Fanfic: # Confições de uma estudante_♥

Créditos: AMANNDA RIBAS

NENHUM COMENT NOVO, POXA...

Enquanto eu aguardava um telefonema de Poncho, narrando-me o acontecido, a chata da minha irmãzinha entrou no quarto, com uma
lagartixa na mão. Desnecessário dizer, que eu tinha um pavor de daquilo.

—           Suzaninha, já lhe disse para não trazer isso para mim! — gritei-lhe, quase histérica.

—           — Não tem medo não, Dulce. Ela não morde — respondeu ela, na inocência dos seus seis anos.

—           — Quem disse isso? Ela?

—           — Olhe, olhe aqui — dizia ela, passando o dedo na boca do réptil, fazendo-me arrepiar de pavor.

—           — Não chegue perto de mim...

—           — Não morde, pegue para você ver — dizia ela, notando que aquilo me causava medo. Eu tinha que mudar de tática. Se continuasse a sentir-me amedrontada, aquela maluquinha seria capaz de me atirar aquele bicho em cima. Procurei acalmar-me e pensar em alguma coisa. Foi então que tive a idéia.

—           — Suzaninha, acabo que ter uma boa idéia. Sente-se aqui no pé da cama e me ouça — pedi, sentando-me prudentemente no lado oposto.

—           — O que é? Abri a gaveta do criado-mudo ao lado da cama e retirei um envelope de carta.

—           — Como é mesmo o nome de sua professora?

—           — Dona Santa...
— Pobre Dona Santa! — exclamei, rabiscando rapidamente o nome da professora no envelope. Assim que terminei, passeio-o para minha irmã.

—           — Faça o seguinte, maninha. Coloque a lagartixa aqui dentro, cole o envelope e dê de presente a sua professora.

—           — Dar? Aí eu fico sem...

—           — Depois você arranja outra. Dê essa aí para ela. Tome o envelope, coloque aqui dentro e cole. Ela vai ficar muito contente.

—           — Mas se eu der uma para Dona Santa terei que dar também para as minhas outras professoras do jardim da Infância.

—           — De qual você gosta mais?

—           — Da Dona Santa.

—           — Então entregue a ela. Se as outras quiserem também, você apanha mais e dá para elas, esta bem assim?

— Está — concordou, fazendo o que eu havia sugerido. Isso a acalmou, fazendo-a deixar-me em paz.