Fanfic: Lovesick {Vondy/Ponny/Chaverroni} | Tema: Rebelde

PDV Dul

Gente ai que felicidaaaaaaaaaade! May contou para os pais dela do bebê, e o Chris fez o mesmo com os seus. Bem correu tudo certo, e tava tudo indo às mil maravilhas até que…

- Gente... – May chegou com o Chris. Ela estava pálida e começou a passar muito mal hoje. Como ela se afastou das câmeras durante umas duas semanas, a barriga cresceu mais um pouco, e teríamos que contar logo para o ‘mundo’.

Nesse momento Ucker estava com a cabeça no meu colo, os pés virados para o lado de Annie, Poncho do lado dela, e a gente assistindo “Professora Sem Classe”, esperando Chris e May voltarem do médico.

- Melhorou mamãe? – Ucker perguntou.

- Não… Mas, tenho uma notícia inédita. – Cara, se ela não estivesse grávida eu ia berrar nos tímpanos dela o quanto ela é sonsa, se tem uma notícia… É CLARO QUE É INÉDITA! Mas a May tá grávida e dodói, seria maldade com ela.

- Manda aê a notícia inédita. – Juro, juro pela minha vida que tentei fazer a minha voz fluir a mais normal do mundo, mas no fim pareceu sarcástica. Senti Ucker segurando a risada.

- Eu estou grávida… - Ela sorriu, eu ia cortá-la e xingá-la por dizer o óbvio, mas ela não deixou. – De GÊMEOS!

Eu dei um pulo tão grande que Ucker caiu do sofá e fiquei lá pulando que nem uma retardada. Annie se assustou que acabou gritando e abraçando Poncho.

Ucker levantou com a mão no nariz me encarando mortalmente. Chris apontou pra ele e ficou rindo, enquanto May revirava os olhos. Poncho foi o único que reagiu normalmente ao assunto.

- Olha aí Ucker, você e Dul já são madrinha e padrinho. – May riu. Ucker mirou-a e eu também. Eu corri para abraçá-la, mas sem fazer força.

- E aí, são meninas? Meninos? – Fiz uma cara sorridente.

- Dul, quero que seja uma surpresa! – May sorriu.

Numa boa muito boa, se eu tivesse no lugar dela, a primeira coisa que perguntaria... Era qual o sexo dos bebês.

- Hm, já podem pensar em nominhos... – Sorri abertamente.

- Eu to muito feliz por ti May, agora você! – Ucker se virou para mim com aquela cara de psicopata... – Você vem aqui!

Ele me puxou com força pelo braço, eu ia reclamar mas, só queria saber o porquê dele estar me arrastando para o terraço.

- O que te deu? – Perguntei irritada.

- Dul... – Ele olhou para mim, nos olhos. Gente, Ucker tem o rosto mais lindo do mundo, e os olhos mais hipnotizantes... É difícil me controlar perto daquele Deus Grego.

‘- Eu sabia hauhauhauaha –‘. A vozinha da Claudia respondeu. Puta que pariu, viu?

- Fale Christopher... – Pedi e minha voz saiu mais como um suspiro. Porcaria.

- Eu vou sair com uma garota hoje e... – Depois que ele disse isso, não ouvi mais nada. Senti só uma vontade enorme de morrer. Eu não queria ficar ali, e escutar isso. Só então que da forma mais dolorosa, descobri que eu era louca por ele. Pena que ele não sente o mesmo. – Ouviu bem?

Eu não havia entendido, minha mente pausou depois da dor de ouvir que haveria alguém em seus braços, e não era eu.

- Pode repetir? – Abaixei os olhos sendo torturada pela própria voz.

- Eu quero apresentá-la a banda, já que parece que finalmente vamos ter algo juntos que é sério...

- É a sua ficante? – Interrompi-o.

- Não. Eu só queria ver sua reação ao pensar que eu estava saindo com alguém... E você ficou com ciúmes! – Ele riu.

Meus olhos se encheram de lágrimas, mas não caíram. Ele arregalou os olhos com medo da minha reação.

- Idiota. – Falei tentando esconder a voz de choro.

- Dul, desculpa! – Eu deixei ele falando sozinho. SE ELE SABIA que ia me incomodar, por que o fez?

Entrei no meu quarto e deixei todos com cara de ‘to boiando’.

- Dul, me deixa entrar! – Ele pediu do lado de fora.

- NÃO! – Gritei emburrada.

- Eu vou derrubar! – Ameaçou.

Eu não respondi. Ele não teria coragem de...

Meus pensamentos foram interrompidos, pelo impacto que ele fez com a porta. Eu peguei a coisa mais próxima (meu iPhone vermelho divo e lindo) sem nem ver e joguei na cabeça dele com tudo.

- SEU I-DI-O-TA! A PORTA TAVA ABERTA! – Gritei.

- Ah... Mas isso não é pior que isso. – Ele se levantou do carpete vermelho e mostrou meu celular quebrado.

Contei até dez e respirei fundo.

- A tua sorte é que eu não tinha uma faca no criado-mudo. – Falei irritada.

Ele começou a rir...

- Ai minha cabeça, esse troço é de chumbo! – Exclamou irado referindo-se ao iPhone.

Depois que percebeu que ainda tinha feito burrada, parou de rir e me encarou.

- Dul me perdoa. Você sabe que te amo e quero seu bem. Você é minha melhor amiga. – Ele sorriu

“Amiga”. Repeti em pensamento com um suspiro inaudível.

- Você queria me ver mal e conseguiu. – Engoli o choro.

- Dul, meu amor... Eu te amo. Eu faço qualquer coisa pra reparar isso... – Ele implorou.

- Hm... Qualquer coisa? – Já comecei a sorrir sacana. Ele fraziu o cenho percebendo que foi uma furada ter dito que ‘qualquer coisa’ iniciaria um novo problema.

- Qualquer coisa. – Repetiu.

- Você, vai ficar um mês sem beijar, tocar, ou pensar em qualquer mulher. – Sorri.

- Só faço se você fizer o mesmo.

-Tudo bem, garanto que não vou beijar, tocar em pensar em qualquer mulher. – Gargalhamos juntos, até que ele parou e ficou sério.

- Me refiro a homens. Se vou ficar na seca, você também vai.

- O QUE?

- Isso aí. E abro exceções para você.

- Tipo...

- O único homem em que você vai poder beijar, tocar ou pensar será em mim. – Engoli em seco.

- E a única mulher em que você vai poder beijar, tocar ou pensar será em mim. – Falei sorrindo.

- Ótimo. Vou fazer isso agora! – Nem pude terminar de falar, ele me puxou pra um beijo selvagem (e que beijo bom)... Francamente, essa foi a melhor coisa que aconteceu em tantos meses... – Uau!

Depois de uns minutos falou.

- Hm, gostou foi? – Sorri.

- Adorei. E quero mais.

 - Ah e você terá. – Ri.

PDV Annie

May e Chris estavam pensando em nomes de bebê, enquanto comiam alguma coisa na cozinha. Eu estava assistindo American Horror Story abraçada a Poncho, e nem sinal de Dul e Ucker.

- Dul, desculpa. – Ucker veio correndo atrás de Dul que passou que nem um vulto e se refugiou no seu quarto. Pausei a TV e encarei Poncho.

- Tenho certeza que isso é melhor que TV! – Ele sorriu e fomos na ponta dos pés para o corredor. Poncho tropeçou nos próprios pés e levou um tombo feio, a sorte é que nem fez muito barulho.

Eu fiquei rindo em silêncio junto a ele, enquanto espiávamos para ver o que aconteceria.

- Dul, me deixa entrar! – Ucker pediu.

- NÃO! – Os gritos dela foram evidentes.

- Eu vou derrubar! – Ele ameaçou-a.

Quando sem mais nem menos... Ucker vai com tudo e derruba a porta do quarto da Dul.

- SEU I-DI-O-TA! A PORTA TAVA ABERTA! – Ela gritou.

Chamei Poncho com os dedos para sairmos dali. Não queria ser cúmplice de um homicídio, na prisão a gente fica no xadrez, e xadrez não fica bem em mim.

Fomos para a sala de novo, e o que estávamos assistindo já havia acabado. Então começou um daqueles filmes “idiotas” (como diria Dul) de romance. Mas eu os adoro! Principalmente por que vou assistir com o Poncho. Eu gosto muito dele, sou apaixonada por ele, mas ele não sente o mesmo. Tenho mais que a certeza.

Ele me abraçou, e logo respirou fundo. Minha cabeça estava em seu pescoço. Poncho tinha um perfume tão gostoso que era irresistível. Ele tinha um sorriso perfeito e olhos incrivelmente sinceros... Eu faria tudo para ter ele todo para mim... Mas, não posso.

Dei um suspiro triste, e contive a vontade de beijá-lo.

PDV Poncho

Annie estava a cada dia mais bonita. Eu não enxergo um defeito sequer nela. Chamá-la de Barbie, tentar atingi-la não funcionava. Eu só me afligia e ficava mal. Annie pode ser tudo para todos, mas para mim ela é perfeita. Linda, sexy... Maravilhosa.

- Ponchito... – Annie deu um sorrisinho. Cara que vontade de beijar ela...

Respirei fundo.

- Oi? – Respondi docemente, minha voz saiu mais melancólica que o normal e ela suspirou. Uau... Isso que eu chamo de química.

- Então... Já gostou de alguém e não foi correspondido? – Aquilo partiu meu coração em pedaços.

- Já sim. E até hoje gosto. – Falei tentando esconder a insatisfação.

- E essa pessoa é sua amiga? – Ela perguntou tentando desviar o olhar.

- Sim. – Respondi monossilabicamente.

- E você faria muito por ela? – Perguntou.

- Eu faria TUDO por ela. – Respondi. – Eu a amo tanto, que você nem imagina.

- Ah tá... – Abaixou os olhos. – Posso saber quem é?

- Ela está na minha frente. – Os olhos de Annie brilharam e ela sorriu.

- Poncho é verdade? – Os olhos dela se rodearam de lágrimas tímidas.

- Eu nunca mentiria Annie. Eu te amo. E ninguém vai mudar isso. – Ela bateu os cílios freneticamente.

- Eu tamb... – Não deixei ela terminar de falar e avancei para beijá-la.