Fanfic: They Don't Know About Us | Tema: One Direction

– Você não vai namorar esse garoto, por que eu não te dei permissão! - meu pai falou arrogantemente.

– Eu já sou maior, eu faço o que bem entender, não tenho mais que seguir suas ordens nem de ninguém!

– Olha o respieto comigo, mocinha.

– Você não me respeitou por dois anos, como posso te respeitar?

– Você não vai sair daquele quarto até eu mandar, tá me ouvindo?

– Me obriga!

Ele me colocou em seu ombro, e me jogou na cama. Levantei correndo para impedir que ele fechasse a porta, mais foi tarde demais. Trancada por fora.

Acordei no hospital, bem como eu imaginava. Olhei pros lados e vi um saquinho de soro pendurado perto do meu braço. Segui o pequeno tubinho, que tinha o final nas costas da minha mão direita. Legal, muito legal mesmo. Pensei.

Me sentei do lado da grade da cama, mexendo as pernas como uma criancinha. Fitava o chão cabisbaixa e lembrei da música da nossa banda.

Can you see me

Cause I`m right here

Can you listen?!

Cause I`ve been trying to make you notice

What do you mean to me

To feel like somebody

We`ve been on our way to nowhere

Trying so hard to get there

And I say OH!

We`re gonna let it show

We`re gonna just let go of everything

Holding back our dreams

And try

To make it come alive

Come on let it shine so they can see

We were meant to be somebody

somebody ya somehow someday someway somebody...

Escutei a porta fechando, continuei balançando as pernas e levantei a cabeça.

– Como você tá? - era o Harry.

– To um pouco melhor. - ela chegou mais perto de mim e se sentou na cama.

– Que bom, tinha alguém preocupado com você.

Quem seria? Ele me abraçou de lado e eu dentei a cabeça em seu ombro.

– Quem?

– Não vou falar, um dia você descobre. É surpresa.

– Ah Harry. Você sabe que eu odeio surpresas.

– Não, fiquei sabendo agora.

Ele beijou minha bochecha e saiu.

I`m so tired

of being invisible

but I feel it, YA!

like a fire below the surface

trying to set me free

but inside of me

cause we`re standing on the edge now

it`s a long way down

but I say OH!

Cantei baixinho e Zayn entrou com um papel.

– Baixinha, tá melhor? - espirrei e assenti.

– Que isso? - apontei pro papel e ele sentou do meu lado, me entregando o papel. – Tá, foi a Julie que te deu isso, não foi?

Era a letra da música que eu tava cantando.

– Na verdade não. Eu pesquisei e achei. Me ensina o ritmo?

Ele tava com uma carinha tão fofa que não tinha como resistir. Tá, eu aqui doente e ele me seduzindo com o olhar. Não é justo... mais quem resiste à Zayn Malik? Pelo menos eu não.

– Lê o primeiro verso que eu te ajudo com o ritmo.

– Põem a do seu celular!

– Tá topetudo.

Peguei meu celular e coloquei pra tocar. Ele tentava acompanhar o ritmo mais não conseguia, mostrei pra ele com o dedo em que frase estava, e ele já estava quase acertando as notas. Cantava baixinho.

– A gente tenta de novo no carro.

– Tá. - dei de ombros e o Louis entrou.

– Carrot! - ele correu de braços abertos até mim e nos abraçamos.

– Lou! Agora me conta, o fofoqueiro do Styles falou que tinha alguém preocupado comigo, quem é?

Ele engoliu seco e coçou a cabeça.

– Se-seu irmão!

– Ele não tá aqui, Lou. Conta se não vou fazer cosquinha em você.

– Não vou contar.

– Ah é? Então tá. - me inclinei um pouco pra frente e comecei a fazer cosquinha nele.

– Tá, eu conto se você parar. - ele falou rindo.

– Vai, agora fala.

– A Julie.

Ele deve ter pensando enquanto eu fazia cosquinha nele. Vou fingir que acredito. Depois eu arranco da Julie ou do Niall, agora to com preguiça... e febre.

– Tá, me convenceu.

– Tommo, agora é a minha vez! - El abriu a porta e deu um tapão na bunda dele.

– Não, saí pra lá, Elzita!

– Eu quero a El! - falei com voz de criança.

– Haha. - ela deu um selinho no bico dele, que saiu arreado. – Tá se sentido como?

– To com febre e espirrando, mais to melhor.

– Boba, to falando do Liam!

Espirrei no exato segundo que ela falou "Liam". Depois rimos. Ela fez uma trança de lado e prendeu com uma pulseirinha de borracha que ela tinha no pulso.

Enquanto ela ia no banheiro, uma enfermeira entrou e tirou o soro da minha mão, e colocou um band-aid sem graça bege no furinho.

Ela parecia um camelo mascando o chiclete dela. Mostrei a língua pra ela assim que saiu e fechou a porta. El saiu do banheiro e riu quando eu mostrei a língua pra ela.

– Poderia ser de bichinho. - resmunguei enquanto descia da cama. Ela abraçou minha cintura e encostamos a cabeça uma na outra e saímos juntas.

– Olha quem tá aqui! - Niall falou e veio me abraçar igual o Louis.

– A gente vai treinar no carro, viu mocinha? - Zayn puxou Perrie pra mais perto dele e eu mostrei a língua pra ele.

– Treinar o que? - Louis e Harry perguntaram juntos, com tom de malícia.

– Seus maliciosos, o Zayn só quer aprender a cantar a música que a desgraça da Julie mostrou pra vocês.

– Vamos embora? Eu to com fome. - Liam com fome?

– O espírito do Niall baixou em você, Daddy? - Julie perguntou rindo.

– Ei! - Julie deu um selinho nele, El e eu fizemos careta de nojo. - Eu também to com fome.

– Iii, vamos embora. Ele já vai ficar reclamando até em casa. - Liam se levantou e Harry o seguiu, falando algo no ombro dele.

Fomos até o estacionamento e nós duas continuamos abraçadas, mesmo com Louis tentando se enfiar no meio.

– Separamos assim, Louis, El, Perrie, Anne e eu vamos no carro do Louis, o resto no do Harry.

– Tá. - demos todos de ombros com a ideia de Zayn.

Louis foi dirigindo e eu me sentei atrás dele, Zayn no meio e Perrie atrás da El.

– Coloca a música, coloca a música, coloca a música. - Zayn me chacoalhou de leve e eu dei um tapinha de leve no braço dele.

– Só se a Perrie cantar junto.

Ela me olhou por trás da cabeça do Zayn e eu sorri. Ela me olhou como quem queria dizer “safadinha” e sorriu assentindo.

– Tabom, eu canto. - ela falou revirando os olhos. – Mais primeiro toca uma vez sem ninguém cantar, pra eu aprender o ritmo. A letra eu acompanho com o Zayn.

Apertei o play na música e deixei alto. Tocou uma vez, e quando acabou, a El olhou pra mim no retrovisor sorrindo.

– Você vai cantar, viu? - Zerrie falou e eu assenti.

Can you see me

Cause I`m right here

Can you listen?!

Cause I`ve been trying to make you notice

What do you mean to me

To feel like somebody

We`ve been on our way to nowhere

Trying so hard to get there

And I say OH!

We`re gonna let it show

We`re gonna just let go of everything

Holding back our dreams

And try

To make it come alive

Come on let it shine so they can see

We were meant to be somebody

Somebody ya somehow someday someway somebody...

I`m so tired

Of being invisible

But I feel it, YA!

Like a fire below the surface

Trying to set me free

But inside of me

Cause we`re standing on the edge now

It`s a long way down

But I say OH!

We`re gonna let it show

We`re gonna just let go of everything

Holding back our dreams

And try

To make it come alive

Come on let it shine so they can see

We were meant to be somebody

Somebody ya somehow someday someway somebody...

We will walk out of this darkness

Feel the spark light glowing like the yellow sun

Oooohhhhh

And then we fall, we fall together

Till we get back up and we will rise as one

Oooohh we`re gonna let it show

We`re gonna just let go of everything

Holding back our dreams

And try

To make it come alive

Come on let it shine so they can see

We were meant to be somebody

Somebody ya somehow someday someway

Somebody somebody...

Cantamos os três juntos, foi até divertido, até eu começar a espirrar no meio da música.

– Afinal, o que eu tenho?

– A Julie falou que era um mosquito que voa baixo, e tem um nome estranho, e depois o médico veio falar que era esse mosquito junto com rinite. - Louis explicou sem tirar os olhos da avenida.

– Dengue? - perguntei estranhando. Dengue na Inglaterra? Nunca ouvi falar.

– Esse mesmo. - Perrie apontou com o dedo pra mim. Como eu odeio espirro.

Chegamos e eu fui tentando ler a receita que a Julie me deu.

– Essa porcaria tá em japonês, só pode. - já até tentei ler de cabeça pra baixo, mais não rolou.

– Alguém tenta ler isso aqui? - ela puxou a receita da minha mão e levantou no ar, mexendo igual bandeira no vento.

Niall se esticou bem pouco e pegou da mão dela, e Harry e Liam foram atrás dele tentar ler.

– Beber água, gelatina e soba? - Liam fez uma careta.

– É sopa, Daddy.

– Pra mim isso parece soba, Niall.

– É sopa, Liam. - agora foi o Harry.

– Que seja, continuando, sopa e salada. Em uma semana você já vai estar melhor. E ele não deu nenhum remédio.

– Se fosse eu, morria. - Niall me deu a receita e puxou Julie pro seu colo.

– Essa menina é chata pra comer quando tem que comer determinada coisa. - Julie jogou uma almofada em mim, que errou, pois sem querer desviei pois estava espirrando.

– Haha, não acertou. - sentei no colo do Harry, que me abraçou.

– Alguém foi trocadoo. - Zayn cantarolou olhando pra TV e Harry teve um ataque de risada no meu ouvido. Tive que tapar os dois.

– Mais o que foi, moleque? - Perrie perguntou também tampando os ouvidos.

– Eu era um bebê prodígio! - ele me mostrou uma foto dele segurando uma aranha na mão, sorrindo.

– Que nojo, Harry. E você não era um bebê prodígio por dois motivos, aí você devia ter uns três anos, e o outro é que você não está fazendo nada que bebês não sabem fazer.

– Eu sentava com três meses! Eu era um bebê prodígio! - Julie falou.

– Tinham que colocar um travesseiro atrás do meu bumbum pra eu não cambalear. E minha mãe me segurava pelo braço quando tava sentada. Tem um monte de foto que eu to sentada num travesseiro e a mão da minha mãe tá no meu braço. - falei cruzando os braços.

– Deixa eu ver a foto? - Liam pediu e ele virou o celular pra ele, que pegou e foi passando por todos até chegar de volta nas mãos de Harry.

– Vou dormir. - me levantei e voltei pro quarto, enquanto eles iam pra cozinha comer. Dá até ânsia só de pensar em comida.