Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

LOUIS

–Como você perde uma paciente que estava com problemas tão graves como esse? – perguntou o médico para Sophie. “Dando em cima dos visitantes” pensei, mas não disse nada porque o clima ali estava meio tenso. A louca da Ally tinha fugido. Isso mesmo, fugido, coisa que era extremamente arriscada. Parece que não tem medo de morrer.

–Mas ela está bem não é? – perguntei sério – Digo, ela já meio que não vai sair por ai andando e morrendo né?

–Seria legal – a oferecida comentou.

–Sophie! – o médico de Ally, Robert, falou indignado – Será que tem o desejo de deixar esse hospital?

Sophie deu um sorrisinho sem graça e pediu licença pra sair.

–Até que enfim – falei e todos me olharam – Que é? Alguém ai não concorda? – todos riram e bateram a mão espalmada. – Agora, as coisas mais sérias. COMO VOCES PERDERAM A ALLY?

–Ela fugiu! – o médico se justificou. Estávamos ali no quarto da Ally. Eu, o médico e mais umas quinhentas enfermeiras e alguns caras da ressucitação. – Pode estar em qualquer lugar agora.

–Pode mesmo! – falei sério. Ela não seria burra de voltar pra cobertura. – Mas o que pode acontecer com ela?

–Nada pior do que já vai acontecer sem isso não é mesmo – comentou um médico disfarçando uma risadinha com o outro que concordou. Estreitei os olhos.

–Verdade. – ele percebeu meu olhar e parou de rir – Desculpe, deve ser um assunto delicado pra vocês.

–O que? – perguntei confuso e eles riram.

–A atual situação dela, oras – uma das enfermeiras falou.

–É, eu não me surpreenderia se ela morresse semana que vem. – a outra comentou também.

–Já estava mesmo na época das despedidas. Não se preocupe em procurar, as pessoas gostam de ficar sozinhas em seus últimos momentos – a primeira enfermeira falou.

–Claro, Margarete, mas o menino está...

–Menino? – perguntei incrédulo. 21 anos porra! 21 anos!

–Rapaz. O rapaz está preocupado com a amiga! Mas não se preocupe, ela nem precisava tanto de hospital. – a enfermeira falou.

–Do que voces estão falando? – perguntei já irritado – Atual situação, morte! Alguém me explica isso.

–Estamos falando do...

–Não estamos falando de nada – Robert interrompeu com a voz fria e cortante – De absolutamente nada, é somente loucura delas.

–Eu quero saber! – falei indignado – Agora, eu quero saber.

As enfermeiras olharam para o médico que assumia uma postura fria e fazia caretas sempre que uma delas abria a boca pra falar. Certo, eu não descobriria nada aqui. Talvez fosse melhor perguntar para a oferecida.

–Acho melhor irmos cuidar dos pacientes. – o médico falou por fim – Isso é um hospital, pelo amor de deus, temos doentes de verdade aqui, não podemos perder tempo.

–E Ally? – perguntei ainda indignado.

O médico balançou a cabeça enquanto todos saiam da sala.

–Está por conta própria agora. Não está tão ruim assim, senhor. Ela vai ficar bem.

Antes que ele pudesse sair segurei seu braço.

–Do que eles estavam falando? – sussurrei pra ele que me encarou.

–Isso é assunto da senhorita Cunha.

–Sou amigo dela, ela não vai se importar. – falei sério mas ele negou com a cabeça.

–Pergunte a ela.

Suspirei.

–Ela vai me contar?

–Provavelmente não – ele falou e se soltou do meu braço – Mas é a melhor chance que você tem. Isso é , se achar ela.

Ele saiu do quarto me deixando sozinho ali encarando a cama. A Ally era louca demais. Mas, uma hipótese indesejada apareceu na minha cabeça ; Talvez ela estivesse fugindo das conseqüências. Ela tinha colocado fogo no estúdio. Liam estava certo. Eu precisava ver como Harry estava.

[...]

Harry é uma criatura extremamente engraçada. Quando ele está desanimado, fica parecendo um zumbi deitado na cama. Cheguei já pulando nele.

–VAS HAPPENIN! – gritei e ele deu um risinho. Até que enfim.

–Seu gordo. Sai de cima de mim, baleia. – ele falou tentando me empurrar.

–NO! JIMMY PROTESTED! – gritei rindo da cara dele e me aconchegando em cima do idiota.

–Ainda vai me matar Louis. – ele falou me empurrando e eu cai da cama – HÁ. BEM FEITO!

–Ah é? – peguei o travesseiro e taquei na cara dele que pegou o outro travesseiro e arremessou em minha direção – ERROU! LESMA!

–Bocó! – Harry tentou tacar seus sapatos, mas eu me desviei.

–Continua errando Harold – falei rindo e ele ficou irritado e se virou pra dormir – Awn, eu irritei voce?

–Morre, Louis – ele disse sério e fechou os olhos fingindo dormir.

–Vai sentir minha falta, so aviso.

–Morre logo – ele choramingou.

–Você duvida quanto que eu vou? – falei e ele abriu os olhos arregalados e eu comecei a rir. Besta.

–Louis, me deixa em paz. Eu não to bem – ele reclamou e eu pulei novamente em cima dele.

–Por isso que eu não estou te deixando em paz, idiota. – falei bagunçando o cabelo dele.

–Não vou falar sobre o que aconteceu.

–Voce quem sabe.

–Não vou falar dos meus sentimentos.

–Do jeito que quiser. – dei de ombros e ele também. Ele pegou o controle e ficou zapeando na televisão que tinha no quarto. – Não estão falando muito sobre o incêndio – notei- Acho que Simon abafou a mídia.

–Deve ter mesmo – Harry suspirou – Sobre o que sabemos, não vai acontecer nada certo?

–Nunca entregaríamos ela, cara. Sei o que significaria pra voce. – falei e ele assentiu.

–Tanto faz. Acho que fui idiota e não te agradeci direito Louis. Por ter ficado todo esse tempo e principalmente agora. Eu sei que pareço um chato e tudo mais, mas voce Louis...

–Chega – interrompi ele – Tá parecendo um gay. Agora vem aqui e me dá um abraço.

[...]

Ally Cunha

Apesar de saber, ainda esperei encontrar as coisas deles em casa. Claro, pensariam que eu não seria burra pra voltar pro apartamento, o que fazia deles burros e de mim extremamente inteligente. Ainda esperava ver os casacos deles espalhados pelo sofás ou os brinquedinhos estranhos que eles costumavam deixar jogados no chão, mas o apartamento parecia completamente outro. Esperei ver eles correndo pela escada, mas não tinha absolutamente nada ali.

–Enfim sós – suspirei pro meu piano. Acho que eu esperava ouvir uma resposta, mas não veio nada.Podia até dizer que sentia falta de ficar girando meu isqueiro no dedo, mas eu me sentiria extremamente culpada, apesar de saber que a culpa não foi minha. Eu tinha perdido meu celular no incêndio, mas minha mãe desesperada tinha mandado umas quinhentas mensagens via todas as minhas redes sócias. Contaram pra ela, que lindo. Lá estava ela, on no Messenger.

“Hey” digitei e ela já veio com o Caps Lock. Começou mal.

“COMO É QUE VOCE ME DÁ UM SUSTO DESSES? ONDE VOCE ESTÁ? EM QUE HOSPITAL? VOU PEGAR UM AVIÃO PARA LONDRES HOJE MESMO! ALLY, PELO AMOR DE DEUS, VOCE PRECISA MESMO QUASE SE MATAR UMAS QUINHENTAS VEZES POR DIA PRA APRENDER? VOCE JÁ ESTÁ NESSA SITUAÇÃO E AINDA QUER PIORAR A MINHA? VOCE QUER QUE EU ME MATE? DEPOIS DESSA NOTICIA DA SUA QUASE MORTE EU QUASE PULEI DO PRÉDIO, VOCE TEM NOÇÃO? É BOM VOCE NÃO MORRER ANTES DE VOCE REALMENTE MORRER” uau, durou menos que cinco segundos.

“Mãe, fica de boa ai” digitei nervosa “ Eu to bem, e a propósito, eu fugi do hospital, mas isso são detalhes, eu estou muito bem. Foi so um incêndio mínimo, nem deu pra me queimar” por isso que é bom mentir no Messenger “e eu estou ótima, valeu. Não precisa vir pra Londres, desesperada. E eu tenho noção sim, mas se acalma e lembra da Kelly, certo?”

Senti que ela devia estar se acalmando.

“Estou indo pra Londres mesmo assim” ela digitou “Sábado eu estou ai” hoje era terça feira. Suspirei lembrando da manhã passada. Muita coisa tinha mudado.

“Ok, mamãe. Mas o que vem fazer aqui?”

“Cuidar de você. Afinal, você já pode ir pra Broadway certo?”

“Acho que sim (:”

“Então, estarei ai para ajudar nos ensaios finais depois podemos ir todos juntos para New York”

“Parece animada, senhorita Amanda”

“Bastante” acho que estava rindo “Como estão os meninos? Estou louca para conhece-los”

“Estão bem (:” sorriso irônico.

“Tudo bem filha?”

“Claro mãe. Ahn, eu tenho que ir. Tchau (:” fechei o computador com força e deitei no sofá

Coloquei a mão na cabeça. Nem Hachi tinha ficado. Certo, eu precisava fazer alguma coisa. Algumas idéias vieram na cabeça e eu sentei em frente ao piano escrevendo uma nova música. Não para a Broadway, mas para o One Direction. Seria um sucesso, eu tinha certeza. Suspirei e comecei a cantar.