Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

Ally Cunha

Vou embora de Londres.Arrumei as malas. Na verdade, não era muita coisa. O quarto ficaria como estava, eu tinha uma esperança tênue de voltar pra cá. Ingenuidade a minha. Peguei apenas o básico. As minhas roupas, meus sapatos e minhas partituras. Pena que não dá pra enfiar um piano dentro da mala. Desci todas elas até a sala. Eram somente duas então não ia ser muito trabalho sair andando com elas pelo aeroporto. Peguei a nécessaire que na minha primeira viagem continha kit de maquiagem. Agora o conteúdo fora alterado e tinha uns quinhentos remédios diferentes ali. Era muita medicação pra pouca eu. Talvez fosse melhor ir pra um médico antes de embarcar, mas isso eram meros detalhes. Liguei para o aeroporto também e marquei um vôo amanhã de manhã, bem cedo. Claro, tive que pagar umas cinco vezes a mais, mas eu queria me livrar o mais rápido possível de qualquer lembrança britânica. Minha mãe ficou bem assustada quando revelei meus planos.

–Que favor? – ela perguntou ao telefone.

–Financeiro – falei mordendo os lábios e ouvi ela suspirar de alivio. Dinheiro não era problema algum.

–Do que se trata?

–Tem que ser anônimo. Eu sei que você fica patrocinando e fazendo doações generosas para bandas desconhecidas ou novas, ou que estão enfrentando algum problema, então...

–Quer que eu doe para o One Direction?

–É poraí. Um estúdio novo.Eu tirei isso deles quando acidentalmente pus fogo no estúdio.

–VOCE FEZ O QUE? – ela berrou no telefone.

–Mãe, senta que é uma longa historia – falei e ouvi ela suspirar de novo. Comecei a contar tudo desde o começo.

–E foi isso que aconteceu – falei depois de uma hora explicando tudo em mínimos detalhes.

–Você e sua mania de sempre...

–Não se preocupar com você mesma – completei – Logan fez o mesmo discurso. Mas então mamãe, faz isso por mim?

–Claro. – senti que ela dava de ombros. Tipo, gastar milhões, normal.

–Beleza, estou voltando pros Estados Unidos amanhã! – falei.

–VOCE O QUE? – ela berrou de novo. Ih, acho que vou acabar matando minha mãe contando as coisas assim, rápido demais.

–E é por isso – expliquei tudo com Harry e os blá blá blá de coração partido que não precisa ser consertado.

–Sinto muito.

–Eu também. – suspirei.

–E o The Woman in White? Voce queria tocar lá.

–Prostituta de luxo, lembra? – falei rindo e ela riu também – Nos Estados Unidos não ligam muito pra isso.

–Somos modernos.

–Poisé – falei rindo.

–Você vem pra Califórnia? – minha mãe perguntou.

–Ahn...

–Cynthia Cunha – IH, FALOU O NOME TODO! AGORA A PORRA FICOU SÉRIA!

–VOOOOOU, PRONTO! – me dei por vencida. Era so pegar outro avião de New York até Los Angeles mesmo. Mas eu odeio voar. Vale mais a pena trocar a passagem.

–MÃE, VOCE TA TENDO UM ATAQUE AI? – ouvi a voz de Kelly.

–UHUUUUL, ESTOU – minha mãe devia estar dançando feito uma débil. Dei uma risada. Eu queria ver essa cena!

–AAAAAAAAAAAAAAAAAH PORQUE? – Kelly berrou perguntando. Cara, elas são duas loucas, só pode.

–SUA IRMÃ VAI VOLTAR!

–OOOOOOOOOOOOOOH MEU LORD! – ela berrou e eu não conseguia mais parar de rir.

–Vocês duas são tão meigas – falei e ouvi elas rindo – Eu tenho que terminar de arrumar as coisas por aqui, depois ligo pra vocês.

Liguei para o aeroporto e mudei minha passagem. Deus me livre de pegar dois aviões. Peguei meu laptop e baixei algumas musicas nova, leia-se : musicas do One Direction e passei para meu celular. Eu precisava fazer alguma coisa durante as horas de vôo e turbulências intermináveis e extremamente traumáticas sem Harry nenhum para abraçar.

Arrumei as poucas coisas que faltavam e me sentei no piano contemplando a linda vista de Londres mais uma vez. Depois me mudei para o sofá e depois subi as escadas e xeretei no quarto. Decidi sair e ir comprar alguma coisa gordurosa pra comer. Todo o sorvete tinha ido descarga abaixo. Entrei numa loja e comprei um café simples. Sai andando da loja com o café na mão quando um ser vindo andando sabe-se lá de onde trombou em mim derrubando todo café na minha roupa e a minha pessoa no chão.

–Ei – reclamei estendendo a mão pra apressada pelo menos me ajudar a levantar. Ela riu e me estendeu a mão – Perai – tirei o capuz que escondia seu rosto – Anna? Uau, ta fazendo o que aqui? E a propósito, valeu mesmo, precisava de um banho de café!

–Desculpe, não quis fazer isso. – ela sorriu envergonhada.

–O objetivo era meio que beber, mas tudo bem. Tá fazendo o que aqui? – perguntei fechando o casaco para que não vissem minhas roupas marrom de café.

–Andando, sabe como é.

–Na verdade, sei não. Odeio andar. Meu lance é correr – respondi e ela riu.

–Vi pelo jeito que dirige.

Silencio.

–Como vai sua mãe? – perguntei assustando ela.

–Vai bem, eu acho. Segui seu conselho. E ela não me odeia. Só que...Sei lá. É difícil pra ela e é difícil pra mim também. – Anna deu de ombros.

–Não ta mais morando com Chris eu espero.

–Bom...Não, não é bem assim. Ainda nos vemos, embora minha mãe odeie, mas acho que vai ser por muito pouco tempo. Quero me livrar dele. Só coragem. – ela falou sorrindo confiante. A aparência parecia um pouco melhor.

–Se quiser uma força, tenho algumas espadas guardadas. Ah,mas eu teria que tirar da mala, estão lá no fundo, então deixa quieto – falei rindo.

–Malas? – Anna perguntou confusa.

–Estou indo embora de Londres. – ela me olhou triste com a boca escancarada.

–Por causa do...

–Não – tranqüilizei ela – Não tem nada a ver com isso. Eu simplesmente não me encaixei aqui. Talvez a verdade seja que eu não me encaixe em lugar nenhum e pronto. Mas não importa, eu vou voltar. Tenho que resolver so mais algumas coisas aqui e depois eu volto para minhas raízes.

–Ally, eu sinto muito, mesmo...

–Eu não to indo embora por culpa sua. Fica calma. – falei rindo, mas ela não pareceu acreditar e continuava fazendo uma cara horrorizada.

–Mas você está indo embora de Londres. Você adora Londres, não adora?

–E Oxford também – relembrei rindo, mas ela não sorriu. – Ah, Anna eu tenho que ir terminar de arrumar minhas coisas, mas depois nos vemos ok? Quer dizer,ahn, eu te ligo. Esquece. Tchau – dei um abraço nela que continuava paralisada.

–Tchau – ela disse baixinho depois se virou e foi embora e eu corri pro apartamento. Nem tinha falado o que eu realmente queria para Logan. Ele estaria ocupado pra atender o celular agora, era melhor eu ir no escritório dele. Era melhor trocar de roupa também.

[...]

O escritório de Logan tinha que ficar lá na puta que pariu, pra variar. Demorei uma hora pra achar aquele puto escritório mais chique que tudo. O escritório de tão branco chegava a brilhar e eu ali nas minhas roupas pretas e meu carro vermelho nos destacávamos. Estacionei o carro e desci, colocando o capuz pra esconder o rosto e continuei andando. A recepcionista me olhou franzindo o nariz. Amo essas patricinhas que me odeiam de cara e depois descobrem que eu sou rica. Parece que dá um tapa invisível na cara delas.

–Logan Jones, por favor – pedi e ela franziu no nariz ainda mais.

–Tem hora marcada? – ela perguntou com a voz aguda.

–Não preciso de hora marcada – falei rude e ela me encarou.

–Olha, não sei que ralé você pensa que é, mas chegar aqui e ir pensando que tem moral, queridinha, esse escritório é um lugar sério. Saia daqui antes que manche nossa imagem.

–Não vou sair daqui até falar com Logan – bati o punho na mesa e ela se assustou.

–Vou chamar os seguranças. – ela avisou.

–Ally! – ouvi Logan dizer. Ele surgiu ao lado de uns caras que se despediam dele. Clientes, de certo.

–Logan – falei sorrindo maldosamente para a recepcionista e correndo pra pular no pescoço dele. – Precisava falar com você.

–Ah, estou livre agora. Mas tem uns clientes que chegam daqui a pouco, tem que ser bem rápido mesmo – ele falou rindo.

–É, vamos logo – falei ainda sorrindo pra recepcionista. Tenho a impressão de que ela está a fim de Logan. Hm, coitada.

Entrei na sala de Logan. Devia ser a única sala legal ali. Tinha um quadro do Queen pendurado que dava contraste nas paredes brancas.

–Curti a sala – tinha mais um quadro dos Beatles na parede perto do quadro do Queen. Logan tinha essa queda por clássicas bandas e amava as britânicas, eram sempre suas favoritas. Ainda bem que não tinha One Direction aqui – Sabe o que ficaria lindo? Uma foto de Bethoveen bem aqui! Gigantesca.

–Ah, não sou eu que tenho um fraco por pianistas – ele falou rindo – Então, senta ai.

–Manda eu ficar a vontade! – pedi.

–Fique a vontade – ele mandou e eu me joguei no sofá me deitando. – Uau, folgada.

–Sou mesmo – mostrei a língua – Quero tratar de assuntos sérios.

–Vai tratar assim, deitada e jogada no sofá?

–Vou – dei de ombros – Preciso de um favor.

–Voce sempre precisa – ele suspirou se sentando ao meu lado – Fala ai.

–Quero encontrar meu pai.

[...]

Liam Payne

–Então você quer pedir desculpas? – Louis perguntou pela milésima vez. Harry estava de joelhos pedindo desculpas pra Louis. O que é uma cena extremamente engraçada, porque Louis manda ele repetir todo hora e Harry já deve estar se humilhando de joelhos aqui tem uma hora.

–Isso, quero muito.

–Ah, é que eu não ouvi direito. Pode repetir, por favor? – Louis pediu.

–Quero pedir desculpas por ter sido tão idiota com você – Harry falou pela milésima vez.

–Ahn, repete – Louis falou.

–ME DESCULPA LOUIS! – Harry gritou!

–Ah, já tava na hora! – Louis falou e abraçou Harry feito dois idiotas e começaram a pular. – Ah você é muito idiota Harry Styles!

–Eu sei! – Harry falou ainda abraçado a Louis. Cara, são muito gays mesmo.

–Ah que gracinha – Niall disse indo se juntar ao abraço. Zayn também.

–Ah, não, não, não – falei, mas eles me puxaram pra aquele aperto e acabei fazendo parte do abraço coletivo que estava rolando ali. Finalmente estávamos nos entendendo e todos estavam felizes.

–DARE TO DREAM – Louis berrou.

–LIFE IS ONE DIRECTION – gritamos todos juntos.

–OOOOW, o que ta Rolando aqui? – disse Simon aparecendo na praça. É, estamos no meio da rua berrando assim.

–Também não sei – falei escapando do abraço sufocante.

–Fizemos as pazes – Harry falou ao lado de Louis e os dois sorriram.

–OUTRO ABRAÇO – Simon gritou e pulou na gente.

–Ah, de novo não – resmungei e eles me puxaram novamente.

–ONE DIRECTION – gritamos todos juntos pulando durante o abraço. Depois que nos soltamos continuávamos rindo feito idiotas.

–Vim com ótimas noticias.

–Quais? – perguntei.

–Conseguimos o dinheiro para um novo estúdio! – Simon falou!

–COMO ASSIM? – berrei.

–UHUUUL! – Louis pulou em cima de mim comemorando. Montinho no Payne.

–Quem é a nossa salvadora? – perguntei quando todos saíram de mim e Niall me ajudava a levantar.

–Amanda Cunha – Simon falou e nos congelamos.

Flashback on

Estávamos todos sentados nos sofás assistindo televisão e falando das nossas famílias, o que me lembrou de que não sabíamos nem sequer o nome dos pais da Ally.

–Seu pai? – Zayn perguntou e Ally se arrumou no sofá.

–Não tenho pai – ela deu de ombros e Harry abraçou ela. Meigos.

–Sério?

–Não quero falar sobre isso – ela mostrou a língua rindo.

–Como quiser. E sua mãe? – perguntei.

–Amanda. Amanda Cunha.

Flashback off.

–Conhecem? – Simon perguntou.