Fanfic: They Don't Know About Us | Tema: One Direction
Por que rios eu estou em um carro? Olhei pro lado e vi o Gabe.
– GABE?! – gritei.
– Acordou, até que enfim.
– Onde estamos?
– Na sua casa, gracinha. – ele saiu do carro. Tive a mesma ideia, mais ele acabou me agarrando. – Você não vai à lugar nenhum.
– ME LARGA SEU LOUCO, PSICOPATA.
Ele abriu a porta da sala e eu continuava gritando.
– GABE SOLTA A ANNE AGORA! – minha mãe gritou mais ele simplesmente ignorou.
Ele me jogou no meu quarto e eu levantei rápido, tentando impedi-lo de fechar a porta, mais já era tarde demais. Trancada por fora.
Fiquei chutando e socando a porta, mais ninguém vinha. Jurava também poder ouvir alguém batendo em outra porta.
– MÃE?
– ANNE VOCÊ TÁ BEM? – era difícil ouvir com a porta fechada.
– ONDE VOCÊ TÁ?
– NO QUARTO NA FRENTE DO SEU, SEU PAI ME TRANCOU AQUI AGORA.
Chutei a porta com força mais não funcionou. Vamos ver se o chute que a minha amiga me ensinou funciona contra a janela.
Por que você não quebra?! Que droga. Deve ser aprova de balas. Como uma bota não quebra a porcaria da janela? Ah eu quero morrer.
Cadê meu celular? Como eu não acordei quando ele me pegou? Como ele sabia que eu estava com os meninos? Como ele sabia o quarto que eu estava?
Várias perguntas rodavam na minha cabeça naquele momento, igualmente as lágrimas. Qual o problema do meu pai? Continuei sentada na cama tentando montar um plano, nem que seja suicida para sair daqui. A porcaria do meu telefone não tá aqui, nem o computador.
Me levantei e continuei dando soquinhos na porta até eu desistir, encostando minhas costas na porta e escorregando na mesma, iguais as lágrimas que se intensificavam a cada instante.
Se eu tivesse ficado com o Liam na praia, falado a verdade, beijado ele por mais tempo, nós provavelmente iriamos estar pelo menos ficando, iriamos dormir juntos, abraçados. Ou até estaríamos dormindo na praia, que droga. Tudo da errado na minha vida.
* * *
Eu já havia perdido a conta de quantas vezes eu tentei arrebentar a porta ou a janela, mais tudo dá errado, tudo. Eles devem estar morrendo de preocupação há um mês. Ligando loucamente pro meu celular, o da minha mãe, do Mike e aqui pra casa. Eu tentei fugir quando o Gabe trazia comida pra mim, mais meu pai estava sempre na porta.
Cá estou eu aqui, deitada olhando pro mesmo teto que agora está com aranhas. AAA, elas vão me comer, socorro. Passei o cobertor por cima da minha cabeça, segurando as laterais na frente do meu corpo com as mãos.
Onde será que Kristen e Mike estão agora? Eu escutei várias vezes alguém tentar puxar a porta, tentar arrancar a maçaneta e eu sempre perguntava quem era, mais a pessoa sempre respondia “shhh”.
– Filha? – escutei a minha mãe bater na porta.
– Mãe? Como você saiu?
– Fica encostada na cabeceira da cama, rápido.
– Tá. –respondi assustada e logo eu entendi o porquê.
Como é bom ter uma mãe policial. Ela atirou na maçaneta e arrombou a porta com um chute. Ela veio correndo e nos abraçamos.
– Veste uma roupa. – ela falou e eu podia jurar que ela estava chorando.
– Mãe o que aconteceu?
– Seus irmãos tão no hospital.
– O que aconteceu com eles?
– Só veste a porcaria da roupa e me encontra na sala.
Alguma coisa aconteceu. Peguei a única roupa limpa que sobrara no meu armário, entrei no banheiro e me vesti. Achei um casaco debaixo da minha cama, vesti por cima da jaqueta e desci.
A minha mãe tava chorando, e não falou nada, só me abraçou. Eu estava preocupada, o que foi que aconteceu com os dois? Fomos abraçadas até o hospital que era perto daqui.
Minha mãe foi falar com um médico e me chamou. Ela quase teve um treco e eu me levantei da cadeira e fui até ela.
– O que aconteceu?
– Seus irmãos sofreram um acidente de carro, seu irmão está precisando de sangue e sua irmã infelizmente não sobreviveu. E se não acharmos um doador a tempo, ele também morre.
Agora eu entedia o que ela tava passando. Nos sentamos na cadeira e ficamos um tempo abraçadas chorando. Eu consegui me acalmar um pouco e ela também, mais ela continuava chorando. Ela foi ligar pra alguém e fui falar com o médico.
– Eu posso doar sangue, meu tipo é igual o dele.
– Certo, já venho te buscar. – ele saiu correndo e minha mãe voltou.
– Mãe, eu falei com o médico e eu vou doar sangue pro Mike.
– O Harry e os meninos já estão chegando. Eles falaram que estão estacionando.
– Tá, segura minhas coisas que eu vou lá. – tirei o casaco e a jaqueta, dei pra ela e o médico me chamou.
Só faço isso por que é o Mike, pois eu tenho pavor de agulhas. Entrei na salinha fria. Claro que tá frio, você tá com uma blusa de alcinha!
Acho que eu vou morrer. Ela tá tirando quanto sangue de mim, cacete? Olhei a pequena bolsinha que se formava do meu lado. “500 ml”.
Ela fez um curativo e minha mãe tava lá fora me esperando. Eu não aguentei e voltei a chorar no ombro dela.
– Cadê aqueles dois, mãe?
– Estão no Caribe se divertindo, filha. Eu me divorciei dele, foi bem rápido.
– Quer dizer que aqueles dois estão no Caribe se divertindo enquanto dois filhos seus estão quase morrendo? – chorei mais ainda.
– Seu pai não era assim.
– É culpa minha, mãe. Se eu não tive me apaixonado por ele isso nunca teria acontecido. – ela colocou a jaqueta nas minhas costas e me abraçou.
– Não é culpa sua, Anne. Você não sabia que ele era assim. Não se culpe. Agora vamos lá pra baixo, pois tá difícil o Harry conseguir segurar a Gemma.
As escadas ficam de frente pro banheiro feminino, então assim que a Gemma me viu nós nos abraçamos. Minha mãe tá muito atordoada, isso não faz bem pra ela. Ela tava no banheiro e nós continuamos abraçadas ali no meio do corredor chorando.
– Gemma, faz um favor? Manda a minha mãe ir pra casa descansar. É muita coisa pra ela absorver de uma vez. Fala pra ela que fui quem mandei e que qualquer coisa a gente liga na hora. Eu vou só no banheiro, tá?
– Tá, eu aviso pra ela.
E fui direto pro banheiro lavar o rosto com água gelada pra tentar me acalmar. Saí do banheiro e senti alguém me abraçar. Eu não sabia quem era. Reconheci pelo perfume: Zayn. Eu voltei a chorar enquanto abraçava ele.
Ele me abraçou de lado, sem falar nada, e me levou pra onde os meninos estavam.
– ANNE! – todos gritaram juntos e vieram me abraçar.
Eu fiquei mais tempo abraçada no Harry, Niall e... Liam. Eu voltei a chorar quando lembrei onde meu pai estava.
– Onde você tava? A gente ficou morrendo de preocupação. – Harry falou afagando meus cabelos enquanto estávamos abraçados.
– Meu pai me trancou no meu quarto e não tinha como eu sair. Eu ainda tentei mais eu não consegui. Minha mãe conseguiu me tirar hoje de lá. – me sentei no sofá que tinha e voltei à chorar.
– E onde ele está agora?
– No Caribe se divertindo. – falei chorando mais ainda e Liam me abraçou de lado.
– Anne é sério? – Perrie ficou assustado igual a todos.
– Depois do que o pai dela à ela, eu não duvido mais nada. – Julie falou me abraçando por trás, já que eu estava encostada no Liam.
– Annelisa, seu irmão está na UTI, e você não pode vê-lo. – uma enfermeira nova, que parecia ter uns 25 anos me falou.
– Mais por que? – perguntei.
– Não é permitido pessoas entrarem assim que o paciente entra na UTI.
Ela saiu andando. Eu sabia onde era a UTI. Eu apenas joguei a jaqueta do lado do Liam, e saí andando com raiva. Abri as portas da UTI e saí correndo pelos corredores procurando por ele. Me arrependi amargamente.
Vê-lo cheio de aparelhagens dói. Não entrei na sala, apenas o olhei pela janela de vidro que tinha. Eu sabia que ia acabar me arrependendo no final das contas, mais pelo menos mais um vez eu precisava vê-lo.
Eu saí do hospital, avistei o carro dos meninos e fiquei sentada ali, olhando pro céu chorando. Minha irmãzinha mal tinha começado sua vida, eu mal a conhecia, por que ela se foi tão rápido? Sentia as lágrimas inundarem um rosto e escutei alguém chegar.
Passei as costas da mão no rosto enxugando o mesmo e vi que era o Liam.
– Desculpa por aquele dia. – ele sussurrou no meu ouvido.
– Esquece, tá? Eu sei de tudo e vamos fingir que nada aconteceu, tá?
Fomos todos juntos no carro e eu tentava relaxar. Mais o fato de ela ter ido muito cedo, não me conformava.
Fomos todos pro apartamento de Larry Stylinson. Acabei dormindo com o Liam.
Acordei no outro dia, deixei ele dormindo e saí do quarto. Fui até a cozinha preparar o café e a Tami tava acordado olhando a geladeira.
– Oi Tami. – falei abrindo o armário e pegando a torradeira.
– Oi Anne. Como você tá? – ela fechou a porta, deixou a jarra do suco na bancada e afagou minhas costas.
– Sei lá. E sabe qual é o pior de tudo?
– Tem certeza que você quer falar sobre isso?
– Eu preciso falar. – suspirei colocando duas faias de pão na torradeira.
– Ah então fala.
– A Kris era tão... pequeninha, e ela se foi tão cedo. Eu não consigo me conformar que eu nunca mais vou poder vê-la, brincar com ela, beijar a bochechinha dela. Eu não consigo. Ela mal tinha começado a vida dela, e nós mal nos conhecíamos.
– A gente também ficou muito triste quando falaram pra gente. Eu não a conheci, mais o Harry ficou bem triste. Eu também não me conformaria se estivesse no seu lugar.
– Eu só queria que alguém me amasse, sabe? Que a história de They Don’t Know About Us fosse real. Que os dois se amam, mais todos acham que é muito cedo pra eles pensarem que querem ficar para sempre. Que cada beijo vai ficando mais... doce.
– Mais Anne, talvez a pessoa que te ame esteja do seu lado, só você ainda não percebeu.
– É, tanto faz. – dei de ombros e sentei na mesa com o prato de torradas e o suco.
– Eu sei que você não está com cabeça pra isso, mais tenta dar uma chance pra ele.
– Eu devo dar?
– Claro que sim, Anne. Mudando de assunto, quando vamos pro apartamento?
– Ah, no dia que entregarem a lista de material. Nossas mães já arrumaram o apartamento, certo?
– É. Ah, hoje tem a festa de boas–vindas. Vamos? Assim você se distrai um pouco.
– Vamos, mais você fala que eu sou só uma convidada, já que pode levar quantos convidados quiser.
– Bom dia meninas. – Liam e Harry disseram juntos.
– Bom dia. – Harry deu um selinho na Tami.
– Hoje a universitária ali – apontei pra Tami. –, tem uma festa na universidade, vamos?
– Tem certeza? – Liam fez uma careta preocupada.
– Cala a boca por que eu tenho.
– Gente já são três horas. Vou acordar os dorminhocos. – Liam se levantou e foi subindo as escadas.
Velho, o apartamento de Larry Stylinson é um duplex, fala sério!
Bom Anne, agora relaxa. Esquece a tristeza, finge que nada de ruim aconteceu, pensa que ele vai ficar bom e que você tem que se divertir hoje a noite. Keep Calm por que vai ficar tudo bem!
Prévia do próximo capítulo
Passamos a tarde inteira se divertindo feito crianças. Esconde–esconde, pega–pega, e várias outras brincadeiras. Teve uma hora que eu e o Louis nos jogamos em cima do pessoal e eu e Liam quase nos beijamos, e pra disfarçar eu beijei a bochecha dele. Eu e o Liam tivemos que dividir o quarto. Ele tava se trocando no quarto e eu no banheiro. Po ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 54
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inarameelo Postado em 01/07/2013 - 21:46:11
Caramba, adorei, sem falar que o nome da fic é perfeita *-* minha musica preferida deles! Estou começando agr a minha fic da banda: http://fanfics.com.br/fanfic/25516/one-more-day-one-direction preciso de leitoras!
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bellapaynelautner Postado em 07/01/2013 - 19:21:30
Rahstyles: Eh safada sim, haha. Brincadeira. Bellamorais: Não, não vai ter segunda temporada.
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biacasablancasdeppemidio Postado em 07/01/2013 - 17:32:49
preciso de leitoras .. web com cenas hot http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=19720
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bellamorais Postado em 07/01/2013 - 17:27:40
Vai ter continuação? *--*
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rahstyles Postado em 07/01/2013 - 17:08:56
Eu n sou safada!!!!!! *0*
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bellapaynelautner Postado em 06/01/2013 - 15:28:42
Sou não! É a Sra.Styles, pq eu sou do Liam, haha. Sou safada não!!
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gabyeliam Postado em 04/01/2013 - 12:05:52
Safadinha... kkkk
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narahorans2 Postado em 31/12/2012 - 20:26:43
Nada!!! Feliz Ano Novo!!
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bellapaynelautner Postado em 30/12/2012 - 21:43:13
Obrigada, narahorans2!!
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narahorans2 Postado em 30/12/2012 - 19:16:30
Mtooooo linda a FIC!!!