Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

Leitores(as), vocês devem ter percebido algumas palavras na web escritas no antigo acordo ortográfico. Peço desculpas, mas isso é culpa do corretor automático do Word, ele faz questão de colocar trema nas palavras, tirar um hifen aqui, remexer ali, haha. Enfim! O episódio seguinte pode dar overdose de fofura. Também aviso aos diabéticos para tomarem cuidado, porque tem muito mel nesse episódio ;* Boa leitura e espero os comentários! A colocação da Web está cada dia melhor e sabem o que mais? Observei há alguns dias que todos os leitores haviam favoritado a Web! Não sei agora, mas há alguns dias as coisas estavam assim, haha, fiquei muito contente!

Enfim o relógio marcou 7 da manhã e Ucker, Anahí e Alfonso foram procurar a enfermeira que cuidava de Dulce. Alegaram que estavam em horário de visitas e já podiam vê-la. A enfermeira checou seus papeis e confirmou, mas disse que só podiam entrar um de cada vez e não deveriam demorar mais que dez minutos. Ucker, obviamente, seria o primeiro.

Ele respirou fundo, posicionou-se diante da porta do quarto de Dulce e girou a maçaneta. Com três pequenos passos, já estava dentro do cômodo. Olhou a cama à sua frente e seu coração ficou apertado. Viu, ainda um pouco distante, um corpo débil e pálido entre as cobertas. Aproximou-se devagar. Sua vista estava turva pelas lágrimas que se formaram em seus olhos. Chegou ao lado da cama e observou, silenciosamente.

Dulce parecia dormir. Tinha um curativo médio no lado esquerdo da cabeça. Outro curativo maior no braço. Uma das pernas estava engessada. O cabelo solto parecia ser a única coisa com cor naquela cama. Nem mesmo o rosado natural dos lábios de Dulce estava ali. Ela respirava com alguma dificuldade e seu corpo, subindo e descendo no ritmo da sua respiração, parecia incrivelmente frágil.

Mesmo assim estava linda. Ela ERA linda. Mesmo quando estava presa entre as ferragens daquele carro Ucker era capaz de apaixonar-se mil vezes por ela. Ele engoliu a seco tentando prender o choro e normalizar a respiração. Sentou-se cuidadosamente na cama. Observou aquele rosto pálido até que seus olhos concentraram-se em sua mão, pousada sobre a cama. Ucker tocou-a. Acomodou a mão de Dulce sobre a sua, deslizando seus dedos pelas costas da mão de Dulce. Levou-a até a boca, fechou os olhos e beijou, deixando a primeira lágrima cair sobre a pele gelada de Dulce.

Ucker voltou a fitá-la: Bom dia, minha pequena... como se sente? Eu senti sua falta... – as lágrimas desciam, Dulce continuava desacordada – acho que estou em dívida com você. Não confiei no seu amor e por causa disso você está aqui... – soluçou – e estou tendo meu castigo por ter sido tão egoísta... mas se eu estou sofrendo, você está sofrendo bem mais... – fechou os olhos e mais lágrimas silenciosas caíram – eu voltaria no tempo se pudesse... não evitaria esse acidente porque eu precisava aprender essa lição. Apenas me jogaria na frente daquela S10 pra que EU estivesse aqui e não você... – abriu um meio sorriso – se pudesse me ouvir você me daria um tapinha e me pediria pra não falar idiotices... mas é o que sinto... foi minha culpa e eu preciso te pedir perdão... – fungou – me perdoa... me perdoa por ter desconfiado de você... por ter entrado naquele carro e ter ligado o maldito motor... por ter deixado você me seguir. Foi uma loucura. Eu não tinha forças pra te encarar... me perdoa por não ser eu nessa cama, mas sim você... eu não suportaria se algo pior tivesse acontecido... – respirou fundo e continuou – Meu amor, eu já sabia que você não seria uma pessoa qualquer na minha vida. Sabia desde o princípio, quando você atravessou a porta do meu escritório e estendeu a mão pra mim. Eu já fiz tantas coisas erradas, já magoei tanta gente... Sabe, quando vi seus olhinhos travessos e seu sorriso inocente por trás daquela pose de advogada séria e profissional... você me atraía demais... primeiro fisicamente... mas depois eu percebi que havia coisas em você que eu queria descobrir... eu queria te desvendar, queria saber o que esse coração tão grande escondia... acho que se você não fosse assim como é e se não tivesse despertado tanta coisa boa em mim... eu teria feito contigo o que fiz com tantas outras  – fez uma pausa e depois prosseguiu - faz tão pouco tempo... meu Deus, como você mudou minha vida! Eu tava num abismo, sem amor, sem momentos alegres, sem vida. Você mudou cada canto do meu ser e despertou o melhor de mim... – sorriu, com lágrimas nos olhos – e você ainda se acha tão pequena! Você é esplêndida. É preciosa. De ontem pra cá eu pude me dar conta de algo que anos atrás me assustaria... mas hoje me parece uma boa ideia... me dei conta de que uma vida inteira do seu lado é muito pouco... – tocou os cabelos de Dulce – sabe o colar que te dei, que diz “Eternidade”? Ainda bem que ela existe... assim a gente fica junto mais um tempinho... – sorriu e calou-se.

Observou cada detalhe do rosto de Dulce. A pele uniforme e bege. O desenho das sobrancelhas e a textura dos lábios. A pequena cicatriz perto da sobrancelha direita. Essa ela já tinha há muito tempo. O pequeno e delicado piercing prateado no nariz, em formato de estrela. O contraste de sua pele com seu cabelo intensamente vermelho e cheio. Suspirou, apaixonado. – Eu te amo, pequena! – Acariciou as maçãs de seu rosto – Amo demais...