Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

Às cinco e meia da tarde Dulce chegou ao calçadão onde planejara correr com Ucker. Usava uma legging de academia preta, bem justa, na altura do tornozelo, uma regata preta soltinha e sobreposta à outra blusa mais justa, de cor rosa vivo. O cabelo estava liso até as pontas e amarrado bem alto, sem nenhum fio caindo sobre o rosto. Estava praticamente sem maquiagem. Passara apenas uma base com protetor solar, um pouco de blush coral para avivar o rosto e um gloss quase transparente para proteger os lábios do vento.

Já estava se alongando, quando um par de mãos grandes segurou firme sua cintura. Logo em seguida foi surpreendida por um beijo carinhoso na bochecha. Voltou-se para trás sorrindo e recebeu em troca um sorriso igualmente amável de Ucker. Estava estonteante na sua camisa branca sem mangas, revelando seus músculos medianos e bem-feitos.

Dulce: Boa tarde, meu amor! – encostou-se em seu peito e lhe beijou os lábios.

Ucker passou os braços sobre a cintura de Dulce e apertou-a contra si, querendo não soltá-la tão cedo.

Ucker: Meu Deus, você ta tão linda!

Dulce sorri ternamente: você ta maravilhoso sem aquele terno escuro do trabalho... não que ele te deixe menos lindo... mas gosto de te ver mais solto...

Ucker sorri e a abraça. Já estavam morrendo de saudade.

Ucker: Posso me alongar com você?

Dulce: claro!

Alongaram-se e começaram a caminhada, aumentando o ritmo aos poucos até começarem a correr. A maior parte do percurso fizeram em silêncio, até porque se falassem muito o fôlego faltaria logo, logo. Chegando ao fim do caminho, sentaram-se numa pracinha onde os outros corredores paravam para recuperar as energias. Ucker comprou dois cocos para matar sua sede e a de Dulce. Ali, enfim, puderam dar as mãos e conversar. Sobre o Natal, a viagem à praia, os momentos com Anahí e Alfonso e os momentos a sós. Já era quase seis e meia e estava escurecendo.

Dulce: não vai me contar pra onde queria me levar?

Ucker: na verdade a gente ta bem perto. Quer ir lá agora?

Dulce: Não seria mais apropriado tomarmos um banho e nos trocarmos primeiro?

Ucker: não se preocupe, não é um lugar formal... é só uma paisagem que quero que veja...

Dulce: ah, então vamos!

Ucker sorriu, levantou e puxou sua mão: vamos!

Após caminharem um pouco e dobrarem algumas esquinas, chegaram a um pequeno lago, numa área verde, sem calçada, casas nem avenidas. Havia uma ponte velha e pequena que levava de uma ponta do lago à outra. Ucker, segurando a mão de Dulce, a conduziu até a beira do lago.

Ucker: Já tinha vindo aqui?

Dulce: Já passei várias vezes nessa avenida aqui perto, mas nunca tinha descido do carro e andado até aqui... não sabia que esse lugar era tão agradável!

Ucker: Praticamente todas as pessoas que passam nessa avenida não se dão conta que esse lugar existe. É a correria do dia-a-dia. Fecha nossos olhos.

Dulce: esse lugar parece nem pertencer à cidade... parece que foi colocado aqui num passe de mágica!

Ucker: É que aqui antes era uma espécie de parque natural. As famílias passavam seus fins de tarde na beira desse lago. Aquela avenida ainda não estava ali. Nem era avenida. Era uma ruazinha de calçamento, bem gasta por sinal. Mais gasta pelo tempo do que pelo uso, porque isso aqui costumava ser muito calmo. Dava pra ouvir o som dos pássaros, mas agora só se ouvem buzinas.

Dulce: como eu vivi aqui tanto tempo sem saber disso? E como você sabia que eu não conhecia?

Ucker sorriu: na verdade foi um palpite. Mas é que esse lugar caiu no esquecimento já faz muito tempo.

Dulce: e como você sabe que ele era como descreveu?

Ucker: porque cheguei a conhecê-lo antes de mudar drasticamente. Meu pai e minha mãe me traziam pra brincar aqui antes de a empresa Uckermann’s ser uma potência. Éramos uma família bem mais simples. Classe média, vivíamos tranqüilos, tínhamos o que precisávamos, mas sem essa loucura toda que o sucesso profissional acaba trazendo pras nossas vidas.

Dulce: Você deve ter vivido momentos muito bons aqui...