Fanfic: Em busca de Zoe Vondy adap | Tema: Rebelde
Capítulo 3
Zoe e Eco, meu último nome, são nomes gregos, embora não sejamos nem um pouco gregas. Zoe significa vida, e Eco, bom, eu sei que todo mundo sabe o que significa, então só vou dizer que também é uma ninfa que definhou por causa de um cara chamado Narciso até que não sobrasse nada além da voz dela. O que, a propósito, é uma coisa que eu jamais faria. Sabe, se consumir por causa de um cara. Quero dizer, nem mesmo pelo Chess Williams, o menino mais fofo da minha sala desde o quinto ano, vale a pena esse sofrimento. De qualquer forma, basicamente é só uma coisa de mitologia grega, e acho que essa é a razão de termos esses nomes. Nada a ver com nacionalidade e tudo a ver com erudição.
Meus pais são grandes eruditos. Acredito que essa é a razão de ambos serem professores. E, mesmo consiente de estar me arriscando a soar como uma nerd master inteligente, vou continuar e admitir de uma vez por todas, e que conste dos autos, que sou uma erudita também. Mas a Zoe ? Zoe odiava tudo isso. Ela era bonita, livre e sempre estava ocupada demais se metendo em encrencas e saindo de casa escondida para diminuir o ritmo para pelo menos terminar, de fato, um livro. Ainda assim era sempre tão gentil sobre esse assunto, e tinha tanto entusiasmo incontido ( por qualquer coisa, menos lição de casa), que ninguém se ressentia dela ou a julgava asperadamente.
--A vida é divertida demais para ler um livro! A gente tem que sair la fora e vivê-la!-- diria, alguns minutos antes de entrar na minha varanda furtivamente e descer pelo velho carvalho, enquanto eu, deitada na cama, lia um dos meus muitos romances emprestados da biblioteca.
Mas eu não sou nem um pouco parecida com Zoe. Tenho estatura média e não sou bonita. Quero dizer, meu cabelo é ruivo, um pouco abaixo do ombro e meio solto, não rico e ondulado como o dela. E, enquanto ela tinha os olhos escuros e incríveis, com cílios superlongos e grossos, os meus são castanho-claros, o que pode soar bonito no papel, mas , acredite, são muito mais funcionais do que especiais. E meu corpo, bom... eu realmente espero que os anos entre os 14 e o 16 anos sejam tão gentis e generosos comigo como foram com ela ( embora eu esteja com quase 15 e ainda não tenha nada para contar). E, definitivamente, nunca me meti em nenhuma encrenca. Bom, pelo menos, nenhuma séria. Quero dizer, até agora meu maior pecado foi devolver um livro da biblioteca com duas semanas de atraso, porque gostei tanto dele que resolvi lê-lo de novo.
Mas Zoe ? Só vou dizer que, se ela tivesse realmente ido para casa naquele dia, não teria ficado por muito tempo.
-- Dul? -- Minha mãe me chama no pé da escada -- Estou saindo. Tem certeza de que não precisa de uma carona ?
-- Não. Um bom dia pra você.
Espio pela porta do meu quarto e só vejo o vulto dela indo em direção a porta da rua, onde vai trancar todas a três fechaduras, mesmo sabendo que eu vou sair em menos de dois minutos.
Mas é assim que vivemos agora: hipercuidadosos, à beira da paranoia completa. E foram 55 minutos de um debate cuidadosamente argumentado, durante o jantar de ontem à noite, com o bolo de carne, aspargos defumados e purê de batatas com alho, até meus pais permitirem que eu fosse a pé para a escola, em vez de me levarem até a porta.
E eu nem vou sozinha ou qualquer coisa parecida. Tudo que preciso fazer é andar até metade do caminho, meio quarteirão, até a casa da minha melhor amiga, Mai, antes de pararmos na esquina para encontrar nossa outra melhor amiga, Annie.
Em primeiro lugar, acho praticamente um milagre minha ter voltado a lecionar. Quero dizer, logo depois de tudo ter acontecido, ela tirou um ano sabático e ficou em casa e ``cuidando de mim ``. Acho que meus pais se culparam pelo que aconteceu. Pensando em suas vidas ocupadas, de trabalho duro, não os deixaram fazer a vigilância constante necessária para nos proteger.
Mas, sério, quanto uma pessoa consegue proteger outra antes que se torne uma prisão? Porque, depois de poucos meses, foi exatamente como comecei a me sentir; como uma prisioneira em minha própria casa. Quero dizer, no começo, pensei que seria bom passar mais tempo com a minha mãe, especialmente depois de tudo o que nós passamos, mas não demorou muito até que ela começasse a agir como uma sentinela. E tudo o que queria de mim era que eu fosse para a escola, viesse direto para casa, não falasse demais e nunca me aventurasse para fora de casa sem :
Uma razão válida e uma explicação detalhada contendo todos os quens, comos, porques e ondes, além de um TEC ( tempo estimado de chegada) aproximadamente exato e um TEP ( tempo estimado de partida) .
Mas nada disso teria sido tão ruim se eu não tivesse tão sozinha. Quero dizer, a Mai e a Annie não vinham em casa tanto quanto se podia pensar. A maior parte das vezes porque os pais delas não deixavam, sempre resmungando alguma desculpa sobre a nossa família ``precisar do nosso espaço durante um momento tão difícil``. Mas eu sabia que essa não era a razão.
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CAPÍTULO BEEEM GRANDE GAROTAS, E AINDA TEM DUAS PARTES :p ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO. COMENTEM E FAVORITEM, ESTÁ BEM ? ;D
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Autor(a): Euu'
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