Fanfic: Para Sempre Carrossel | Tema: Carrossel

Capitulo 13

–Não tenho a mínima idéia do que comprar. – Disse Valéria enquanto andava ao lado de Bibi e Maria Joaquina.

– Você fala isso por que não saiu com o meu amigo secreto, ai sim você não saberia o que dar, acho que é a pessoa mais difícil de se agradar.

– Então só pode ser o Jorge. – Disse Maria Joaquina sorrindo.

– É, se é o mais difícil, provavelmente deve ser o Jorge mesmo. – Completou Valéria.
– Pra que esconder não é, alias eu já tinha a intenção de contar mesmo. – Disse Bibi. – Assim vocês me ajudam a escolher algo.

–Claro que vamos te ajudar, eu mesmo também não sei o que comprar. – Disse Maria Joaquina.

– Ai vocês são muito complicadas, eu já vim aqui sabendo o que comprar. – Disse a garota determinada.

– E o que vai ser? – Perguntou Bibi.

– É claro que eu não vou contar, se não vocês descobrem, ai perde a graça. – Disse Valéria.

– Então, vocês fiquem ai pensando no que comprar que eu volto já – Completou Valéria que deixou as garotas rumo a uma loja de instrumentos.

–Pois não moça. – Disse um homem dentro da loja.

– Queria dar uma olhada em algumas Gaitas. – Respondeu Valéria.

Logo o homem pegou uns cinco tipos para que Valéria pudesse se decidir. Não demorou muito e Valéria saia da loja com um embrulho nas mãos.

– Prontinho. – Disse ela ao alcanças as amigas. – Já se decidiram?

– Ainda não – Disse Bibi.

– E o que estão esperando? – Perguntou Valéria.

– Idéias. – Respondeu Bibi

– Você tem sorte, pois chegaram hoje de manha. – Disse o homem enquanto mostrava para as garotas as variedades.

– Olha Bibi o Jorge esses tempos comprou um Iphone cinco e ainda não tinha encontrado aquelas películas protetoras, acho que seria interessante. – Disse Maria Joaquina.

– É pode ser, irei dar uma olhada agora. – Disse a ruivinha indo em direção a loja de celulares enquanto as amigas a acompanhavam.

– Moço gostaria de saber se você tem aquelas películas protetoras para o novo Iphone. – Disse Bibi.

– Eu vou ficar com duas normais e duas a prova de água. – Disse Bibi.

– Pra que isso tudo? – Perguntou Maria Joaquina .

– Pro Jorge não encher o saco depois. – Respondeu Bibi fazendo careta.

De longe os garotos acompanhavam as meninas, estavam se sentindo verdadeiros espiões.

–Bem, vimos que a Valéria entrou em uma loja de instrumentos musicais e agora as três entraram em uma loja de celulares. – Disse Davi.

– E o que podemos deduzir a partir disso? – Perguntou Cirilo.

– Acho que a única certeza, é que se elas estão comprando presentes para o amigo secreto, a Valéria saiu com alguém que gosta de tocar algum instrumento. – Disse Daniel.

– É , mas quem será. Temos você que toca bateria, o Jaime toca gaita, o Koki toca teclado, a Alicia toca guitarra e a Carmem toca baixo. – Disse Davi

– É pode ser qualquer um. – Disse Cirilo.

– Por isso acho perde de tempo, só o Cirilo comprou o presente. – Disse Daniel apesar de saber que Davi já sabia o que comprar.

– Calma, vamos ver só mais um pouquinho. – Disse Davi.

– É Daniel, relaxa. – Completou Cirilo.

Enquanto os garotos conversavam entre si, nem viram que as garotas tinham saído da loja e se distanciado.

– Acho que vou embora, não estou com nenhuma idéia para o presente- Disse Maria Joaquina que tinha sido a única a não comprar um presente.

– Fala com quem você saiu, talvez a gente possa te ajudar. – Disse Valéria com um sorriso maroto no rosto.

– Naaaa deixa, depois eu penso. – Disse Maria Joaquina.

– Eu também vou, preciso fazer lição ainda. – Disse Bibi.

– Então vamos todas, não vou ficar sozinha aqui. – Completou Valéria.

– So, lets go girls. – Disse Bibi, enquanto as garotas iam embora.

Os garoto continuavam a observar a loja de celulares, já fazia uns quinze minutos e nada das garotas saírem.

– Já chega eu vou até lá. – Disse Davi andando em direção a loja, seguido de Daniel e Cirilo. Os jovens entraram na loja e repararam que não havia ninguém lá, a não ser o vendedor é claro.

– Mas como elas saíram sem a gente ver? – Perguntou Cirilo.

– Provavelmente quando estávamos discutindo para quem elas tinham comprado os presentes. – Respondeu Davi.

– Bem acho que eu vou embora, não consegui pensar em nada pra comprar. – Disse Daniel.

– Então vamos, a Daniel amanha eu posso correr com você? – Perguntou Davi.
– Claro , quer vir também Cirilo?. – Completou Daniel.

– Amanha não dá, quem sabe outro dia. – Respondeu Cirilo.

– Beleza então. – Disse Daniel enquanto os garotos iam embora.

Enquanto isso Maria Joaquina chega em casa, estava cansada de tanto andar e não achar nada de bom para comprar.

– Que animo é esse filha. – Disse Miguel que também acabava de chegar.

– Ah não sei o que comprar de presente para um amigo secreto que está rolando lá na escola. – Respondeu Maria Joaquina.

– Bem , a melhor maneira é conhecer a pessoa um pouco melhor. – Disse Miguel.

– É esse é o problema. – Pensou a garota.

– Mudando de assunto, você ficou sabendo dos nossos novos vizinhos? – Perguntou Miguel.

– Não estou sabendo não. – Disse Maria Joaquina sem prestar muita atenção.

– É uma família muito rica, ao que parece são de uma família de petroleiros. – Disse Miguel.

– Ah é? Então eles devem ser milionários. – Disse a garota.

– É , se não chegarem aos bilhões é isso mesmo, e pelo que eu fiquei sabendo. – Disse o doutor. – Eles têm uma filha da sua idade.

– Legal, mas o que uma família como essa está fazendo aqui? – perguntou a garota.

– Talvez queiram um pouco de sossego. – Disse Miguel.

– Quer ir visitá-los comigo? – Completou o pai.

– Ah, agora não pai, estou muito cansada. – Respondeu a jovem garota.

– Tudo bem, teremos outras oportunidades. - Respondeu o pai.

Neste mesmo momento a alguns metros daquela casa, Jorge recebia a mesma noticia.

– Sobrenome Arnaut, são bem conhecidos. – Disse Alberto

– Arnaut? Não é aquela família dona de uma das maiores petroleiras do mundo? – Perguntou Jorge.

– Sim, são eles mesmos, estão se mudando hoje para uma casa aqui perto. – Completou Alberto.

– Até que enfim mais pessoas do nosso nível. – Disse Jorge.

– Olha filho, você tem que parar com isso, alem do mais, perto dessa família nós não somos nada. – Disse Alberto.

–Assim que eu gosto. – Disse Jorge.

– Pelo o que eu ouvi falarem, eles tem uma filha da sua idade. – Disse Alberto.

– Legal , pelo menos o circulo de pessoas que sabem conversar vai aumentar. – Completou Jorge.

– Quer ir lá visita-los mais tarde comigo? – Perguntou o pai.

– Claro que sim. Deixa eu ligar pra Maria Joaquina pra ver se ela não quer vir conosco. – Disse Jorge pegando o celular.

– Alô. – Disse Jorge.

– Ah, oi Jorge como você esta? – Perguntou a garota

– Muito bem, escutando sua voz sempre me deixa muito bem. – Disse o garoto.

– Gracinha. – Disse ela sorrindo.

– Você já soube dos nossos novos vizinhos? Os Arnaut? – Perguntou Jorge.

– Sim, por que? – Perguntou Maria Joaquina.

– Meu pai e eu vamos visita-los hoje a noite, não quer vir? – Perguntou Jorge

– Ah, não estou muito afim não. – Disse Maria Joaquina.

– E se importaria se eu fosse? – Disse Jorge.

– Claro que não seu bobo. – Respondeu Maria Joaquina.

– Nos vemos amanha então? – Perguntou Jorge.

– Claro. – Disse a patricinha.

– Beijo e até amanha ahhh e sonha comigo. – Disse Jorge.

– Ta bom, vou tentar. – Disse Maria Joaquina desligando o telefone. Será que seu namoro ainda tinha chances? Preferia pensar que sim mas a todo momento via Daniel em seus pensamentos

Enquanto isso, Kokimoto chegava na casa de Jaime.

– Pronto Jaime? – Perguntou Koki

– Claro, te chamei pra me ajudar no xadrez. – Disse Jaime.

– Anda treinando? – Perguntou Kokimoto.

– Sim, o Daniel treina direto comigo, alem de ter me emprestado alguns livros. – Respondeu Jaime.

– Então vamos ver como você está. – Disse Kokimoto se sentando em um lado da mesa.

Logo o jogo começou, Kokimoto era acostumado a jogar xadrez tendo por duas vezes perdido na semifinal da competição na escola. Jaime ao contrario nunca nem tinha participado e apesar de sempre ver os colegas jogando, só atualmente se interessou pelo jogo.

– É realmente você melhorou. – Disse Kokimoto enquanto jogava.

– Estou me dedicando muito a isso, quero dedicar a medalha ao meu pai. – Disse Jaime.

Depois de alguns minutos o jogo estava equilibrado e qualquer um dos dois poderia vencer.

– Kokimoto... Disse Jaime.

– Que foi não vai jogar? – Disse Kokimoto.

– Xeque mate. – Disse Jaime.

–Espera ai, o que... – Disse Kokimoto olhando para o tabuleiro. Realmente era um Xeque mate.

– Aeeeeeeeee, não acredito que venci você. – Disse Jaime pulando de alegria.

– É pra você ver, agora acredito que você possa vencer o campeonato. – Disse Kokimoto.

– O Daniel vai participar? – Perguntou o japonês.

– Não – Respondeu Jaime.

– E o Jorge? – Perguntou ele.

– Vai sim, por que? – Perguntou Jaime.

– Então ele vai ser o seu maior desafio. – Respondeu Kokimoto. Jaime ficou pensativo.

– Quer revanche? – Perguntou Jaime.

– Claro. Respondeu Kokimoto. Os dois continuaram jogando pelo resto da tarde.

Já a noite Alberto e Jorge rumavam para a casa dos Arnaut.

– Papai, mas não é falta de educação irmos sem sermos convidados? – Disse Jorge.

– Claro que sim, mas já entrei em contato e eles sabem que nós estamos indo. Sua mãe vai ficar louca quando souber disso, ela não perderia por nada. – Disse Alberto.

– É , ela tinha que viajar justo essa semana. – Disse Jorge lembrando que a mãe viajara para visitar parentes nos Estados Unidos.

– Pois não. Disse o mordomo ao atender a porta.

– Viemos visitar o senhor Luiz Arnaut. – Disse Alberto.

– E a quem me dirijo? – Perguntou o mordomo.

– Cavalieri. – Respondeu Alberto.

– Por aqui. – Disse o mordomo enquanto os levava a sala de estar.

– Espere um momento que já irei chamar o Senhor Luiz. – Disse o mordomo enquanto Jorge e o pai se sentavam.

De repente uma garota vinha de outro cômodo da casa. Era uma linda jovem, estava de short e com um top, parecia estar fazendo exercícios pois parecia suada e tinha uma toalha em seu ombro.

Jorge a olhou de cima em baixo e reparou que ela mascava chiclete. Ela era tão linda quando Maria Joaquina, só que tinha um jeito diferente. A menina simplesmente passou por eles andando normalmente olhando Jorge, a garota tinha lindos olhos azuis. Antes de desaparecer nas escadas, olhou para trás e estourou a bola que tinha feito com o chiclete.

– Que gata.- Pensou Jorge

– Que bom, já temos visitas. – Disse um homem que vinha descendo as escadas. Neste momento Jorge e Alberto levantaram.

–É um prazer conhece-los. – Disse Alberto.

– O prazer é todo meu, e a que devo a honra? – Disse Luiz

– Só viemos fazer uma visita de cortesia mesmo, moramos duas casas ao lado. – Disse Alberto.

– Bom saber que tenho uma boa vizinhança. – Disse Luiz. – E desculpem não ter preparado nada para vocês.

– Hoje aqui ainda está uma bagunça devido a mudança. – Completou Luiz.

– Sim nós entendemos. – Respondeu Alberto.

– Em um outro momento podemos marcara um jantar, assim conhecerão minha família. – Disse Luiz.

– Sim, claro, agora pouco vimos uma linda moça passando por aqui. – Disse Alberto, era tudo o que Jorge queria saber.

– Ah sim, deve ter sido minha filha Lana. – Respondeu Luiz, - Ela puxou o gênio da mãe.

– Bem então nós já vamos. – Disse Alberto.

– Mas acabaram de chegar. – Respondeu Luiz.

– Outra hora viremos com mais tempo, agora foi só para dar boas vindas. – Disse Alberto apertando a mão de Luiz.

– Tudo bem então . – Disse o homem enquanto acompanhava pessoalmente suas visitas até a porta.

Já lá em cima em seu quarto, a linda moça tirava suas roupas. Tomaria um belo banho e depois leria algo que a deixasse acordada. Aquele tinha sido um dia longo, a mudança foi demorada e quase não deu tempo para que a academia ficasse pronta. Ela abriu a torneira e esperou a banheira encher.

– Acho que eu vou gostar deste lugar. – Disse ela para si mesma enquanto entrava na banheira.

Enquanto isso Daniel se prepara para dormir e acaba lembrando da cena que aconteceu no restaurante. Lembrava do perfume de Maria Joaquina, da imensidão da cor de seus olhos, da cor do batom que estava naqueles lábios tão perfeitos.

– Droga . – Disse ele para si mesmo.

Algo parecido acontecia no quarto de Maria Joaquina. A garota tentava dormir mas a lembrança do que aconteceu ainda estava latente em seus pensamentos. Não conseguia tirar aquilo da cabeça, por mais que... precisasse.

Logo a madrugada veio e com ela o sono. Todos dormiram.

[Continua]