Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

Ucker sorri de canto de boca: perfeita. Não me lembro de qualquer outro Natal com uma lua tão linda!

Dulce: o céu aqui é limpo... dá pra ver muito melhor as estrelas... nessas horas lamento que eu não saiba identificar uma só constelação... –sorri

Ucker sorri também, sem tirar os olhos do céu: vou ter que ser bem anti-romântico e te decepcionar, porque eu também não sei. Só sei que gosto muito de uma constelação em particular.

Dulce fita-o: e qual é?

Ucker aponta: aquela. A mais brilhante!

Dulce sorri: Órion. Se chama Órion. É a única que conheço porque também é minha favorita.

Ucker: Quando eu era criança queria ser cientista.

Dulce olha-o surpresa: cientista? Você me disse que nunca se interessou por nenhuma profissão em particular...

Ucker volta-se para ela e coloca as mãos no bolso: e não me interessei, isso de ser cientista foi algo bem passageiro, deve ter durado meses. Minha mãe me deu um telescópio e aí eu decidi que queria ser cientista...

Dulce: não deveria ser astrônomo?

Ucker: Vai explicar pra um menino de 6 anos o que é um astrônomo!

Dulce ri: então você costumava observar Órion no seu telescópio?

Ucker: era só o que eu observava, na verdade.

Dulce: ... você devia ser tão fofinho aos 6 anos...

Ucker: quase tanto como sou agora – sorri, sapeca.

Dulce dá-lhe um tapinha no peito e mantém a mão sobre ele. Ucker abre um sorriso e segura sua mão. Olha-a nos olhos e ela está sorrindo pra ele. Estava linda. Absurdamente, covardemente linda. Usava um vestido vermelho acima dos joelhos, o cabelo parecia maior do que ele já havia percebido, sua maquiagem destacava a cor de seus olhos, suas jóias acendiam ainda mais um brilho próprio que aquela mulher tinha. Foi então que Ucker percebeu que Dulce sempre o atraiu fisicamente, até mais do que deveria. Ele quase tinha espasmos só de observá-la. Mas nos últimos dias que passaram juntos, ele passou muito mais tempo pensando em seu sorriso, em suas mãos e em seu olhar do que em seus seios, sua cintura, suas pernas. Sabia o que isso significava. O fato de ser um mulherengo desde o Segundo Grau não significava que ele nunca tinha sentido aquilo antes. Sentiu uma vez, antes mesmo de virar o “garanhão” das meninas. Teve uma namorada aos 16 anos e a amava com todas as forças que possuía. Porém ela parecia amá-lo um pouquinho menos e depois de sofrer por um tempo, ele fechou seu coração. Mas ali, diante daquela mulher esplendorosa, que a cada dia mostrou-lhe um pouquinho do seu jeito tão lindo de ser, Ucker sentia as pernas tremerem como há 10 anos atrás.

Ela era mais que uma mulher bem-sucedida pelo próprio esforço. Era mais que sua advogada. Despertava-lhe e inspirava-lhe um respeito que ele não tinha por outras mulheres. Sentia-se incapaz de fazer qualquer mal a ela. E mesmo que tivesse receio do que estava sentindo, queria deixar esse sentimento se manifestar. O tempo parou enquanto ele a olhava, segurando sua mão pequena dentro da sua.

Dulce abaixou o olhar e logo levantou-o de novo, com um novo sorriso e uma voz macia: Então... acho que está na hora de eu te desejar Feliz Natal!

Ucker sorri apaixonadamente: Desejar? Meu Natal já está sendo o melhor de todos.

Dulce: o meu também. Nem quando salvo gente inocente da prisão me sinto tão útil como me senti esse mês inteiro te ajudando por aqui... rsrs

Ucker: gosta de salvar inocentes da prisão?

Dulce ri: é compensador...

Ucker amacia o tom de voz: deve ser por isso que está libertando algo em mim...