Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

Alexandre: Pode me xingar, me bater, está em seu direito. Eu nunca fiz coisa do tipo. Se eu fosse assim, Dulce nunca teria gostado de mim um dia.  Eu estava com muita raiva, muito ciúme. Afinal, eu vim de longe esperando encontrá-la e voltar com ela e aí descubro que ela está com outro...

Ucker, indignado: você tem idéia de há quanto tempo foi embora? Por que Dulce teria que ficar te esperando, pelo amor de Deus? Ela tem uma vida pra viver, cara! Ela já sofreu demais, não precisa de mais tristezas!

Alexandre: eu sei... eu conheço a história dela e parece que você conhece também.

Ucker: mas é claro, ela é minha namorada!

Alexandre: te peço desculpas. Se eu não tivesse feito isso, Dulce não estaria aqui. – pôs as mãos no rosto, envergonhado.

Ucker mudou a expressão de seu rosto, de raiva para tristeza. Tudo bem, se Alexandre não tivesse criado aquele teatrinho, ele e Dulce não teriam brigado. Mas se ele tivesse dado chance à Dulce para se explicar, se tivesse confiado nela em vez de sair por aquela porta em disparada, ela não teria entrado naquele carro e saído atrás dele. Foi ele quem a pôs em perigo. Foi ele quem atravessou o tráfego em alta velocidade, fazendo-a segui-lo. Foi ele quem entrou naquela maldita estrada, naquela maldita hora e arriscou a vida de Dulce. Se fosse o carro dele que tivesse sido atingido, talvez o dela escapasse. Ele é quem deveria estar naquela mesa de cirurgia. Seu coração ficou apertado. Era tudo culpa dele. Ele era pior do que Alexandre, com sua mentira descarada. Ele mentiu, mas foi Ucker quem desconfiou de Dulce. Era sua culpa, era sua culpa, era sua culpa; não podia negar.

Longos minutos de silêncio foram quebrados pelos passos pesados de Poncho, que chegou sozinho à sala de espera e dirigiu-se até eles.

Poncho: Voltei pra chamar vocês. Acho que não é só Annie que precisa de um chá – pôs sua mão no ombro de Ucker em sinal de apoio – vamos cara, levanta daí...

Ucker permanece de cabeça baixa por algum tempo, respira fundo e se levanta: Chá não. Preciso de um café. E bem forte.

Poncho: você que sabe. Alexandre, venha também!

Alexandre se levanta e os três vão para o refeitório do hospital. Dirigem-se até uma mesa redonda e pequena, onde Anahí segura com força uma xícara de chá, olhando para um canto com os olhos vidrados. Sua mente estava à milhas dali.

Poncho sentou-se ao seu lado: Meu amor, relaxa.

Anahí, com voz fraca: não vou conseguir relaxar até ter notícias da minha amiga... quanto tempo essa cirurgia vai demorar?

Poncho: horas... e você não pode ficar assim por tanto tempo. Pense positivo. Não é qualquer coisa que derruba a María.

Alexandre: Nisso Poncho tem toda a razão. Esses médicos fazem milhares de cirurgias iguais a essa e tudo sai bem...