Fanfic: Swan Song | Tema: One Direction

Algumas horas depois...

Ally Cunha

Acho que dormi a maior parte do vôo, ou simplesmente desmaiei. Eu andava dormindo muito ultimamente, mas acho que meu corpo precisava disso embora eu odiasse isso. Ficava presa nos meus pensamentos e eles me atormentavam. Não tinha ninguém do meu lado no avião dessa vez, então coloquei minha bolsa ali. Ela estava um pouco aberta porque Hachi estava lá dentro. Fiz carinho em sua cabeçinha até pegar no sono.

–Hey moça – acordei e a aeromoça me encarava com um sorriso – Já vamos aterrissar. É melhor apertar os cintos, certo?

–Ahn? Tá, certo sim, obrigada.

–Só o meu trabalho – e foi falar com as pessoas mais lá atrás.

–É isso ai Hachi – bocejei e Hachi soltou um gemido. Apertei os cintos nele também. Olhei pela janela para o tão bem conhecido cenário e lembrei de quando eu estava deixando Los Angeles. Dei um sorriso sem graça e me aconcheguei na poltrona, porque em breve o avião começaria a tremer...E muito.

[...]

–Não foi tão ruim assim – comentei para Hachi quando estávamos saindo para o aeroporto cheio. Era tarde, não tenho certeza das horas, mas devia ser quase nove, ou talvez oito da noite. Fato é que eu dormi nas onze horas de viagem e estava me sentindo extremamente cansada e dolorida, eu estou mesmo morrendo. E ainda queria dormir mais. Fui pegar minhas malas e fiquei procurando algum motorista segurando uma plaquinha com meu nome (me julgue sociedade, mas é assim que costumam me buscar em aeroportos), mas não vi nada.

–ALLY! – ouvi alguém berrar e nem vi a placa do que me atropelou, mas acho que foi minha mãe, me pegando no colo e berrando no meio do aeroporto. Vergonha? Nem um pouco, na verdade admiração e felicidade por ela estar feliz em me ver. Ela me soltou – Ally, meu anjo, meu bebe – e me deu seguidos beijos na cabeça.

–Me ama – comentei e ela me beijou mais – Senti sua falta.

–Senti a sua também meu anjo – ela falou me abraçando com força.

–Agora chega né mãe? Ta afim de me matar, ou o que? – ri e ela também.

–Vamos logo, vem – ela disse me puxando e aparecerem os motoristas de terno para pegar minha bagagem. Adoro isso.

Entramos no carro em absoluto silencio até minha mãe começar a tagarelar sobre o novo namorado de Kelly. Comentei que ela estava ficando muito rodada e que eu daria boas broncas nela enquanto minha mãe gargalhava. Assim que chegamos na mansão (argh) faltava alguém para me atacar.

–ALLY, ALLY, ALLY – ela pulou no meu pescoço e se pendurou em mim, o que fez eu acabar derrubando minha bolsa fazendo Hachi dar um latido agudo – AAAI O QUE FOI ISSO?

–HACHI – me abaixei para pegar ele no colo, mas o infeliz estava bem.

–Cachorro é? – Kelly comentou e depois riu – Vamos entrar, você tem muito o que nos contar.

–Ah, tenho. – suspirei e deixei elas me arrastarem.

[...]

Preciso dizer que minha mãe e Kelly amaram Hachi? Acho que não, ele tem um charme que faz todos os representantes do sexo feminino se apaixonarem perdidamente por ele. Não fiquei com tantos ciúmes quanto esperava quando vi elas brincando com Hachi no sofá enquanto eu contava a historia. Assim que terminei elas falaram que eu com certeza iria para a Broadway, e eu achava que sim, seria maravilhoso.

–Quer uma pizza, sei lá? – minha mãe perguntou do nada.

–Não pode cozinhar pra mim? – pedi e ela riu.

–So porque você está pedindo – e me deu um beijo na bochecha e foi rebolando até a cozinha enquanto eu ria.

–Podia ser modela, essa ai – comentei e deitei no sofá ligando a televisão.

“E a boyband One Direction...

–Merda – falei e mudei de canal, colocando num programa infantil muito idiota de um rato idiota. Cara, ele usava paletó em cima, mas andava sem calças? Qual o problema dele? Eu não entendo isso.

–E ai Ally – Kelly pulou em cima de mim – Sabe, eu acho que você tem que superar isso.

–E eu acho que você tem que calar a boca.

Ela riu.

–Senti falta disso, seu carinho.

–Obrigada – falei e conversamos sobre umas coisas banais até que Kelly me fez uma oferta tentadora.

–Balada. Hoje. Eu. Você. Gatinhos. O que acha? – ela sorriu pra mim. Me aprumei no sofá.

–Sei lá. Não me divirto, tipo, há tempos – falei e minha mãe apareceu.

–O jantar ta pronto – ela anunciou, mas Kelly já levantou me puxando.

–IH, guarda ai pra gente mãe. Vou levar a Ally pra se divertir hoje a noite – minha mãe fez uma careta, mas concordou, mas antes, ouvimos as mil e uma recomendações. – OK, anda Ally, vamos nos vestir.

Me vesti com roupas da Kelly por simples preguiça de mexer na mala. OK, nos não éramos do mesmo tamanho antes de eu ficar doente, mas eu emagreci uns bons quilos com tudo isso então estou vestindo praticamente a mesma coisa que ela. Quanto ao que eu penso dessa balada? Vou encher a cara, e se eu morrer, morri. Acho que perder o Harry me deixou extremamente depressiva, vai saber. So sei que quero virar o máximo de copos que eu conseguir essa noite. Kelly não precisaria ver nada. Ela ia pra pista de dança, encantava os meninos que iam cair por ela e depois nem ia se lembrar da irmã. Ela nunca fazia besteiras, apesar de tudo, tinha as idéias no lugar. Assim que fiquei pronta (http://www.polyvore.com/sem_t%C3%ADtulo/set?id=53325404#stream_box) desci e encontrei minha mãe sentada no sofá com Hachi no colo. Espantei ele dali e sentei no colo dela.

–Tudo bem? – perguntei colocando a cabeça no pescoço dela.

–Tudo sim – ela deu de ombros. Já viram de onde eu tirei essa mania né? – Não faça besteiras ok?

–Por que eu faria? – perguntei inocentemente.

–Sei de tudo que está passando. Só fique bem ok?

–Ok – menti e ela sorriu pra mim.

–Anda Ally – Kelly apareceu já me puxando.

–Ok, tchau mãe – ela me deu um beijo na bochecha – Dá comida pro Hachi pra mim?

–Tá, mas o que ele come?

–Qualquer coisa – dei de ombros e ela riu e concordou com a cabeça.

Kelly chamou um dos motoristas e fomos de Mercedes para a balada. Fomos para uma boate em West Hollywood. Eu sei que nunca tinha ido lá antes, mas Kelly já. Umas quinhentas vezes. Escondida da minha mãe claro. Minha mãe so concordou com essa breve vinda para a boate porque eu estou junto e porque eu meio que quero, fora isso ela é super responsável. Sorte que não tomei remédios hoje. Bebedeira liberada.

A boate era imensa (http://www.batelli.com.br/img/galeria/2010/03/947.jpg) mas eu ainda preferia as boates de Londres.Afastei esses pensamentos da minha cabeça e desci do carro junto com Kelly. Eram quase dez e meia e Kelly encontrou umas amigas na entrada, o que foi ótimo para mim. Fato é que minha irmã e as amigas dela tem identidades falsas para entrar em baladas e curtir noitadas. Minha mãe, como já disse, não tem noção de como é uma verdadeira boate e não tem idéia de que menor de idade não entra, é a idade, coitada.

–Identidade moça – o cara pediu me lançando olhares pervertidos. Sorri amarga e entreguei, também pagando já ali pra mim e pra Kelly – Tudo bem, pode entrar.

Passei por ele e entrei junto com Kelly e mais duas amigas dela. Elas chamaram Kelly pra pista de dança.

–Vamos Ally?

–Não, valeu, vai lá. Depois eu vou – falei.

–Pra onde você vai? – ela perguntou desconfiada.

–Maninha, eu sou maior de idade, eu sei o que eu faço – falei e ela deu de ombros se afastando junto com as amigas. Fui em direção ao bar e me sentei ali.

–Hey – um cara se aproximou. Bonitinho até – Posso pagar uma bebida pra voce?

–Não, obrigada, eu mesma pago – dei de ombros e entreguei uma nota para o barman – Um copo de vodka pura, por favor.

Ele me olhou como se eu fosse louca e até o cara que estava ao meu lado deu uma risadinha.

–Uau, não tem medo do perigo né?

–Eu não tenho medo de nada – falei fria.

–Sabe que garotas como você...

–Não diga a palavra que começa com “E” senão eu vou socar a sua cara – ameacei e ele riu mais ainda. Caso não saibam qual palavra é, vou dizer : excita. Argh, caras nojentos, odeio quando falam isso.

–Não ia dizer isso. Ia dizer que garotas como você são bem raras. – ele disse pegando seu copo de uísque e bebendo tudo de uma vez – Nos vemos na pista de dança, depois, talvez?

–Tanto faz – dei de ombros pegando minha bebida e ele saiu sorrindo pra mim. – Não fique com esse sorrisinho besta na cara.

–Olha, eu tenho bons motivos para ficar com esse sorrisinho besta na cara sendo que a garota mais gostosa da noite ta me dando moral – ele deu de ombros rindo pra mim e eu sorri também.

–Valeu – falei e ele piscou pra mim depois saiu enquanto eu sorri sozinha. O barman me entregou minha bebida – Uh, obrigada.

Virei o copo de uma só vez sentindo a garganta ferver e a bebida subir direto pra cabeça me dando uma tontura. Dei uma risadinha feito uma idiota e decidi sair andando por ai. Vi a Kelly rapidamente num canto da pista de dança. Ela chamava bastante atenção dos rapazes e já tinha um carinha dando em cima dela. Apertei o spray de pimenta que estava na bolsa, fervendo de ciúmes. Ok, eu morro de ciúmes da minha irmã, e isso não é exatamente normal, mas é meu jeito. Decidi manter a calma e curtir um pouco a balada, afinal, eu sou livre. Continuei andando feito idiota entre o pessoal dançando até que um garoto trombou em mim.

–Opa, desculpa – ele falou me pegando pelos ombros e me deixando equilibrada novamente.

–Ah, não, nada não – dei de ombros e ele sorriu.

–Tá sozinha? – sorriso safado aqui.

–Acho que sim.

–Hm, quer companhia?

–Pode ser. – falei e ele me chamou para dançar. Enquanto dançávamos ele falava sobre sua vida e lançava olhares nada discretos pro meu corpo. Não sei o que os caras vêem em mim, eu me acho extremamente feia. Ele se chamava Luke estava fazendo faculdade de engenharia (nerd) e hoje ele estava curtindo porque pegavam muito pesado nos estudos e raramente tinha folga, ele era de Louisiana e tinha visto varias garotas lindas hoje na boate, mas nenhuma delas se comparava a mim. Aqui eu comecei a rir e quase cai, mas ele me segurou sorrindo. Começaram as musicas mais eletrônicas e animadas, e por falar em animada, eu acho que estava animada demais. Luke simplesmente ria comigo e me puxava pra ele. Eu admito até que estava gostando. Dançamos até o momento em que a pista de dança começou a ficar pequena demais pra mim e Luke beijava meu pescoço loucamente. Fui atrás dele para uma das áreas mais reservadas, como quartos que boates chiques tem. Luke ficou beijando meu pescoço até puxar meu rosto para o dele e colar nossos lábios. E admito que o garoto tinha muita pegada. Harry invadia minha cabeça o tempo todo, mas eu tentava afastar ele dali, e o infeliz voltava. Luke começou a apertar minha cintura fortemente e depois disso acho que eu não respondia mais pelos meus atos. É, eu acho que era mesmo hora de eu me divertir um pouco...