou me olhando.

–Quero ficar sozinho – pedi e me afundei nos travesseiros. Assim que ouvi eles saírem do quarto continuei a pensar nela, até adormecer.