Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

Anahí caminhava pelo pátio do orfanato tentando equilibrar uma bandeja enorme de tacos mexicanos. Mais de 5 pessoas estavam preparando a mesa do jantar: Ucker, Dulce, a coordenadora do orfanato, uma auxiliar dela, duas mulheres do Buffet. Arrumavam tudo com muito capricho e as crianças rodopiavam ao redor da mesa, encantadas com tanta comida e tanta novidade.

Ucker, colocando copos de acrílico sobre a mesa: Anahí, tem certeza de que não quer ficar um pouquinho na nossa festa?

Anahí sorri, espalhando os talheres sobre os pratos: Sinto muito, eu adoraria, mas vou passar a Ceia com a família do Poncho.

Ucker: entendo... mas quero que leve algumas coisinhas pra você e pra ele, aposto que ele gosta de tacos, salgadinhos e doces.

Anahí: ah, não precisa, o jantar é das crianças...

Dulce, que estava perto e ouviu a conversa, chega com uma bandeja com um peru assado enorme: Annie, aqui tem muita comida, vai sobrar mais da metade! Eu sei como o Ponchito ama empadão de frango e você não abre mão de Bolo Prestígio. Se quiser eu posso levar pra você amanhã, depois que partirmos e distribuirmos pros meninos...

Anahí: hmm, então assim eu aceito! –abre um sorrisão

Ucker: Assim nós agradecemos por você ter se oferecido pra ajudar a gente hoje!

Dulce: é verdade, Annie, valeu!

Anahí: que é isso, eu tava mesmo precisando fugir um pouco da rotina e desestressar... – dá meia-volta e olha pras crianças sorrindo à sua volta – e que maneira de relaxar pode ser mais eficiente do que essa?

Dulce sorriu, abandonando os refrigerantes que arrumava sobre a mesa e fitando algumas meninas que brincavam de roda ali perto. Dentro de seu coração, estava confirmando o que Anahí acabara de dizer. E Ucker sabia disso, pois interpretou seu olhar. Já era noite e a festa estava a ponto de começar. Tinham convidado algumas pessoas, inclusive pais de algumas crianças que haviam deixado seus filhos ali por não terem condições financeiras de sustentá-los. Eram pais que amavam seus filhos, que gostavam de ter momentos com eles, mas que passavam meses distante para que seus filhos aprendessem a viver sem eles. Sabiam que nunca teriam condições de dar-lhes uma vida digna. Mas naquela noite eles estariam lá. E aquelas crianças esqueceriam por muitas horas qualquer lágrima de dor ou saudade que pudessem ter derramado antes. Ucker se sentia inteiramente feliz. Estava vivendo um momento mágico e dessa vez não estava sozinho. Claro que nos anos anteriores tinha a presença de seu pai. Mas dessa vez alguém mais estava dividindo isso com ele. E o que mais o alegrava era perceber que estava proporcionando momentos maravilhosos à Dulce. Podia ver claramente que tudo aquilo estava sendo tão importante pra ela quanto era pra ele.

A noite correu depressa. Houve inúmeras apresentações com música, muita risada, emoção, trocas de afeto entre pais e filhos, entre meninos e meninas que cresciam juntos por trás dos altos muros daquele orfanato. O pai de Ucker fez uma surpresa vestindo-se de Papai Noel, pra alegria das crianças. Dulce não agüentava mais sorrir. Quando não era das palhaçadas das crianças ou do pai de Ucker, era do próprio Ucker. Já haviam servido o jantar, já passava da meia-noite, alguns meninos e meninas dormiam no colo dos pais ou das auxiliares do orfanato. Dulce havia se afastado do centro da festa para atender a uma ligação. Era Anahí lhe desejando Feliz Natal. Ao desligar o celular percebeu Ucker se aproximando por trás. Virou-se para ele com um olhar acolhedor.

Dulce: Era a Annie, ela te desejou um Feliz Natal!

Ucker: Fala pra ela que mandei um beijo e que desejo tudo de melhor... –põe-se ao lado de Dulce, levanta o rosto e fita a imensidão do céu.

Dulce segue seu olhar: está uma bela noite, NE?