Fanfic: They Don't Know About Us | Tema: One Direction

Era o meu segundo susto. Liam também se assustou, e me puxou pra mais perto dele. Essa história do pânico se esconder no armário, vai me traumatizar por um tempo. Agora que eu lembrei, nunca tinha visto o pânico, só a sátira.

Ai velho, coitada da amiga delas, agora tá pendurada pelo pé morta toda ensanguentada. Que nojo.

Deslizei a mão pela lateral do meu corpo e parei na cintura, encolhendo as pernas. Outro susto, e eu agarrei a barra da blusa dele. Virei o rosto pra olha-lo e ele fez o mesmo. Eu já estava sentindo a respiração dele, e todos à nossa volta já estavam dormindo.

Nossos lábios chegaram a se tocar, se não fosse o celular do Harry. Nos separamos rápido, e eu continuei com a mão na cintura dele, e ele com o braço em volta dos meus ombros.

Peguei meu celular e vi que já eram onze e meia.

– Preciso ir, vou acordar cedo amanhã. - sussurrei no ouvido dele, e o mesmo se arrepiou.

– Tá. - ele se levantou, estendeu a mão pra mim e eu me levantei.

– Boa noite, Anne.

– Boa noite, Liam. - dei um beijo na bochecha dele e atravessei a rua.

Entrei em casa e me encostei na porta, sorrindo e tocando os lábios. Desencostei da porta com um impulso e fui pra cozinha beber água. Assim que me virei, vi o Gabe entrando.

– O que você tá fazendo aqui seu canalha? - perguntei ainda virada de costas pra porta.

– Essa casa é minha, esqueceu?

Peguei uma faca pequena e escondi do lado do corpo, prendendo-a no shorts, logo a cobrindo com a blusa.

– Casa sua uma vírgula! - virei irritada pra ele.

– É minha sim! - ele foi chegando mais perto e eu me inclinei pra fugir dele. – Eu vi, tá legal?

– Viu o que? A marca da minha mão na sua cara? - quando levantei a mão pra fazer o que tinha dito, ele segurou a mesma bem forte.

– Não, isso. - ele precionou o lugar onde eu tinha colocado a faquinha, e logo senti uma ardencia. – Seus pais chegam no domingo.

– Como é que é? - perguntei. Isso não pode ser verdade!

– Você ouviu, agora vamos dormir. - ele tirou a faquinha da minha cintura e passou a mesma um pouco mais funda, e me segurou pelos pulsos e me jogou na cama.

Como que eu pude me apaixonar por ele? Quer dizer, por que ele virou essa pessoa horrivél? Ele era tão doce, amigo, companheiro e de uma hora pra outra, virou esse monstro.

* * *

Acordei e levantei de fininho, peguei um shorts e uma blusa e fui pro banheiro. Quando saí, o Gabe me prençou contra a parede.

– Onde você vai?

– Trabalhar. Falei pra vcê que eu tinha um ensaio, hoje. - mantenha a calma pra não sair dando porrada logo cedo. – Se quiser vir, não me importo.

Saí dos braços dele, coloquei o óculos e logo ele apareceu com a mesma bermuda e uma blusa. Temos que continuar fingindo que estamos namorando, então saímos de mãos dadas. Entrei no carro dele emburrada e seguimos sem trocar uma vírgula.

Pra manter a fachada, tive que dar um selinho nele e saí do carro. Fiz o meu melhor sorriso falso e entrei no prédio. Logo Rebecca me puxou pra arrumar meu figurinho, que seria um vestido solto branco, com mangas de rendas.

Passei a manhã toda tirando fotos com o primeiro vestido, o que eu acho um grande desperdício, pois só usam no máximo cinco fotos de uma seção que durou a manhã toda, até a hora do almoço.

Logo que terminei, voltei pra sala de figurinos e coloquei um vestido que parecia ser de casamento tomara que caia e voltei pro estúdio, já com o cenário mudado, de um tipo de castelo, mudou para um pequeno bosque que folhas secas iguais do símbolo da bandeira do Canadá. Admito, é muito bonito.

A tarde toda, até umas sete horas foram com a mesma roupa. Aqui dentro é muito quente, então tinham que retocar a maquiagem várias vezes. Mesmo com o ar condicionado ligado, era calor. Igual aos outros estúdios que eu sempre fui. O problema mesmo, é a iluminação direta na gente, e os refletores são grandes.

– Anne pode vir um rápidinho aqui? - Rebecca me chamou assim que saí da sala de figurinos com a roupa que eu vim, e ainda maquiada.

– Claro. - dei de ombros e assim que me aproximei, ela me entregou um papel. – O que é isso?

– Você vai ter um ensaio com uma banda famosa na quarta. Aí está o endereço, hora, nome da banda. Qualquer coisa me liga, ok? Já pode ir.

– Obrigada. - acenei com a mão livre e saí lendo a papel.

Legal, meu ensaio vai ser com os meninos.

Banda: One Direction

Local: ~le inventa~ Inicio: 14h

Integrantes:

Liam Payne 

Harry Styles

Louis Tomlinson

Niall Horan

Zayn Malik

Como se eu não conhecesse eles (risos). Cara, to esgotada. Infelizmente tenho que ligar pro Gabe vir me buscar. Liguei e ele disse que já vinha, e que era pra eu ignorar a compania dele. Eu até imagino o que seja.

Pelo menos não foram três, pensei assim que vi uma loira de farmácia sentada no banco da frente. Pode ser oxigênada? Ou falsa? Talvez os três juntos... loira falsa oxigênada de famácia, ou algo do tipo. Já sei como tira-la daqui, mais só vou poder fazer isso depois que falar com a minha mãe.

Eu: Oi mãe.

Annita: Oi filha. Só liguei pra avisar que vamos estar aí na sexta de noite, tá? E vamos direto lá pra casa.

Bufei.

Eu: Tabom, mãe. Manda beijo pros dois.

Annita: Eu mando, tchau.

– Cara, eu te odeio Gabe. - pensei alto de propósito.

– Falou comigo?

– Tem outro Gabe no carro? Ah, loirinha, só pra constar, ele não manda bem.

– Como você sabe? - ela me olhou pelo retrovisor.

– Ah ele não falou? Sou a namorada dele. - dei ênfase no "namorada".

– Ele disse que vocês eram irmãos. - mostrei meu celular pra ela, onde tinha uma foto de nós se beijando. – Obrigada por avisar. - ela me devolveu e saiu do carro assim que o mesmo parou no semáforo.

– Perdeu a noção?

– Ué, se você quer ter todas as meninas, por que não se separa de mim? Assim podemos viver como quisermos. Esqueci... TERMINEI COM VOCÊ ONTEM! - gritei.

– Tu vai ver quando chegar em casa.

– Me agride e eu chamo a polícia. - provoquei e consegui. Cruzei os braços e entortei a mandibula, levantando a sobrancelha, como sinal de vitória.

Depois foi calmo. Conversamos em casa, civilizadamente, e realmente terminamos. Decidimos contar pros nossos pais, mais pimeiro vamos contar pros meus. Meu pai vai surtar, dane-se.

* * *

– Vai, me conta de você agora.

Estávamos conversando, eu e Liam, sozinhos no parque, comendo besteiras e conversando sobre nós.

– Vai perguntando o que você quer saber.

– Onde você nasceu? - ele mordeu o morango até o meio.

– Wolverhampton.

– Legal, a mesma que a minha. Que mais?

– Eu morei lá até os 10 anos, depois fui pro Brasil. Eu, meu pai e meu irmão nascemos aqui na Inglaterra e minha mãe é colombiana. Agora me fala do que você gosta.

– Chocolate. E você?

– Ummm...  brigadeiro.

– O que? - sua expressão mudou para confusa.

– É um doce brasileiro, depois eu faço. Cor favorita?

– Roxo e sua?

– Azul.

– Um medo estranho?

Ele vai me achar louca...

– Ervilhas.

– Colheres.

Continuamos conversando até começar a chover, não ligamos, mais mesmo assim fomos pra casa. No caminho, fiquei pensando na resposta que ele me deu, quando perguntei se ele não se importva com os paparazzi, se tivessem. "Eu não me importo nem um pouquinho".

Assim que cheguei em casa, meus pais estavam sentados no sofá. Não tava chovendo o sulficient pra eu chegar encharcada, mais eu estava um pouco molhada.

– Oi filha. - minha mãe falou assim que me viu.

– Oi mãe, oi pai, oi mano.

Os três vieram me abraçar, logo saímos e fomos pra nossa casa. Gabe veio junto, e já sentamos afastados. Mike sentou entre eu e ele. E assim que chegamos, já contamos. Minha mãe sabia das traições, e também não ia muito com a cara dele, mais não sabia da parte que ele já tinha me batido.

Ele não gostou nadinha quando dissemos à ele que terminamos.

– Vocês vão casar. - ele disse autoritário, cruzando os braços.

– Não vamos não. - dissemos juntos.

– Eu aumento a quantia.

Perai, quantia de que? Será que...

– Você tava pagando pra ele namorar comigo? - apontei pra Gabe enquantia sentia as lágrimas caírem.

– Estava. - Gabe respondeu em meio de um suspiro.

– Ah eu não acredito. - levei os braços a cabeça e começei a chorar. Logo senti Mike me abraçar e eu desabei. – você sabia disse, mãe?

– Não, e se soubesse, não permitiria! - ela veio me abraçar.

– Por que vocês fez isso, pai?

– Eu só te queria ver feliz!

– Mais você não fez.. você estragou a minha vida, pai! Por dois anos, ele me traia. Mamãe, Mike e a madrinha sabem disso! Eles todos viram com os próprios olhos! - corri pro quarto que minha mãe alegou ser meu.

Me joguei na cama sem lençois sem nada, e chorei até dormir.