Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

A mãe de Dulce já estava a caminho do hospital. A maca deslizava sobre suas rodinhas de um lado a outro com Dulce sobre ela, suando, chorando e tentando com todas as forças manter sua respiração o mais regular possível. Ucker a acompanhava, sempre prestando atenção nela e segurando firme sua mão quando alguma contração muito forte se iniciava. A enfermeira terminou de avaliá-la e enfim se pronunciou.

Enfermeira: Temos 9 de dilatação! Contrações de 4 em 4 minutos, vamos levá-la para a sala de parto, o neném está nascendo!

Dulce: o quê?

Ucker: calma, pequena, vai dar tudo certo!

Dulce: mas não está na hora, Ucker, o que vai acontecer com meu filho?

Ucker: pensa positivo, você não ta sozinha, eu prometi que ia estar contigo e estou, não vou sair de perto de você até nosso bebê estar nos seus braços.

Dulce foi encaminhada para outra sala e preparada para começar o parto. Ucker já estava devidamente vestido para acompanhar o nascimento do neném. As contrações de Dulce estavam mais freqüentes e ela mal podia respirar. Quando começou a botar força, ele colocou-se ao seu lado, apertou sua mão e a olhou nos olhos. O que viu foi um olhar de medo e dor, Dulce estava assustada, mas ele ia cuidar dela, estaria com ela sempre.

30 minutos se passaram...

- Continua, mais força, mais força!

Dulce respirou fundo e empurrou: aaaaaaaarrg

1 hora depois...

- 1, 2, 3, empurra!... 1,2,3...isso garota, seja forte!

Mais de 2 horas se passaram desde o início do parto e Dulce estava exausta. Seus ossos doíam tanto que ela mal percebia o que acontecia a sua volta. Se estava acordada até aquele momento era porque Ucker estava lhe transmitindo força e calma. Ele passou as duas horas ali, segurando a mão dela, enxugando o suor de seu rosto, soprando em sua testa, conversando com ela quando Dulce entrava em desespero. Ele estava demonstrando um auto-controle incrível, ela simplesmente não se sentia sozinha, não se sentiria desprotegida enquanto aquela mão máscula estivesse apertando a dela e transmitindo força. Quando ela não tinha mais fôlego nem estruturas pra suportar mais dor e mais horas de parto, ele parecia sentir, pronunciava um macio “Ei, pequena!” em seu ouvido e ela o fitava. Incrível! O olhar dele sempre fazia ela se sentir pronta, preparada pra suportar aquilo. E bastava isso para ela recuperar as forças e continuar empurrando. Mas não podia negar que seu coração estava angustiado por aquele parto antecipado.

Enfermeira: Falta pouco, Dulce, a cabecinha saiu toda, agora preciso que você reúna todas suas forças e empurre, ok? Mas não pode parar, não pare, apenas empurre!

Dulce chorava: não... consigo! – sua respiração estava ofegante – não agüento mais! Aaai!

Ucker apertou mais ainda sua mão e a fez olhar para ele: Ei! Você é forte, ok? Falta pouco, você foi maravilhosa até aqui, não desista!

Dulce se esforçava pra manter os olhos abertos e respirar: não tenho forças...

Ucker: você tem sim! É a pessoa mais forte que conheço, nosso filho está chegando, só depende de você agora! Eu to aqui, se não há mais forças dentro de você encontre-as dentro de mim! Eu acredito em você!

Enfermeira: Dulce, preciso que coloque força!

Ucker: Eu quero que faça 3 inspirações profundas, ok? O mais profundo que conseguir e na última una toda sua força, eu vou contar até 3 e quero que aperte minha mão sem medo, quero que mostre a que veio! Me dê toda sua força, Dul!

Dulce assentiu com a cabeça, emocionada e fez o que Ucker pediu. Respirou o mais fundo que pôde e se preparou para colocar força como ainda não tinha colocado naquele dia.

Ucker: 1... 2...3! Força, meu amor!