Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

Ucker franziu o cenho: sete meses? Faz seis meses que você partiu, já sabia que estava grávida quando veio embora, Dulce?

Dulce tentou não responder fingindo que estava sentindo dor demais pra isso. Mantinha as mãos no ventre e estava entrando em desespero por estar sentindo contrações tão fortes e freqüentes quando ainda tinha 2 meses de gestação pela frente.

Ucker: não finja que não me ouviu, você já sabia, não é? Quando ia me contar, nunca?

Dulce enxugou as lágrimas: ia te contar naquela tarde em que te peguei se esfregando com aquela vadia!

Ucker: a vadia é outro assunto que vamos falar depois, você teve 6 longos meses pra me contar esse pequeno detalhe de que está esperando um filho meu! Não podia ter respondido UM mísero sms? Não podia ter mandado UM e-mail me contando da gravidez? Era pedir demais, Dulce? – gritou, chamando atenção de algumas pessoas na rodoviária – ME DIGA, ERA PEDIR DEMAIS?

Dulce sentiu tudo rodar quando a culpa por ter omitido a gravidez invadiu seu corpo. O que a trouxe de volta a realidade foi uma outra pontada aguda na barriga que a fez se contorcer e soltar um “Ai!” abafado. A expressão de raiva no rosto de Ucker se transformou em preocupação e ele ignorou a distância que ela tentava manter entre eles, se aproximando e tocando sua barriga enquanto Dulce se contorcia de dor.

Ucker: ok, agora já chega, eu vou te levar ao hospital!

Dulce se apressou em falar: você não vai me levar a lugar nenhum, eu não saio com você nem pro inferno! – outra contração a fez curvar ainda mais o corpo – Au!

Ucker: Dulce, eu não to de brincadeira, eu sei que está irritada e eu também estou, você escondeu de mim a coisa mais importante que já me aconteceu, mas eu to preocupado demais pra sentir raiva agora!

Dulce apertou os dentes de dor e quase gritou para achar forças pra respondê-lo: me deixa! Aaaai! – ela quase caiu de dor e Ucker a segurou.

Algumas pessoas se aproximaram oferecendo ajuda e Ucker pediu a uma delas que chamasse uma ambulância imediatamente. Conduziu Dulce até uma poltrona e a fez sentar, pedindo que permanecesse ali até que ele voltasse com um copo de água para ela. Ela assentiu, vendo ali uma boa oportunidade para tentar fugir enquanto ele não estava por perto. Ucker voltava do bebedouro com um copo na mão quando percebeu que Dulce não estava mais na poltrona, se desesperou até avistá-la  não muito longe dali, tentando chegar até a sala de embarque se apoiando nas paredes. Correu até ela e a puxou pelo braço pronto para dar uma bronca na ruiva, mas mudou de idéia quando viu seu rosto contraído de dor. Ela mal conseguia se manter de pé, chorava e segurava a barriga com desespero e medo. Ele a segurou e tentou levá-la de novo pra poltrona, mas ela não se movia de tanta dor. Pela primeira vez em seis meses ela olhou em seus olhos sem ódio, mas com um olhar de súplica.

Dulce: me ajuda! Me ajuda por favor! Tá doendo muito!

Ele a abraçou com preocupação. Quando ela o deixou ele não esperava que seu próximo abraço seria numa situação tão desesperadora, mas não importava, ela precisava dele e ela estava ali, agradeceu por ela não estar sozinha naquela situação.

Ucker acariciou seu cabelo e a apertou contra si: calma, eu vou cuidar de você!

Dulce chorava de dor: eu to com medo! Não ta na hora, Ucker, porque estou tendo contrações como se já fosse ter meu filho? Não ta na hora!

Ucker: não sinta medo, eu to aqui, nunca vou te deixar!

A ambulância chegou e logo trouxeram uma maca para transportar Dulce até o hospital.